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Conjunto de Números Racionais e Irracionais, Slides de Direito

Uma introdução ao conjunto de números racionais e irracionais, explicando suas definições, propriedades e relações entre eles. O documento também aborda a adição, multiplicação e relação de ordem de números reais, além de introduzir a fórmula de bhaskara para resolver equações de segundo grau.

Tipologia: Slides

2023

Compartilhado em 19/04/2024

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Pré-Cálculo
1 Conjuntos Numéricos
1.1 Conjunto dos Números Naturais
O conjunto ¥ = {1, 2, 3, 4, 5, ...} é chamado conjunto dos números naturais e é denotado por ¥.
É o conjunto que possui o 1 e todos os seus sucessores.
1.2 Conjunto dos Números Inteiros
O conjunto ¢ = {..., –4, –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4, ...} é chamado conjunto dos números inteiros e
é denotado por ¢. Esse conjunto é a extensão do conjunto dos números naturais, acrescentando
os elementos negativos e o zero.
1.3 Conjunto dos Números Racionais
O conjunto dos números racionais é denotado por ¤. Um número racional é qualquer número da
forma ,
a
b
em que a, b ¢ e b 0, ou seja,
,,
0.

=∈


aab b
b

Note que ¢ ¤, pois todo número inteiro a podemos escrever da forma .
1
a
1.4 Conjunto dos Números Irracionais
O conjunto dos números irracionais é denotado por I, e é formado pelos números reais que não
podem ser expressos da forma ,
a
b em que a, b ¢ e b 0.
Exemplo: Provar que
2.
Solução: Suponha que
2
¤, sendo assim,
2
= ,
a
b em que
a
b é irredutível. Logo,
2
2
2
2
22
2
(2)
2
2
a
b
a
b
a
b
ba
=

=

=
=
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pf5
pf8
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pfa
pfd

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1 Conjuntos Numéricos

1.1 Conjunto dos Números Naturais

O conjunto ¥ = {1, 2, 3, 4, 5, ...} é chamado conjunto dos números naturais e é denotado por ¥. É o conjunto que possui o 1 e todos os seus sucessores.

1.2 Conjunto dos Números Inteiros

O conjunto ¢ = {..., –4, –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4, ...} é chamado conjunto dos números inteiros e é denotado por ¢. Esse conjunto é a extensão do conjunto dos números naturais, acrescentando os elementos negativos e o zero.

1.3 Conjunto dos Números Racionais

O conjunto dos números racionais é denotado por ¤. Um número racional é qualquer número da

forma^ a , b

em que a , b ∈ ¢ e b ≠ 0, ou seja,

= ^ , ∈ , ≠ 0 .

a a b b b

Note que ¢ ⊂ ¤, pois todo número inteiro a podemos escrever da forma. 1

a

1.4 Conjunto dos Números Irracionais

O conjunto dos números irracionais é denotado por I, e é formado pelos números reais que não

podem ser expressos da forma ,

a b

em que a , b ∈ ¢ e b ≠ 0.

Exemplo: Provar que 2 ∉ .

Solução: Suponha que 2 ∈ ¤, sendo assim, 2 = ,

a b

em que a b

é irredutível. Logo,

2 2

2 2 2 2

a b a b a b

b a

Temos assim que a^2 é par, o que implica que a é par, ou seja, podemos escrever a = 2 m , m ∈ ¢. Deste modo,

2 b^2 = a^2 2 b^2 = (2 m ) 2 2 b^2 = 4 m^2 b^2 = 2 m^2

Portanto, temos que b^2 é par, logo b é par, ou seja, podemos escrever b = 2 n , n ∈ ¢. Contudo, 2 . 2

a m m b n n

Ou seja, um absurdo, pois supusemos que a

b

era irredutível. Portanto, 2 ∉ ¤, ou seja, 2 ∈

I. Outro exemplo conhecido de número irracional é π = 3,1415...

1.5 Conjunto dos Números Reais

O conjunto dos números reais, denotado por ¡, dado por ¡ = ¤ ∪ I, é munido de duas operações, adição (+) e multiplicação (?) e pela relação de ordem (#). Sejam a , b , c ∈ ¡. As operações de adição, multiplicação e a relação de ordem possuem as seguintes propriedades:

A1) Associatividade da adição: a + ( b + c ) = ( a + b ) + c A2) Comutatividade da adição: a + b = b + a A3) Elemento neutro da adição: $0 tal que ∀ a ∈ ¡, 0 + a = a A4) Inverso aditivo: ∀ a ∈ ¡, $ b ∈ ¡ tal que a + b = 0 M1) Associatividade da multiplicação: a? ( b? c ) = ( a? b )? c M2) Comutatividade da multiplicação: a? b = b? a M3) Elemento neutro da multiplicação: $ 1 ≠ 0 tal que ∀ a ∈ ¡, 1? a = a

M4) Inverso multiplicativo: ∀ a ∈ ¡; $ b ∈ ¡ tal que a? b = 1 O1) Reflexão: a # a O2) Antissimétrica: a # b e b # aa = b O3) Transitividade: a # b e b # ca # c O4) Tricotomia: a < b ou a = b ou a > b OA) Consistência com respeito a adição: a # ba + c # b + c OM) Consistência com respeito a multiplicação: Seja c > 0, então, a # ba? c # b? c D) Distributividade: ( b + c ) = a? b + a? c

FigSN_

b a (^) n a (^) n − 1 a (^) n 2 ... a (^) 2 a 1 a 0 a (^) n a 1 b (^) + a (^) n − 1 ( a 1 b (^) + a (^) n 1 ) b (^) + a (^) n − 2 r

ou seja, colocamos a raiz de g ( x ) à esquerda e os coeficientes de p ( x ) à direita, e reescrevemos o coeficiente an na linha de baixo. O coeficiente a (^) n será multiplicado por b , que é a raiz de g ( x ) e somado com o coeficiente an – 1. O resultado será colocado abaixo desse coeficiente, como no esquema acima. Em seguida, esse valor será multiplicado por b e somado com o coeficiente an – 2 , e o resultado será colocado abaixo deste, repetindo este procedimento até que acabem os coe- ficientes. O último valor encontrado será o resto da divisão. Os demais valores encontrados na linha inferior serão os coeficientes de q ( x ), que é o quociente da divisão, em que o último desses valores sempre acompanhará a variável, cujo o expoente é zero. Exemplo: Divida x^3 – 4 x + 2 por x – 2. Solução: Primeiro calculamos a raiz do divisor x – 2, sendo assim, x – 2 = 0 ⇒ x = 2. Observe que no polinômio x^3 – 4 x + 2 o coeficiente de x^2 é 0, ou seja, x^3 – 4 x + 2 = x^3 + 0 x^2 – 4 x + 2. Utilizando o algoritmo de Briot-Ruffini, temos que

FigSN_

(^2 1 0 4 ).

Vamos resolver passo a passo, inicialmente reescrevemos 1 na linha inferior,

FigSN_

2 1 0 4 2 1

em seguida multiplicamos 1 por 2 e somamos o resultado com o coeficiente 0, ou seja, 1⋅ 2 + 0 = 2. Esse resultado deve ser escrito embaixo do coeficiente 0.

FigSN_

2 1 0 − 4 2 1 2

Agora multiplicamos 2 por 2 e somamos o resultado com o coeficiente –4, ou seja, 2 ⋅ 2 + (–4) =

  1. Esse resultado deve ser escrito embaixo do coeficiente –4.

FigSN_

2 1 0 4 2 1 2 0

Do mesmo modo, multiplicamos 0 por 2 e somamos o resultado com o coeficiente 2, ou seja, 0 ⋅ 2 + 2 = 2. Esse resultado deve ser escrito embaixo do coeficiente –4.

FigSN_

2 1 0 4 2 1 2 0 2

Obtemos, assim, que o resto da divisão é 2 e o polinômio quociente é x^2 + 2 x. Portanto, x^2 + x – 4 x + 2 = ( x^2 + 2 x )( x – 2) + 2.

3 Fatoração

A fatoração é o processo de se transformar uma soma de duas ou mais parcelas em um produto de dois ou mais fatores. É bastante utilizada na simplificação de expressões, na resolução de equações, entre outras aplicações.

Uma das formas mais simples de fatoração consiste em colocar, quando possível, o fator comum nas parcelas em evidência.

Exemplo: a + ab = a (1 + b ).

Exemplo: a^2 b + ab^2 = ab ( a + b ).

Outra forma é o agrupamento, que consiste em reagrupar os termos, de modo que se possa colocar um fator em evidência.

Exemplo: ac + ad + bc + bd = a ( c + d ) + b ( c + d ) = ( a + b )( c + d ).

3.1 Produtos Notáveis

Produtos notáveis são produtos entre números, polinômios ou expressões algébricas, que podem ser resolvidos por meio de padrões. Dados a e b considere os seguintes produtos:

  1. Quadrado da soma: ( a + b ) 2 = a^2 + 2 ab + b^2
  2. Quadrado da diferença: ( ab )^2 = a^2 – 2 ab + b^2
  3. Produto da soma pela diferença: ( a + b )( ab ) = a^2 – b^2
  4. Cubo da soma: ( a + b )^3 = a^3 + 3 a^2 b + 3 ab^2 + b^3
  5. Cubo da diferença: ( ab )^3 = a^3 – 3 a^2 b + 3 ab^2 – b^3

3.2 Completamento de Quadrados

O completamento de quadrados é utilizado para fatorar parcialmente expressões quadráticas, que não são trinômios quadrados perfeitos. Sendo assim, dado ax^2 + bx + c , tem-se: 2 2 2 2 2 2 2

(^2 2 ) 2

bx c bx c b b ax bx cx a x a x a a a a a a

b c b b b a x a x c a a a a a

 ^ ^ 
  +^  +^ −^ =^  +^  +^ −

.

4 Equações

Uma equação é uma relação de igualdade entre duas expressões, envolvendo uma ou mais in- cógnitas. O objetivo é resolver a equação, ou seja, queremos encontrar os valores das incógnitas que fazem com que a equação seja válida, esses valores são chamados de raízes ou soluções da equação.

4.1 Equação Polinomial

Uma equação polinomial é uma equação na forma

a 0 + a 1 x + a 2 x^2 + ... + an – 1 x n^ – 1^ + xn x n^ = 0

na incógnita x. Dizemos que x = x 0 é raiz do polinômio se a 0 + a 1 x 0 + a 2 x^20 + ... + a n (^) − 1 x 0 n −^1 +

0

n x xn = 0.

2

2

2

b b b^ ac b x a a a a b b^ ac x a a b b ac x a

Portanto, as raízes da equação ax^2 + bx + c = 0, com a ≠ 0, são dadas por

(^2 )

2

b b ac x a

conhecida popularmente como a fórmula de Bhaskara. Denotamos por D = b^2 – 4 ac o discrimi- nante da equação. Quando D > 0, a equação possui duas raízes reais distintas, agora se D = 0 a equação só possui uma raiz real, mas se D < 0 a equação não possui raízes reais.

5 Desigualdade

Uma desigualdade é uma relação de ordem entre elementos de um conjunto. Dizemos que a é menor que b , que representamos por a < b , se existe um c tal que b = a + c. Dizemos que a é maior que b , que representamos por a > b , quando b < a. Também podemos dizer que a é menor que ou igual a b , que representamos por a # b , ou que a é maior que ou igual a b , que representamos por a $ b.

Propriedades: Sejam a , b , c e d elementos do conjunto.

  • Se a # b , então b $ a.
  • Se a # b e b # c , então a # c.
  • Se a # b , então a + c # b + c.
  • Se c $ 0 e a # b , então ac # bc.
  • Se c # 0 e a # b , então ac $ bc.
  • Se a # b e c # d , então a + c # b + d.
  • | a + b | # | a | + | b | (Desigualdade triangular).

5.1 Intervalos

Um intervalo é o conjunto de números reais compreendidos entre dois valores a e b. A inclusão ou exclusão dos valores a e b no intervalo permite definir diferentes tipos de intervalos.

Intervalo Aberto: ] a , b [ = { x ∈  | a < x < b}.

Intervalo Fechado: ] a , b [ = { x ∈  | a # x # b }.

Intervalo Misto: [ a , b [ = { x ∈  | a # x < b } e ] a , b ] = { x ∈  | a < x # b }.

Intervalo Ilimitado: Dado a ∈ ¡, definimos

]– ∞, a [ = { x ∈  | x < a }, ] a , ∞[ = { x ∈  | x > a }, ]– ∞, a ] = { x ∈  | x # a }, [ a , ∞[ = { x ∈  | x $ a }.

Podemos também representar o conjunto ¡ por ]– ∞, ∞[.

Observação : Do mesmo modo podemos representar de maneira adequada os intervalos nos ou- tros conjuntos numéricos. Exemplo: a) {1, 2, 3, 4, 5} = { x ∈  | 1 # x # 5}. b) {–2, –1, 0, 1, 2, 3, 4} = { x ∈  | –2 # x < 5}. c) ]1, 7] = { x ∈  | 1 < x # 7}.

5.2 Inequação

Inequação é uma relação de desigualdade envolvendo uma ou mais incógnitas.

5.2.1 Inequação de 1 o^ Grau

Uma inequação é dita de 1o^ grau se é equivalente a ax # b ou ax < b ou ax > b ou ax $ b , em que a , b são constantes reais e a ≠ 0.

Exemplo: Resolva a inequação 7 – 3 x < 10.

Solução:

7 3 10 7 3 7 10 7 3 3 3 3 3 3 3 ( 1) 3( 1) 3

x x x x x x x − < − − < − − < − <

− < − − > −

Portanto, S = { x ∈  | x > –3} é o conjunto solução.

Exemplo: Resolva a inequação 2 x – 1 # x + 1 # 3 x – 1

Solução: Sabemos que temos duas inequações:

  1. 2 x – 1 # x + 1;
  2. x + 1 # 3 x – 1.

Para facilitar o raciocínio vamos utilizar a seguinte tabela:

Fator ] – ∞, 2[ ]2, 3[ ]3, ∞[ ( x – 2) – + + ( x – 3) – – + ( x – 2)( x – 3) + – + Portanto, concluímos que x^2 – 5 x + 6 $ 0 quando x ∈ ] – ∞, 2] ou x ∈ [3, ∞[, ou seja, S = { x ∈  | x # 2 ou x $ 3} é o conjunto solução. Exemplo: Resolva a inequação 0 # x^2 – x #20. Solução: Sabemos que temos duas inequações:

  1. 0 # x^2 – xx^2 – x $ 0;
  2. x^2 – x # 20 ⇒ x^2 – x – 20 # 0. Resolvendo (1) temos que x^2 – x = x ( x – 1), sendo assim, as raízes são x 1 = 0 e x 2 = 1. Vamos analisar cada um dos fatores de tal modo que satisfaça x ( x – 1) $ 0. Iniciando para x , temos que x $ 0, ou seja, esse fator é positivo quando x > 0 e negativo quan- do x < 0, valendo zero quando x = 0. Agora para ( x – 1), temos que x – 1 $ 0 ⇒ x $ 1, ou seja, esse fator é positivo quando x > 1 e negativo quando x < 1, valendo zero quando x = 1. Para resolver x ( x – 1) $ 0 devemos analisar o produto dos fatores, para identificar quando é positivo e quando é negativo. Como x^2 – x = 0 quando x = 0 e x = 1, vamos dividir a reta real nos seguintes intervalos: ] – ∞, 0[, ]0, 1[ e ]1, ∞[, e analisar o sinal do polinômio em cada um deles. Utilizando a seguinte tabela, temos que:

Fator ] – ∞, 0[ ]0, 1[ ]1, ∞[ x – + + ( x – 1) – – + x ( x – 1) + – +

Concluímos que x^2 – x $ 0 quando x ∈ ] – ∞, 0] ou x ∈ [1, ∞[, ou seja, S 1 = { x ∈  | x # 0 ou x $ 1}. Resolvendo (2) vamos inicialmente fatorar a expressão x^2 – x – 20, encontrando suas raízes. Sabemos que para encontrar as raízes podemos utilizar a fórmula de Bhaskara, logo:

2 1 2

4 e 5. 2 1 2

x x x x

Portanto, temos x^2 – x – 20 = ( x + 4)( x – 5) # 0. Para resolver essa inequação devemos analisar cada um dos fatores individualmente. Iniciando para ( x – 5), temos que x – 5 # 0 ⇒ x # 5, ou seja, esse fator é positivo quando x > 5 e negativo quando x < 5, valendo zero quando x = 5. Agora para ( x + 4), temos que x + 4 $ 0 ⇒ x $ –4, ou seja, esse fator é positivo quando x > –4 e negativo quando x < –4, valendo zero quando x = –4. Para resolver ( x – 5)( x + 4) # 0 devemos analisar o produto dos fatores, para identificar quan- do é positivo e quando é negativo. Como x^2 – x + 20 = 0 quando x = 5 e x = –4, vamos dividir a

reta real nos seguintes intervalos: ] – ∞, –4[, ] –4, 5[ e ]5, ∞[, e analisar o sinal do polinômio em cada um deles. Para facilitar o raciocínio vamos utilizar a seguinte tabela:

Fator ] – ∞, –4[ ] – 4, 5[ ]5, ∞[ ( x + 4) – + + ( x – 5) – – + ( x + 4)( x – 5) + – +

Logo, concluímos que x^2 – x + 20 # 0 quando x ∈ [–4, 5], ou seja, S 2 = { x ∈  | –4 # x # –5} é o conjunto solução. Agora que obtivemos a solução de x^2 – x $ 0 e x^2 – x – 20 # 0, temos que o problema inicial requer que as duas inequações sejam satisfeitas simultaneamente, ou seja,

S = S 1 ∩ S 2 = { x ∈  | x # 0 ou x $ 1} ∩ { x ∈  | –4 # x # 5} ⇒ S = { x ∈  | –4 # x # 0 ou 1 # x # 5}.

6 Funções

Uma função f é uma aplicação que associa a cada elemento x de um conjunto A , um único ele- mento f ( x ) de um conjunto de B. O conjunto A é chamado de domínio de f , denotado por D (^) f , que é o conjunto de todos os valores de x para os quais f está bem definida. Já o conjunto B é chama- do contradomínio de f , que pode ser qualquer conjunto que contenha, dentre outros elementos, os valores de f ( x ). Temos também a imagem de f e indica-se por Im f , que é o conjunto de todos os valores de f ( x ) obtidos a partir de xA. É possível representar graficamente a função f , ou seja, o gráfico de f é o conjunto dos pares ordenados ( x , f ( x )), tal que xA.

Características de uma Função: Seja f : AB. Temos que:

  • Todo elemento xA deve estar associando a um elemento yB.
  • Nem todo elemento de B precisa estar associado a um elemento de A.
  • Um elemento de B pode estar associado a mais de um elemento de A.
  • Nenhum elemento de A pode estar associando a mais de um elemento de B.

Uma função de uma variável real a valores reais é dada por f : AB , em que A e B são sub- conjuntos de ¡. Além disso, é comum denotarmos uma função desse tipo simplesmente por y = f ( x ), xA.

6.1 Operações com Funções

Dadas as funções f e g , tais que D (^) fD (^) g ≠ 0 , definimos as operações:

  • Soma de f e g : a função f + g dada por: ( f + g )( x ) = f ( x ) + g ( x ) para todo xDfD (^) g.
  • Produto de f e g : a função (^) fg  dada por: ( f g ^ )( ) x = f ( ) x g x ( ) para todo xDfD (^) g.

Função Quadrática Uma função f : ¡ → ¡ dada por f ( x ) = ax^2 + bx + c , em que a , b , c são coeficientes e a ≠ 0, denomina-se função quadrática. O gráfico da função quadrática é uma parábola, e sua posição no plano cartesiano depende diretamente dos coeficientes a , b , c. O coeficiente a determina se a concavidade da parábola está para cima ou para baixo, ou seja, se a > 0, a parábola é côncava para cima, agora se a < 0, a pará- bola é côncava para baixo. O coeficiente c determina o ponto em que a parábola intercepta o eixo y , que é o ponto (0, c ). O coeficiente b se refere à inclinação da parábola após passar pelo eixo y. As raízes x 1 e x 2 da função são determinadas resolvendo a equação ax^2 + bx + c = 0, ou seja, f ( x ) = 0, que determina os pontos em que a parábola intercepta o eixo x , sendo eles ( x 1 , 0) e ( x 2 , 0). O vértice da parábola é o ponto de máximo ou mínimo dependendo da concavidade, denotado por V = ( xv , yv ). Como o gráfico de f ( x ) = ax^2 + bx + c é simétrico, temos que para determinar xv basta fazer a média aritmética das raízes da função, ou seja,

2 2

1 2

v 2 2 2

b b ac b b ac x x (^) a a b x a

Agora, para determinar y (^) v , basta substituir x (^) v na função, ou seja, (^2 2 2 ) 4 ( ). v v 2 2 4 2 4 4

b b b b b ac y f x a b c c a a a a a a

 −   −  − + D

Portanto, V = ,^. 2 4

b a a

 − D

Exemplo: Considere a função f ( x ) = x^2 + 1, determine o domínio, a imagem de f e construa o gráfico.

Solução: A expressão x^2 + 1 pode ser calculada para qualquer valor de x ∈ ¡. Sendo assim,

D (^) f = ¡.

Por outro lado, temos que x^2 > 0 para todo z ∈ ¡, logo, x^2 + 1 $ 1. Portanto,

Im f = { y ∈  y >1}.

0 1

1

2

2

3

3

4

4

5

5

− 1 − 1

− 2

− 2

− 3

− 3

− 4

− 4

− 5

0 1 2 3

− 1

− 2

− 3

1 2 5 10

2

5

10

x f(x)