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Este documento discute a crescente utilização de agrotóxicos no brasil, especialmente os organofosforados (of), e seus efeitos negativos na saúde humana. Apresenta sintomas comuns em intoxicações agudas e crônicas, causas comuns, como falta de informação e uso inadequado de equipamentos de proteção, e estatísticas de intoxicações por of no brasil. Além disso, discute a classificação de toxicidade de of e os tipos de síndromes que podem ocorrer.
Tipologia: Notas de estudo
Compartilhado em 07/11/2022
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Alanna Vommaro Marina Alves Vieira Natália dos Santos Leal Oliveira Rosemeire Gomes Massiço Sintia Emilia de Aguiar Dutra Aquino
Governador Valadares 2010
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Farmácia Generalista da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Vale do Rio Doce, para obtenção do grau de bacharel em Farmácia Generalista.
Governador Valadares 2010
Aos nossos familiares, amigos e aos
professores, e em especial a nossa
orientadora Claudine Menezes e co-
orientadora Gabriela Freitas pela dedicação,
paciência e compreensão durante a
realização deste trabalho de suma
importância para nós.
Agradecemos a Deus por estar ao nosso lado
em todos os momentos. Aos nossos pais,
pelo exemplo de vida e por nos ajudarem a
subir mais este degrau na nossa profissão. E
a todos os nossos amigos e familiares que
nos apoiaram. Muito obrigada a todos!
Pesticides are regulated by Law 7802 of July 11, 1989 that has provided research to the final destination of the waste and packaging of pesticides, their components and related products. This regulation is important because it will monitor the use of pesticides which is still the main strategy for combating and preventing domestic and agricultural pests. These are divided into classes: cholinesterase inhibitors (organophosphates and carbamates), pyrethrins and pyrethroids, and organochlorines. And exposure to them occurs through occupational, or accidental food. The organophosphates were synthesized to replace the organochlorines, and are distinguished by high levels of consumption and toxicity. The action of these pesticides is by inhibiting enzymes in the body, especially the acetylcholinesterase, leading to an accumulation of acetylcholine in nerve synapses, triggering a series of parasympathomimetic effects. The increasing use of pesticides in Brazil made it to become a world leader in consumption, increasing the number of poisonings in the country, generating higher government spending and making this a concern in the public health, since the direct or indirect exposure these compounds cause acute poisoning and chronic diseases (syndromes) that are evidenced by changes in the performance of the muscular, nervous, endocrine and immune systems, led to the accumulation of acetylcholine. And it is also a potential condition for the onset of cancer, acting as initiators, or altering the DNA as tumor promoters, stimulating cancer cell to divide wildly. Often, the lack of information, misuse, application of huge doses of pesticides and lack of use of personal protective equipment are causes of poisoning, and consequently there is the appearance of signs and symptoms within minutes or up to twelve hours after exposure, where the clinical presentation consists of muscarinic effects, nicotinic and central nervous system. The diagnosis is based on the history of poisoning reported by the patient or guardian, medical history, clinical manifestations, lower levels of acetylcholinesterase and response to treatment. It is important to monitor the clinical and laboratory exams to monitor whether the levels of acetylcholinesterase and the body's vital functions, but it is important to remember that it is presented with abnormal function in specific diseases. Thus, a correct diagnosis is essential to prevent and provide appropriate treatment, which can be done by general measures where what is done is to attempt to keep the cardiovascular and respiratory function, control seizures (usually use the diazepam), lavage depending on the severity and progression, activated charcoal is indicated at a dose of 50g (loading dose) and 25 g every six hours for maintenance for 48 hours in the case of organophosphates, as there is a risk of drug present recirculation. And also by measurements of specific order, where there are muscarinic symptoms that are evident when we perform an exercise that atropinization anticholinergic action, effectively antagonizing the actions on muscarinic receptor sites. The reversal of the effects of nicotinic and peripherals can be done with by pralidoxime (Contrathion ®) for the acetylcholinesterase releases its normal function.
Keywords: Pesticides; Organophosphorus; Exposition; Acetylcholine; Signs and Symptoms; Diagnóstio laboratory.
ACh - Acetilcolina
AChE - Acetilcolinesterase
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
art. - Artigo
CIT - Centros de Informações Toxicológicas
CL 50 - Concentração Letal
DL 50 – Dose Letal
DNA - Ácido desoxirribonucleico
Ed. - Editora
EPI - Equipamento de Proteção Individual
EUA – Estados Unidos da América
g - Grama
IARC - Agência Internacional de Pesquisa em Câncer
IDA - Ingestão Diária Aceitável
IMA - Instituto Mineiro de Agropecuária
INCA - Instituto Nacional de Câncer
kg - kilograma
LMR - Limite Máximo Residual
mg - miligrama
n° - Número
OF – Organofosforados
p – Página
PARA - Programa Nacional de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos
SCIELO - Scientific Eletronic Library Online
SINITOX - Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas
SNA - Sistema Nervoso Autônomo
: Maior ou igual que
: Maior que
%: Por cento
TABELA 1: Classificação toxicológica dos agrotóxicos baseados na Dose Letal 50 e na
Concentração Letal 50 de formulações líquidas e sólidas.................................................
TABELA 2: Informações sobre a classificação toxicológica e ingestão diária aceitável
dos inseticidas organofosforados.....................................................................................
QUADRO 1: Princípio ativo e nomes comerciais de alguns praguicidas
organofosforados.............................................................................................................
QUADRO 2: Principais sintomas de intoxicação por inibidores da colinesterase e os
sistemas afetados decorrentes da intoxicação..................................................................
dados estatísticos dos Centros de Toxicologia de Belo Horizonte, Campinas,
Florianópolis, Ribeirão Preto, Londrina e Maringá, mostram que, de 495 casos de
intoxicações ocupacionais, cerca de 34,9% foram devidos a organofosforados; de 622
casos de tentativas de suicídio, 38,1% resultaram do uso de compostos deste grupo; de
38 casos de óbitos, 44,7% foram devidos a organofosforados (CAVALIERE, 1996).
O presente estudo teve como objetivo geral desenvolver uma revisão bibliográfica
dos praguicidas organofosforados abordando a sua toxicidade no ser humano seja por
intoxicação ocupacional, acidental ou alimentar.
Revisão bibliográfica dos praguicidas organofosforados abordando a sua
toxicidade no ser humano seja por intoxicação ocupacional, acidental ou alimentar,
apresentando dados estatísticos que comprovem seu risco à saúde.
Conhecer a toxicologia dos praguicidas organofosforados; Demonstrar a vasta utilização destes produtos no país; Identificar na literatura revisada dados estatísticos que comprovam o risco da exposição a nível ocupacional, acidental e alimentar; Esclarecer as normas de utilização destes produtos através da legislação vigente no Brasil.
Segundo o Artigo 2º da Lei 7.802 de 11 de julho de 1989, agrotóxicos e produtos
afins são aqueles agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao
uso nos setores de: produção, no armazenamento e beneficiamento; de produtos
agrícolas; nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas; outros
ecossistemas; e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais com a finalidade
alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres
vivos considerados nocivos.
De acordo com o mecanismo de ação, os agrotóxicos podem ser divididos em:
inibidores da colinesterase (OF e carbamatos), piretrinas e piretróides e organoclorados
(OGA, 2003).
Segundo a ANVISA (BRASIL, 2002), a classificação dos agrotóxicos é realizada
com base no grau de toxicidade do produto sendo estabelecidas quatro classes: classe I –
Extremamente Tóxico; classe II – Altamente Tóxico; classe III – Medianamente Tóxico
e classe IV – Pouco Tóxico.
A classificação toxicológica dos agrotóxicos está apresentada na Tabela 1, tendo
como parâmetros a Dose Letal (DL 50 ) e a Concentração Letal (CL 50 ), que representam
as doses estatisticamente derivadas a partir da administração única de uma substância
química a qual se espera causar a morte de 50% dos animais de uma dada população de
organismos expostos, de acordo com a via de administração, em condições
experimentais definidas.
Tabela 1: Classificação toxicológica dos agrotóxicos baseados na Dose Letal 50 e na Concentração Letal 50 de formulações líquidas e sólidas.
Classe Toxicidade _DL 50 oral (mg kg-^1 )_ Líquido Sólido
_DL 50 dérmica (mg kg-^1 )_ Líquido Sólido
CL 50 inalatória
I Extremamente ≤ 20^ ≤ 50^ ≤ 40^ ≤ 10^ ≤ 0, II Altamente 20 -^200 5 -^50 40 -^400 10 -^100 0,2-2, III Medianamente 200 -^2000 50 -^500 400 -^4000 100 -^1000 2,0-20, IV Pouco tóxico >2000^ >500^ > 4000^ >1000^ > 20, DL: Dose Letal CL: Concentração Letal Fonte: AMARAL, 2007.
A utilização dos OF têm se tornado mais frequente no Brasil, assim como na
maioria dos países em desenvolvimento, eles são utilizados principalmente como
inseticidas (agrícola, doméstico e veterinário), mas também como acaricidas,
nematicidas, fungicidas e herbicidas, no controle de parasitas em fruticultura,
horticultura, cultura do algodão, cereais, sementes e plantas ornamentais. São
rapidamente hidrolisados, tanto no meio ambiente, como nos meios biológicos, e
altamente lipossolúveis, com alto coeficiente de partição óleo/água (OGA, 2003).
A existência dos OF chegou à terceira idade, após 65 anos de sua síntese e em
mais de 50 anos de uso acumularam-se inúmeros casos de intoxicação descritos na
literatura. São muitos os fatos envolvendo os praguicidas em intoxicações acidentais,
ocupacionais e suicidas e que assim desenvolveram seqüelas ou até mesmo morreram
devido à exposição a estes praguicidas usados como armas químicas em cultivos
variados (ROCHA JÚNIOR et al., 2004). No mercado atual existem inúmeros
praguicidas OF, alguns deles estão representados no quadro 1:
Quadro 1: Princípio ativo e nomes comerciais de alguns praguicidas organofosforados
Fonte : OGA, 2003. p 440
Princípio ativo Nome comercial Princípio ativo Nome comercial Acefate Orthene® Leptofos Phosvel® Azinfos metil Gusathion® Malation / Metamidofos Monitor® Clorfevinfos Birlane® Metil Paration / Mevinfos Fosdrin® Clorpirifos Dursban® Monocrotofos Azodrin® Coumafos Co-Ral® Metil Oxidemeton Metasistox R® Demeton Systox® Phorate Thimet® Diazinon / Diclorvos
DDVP® Phosalone Azofene®
Dicrotofos Bidrin® Fosfolan Cylan® Dimethoate Defend® Metil primifos Actellic® Disulfoton Disyston® Profenofos Curacron® Edifentos / Ethion Ethanox® Sulprofos Bolstar® Etil parathion Paration® Temefos Abate® Fenitrotion Agrotion® / Sumition®
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