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Guias e Dicas
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Preparo de Dentes para Próteses: Guia Completo para Estudantes de Odontologia, Resumos de Anatomia

Este guia abrangente para estudantes de odontologia explora os princípios e técnicas de preparo de dentes para próteses, desde a análise inicial até a moldagem. Aborda tópicos como retenção, forma de resistência, término cervical, controle de irritação pulpar e moldagem com casquete, fornecendo informações detalhadas e ilustrações para auxiliar na compreensão do processo.

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 24/10/2024

Tucupi
Tucupi 🇧🇷

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Planejamento e preparo de
próteses fixas e removíveis
Exame do Paciente
Anamnese
Nesta fase, é necessário coletar informações sobre a saúde geral do
paciente, incluindo doenças, alergias, aspectos psicológicos, hábitos
parafuncionais e histórico de tratamentos odontológicos anteriores.
Exame Físico Extraoral
Após a conversa inicial, realiza-se o exame físico extraoral, observando a
pele da face, palpando os tecidos de suporte, avaliando a musculatura e a
articulação temporomandibular (ATM).
Exame Intraoral
Na inspeção inicial da cavidade bucal, examinam-se os dentes e o
periodonto. Nos dentes, é importante analisar fatores como cáries,
restaurações existentes, alterações da faceta estética em prótese existente,
estética, oclusão, número e disposição dos dentes, inclinação, tamanho da
coroa clínica e vitalidade pulpar.
No periodonto, os principais aspectos a serem observados são recessão
gengival, envolvimento de furcas, mobilidade, distâncias biológicas e índice
de placa.
Exame Radiográfico
O exame radiográfico é necessário para fornecer informações sobre lesões
ósseas, raízes residuais, corpos estranhos, quantidade e qualidade óssea,
anatomia radicular e qualidade de tratamento endodôntico.
Modelos de Estudo
A montagem de modelos de estudo em articulador semiajustável (ASA) na
posição de relação cêntrica (RC) é importante para avaliar: - Número e
comprimento de implantes necessários e sua disposição no arco; -
Proximidade entre implantes e entre implantes e dentes naturais; - Grau de
reabsorção óssea nos sentidos horizontal e vertical; - Número de dentes
remanescentes e quantidade de suporte ósseo; - Qualidade do remanescente
radicular e grau de dificuldade para tratamento endodôntico e/ou confecção
de núcleo intrarradicular; - Qualidade das coroas dos dentes vizinhos ao
espaço edentado; - Aspecto financeiro, analisando a relação custo/benefício
do tratamento.
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Planejamento e preparo de

próteses fixas e removíveis

Exame do Paciente

Anamnese

Nesta fase, é necessário coletar informações sobre a saúde geral do paciente, incluindo doenças, alergias, aspectos psicológicos, hábitos parafuncionais e histórico de tratamentos odontológicos anteriores.

Exame Físico Extraoral

Após a conversa inicial, realiza-se o exame físico extraoral, observando a pele da face, palpando os tecidos de suporte, avaliando a musculatura e a articulação temporomandibular (ATM).

Exame Intraoral

Na inspeção inicial da cavidade bucal, examinam-se os dentes e o periodonto. Nos dentes, é importante analisar fatores como cáries, restaurações existentes, alterações da faceta estética em prótese existente, estética, oclusão, número e disposição dos dentes, inclinação, tamanho da coroa clínica e vitalidade pulpar.

No periodonto, os principais aspectos a serem observados são recessão gengival, envolvimento de furcas, mobilidade, distâncias biológicas e índice de placa.

Exame Radiográfico

O exame radiográfico é necessário para fornecer informações sobre lesões ósseas, raízes residuais, corpos estranhos, quantidade e qualidade óssea, anatomia radicular e qualidade de tratamento endodôntico.

Modelos de Estudo

A montagem de modelos de estudo em articulador semiajustável (ASA) na posição de relação cêntrica (RC) é importante para avaliar: - Número e comprimento de implantes necessários e sua disposição no arco; - Proximidade entre implantes e entre implantes e dentes naturais; - Grau de reabsorção óssea nos sentidos horizontal e vertical; - Número de dentes remanescentes e quantidade de suporte ósseo; - Qualidade do remanescente radicular e grau de dificuldade para tratamento endodôntico e/ou confecção de núcleo intrarradicular; - Qualidade das coroas dos dentes vizinhos ao espaço edentado; - Aspecto financeiro, analisando a relação custo/benefício do tratamento.

Planejamento

Após a realização dos exames clínico e radiográfico e da montagem dos modelos de estudo em articulador, o dentista deverá analisar a possibilidade de colocação de implantes em vez de optar pelo desgaste de dentes íntegros, ou combinar a colocação de próteses sobre implantes e sobre dentes naturais.

Ao optar pela confecção de prótese fixa sobre implantes, devem ser analisados os seguintes critérios: - Condição psicológica do paciente e seu grau de expectativa; - Experiência e conhecimento do dentista para oferecer o melhor tratamento possível ao paciente.

Patologias Oclusais e Disfunções Temporomandibulares

As considerações relacionadas à prótese fixa e reabilitação oral devem levar em conta as possíveis patologias oclusais e disfunções temporomandibulares.

Preparos de Dentes com Finalidade Protética

O preparo dos dentes com finalidade protética deve ser realizado de acordo com as características e necessidades de cada caso.

Prótese Parcial Removível (PPR)

A prótese parcial removível (PPR) requer um planejamento cuidadoso, incluindo o delineamento e o planejamento do desenho da prótese.

Transmissão da resultante das forças oclusais

em direção ao longo eixo dos dentes

posteriores

Contatos dentários posteriores bilaterais e simultâneos

Dimensão vertical de oclusão (DVO) adequada

O relacionamento maxilomandibular no sentido vertical permite não somente uma aparência estética satisfatória, mas principalmente um equilíbrio muscular durante os processos de mastigação, deglutição e fala.

Guias laterais e anterior

A incorporação desse esquema oclusal em trabalhos de PPF tem sido aconselhada pela maioria dos autores para a prevenção das patologias relacionadas diretamente à oclusão.

contudo, haver perda de inserção periodontal e/ou formação de bolsas periodontais. A progressão da mobilidade associada ao aumento do espaço periodontal é um indicativo de traumatismo oclusal.

Quando forças oclusais anormais são aplicadas a dentes com doença periodontal, estes não respondem com mudanças de adaptação à demanda. Em vez disso, continuam em trauma, desenvolvendo uma mobilidade progressiva. Sabe-se, entretanto, que nesses casos o trauma oclusal pode acelerar o índice de perda de inserção periodontal e perda óssea. Além disso, frequentemente apresentam abscessos periodontais.

Desgaste dentário

Os desgastes dentários são classificados de acordo com a etiologia:

Abrasão: perda de estrutura dentária ou de restauração relacionada com contato dentário proveniente de fricção de objetos sobre os dentes, como escovação com força exagerada, interposição de objetos entre os dentes, etc.

Erosão: perda de estrutura dentária ou de restauração por ação química não relacionada a bactérias, como excesso de ingestão de refrigerantes, frutas ácidas e presença de refluxo gástrico, também conhecido como biocorrosão ou perimólise.

Atrição: perda de estrutura dentária ou de restaurações causada por contato direto com dentes antagonistas, incluindo função normal e hábitos parafuncionais.

Os desgastes dentários provenientes da atrição podem apresentar-se de três maneiras: isolado em elementos dentários localizados na região posterior ou anterior; localizado em caninos com caráter progressivo; e desgaste dentário generalizado.

Controle do desgaste dentário

A preocupação no controle pós-reabilitação dos pacientes com desgaste dentário acentuado deve estar voltada para a manutenção e proteção das próteses contra possíveis desgastes exagerados e fraturas. Um meio adequado e indicado para esse controle é a utilização de placas oclusais lisas, atualmente denominadas placas estabilizadoras, sobre as próteses fixas e/ou removíveis.

Disfunções temporomandibulares (DTMs)

As DTMs constituem uma série de sinais e sintomas de dor e disfunção na musculatura mastigatória, na ATM ou em ambas. Elas são caracterizadas principalmente por dores faciais, dores e ruídos na ATM, dores de cabeça e dificuldade de abertura ou movimentação mandibular.

As DTMs podem ser classificadas em dois grandes grupos:

Patologias musculares: incluem desde mialgias localizadas na musculatura mastigatória (dores musculares esporádicas) até processos crônicos com necessidade de terapias específicas (mialgias mediadas pelo sistema nervoso central e dores miofasciais).

Patologias intra-articulares: englobam as patologias envolvidas no relacionamento côndilo/disco articular e os processos inflamatórios e degenerativos da ATM provenientes dessas alterações estruturais.

Relação entre oclusão e DTMs

Algumas alterações oclusais e/ou esqueléticas aumentam o risco de o indivíduo vir a apresentar DTM: diferença entre MIH e RC maior que 4 mm, mordida aberta anterior, sobrepasse horizontal maior que 6 a 7 mm, mordida cruzada unilateral e cinco ou mais dentes posteriores ausentes.

É importante reiterar que muitas interferências oclusais são causadas por problemas disfuncionais, como os mioespasmos unilaterais ou as doenças articulares em estágios avançados. Portanto, deve-se considerar a hipótese da interferência ser consequência, e não causa, da DTM.

Preparos de dentes com finalidade protética

Retenção

A retenção é a qualidade que uma prótese apresenta de atuar contra as forças de deslocamento ao longo da sua via de inserção. A retenção depende basicamente do contato existente entre as superfícies internas da restauração e as superfícies externas do dente preparado, o que é denominado retenção friccional.

Quanto mais paralelas forem as paredes axiais do dente preparado, maior será a retenção friccional da restauração. Porém, o aumento exagerado da retenção friccional dificulta a cimentação da restauração pela resistência ao escoamento do cimento, impedindo o seu assentamento final e, consequentemente, causando o desajuste oclusal e cervical da restauração.

Fatores relacionados à retenção

Quanto maior a área preparada, maior será a retenção. Meios adicionais de retenção como caixas, canaletas, pinos, orifícios, etc., são importantes para compensar qualquer tipo de deficiência existente no dente a ser preparado. A capacidade de união dos cimentos depende basicamente do contato destes com as microrretenções existentes nas superfícies do dente preparado e da prótese. Nos dentes longos pode-se aumentar a inclinação das paredes para um maior ângulo de convergência oclusal sem prejuízo da retenção.

instalação de processos patológicos no tecido gengival, prejudicando a adaptação da prótese.

Preservação da Saúde Pulpar

O potencial de irritação pulpar durante os preparos dentários depende de diversos fatores, como o grau de inclinação do dente, o calor gerado, a qualidade dos instrumentos utilizados, a quantidade de dentina remanescente, a permeabilidade dentinária, a reação exotérmica dos materiais e o grau de infiltração marginal. Portanto, o profissional deve utilizar uma técnica de preparo que preserve a vitalidade pulpar.

Relação entre Desgaste e Saúde Periodontal

O desgaste excessivo está relacionado à diminuição da retenção da prótese e a danos irreversíveis à polpa. Por outro lado, o desgaste insuficiente pode levar a problemas estéticos e prejudicar o periodonto, devido ao sobrecontorno da prótese.

Localização do Término Cervical

A melhor localização do término cervical do preparo é aquela em que o profissional pode controlar todos os procedimentos clínicos e o paciente tenha condições efetivas de higienização. Geralmente, a extensão cervical pode variar de 2 mm aquém da gengiva marginal livre até 1 mm no interior do sulco gengival, dependendo de fatores como estética, cáries, fraturas e razões mecânicas.

Configurações do Término Cervical

Existem diferentes configurações para o término cervical, de acordo com o material a ser utilizado na restauração:

Ombro ou Degrau Arredondado

Indicado para coroas em cerâmica, anterior ou posterior Desgaste uniforme de 1 mm no término cervical Proporciona espessura uniforme e suficiente à cerâmica

Ombro ou Degrau Biselado

Indicado para coroas metalocerâmicas com ligas de ouro Bisel com inclinação mínima de 45° Melhora o selamento marginal e o escoamento do cimento

Chanfrado

Indicado para coroas metalocerâmicas com ligas básicas, coroas metaloplásticas e restaurações MOD em metal Junção entre parede axial e gengival em segmento de círculo

Facilita a adaptação da peça fundida e o escoamento do cimento

Importância da Estética

A estética da restauração está diretamente relacionada à saúde gengival e à quantidade de desgaste da estrutura dentária. Portanto, é essencial preservar a saúde do periodonto e confeccionar restaurações com forma, contorno e cor adequados.

Preparo para Coroa Metalocerâmica (Técnica

da Silhueta)

Indicações

Coroa total metálica e término cervical nas faces lingual e linguoproximal das coroas metaloplásticas e metalocerâmicas, independentemente da liga a ser utilizada. Término cervical das coroas parciais dos tipos três quartos e quatro quintos.

Sulcos de Orientação

Nas faces vestibular, incisal e linguocervical: Coroas metalocerâmicas confeccionadas com ligas de metais básicos necessitam de 1,2 mm de desgaste na face vestibular e na metade das faces proximais, e 2 mm na incisal. Na região linguocervical, os sulcos deverão apresentar profundidade de ± 0,7 mm. O desgaste na face incisal pode ser menor em pacientes com mais idade devido ao desgaste natural do esmalte.

União dos Sulcos de Orientação e Desgaste da Concavidade

Palatina

Acentua-se o desgaste de 1,2 mm até a metade das faces proximais, por serem também consideradas importantes na estética. No terço cervical da face lingual, o desgaste deve ser de 0,6 mm (chanferete), suficiente para prover resistência à liga metálica.

Desgastes da Metade Íntegra e da Face Proximal

Com o dente vizinho protegido por uma matriz de aço, procede-se à eliminação da convexidade natural dessa área com uma ponta diamantada tronco-cônica fina. Os desgastes proximais devem terminar no nível gengival e deixar as paredes proximais paralelas entre si. O desgaste da metade íntegra é realizado em seguida.

suficientemente preciso, ser hidrofílico, não se deformar ao ser removido da boca, apresentar estabilidade dimensional, não ter cheiro e gosto exagerados, ter boa adesão à moldeira, ser compatível com os materiais de modelos, não apresentar distorção durante o vazamento do molde, e ser passível de desinfecção. Os materiais disponíveis para moldagens são os hidrocoloides reversíveis, os polissulfetos, as siliconas de condensação e adição e os poliéteres.

Polivinil Siloxana ou Polissiloxana Vinílica

Características e Manipulação

É conhecida também como polivinil siloxana ou polissiloxana vinílica. Deve-se esperar pelo menos 1 hora para o seu vazamento. Pode ser vazada em até 48 horas após sua obtenção, sem qualquer tipo de alteração. A polimerização altera na presença de enxofre. Assim, o profissional não pode manipular esse tipo de silicona quando estiver usando luvas, pois ocorrerá uma alteração de sua consistência rígida para uma consistência borrachoide.

Técnicas de Moldagem

Técnica de Dupla Mistura ou de Um Único Tempo

As pastas base e catalisadora do material pesado (massa) são dosadas de acordo com as instruções dos fabricantes, manipuladas até a obtenção de uma mistura homogênea e levadas a uma moldeira de estoque ou individual. As pastas base e catalisadora do material leve são dosadas em comprimentos iguais e misturadas até a obtenção de uma mistura homogênea. Em seguida, carrega-se a seringa e aplica-se uma fina camada do material leve sobre a superfície do material pesado já colocado na moldeira. A seguir, a ponta da seringa é posicionada próximo ao sulco gengival e injeta-se o material com movimentos circulares, preenchendo toda a região do sulco gengival e envolvendo os dentes preparados. Então leva-se a moldeira à boca sem pressioná-la, procurando centralizá-la para conseguir uma impressão com espessura uniforme do material em volta dos dentes e nas regiões adjacentes. Aguarda-se o tempo de polimerização estipulado pelo fabricante e remove-se a moldeira da boca em um movimento único.

Técnica de Dupla Impressão

Essa técnica consiste em realizar uma moldagem primeiro com o material pesado para, em seguida, fazer a segunda moldagem com o material de consistência mais fluida.

As pastas base e catalisadora do material pesado (massa) são manipuladas, colocadas na moldeira de estoque e introduzidas na boca. Remove-se a massa da boca com um movimento único. Um pequeno alívio é feito para criar espaço para a colocação do segundo material de moldagem. Para o reembasamento, as pastas base e catalisadora de consistência leve são misturadas e carregadas na seringa, e a área aliviada do molde é coberta com uma fina camada do material leve. O segundo fio de afastamento é então removido, e injeta-se lentamente o material no sulco gengival e nos dentes preparados. Em seguida, leva-se a moldeira em boca.

Moldagem sem Fio Retrator - Técnica com Casquetes

Individuais

Esse tipo de moldagem é um método mecânico de afastamento gengival que não causa trauma ao periodonto de proteção. Baseia-se na utilização de um casquete de resina acrílica com alívio interno e reembasado na região cervical, que promove o afastamento gengival por ação mecânica imediata sem ação de meios mecânicos (fios) ou químicos (vasoconstritores).

Confecção dos Casquetes em Modelos de Gesso

Delimita-se com grafite uma linha contínua entre a junção do término cervical e as paredes axiais, em volta de todos os dentes preparados. A partir dessa linha, toda a superfície do dente é recoberta com cera em uma espessura aproximada de 0,5 mm, para promover um alívio uniforme no casquete que será preenchido posteriormente com o material de moldagem. O término cervical do dente preparado e a cera são isolados com vaselina sólida e recobertos com resina acrílica ativada quimicamente, deixando maior espessura no sentido vestibulolingual para facilitar o manuseio do casquete durante os procedimentos de reembasamento e moldagem.

Obtenção dos Casquetes por Meio das Coroas Provisórias

Após a remoção das coroas provisórias, é feita a limpeza de sua superfície interna, removendo totalmente o cimento provisório. Coloca-se o alginato em um pote Dappen ou outro recipiente com tamanho suficiente para receber as coroas provisórias. Essas coroas devem ser preenchidas com o alginato e introduzidas no recipiente com o material de moldagem, deixando as faces incisais ou oclusais visíveis. Ocorrida a geleificação do alginato, as coroas provisórias são removidas, e o molde é preenchido com resina até atingir a face incisal/ oclusal, deixando um ligeiro excesso em altura para facilitar seu manuseio. Ocorrida a polimerização da resina, as réplicas das coroas provisórias são removidas do molde de alginato, e procede-se à remoção dos

correspondentes ao término cervical do preparo, são delimitadas com grafite.

Vantagens da Técnica

Garante uma boa moldagem; Requer pouca quantidade de material para preencher o casquete; Qualquer material de moldagem de consistência regular pode ser usado; É indispensável a aplicação do adesivo próprio em toda a superfície interna do casquete e externamente em aproximadamente 2 mm, para estabelecer uma sólida união entre o casquete e o material de moldagem.

Procedimentos de Moldagem

A região que vai ser moldada deve ser isolada com rolos de algodão; Após a manipulação do material de moldagem, preenche-se o casquete, evitando a inclusão de bolhas de ar; O casquete é posicionado lentamente sobre o dente para evitar a inclusão de bolhas; Após o assentamento completo, é preciso certificar-se de que ocorreu extravasamento do material de moldagem ao redor do casquete; O casquete deve ser mantido em posição sob leve pressão, até que ocorra a polimerização final do material de moldagem.

Remoção dos Casquetes

A remoção dos casquetes pode ser feita com moldeira de estoque ou com moldeira individual. O uso da moldeira de estoque com alginato é indicado para elementos isolados, PPFs pequenas uni ou bilaterais, anteriores ou posteriores, que não envolvam todo o arco. Já a remoção com moldeira individual é indicada quando há múltiplos dentes preparados.

Desinfecção do Molde

É importante realizar a desinfecção do molde previamente ao vazamento do gesso ou antes de enviar ao técnico de laboratório, para prevenir a transmissão de doenças infectocontagiosas. Recomenda-se o uso de hipoclorito de sódio a 0,5 ou a 1% para alginato, silicona e poliéter.

Preparo e Adaptação de Núcleo Coronário

Corte do Bastão

O bastão é cortado no nível oclusal ou incisal.

Preparo da Porção Coronal

Utilizam-se pontas diamantadas e discos de lixa para preparar a porção coronal. O preparo segue os princípios de preparo. A parte coronal do núcleo deve apenas complementar a estrutura dentária perdida, dando-lhe forma e características de uma coroa preparada.

Adaptação do Núcleo no Interior do Conduto

A adaptação do núcleo no interior do conduto deve ser passiva. O uso de líquido evidenciador de contato na superfície do pino facilita a identificação dos pontos de contato que interferem no assentamento. A simulação da cimentação com uma silicona fluida também auxilia na detecção dos pontos de contato internos que podem impedir o assentamento e/ou dificultar a cimentação.

Núcleos em Dentes Multirradiculares -

Técnica Direta

Preparo do Conduto

O(s) ponto(s) desgastado(s) deve(m) ser jateado(s) com óxido de alumínio após a adaptação do núcleo. Antes da cimentação, o conduto deve ser limpo com solução descontaminante, lavado com água e seco completamente. A cimentação pode ser realizada com cimentos de ionômero de vidro, fosfato de zinco ou cimentos resinosos.

Confecção do Núcleo

O conduto palatino é moldado em resina, deixando a porção coronal do pino com paredes divergentes para oclusal e lisas. O pino de resina e as paredes da câmara pulpar são isolados, e os outros condutos são moldados. Faz-se o preenchimento com resina da câmara pulpar e da parte coronal do núcleo. Após a polimerização da resina, o pino do conduto palatino é removido e a parte coronal do núcleo é preparada. Com o núcleo e o pino fundidos, realiza-se a cimentação.

Núcleos Pré-Fabricados

Tipos de Pinos Pré-Fabricados

Metálicos ou não metálicos Paralelos ou cônicos Com superfícies lisas, serrilhadas ou rosqueadas

Desvantagens das Coroas Provisórias

Deslocamento frequente Desajustes ou fraturas marginais Inflamação gengival e sangramento Contatos proximais insuficientes Forma anatômica inadequada Cor incompatível com os dentes vizinhos

Características Desejáveis

Adaptação cervical adequada Contorno correto, considerando estética, fonética, posição do dente, forma da raiz, do rebordo alveolar e qualidade do tecido gengival Perfil de emergência harmônico Forma e extensão adequadas da ameia interproximal

Importância da Confecção Adequada

A conscientização do cirurgião-dentista sobre o papel da restauração provisória é um indicador seguro do sucesso da prótese definitiva.

Restaurações Provisórias

Técnicas de Confecção de Coroas Provisórias

Existem diversas formas de confeccionar uma coroa provisória, entre elas:

Técnica da Bolinha

Confecção do preparo Lubrificar o preparo Seleção da cor da resina acrílica Manipulação da resina pó + líquido Faz uma bolinha de resina Posiciona a resina sobre o preparo - paciente deve ocluir em MIH/ impressão do dente antagonista Definição anatômica Ajuste oclusal Acabamento e polimento

Esta técnica é mais indicada para próteses unitárias e para substituição de próteses já existentes, cujos contornos estejam mantidos.

Técnica com Molde de Alginato ou de Silicone

Moldagem prévia com moldeira ou silicone Confecção do preparo Lubrificar o preparo Seleção da cor da resina acrílica

Manipulação da resina pó + líquido Colocação da resina no molde Posicionamento do molde sobre o preparo Remoção do molde após a polimerização

Esta técnica é realizada em laboratório. É a prótese que se aproxima da definitiva, resguardando-se as limitações dos materiais empregados.

Técnica da Casca de Ovo

Realiza o molde de alginato feito a partir do modelo de estudo no qual se realizou o enceramento diagnóstico Aplica com pincel de uma fina camada de resina em toda a superfície do molde correspondente à prótese Após sua polimerização, a "casca" de resina é removida do molde e posicionada na boca para testar sua adaptação Realizar o ajuste da oclusão Faz o reembasamento da prótese provisória Acabamento e o polimento

Técnica do Dente de Estoque

Seleciona o dente de estoque conforme a cor, o tamanho e a forma dos dentes naturais Desgastar em sua face lingual, cervical e/ou incisal, até serem completamente adaptados sobre os dentes preparados no modelo de gesso Vaselinar o dente Inserção e união da faceta do dento de estoque ao dente com resina acrílica (utilizando pincel) Após a resina acrílica tomar presa, é hora de delimitar com a lapiseira o término cervical e as partes a serem desgastadas com a broca maxicut/ minicut Realizar o reembasamento Desgasta novamente os excessos cervicais Verificar adaptação com sonda exploratória Realizar polimento

Vantagens e Desvantagens das Restaurações Provisórias

Vantagens: 1. Maior durabilidade e integridade marginal 2. Resistência aos esforços oclusais 3. Melhor estética 4. Ajuste clínico reduzido

Desvantagens: 1. Custo elevado 2. Maior tempo de confecção 3. Fácil confecção e reparo 4. Tempo clínico reduzido 5. Adaptação marginal razoável 6. Oclusão satisfatória 7. Fácil modificação dos contornos e contatos 8. Alteração de cor a curto prazo 9. Alta porosidade 10. Menor resistência em próteses extensas 11. Favorecem a irritação gengival

Principais tipos de cerâmicas policristalinas:

Cerâmica de Alumina

Elevada tenacidade à fratura Alta resistência flexural (900 a 1200 MPa) Alta opacidade Processo de fabricação por infiltração, compactação ou usinagem Indicada para pilar de implante, infraestrutura de próteses, coroas unitárias, próteses parciais fixas e próteses sobre implante

Cerâmica de Zircônia

Características semelhantes à cerâmica de alumina Indicações semelhantes à cerâmica de alumina

Cimentação de Cerâmicas

A cimentação é um fator crucial para o sucesso de restaurações cerâmicas. As cerâmicas vítreas, por possuírem fase vítrea, permitem o condicionamento ácido e a aplicação de silano, facilitando a cimentação adesiva.

Já as cerâmicas policristalinas, como a zircônia e a alumina, não possuem fase vítrea, dificultando a cimentação adesiva. Nestes casos, é necessário realizar o jateamento com óxido de alumínio para criar micro retenções, ou utilizar cimentos resinosos com monômeros fosfatados que se unem quimicamente aos óxidos metálicos presentes na composição dessas cerâmicas.

Espessura Mínima das Cerâmicas

Cerâmica Feldspática: 2 mm Cerâmica de Leucita: 1,5 mm Cerâmica de Dissilicato de Lítio: 1 mm Cerâmica de Alumina e Zircônia: 0,3 mm

Classificação de Próteses Parciais Removíveis

Modificações em Próteses Parciais Removíveis

Nenhuma área de modificação pode ser incluída em arcadas de classe IV. Outras áreas desdentadas que se encontram posteriores às áreas bilaterais únicas que cruzam a linha média iriam, em vez disso, determinar a classificação. As modificações são espaços adicionais além daquele que fundamenta a classe em si. Uma vez definida a classe, seu espaço não deve ser somado aos demais espaços edentados para a definição da modificação da classe.

Classe II considerados como subdivisão ou modificação da classe, sendo estabelecidos pelo número de espaços. Esse número é usualmente citado em algarismos arábicos, para diferenciar da classe citada em algarismos romanos (p. ex., Classe II – 1). A extensão da área edentada não é importante, mas sim seu número e sua localização. Apenas as Classes I, II e III apresentam modificações. A Classe IV não apresenta modificação, pois, se houvesse, não seria considerada mais Classe IV, e sim Classe III com subdivisões. Na Classe IV, todos os espaços são únicos, anteriores aos dentes remanescentes, independentemente da simetria, e cruzam a linha média.

Importância de um Método de Classificação

O número de combinações das ausências dentais é muito grande e, portanto, difícil de agrupar e descrever sem um critério previamente estabelecido. O emprego de uma classificação direciona o raciocínio para aspectos importantes na discussão de um caso clínico, facilitando toda a abordagem na discussão, principalmente na possibilidade de associar com outros tratamentos.

Biomecânica em Próteses Parciais Removíveis

Planos Anatômicos e Eixos de Rotação

Os planos anatômicos (sagital, frontal e horizontal) permitem a visualização de diferentes eixos de rotação (vertical, horizontal e anteroposterior) da prótese. A compreensão desses eixos de rotação é fundamental para o entendimento da biomecânica em próteses parciais removíveis.

Alavancas em Próteses Parciais Removíveis

A alavanca pode ser descrita como uma barra rígida apoiada em apenas um ponto, denominado fulcro, em torno do qual a alavanca pode se mover. Existem três classes de alavancas, definidas pela localização do fulcro em relação à resistência e à potência: 1ª Classe ou Interfixa: o fulcro é intermediário, entre as duas extremidades da barra. 2ª Classe ou Inter-Resistente: o fulcro está em uma das extremidades, com a resistência posicionada entre o fulcro e a outra extremidade (potência). 3ª Classe ou Inter-Potente: o fulcro está em uma das extremidades, com a potência posicionada entre o fulcro e a outra extremidade (resistência).