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Preparação de mendicamentos de forma segura e correta.
Tipologia: Notas de estudo
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Preparo de Medicamentos e Biossegurança
1. Preparo de Medicamentos e Soluções Parenterais Todo medicamento a ser administrado em paciente deve ser obrigatoriamente prescrito por um médico e constar de sua ficha, no campo específico, todas as aplicações. 1.1. Vias de Administração Existem várias vias para a administração de medicamentos, porém a parenteral (endovenosa e intramuscular) é a de escolha no atendimento pré-hospitalar do traumati- zado, por oferecer absorção mais rápida. 1.2. Preparo de Soluções Parenterais
Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR 1.4. Locais de Aplicação Dê preferência às veias localizadas fora das articulações, garantindo assim maior conforto para o paciente e favorecendo a fixação da via venosa; no traumatizado, indi- cam-se dois acessos venosos com dispositivo para infusão de grosso calibre. 1.5. Materiais ● Frasco com a solução solicitada; ● Dispositivo para punção venosa e infusão parenteral; ● Equipo para soro; ● Esparadrapo; ● Material para anti-sepsia da pele do paciente. 1.6. Método
2. Controle de Infecção Infecção hospitalar é um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mun- do; de importância humana, social e econômica, está relacionada à morbidade e mortali- dade em geral.
Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR 2.1.2. Áreas Semi-críticas São aquelas onde se encontram internados pacientes cujo risco de transmissão de infecção é menor, ou seja: enfermarias em geral, ambulatórios, unidades de emergência, pronto atendimento, banheiros, ambulâncias, expurgo. 2.1.3. Áreas Não-críticas São todas as áreas hospitalares onde não há risco de infecção: almoxarifado, escri- tórios, sala de aula, secretarias. As áreas críticas requerem limpeza e desinfecção diárias, enquanto as áreas semi- críticas e não-críticas, apenas limpeza. A desinfecção nestas duas últimas só é recomen- dada quando houver contaminação com sangue, pus, vômito, urina, fezes ou secreções orgânicas. 2.2. Classificação dos Artigos 2.2.1. Artigos Críticos São todos os objetos, instrumentos ou equipamentos que entram em contato com tecidos estéreis, ou seja, tecido subepitelial, sistema vascular e outros isentos de flora mi- crobiana própria. Estes artigos deverão estar totalmente livres de microorganismos, ne- cessitando esterilização. 2.2.2. Artigos Semi-críticos São todos os objetos, instrumentos ou equipamentos que entram em contato ape- nas com mucosa íntegra e requerem somente desinfecção para ficarem isentos de micro- organismos. Consideram-se exceção os cateteres traqueais e vesicais, porque, embora entrem em contato com mucosa íntegra, devem ser esterilizados, devido à alta incidência de in- fecções urinárias e respiratórias associadas ao uso de cateter. 2.2.3. Artigos Não-críticos São todos aqueles que não entram em contato direto com o paciente ou os que apenas entram em contato com pele íntegra, considerada uma barreira para a maioria dos organismos virulentos. Estes artigos necessitam apenas de limpeza com água e sabão, admitindo-se a presença de microorganismos em número baixo. Entretanto, artigos não- críticos contaminados com agentes de doenças infecto-contagiosas requerem desinfec- ção, mesmo que seu uso determine apenas limpeza.
Preparo de Medicamentos e Biossegurança 2.3. Classificação dos Meios ● Meio séptico – aquele onde podem estar presentes microorganismos pato- gênicos. ● Meio asséptico – aquele onde os microorganismos estão ausentes. Para tornar o meio séptico em meio asséptico são necessárias a limpeza, a desin- fecção ou a esterilização dos artigos. Assepsia: consiste na utilização de procedimentos para impedir a chegada de mi- croorganismos patogênicos a um meio asséptico. Limpeza: consiste na remoção de sujidade visível nos artigos por ação mecânica e conseqüente retirada de carga microbiana. Estudos comprovam que a matéria orgânica é capaz de diminuir a atividade dos desinfetantes; assim, os artigos devem estar limpos e secos antes de submetidos aos desinfetantes ou ao processo de esterilização. Desinfecção: processo de destruição de microorganismos patogênicos ou não, na forma vegetativa (não-esporulada), de artigos semi-críticos, pelo uso de meios físicos e químicos. Esterilização: completa eliminação ou destruição de todas as formas de vida micro- biana, por processos físicos ou químicos. Detergentes: considerados agentes tensoativos, são produtos químicos utilizados na limpeza. Germicidas: substâncias ou produtos capazes de destruir indiscriminada ou seleti- vamente microorganismos à temperatura ambiente. Desinfetantes: substâncias químicas capazes de destruir todas as formas vegetati- vas de bactérias, fungos e vírus. Anti-sépticos: germicidas químicos formulados para a utilização em pele e tecidos. 2.4. Processamento dos Artigos Recomenda-se que todo processamento de artigos seja centralizado por motivos de custo, eficiência de operacionalização, facilidade de manutenção do padrão de quali- dade e aumento do tempo de vida útil. O manuseio de artigos requer que cada procedimento seja acompanhado da indi- cação do equipamento de proteção individual (EPI) específico, em relação à natureza do risco a que o pessoal se expõe. Independentemente do processo a ser submetido, considera-se todo artigo "conta- minado", sem levar em conta o grau de sujidade presente.
Preparo de Medicamentos e Biossegurança 2.4.5. Esterilização 2.4.5.1. Por Meio Físico
Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR 2.4.5.2.2. Formaldeído A esterilização é feita conforme o tempo de exposição, orientada pelo fabricante. Artigos a serem submetidos: enxertos de acrílico, cateteres, drenos, tubos de poliestireno, instrumentos. Usar a solução em recipiente de vidro ou plástico, proteger o fundo com compres- sa, manter os recipientes tampados; não deixar a solução em temperaturas superiores a 25°C e descartar a solução ao final do dia, ou antes, se ela sofrer alteração em seu as- pecto. Quanto à toxicidade, embora considerado desinfetante/esterilizante, seu uso é limi- tado pelos vapores irritantes, odor desagradável e comprovado potencial carcinogênico. A esterilização por meio químico pode ser feita por processo gasoso, que utiliza o óxido de etileno, meio bastante caro. 2.4.6. Desinfecção 2.4.6.1. Por Meio Físico Líquido ● Máquina própria com monitoração da temperatura e tempo de exposição dos artigos; secar os artigos caso a máquina não o faça, acondicioná-los em invó- lucro adequado, isto é, em recipientes limpos e desinfetados, secos e fechados. É necessária validação dos processos. ● Água em ebulição - ferver água durante 10 minutos, sem os artigos; imergir o artigo quando a água estiver em ebulição, de modo a cobri-lo cerca de 2,5 cm por 30 minutos. ● Os artigos submetidos à descontaminação deverão ser retirados da água após o término do tempo, com auxílio de pinça, secos e guardados em recipiente limpo, desinfetado e seco. 2.4.6.2. Por Meio Químico Imergir o artigo em solução desinfetante ou friccioná-lo com pano embebido. Na im- possibilidade de imersão, utilizar EPI, preencher o interior de tubos e reentrâncias, evitan- do formação de bolhas de ar; observar e respeitar tempo de exposição ao produto, enxa- guar várias vezes o artigo, inclusive o interior das tubulações com água potável, secar e acondicioná-lo em invólucro adequado. Os produtos são: ● Glutaraldeído; ● Formaldeído; ● Álcool etílico;
Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR 2.5.2. Segundo Processo
Preparo de Medicamentos e Biossegurança 2.6.1. Higiene e Anti-sepsia das Mãos O ato de lavar as mãos é essencial para a prevenção e o controle de doenças, de- vendo ser praticado regularmente por todos os profissionais de saúde. Em sua forma mais simples, essa higiene consiste em abrir a torneira e friccionar toda a superfície das mãos, inclusive entre os dedos, por 30 segundos; remover os detri- tos depositados sob as unhas; enxaguar em água corrente; enxugar em toalha limpa de papel; fechar a torneira com o papel toalha. Na higiene das mãos, podemos utilizar solu- ções detergentes. Sabão em pedra deve ser conservado seco. Realizar a higiene das mãos antes e após o atendimento de cada vítima, antes do manuseio de material esterilizado, antes de alimentar-se, após defecar, urinar ou assoar o nariz. Faz-se anti-sepsia após o ato de lavar e secar as mãos, friccionando álcool 70% glicerinado por 30 segundos. 2.6.2. Anti-sepsia de Feridas, Queimaduras e Mucosas Um dos itens importantes na anti-sepsia são as medidas usadas para a prevenção e combate das infecções. Essas medidas reduzem a incidência de contaminação e o risco de complicações na evolução de estado da vítima. Mesmo na emergência, conduzir o atendimento tendo em vista a prevenção de in- fecções. Dessa forma, estar atento às feridas, às lesões de mucosa e às queimaduras. A aplicação de anti-séptico em ferimentos está contra-indicada, pois os germicidas lesam tanto os microorganismos quanto as células de defesa do indivíduo, comprometen- do o processo de cicatrização. A remoção de corpos estranhos e tecidos necrosados, a manutenção da circulação local e a irrigação com solução fisiológica (soro fisiológico) são mais importantes do que o uso de anti-sépticos para a profilaxia de infecções.
3. Doenças Infecciosas As doenças contagiosas representam grande problema de saúde pública para a maior parte do mundo. Nos países industrializados, cerca de 70% das mortes decorrem de doenças dege- nerativas e acidentes. No entanto, nos países em desenvolvimento, as doenças infeccio- sas e parasitárias figuram como as principais causas de morte. 3.1. Processos Infecciosos A epidemiologia é a ciência que estuda a história e a ocorrência das doenças. A continuação de uma doença infecciosa exige certa seqüência de acontecimentos, que se assemelha a elos de uma cadeia:
Preparo de Medicamentos e Biossegurança As considerações seguintes são aplicáveis nos cuidados de todos os pacientes com infecções transmissíveis ou suspeitos delas: ● Lavar as mãos; ● Aventais; ● Máscaras; ● Luvas; ● Óculos de proteção; ● Instrumental e equipamento submetidos à desinfecção e esterilização; ● Controle do ambiente - limpeza/desinfecção de superfícies. 3.3. Principais Doenças 3.3.1. Hepatite Causada por vírus. Embora com baixo índice de mortalidade, sua importância se deve à fácil transmissão, morbidade e ao prolongado afastamento de escola e trabalho. 3.3.1.1. Hepatite A ● Agente: vírus da hepatite A (VHA); ● Período de incubação: de 15 a 50 dias após a infecção; ● Modo de transmissão: de pessoa a pessoa por via fecal-oral; ● Período de transmissão: de 15 a 21 dias; ● Medidas de prevenção: medidas universais (uso de luvas, cuidados com material perfurocortante, lavagem e desinfecção de mobiliário e equipamentos da ambulância). 3.3.1.2. Hepatite B ● Agente: vírus da hepatite B (VHB); ● Período de incubação: de 40 a 180 dias; ● Modo de transmissão: sangue e hemoderivados, sêmen, secreção vaginal, leite materno e saliva; ● Período de transmissão: enquanto o paciente for portador do vírus (HBsAg positivo) Medidas de prevenção: iguais às da hepatite A.
Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR 3.3.2. Meningite A meningite é uma inflamação das meninges (membranas que recobrem o cérebro e a coluna espinhal). A infecção meningeal é vista com maior freqüência em pacientes com bacteremia sistêmica ou infecção respiratória superior, ou em pacientes que sofreram trauma crania- no invasivo, tendo passado por cirurgia. Período de incubação: de 01 a 10 dias. Sinais/Sintomas: ● Geralmente febre e dor de cabeça ou alteração no estado mental. ● Os pacientes com meningite bacteriana freqüentemente apresentam uma história de infecção recente do trato respiratório superior, pneumonia ou otite. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, rigidez na nuca, vômitos e mialgias. O paci- ente pode evoluir até a confusão mental e, finalmente, o coma. ● Os sintomas da meningite viral geralmente têm início súbito: febre alta, rigi- dez na nuca, mialgias e artralgia. Dura cerca de 3 a 5 dias, com seqüelas neuroló- gicas graves, duradouras e incomuns. ● A meningite por tuberculose pode apresentar-se com sintomas que evoluem por várias semanas, como dor de cabeça, febre, rigidez na nuca. Cuidados: uso de EPI (equipamentos de proteção individual) e desinfecção de ma- teriais, equipamentos e ambulâncias. 3.3.2.1. Meningite Meningocócica Causa mais comum de meningite bacteriana em adultos. Pacientes imunocompro- metidos são responsáveis por 10 a 25% dos casos (anemia falciforme, alcoolismo e au- sência de baço). 3.3.2.2. Meningite Viral Ocorre habitualmente durante a primavera ou verão, em forma de epidemia, geral- mente com prognóstico muito melhor do que o da meningite bacteriana. 3.3.2.3. Meningite Tuberculosa Tipicamente menos abrupta em seu aparecimento do que a meningite bacteriana ou virótica; os pacientes têm apenas manifestações gerais de infecção por 2 a 3 semanas antes do desenvolvimento de irritação meningeal. A meningite tuberculosa e a fúngica são vistas nos hospedeiros imunodeprimidos (AIDS, por exemplo) e podem desenvolverse como resultado de infecção disseminada, de semanas a meses após a infecção inicial.
Manual do Atendimento Pré-Hospitalar – SIATE /CBPR ● gânglios linfáticos aumentados por todo o corpo; ● Tosse seca, com duração maior do que aquela que acompanha resfriados e diferente da provocada pelo hábito do cigarro; ● Ferimentos ou lesões esbranquiçadas causadas por fungos, em grande quantidade. 3.3.3.3. Meios de Proteção Até agora a educação e a conscientização são as medidas mais efetivas de pre- venção. Algumas ações, contudo, devem ser tomadas pelas autoridades governamentais ou de saúde, como, por exemplo, triagem adequada do sangue doado para detectar san- gue contaminado pelo vírus HIV, que previne sua disseminação. A mais importante ação preventiva depende do indivíduo, pela adoção de práticas sexuais seguras, devendo ainda evitar outras atividades que possam transmitir a doença. Até o momento não há tratamento definitivo para a AIDS. Apenas as infecções oportunistas contraídas pelo doente é que recebem cuidados.