Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Desafios e Realidades da Carreira de Arquitetos Recém-Formados no Sul de Santa Catarina, Esquemas de Arquitetura

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre as principais dificuldades enfrentadas por arquitetos recém-formados no início de suas carreiras no sul de santa catarina. O documento aborda as atribuições do artigo, as áreas de atuação possíveis em arquitetura e urbanismo, e os obstáculos à atuação dos profissionais. Além disso, o texto discute as preparações acadêmicas e profissionais dos arquitetos e os maiores desafios encontrados na carreira.

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Jacirema68
Jacirema68 🇧🇷

4.5

(122)

227 documentos

1 / 41

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO PARA EGRESSOS DE CURSOS DE
ARQUITETURA E URBANISMO1
Michele Wanderlind Domingos Ortega2
Resumo: Este artigo busca compreender quais são as lacunas e onde estão as possibilidades a
serem exploradas pelos egressos em arquitetura. Com um panorama claro e objetivo com
propostas de apresentar um caminho para dirimir desafios e aumentar o retorno dos primeiros
anos de formação e avaliar a aceitação dessa proposta com as pessoas que já estão no mercado
de trabalho. A metodologia realizada foi através de pesquisa teórica sobre as principais
dificuldades profissionais e sobre o que constitui um profissional estável e também o cenário
atual do profissional de arquitetura. O método aplicado para as avaliações regionais foi o envio
via aplicativo de comunicação virtual, de um formulário de pesquisa com questões sobre a
formação e avaliações dos primeiros anos de carreira.
Palavras-chave: Egressos. Carreira. Mentoria.
1 INTRODUÇÃO
Me formei em Arquitetura e Urbanismo em 2008, na Universidade do Sul de Santa
Catarina, UNISUL, e acreditei estar pronta para iniciar minha carreira como arquiteta. Já havia
feito alguns estágios em escritórios de arquitetura e julguei que soubesse montar um portfólio,
orçamento, promover meu trabalho, encontrar clientes e me lançar no mercado de trabalho. A
verdade é que eu mal sabia encontrar minha identidade visual, desde a forma de apresentar-me
ao cliente (vestuário que condissesse com a minha personalidade real) até o cartão.
Orçamentação e precificação estavam totalmente fora de qualquer parâmetro aceitável para um
bom profissional.
Para minha surpresa praticamente todos meus colegas passavam pela mesma situação.
Apenas 09 anos após minha graduação, e com auxílio de um consultor de empresas foi
que encontrei segurança e uma abertura para minha carreira. Porém, percebi que era algo muito
austero para todas as profissões e não algo voltado à arquitetura, que tem características
específicas de apresentação, posicionamento, orçamentação, etc.
A partir dessa percepção, este artigo vem entender quais as reais dúvidas e desafios dos
egressos do curso de arquitetura no início de suas carreiras e em que situações pode-se criar
1 Trabalho de conclusão de curso apresentado ao MBA em gestão de Obras e projetos da Universidade do Sul de
Santa Catarina – Unisul, orientado por: José Humberto Dias de Tolêdo, Ms
2 Graduada em 2008 pela Universidade do Sul de Santa Catarina, UNISUL.
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Desafios e Realidades da Carreira de Arquitetos Recém-Formados no Sul de Santa Catarina e outras Esquemas em PDF para Arquitetura, somente na Docsity!

POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO PARA EGRESSOS DE CURSOS DE

ARQUITETURA E URBANISMO^1

Michele Wanderlind Domingos Ortega^2 Resumo: Este artigo busca compreender quais são as lacunas e onde estão as possibilidades a serem exploradas pelos egressos em arquitetura. Com um panorama claro e objetivo com propostas de apresentar um caminho para dirimir desafios e aumentar o retorno dos primeiros anos de formação e avaliar a aceitação dessa proposta com as pessoas que já estão no mercado de trabalho. A metodologia realizada foi através de pesquisa teórica sobre as principais dificuldades profissionais e sobre o que constitui um profissional estável e também o cenário atual do profissional de arquitetura. O método aplicado para as avaliações regionais foi o envio via aplicativo de comunicação virtual, de um formulário de pesquisa com questões sobre a formação e avaliações dos primeiros anos de carreira. Palavras-chave: Egressos. Carreira. Mentoria. 1 INTRODUÇÃO Me formei em Arquitetura e Urbanismo em 2008, na Universidade do Sul de Santa Catarina, UNISUL, e acreditei estar pronta para iniciar minha carreira como arquiteta. Já havia feito alguns estágios em escritórios de arquitetura e julguei que soubesse montar um portfólio, orçamento, promover meu trabalho, encontrar clientes e me lançar no mercado de trabalho. A verdade é que eu mal sabia encontrar minha identidade visual, desde a forma de apresentar-me ao cliente (vestuário que condissesse com a minha personalidade real) até o cartão. Orçamentação e precificação estavam totalmente fora de qualquer parâmetro aceitável para um bom profissional. Para minha surpresa praticamente todos meus colegas passavam pela mesma situação. Apenas 09 anos após minha graduação, e com auxílio de um consultor de empresas foi que encontrei segurança e uma abertura para minha carreira. Porém, percebi que era algo muito austero para todas as profissões e não algo voltado à arquitetura, que tem características específicas de apresentação, posicionamento, orçamentação, etc. A partir dessa percepção, este artigo vem entender quais as reais dúvidas e desafios dos egressos do curso de arquitetura no início de suas carreiras e em que situações pode-se criar (^1) Trabalho de conclusão de curso apresentado ao MBA em gestão de Obras e projetos da Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul, orientado por: José Humberto Dias de Tolêdo, Ms (^2) Graduada em 2008 pela Universidade do Sul de Santa Catarina, UNISUL.

facilitadores para um maior sucesso e efetivação das suas carreiras, reduzindo assim abandono das profissões. 1.1 PROBLEMA DA PESQUISA Quais as maiores dúvidas e desafios dos arquitetos recém-formados (até 10 anos de formação) que desejam trabalhar, de forma independente, (como empresários, MEI, autônomos, freelances, etc.), no estabelecimento de suas carreiras? E, quais oportunidades podem ser desenvolvidas para reduzir o desgaste dos primeiros anos de formados aumentando os resultados e satisfação profissional? 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral Identificar os desafios dos egressos até 10 anos de formados do curso de Arquitetura e Urbanismo e as oportunidades possíveis para aumentar a satisfação profissional nos primeiros anos da carreira. 1.2.2 Objetivos Específicos  Apresentar as oportunidades de atuação para os egressos de Arquitetura e Urbanismo além da abertura de escritórios de prestação de serviços;  Sugerir a possibilidade de cursos de complementação para apresentação desses serviços e oportunidades;  Compreender os maiores desafios dos egressos de Arquitetura e Urbanismo;  Sugerir soluções para os desafios de acordo com as origens dos desafios;  Avaliar viabilidade de implementação de programa de mentoria para Arquitetos recém- formados.

2.2 MERCADO DE TRABALHO E VISÃO SOCIAL DO PROFISSIONAL DE

ARQUITETURA

A jornalista Cristina Serra (2015) no programa Fantástico da Rede Globo com exibiu uma reportagem realizada em conjunto com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo- CAU-BR sobre a utilização dos serviços de arquitetos para elaboração de projetos, acompanhamento de obras, etc., no Brasil, na qual fala sobre os desafios da profissão. Segundo o levantamento do Data Folha Brasil, exemplificada por gráficos por Giribola, (2015) na revista AU no qual foram realizadas pesquisas quantitativa e qualitativa, de forma a traçar um panorama abrangente sobre o que a população brasileira pensa sobre o tema. Foram realizadas mais de 2.400 entrevistas em 177 municípios, aprofundadas em grupos de discussão realizados nas cinco regiões do país. Com base na pesquisa a figura 1 e 2 demonstra que 85% da população economicamente ativa não utilizou os serviços de arquitetura para reformar ou construir seus imóveis. Figura 1- Utilização dos serviços de arquitetos para elaboração de projetos Fonte: Giribola, 2015.

Figura 2- Contratação de arquiteto e urbanista na última construção e reforma Fonte: Giribola, 2015. Destes mais de 85% que não contrataram profissionais de arquitetura para suas reformas ou construções e as razões são múltiplas. Dos entrevistados, 54% já construíram ou reformaram e apenas 4% contrataram arquitetos. Na figura 3, elaborada a partir da pesquisa feita pela Revista AU por Giribola, (2015) detalha as razões pela qual não se contrata serviço de arquiteto urbanista. Figura 3- Razões porque não contratou serviço de arquiteto e urbanista e razões porque não contrataria. Fonte: Maryana Giribola, 2015.

Figura 5: Satisfação com os serviços utilizados Fonte: Maryana Giribola, 2015. Estes dados indicam que as pessoas desconhecem ou por algum motivo não contratam estes profissionais. Muitos clientes como mostra a figura 4 aponta que 77% contrataram ou contratariam um arquiteto para um projeto de reforma e construção, mas não o fazem. Muitos quando iniciam uma obra com recursos restritos e acabam não contratando. Partindo deste pressuposto entende-se como o mercado de trabalho fica restrito para aqueles que se formam e desejam abrir um escritório para elaboração de projetos. A figura abaixo apresenta um estudo feito pela CAU-BR publicada na Revista eletrônica Pini (2013) a área de atuação dos profissionais de arquitetura nos últimos dois anos. Percebe- se claramente que, apesar da grande gama de atuações possíveis para as pessoas trabalharem, a imensa maioria ainda foca o desenvolvimento de sua criação em projetos de arquitetura, interiores e execução de projetos.

Figura 6- Área de atuação nos últimos dois anos Fonte: Pini web, 2013 2.3 SATISFAÇÃO PROFISSIONAL No maior censo realizado no país a respeito da atuação dos arquitetos e urbanistas, realizado pelo CAU-BR em 2013, foram apontados alguns obstáculos à atuação do profissional de arquitetura. Baratto, (2014) explicitou esses dados em um gráfico. O gráfico 7 aponta os principais obstáculos ao exercício da profissão de arquiteto e urbanista. Figura 7- Principais obstáculos ao exercício da profissão de Arquiteto e Urbanista Fonte: Romullo Baratto, 2014. O resultado disso tem sido uma gama de arquitetos recém-formados insatisfeitos e uma percepção de que há uma desvalorização da profissão junto à sociedade.

fortalecer estes perfis é de suma importância para uma maior satisfação destes profissionais que são lançados ao mercado de trabalho a cada semestre. Segundo o censo realizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil- CAU BR realizado em (2013) e na revista Pini (2013) 34% trabalham como autônomos, outros 20% são proprietários de escritórios, empresas, construtoras, etc., ligados a arquitetura e urbanismo. Os arquitetos contratados ou funcionários públicos assalariados somam 38%, enquanto 8% possuem outras fontes de renda. Já entre os contratantes de projetos, a maior parte é composta por empresas e instituições (56,16%). Os contratos individuais, realizados por pessoas físicas correspondem a 43,83%. Por outro lado, no que tange às formações, pode-se notar que os profissionais de arquitetura são em sua maioria graduados e pós-graduados. Mestres e doutores são uma minoria. Porém outros dados informais mostram que arquitetos e urbanistas estão em constante aperfeiçoamento e atualização através de cursos, seminários, feiras, eventos e afins (82%). Outra fonte de atualizações e aperfeiçoamento comuns aos profissionais são revistas (90%), periódicos acadêmicos (70%) e livros técnicos (82%). Conclui-se, portanto, que a formação academia formal não tem grande peso para este tipo de profissional, que busca a agilidade e novidade em suas atuações, coisa que, num primeiro momento, a academia parece não oferecer. Nos últimos anos pode-se perceber que a inserção e estabilização dos egressos dos cursos de arquitetura e urbanismo tem se tornado um desafio cada vez maior. O movimento costuma acontecer mais ou menos no mesmo sentido. Alguns arquitetos acabam migrando para áreas mais rentáveis do mercado de trabalho, muitas vezes que em nada tem a ver com a arquitetura. Existem arquitetos e decoradores especializados em residências, enquanto outros costumam trabalhar com lojas e escritórios. Existem empresas voltadas para os consumidores de classe média, enquanto outras são focadas no mercado de luxo e lidam com orçamentos altíssimos. Alguns gostam de trabalhar com materiais sustentáveis, enquanto outros não têm essa preocupação. (ATALHO, 2014) Com todos estes dados, relatos e avaliações o que se pode perceber é que o mercado de trabalho da arquitetura vem mudando de abordagem e precisa preparar melhor seus profissionais recém-formados para a vida real, desde a abertura para outros campos de atuação até a preparação e clareza do funcionamento efetivo de uma carreira na arquitetura de projetos e execução de obras. Os desafios já existem. Precisam apenas ser mapeados com objetividade para que se possa elaborar um norte para elucidação e criação de possibilidades de redução de desgastes e perdas de profissionais neste enfrentamento.

3 MÉTODO DA PESQUISA

Esta pesquisa foi realizada de duas formas. Em um primeiro momento foi realizado um levantamento bibliográfico acerca do cenário da arquitetura brasileira, seu mercado de trabalho, contratações, contexto socioeconômico dos principais clientes, o nível de satisfação daqueles que contratam profissionais de arquitetura, etc. Foram coletados também, relatos de arquitetos com mais experiência sobre suas percepções sobre o mercado atual, as razões que, nas suas opiniões, levam os recém formados a abandonarem a carreira e quais suas perspectivas para a profissão. Em outro momento foram descritas as áreas de atuação possíveis aos alunos formados nas universidades de arquitetura e urbanismo segundo o Conselho de Arquitetura e Urbanismo- CAU bem como quais são as áreas de atuação em que a maioria dos egressos opta por se especializar. Neste momento foi avaliado se o discurso de saturação de mercado é real ou ilusório, a partir da atuação em uma única especialização. Este trabalho se apresenta como uma pesquisa quantitativa. Para isso foi desenvolvido questionários no formato GoogleForms, para envio aos arquitetos recém-formados, com objetivo de coletar informações relevantes para compreensão de seus desafios e lacunas no início da carreira. Segundo Fonseca (2002, p. 20) coloca o que é uma pesquisa quantitativa. A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc. A utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente. Com os questionários foram elaborados gráficos, tabelas e relatórios para maior compreensão desta pesquisa. Os métodos utilizados, foram:  Pesquisa teórica sobre o mercado de trabalho da arquitetura e urbanismo nos últimos 10 anos;  Localização de dados sobre as possibilidades de áreas de atuação de profissionais da arquitetura e urbanismo;  Busca por relatos de arquitetos experientes sobre suas atuações, da forma e atuação dos arquitetos recém-formados e os motivos de suas insatisfações profissionais e bem como buscar saber quais suas percepções para o futuro da profissão.

Gráfico 1- Ano da graduação dos arquitetos Fonte: Elaboração do autor, 2019. Gráfico 2- Onde fez a Graduação Fonte: Elaboração do autor, 2019. Através do gráfico 01 pode-se perceber que há um equilíbrio entre o número de graduados entre 2016, 2015, 2012 e 2011. Nos anos de 2017, 2010, e um número menor de formados em 2018 e 2014. Com relação à universidade de graduação, apresentado no gráfico 02, como imaginado, mais de 65% dos entrevistados se formaram na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), 22% terminaram a faculdade na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e outros poucos entrevistados tiveram outras universidades como formadoras, entre elas a UFSC e UNESC.

Gráfico 4- atuação na área de arquitetura Fonte: Elaboração do autor, 2019. Gráfico 5- Colocação profissional no mercado de trabalho depois de formado Fonte: Elaboração do autor, 2019. Com relação à atuação no mercado de arquitetura, conforme gráfico 03, começamos a montar um panorama da atuação local, sendo que 77,8% das pessoas entrevistadas responderam estar atuando com arquitetura e 16,7% responderam estar atuando, porém, possui outra ocupação. Aqui temos um item extra, com um relato de um profissional

registro profissional. Pouco mais de 10% relataram trabalhar como contratado formalmente. E uma minoria não quantificada relatou ser contratado com outra função na carteira de trabalho. No que tange à fidelização destes profissionais, a maioria sendo 61,1% relataram já terem cogitado mudar de profissão e 33,3% disseram não ter avaliado essa possibilidade. Um número de entrevistados não quantificado disse estar passando por este processo neste momento, como nos mostra o gráfico 06. Gráfico 7- Conhecimento sobre a área de atuação do arquiteto Fonte: Elaboração do autor, 2019. Gráfico 8- Atuação específica Fonte: Elaboração do autor, 2019. Sobre as várias possibilidades de atuação de arquitetura, o gráfico 07 esclarece quase 88,9% das pessoas entrevistadas disseram conhecer as possíveis áreas de atuação e 11,1% disseram não conhecer as áreas possíveis de trabalho. Por sua vez, o gráfico 08 nos apresenta que, com relação às atuações de trabalho, 50% relataram ter atuação específica em suas carreiras.

Gráfico 9- Atuação Fonte: Elaboração do autor, 2019. Com relação às áreas de atuação, o questionário era aberto para que o entrevistado selecionasse mais de uma opção. Neste caso, de acordo com o gráfico 09, observou-se que a maioria das pessoas que responderam, disseram trabalhar com projeto de interiores e projetos arquitetônicos residenciais individuais. Outra grande parcela relatou trabalhar com projetos comerciais individuais. Praticamente a mesma fatia assinalou atuar com projetos arquitetônicos residenciais coletivos, paisagismo e projetos complementares. Com relação às demais áreas, geralmente pouco exploradas pelos arquitetos, têm-se praticamente a mesma relação de percentagem, entre 10% e 20% para atuações de desenvolvimento de desenhos técnicos e maquetes eletrônicas, laudos técnicos, restauro e projetos que envolvem urbanismo (planejamento urbano e loteamentos). Ninguém relatou trabalhar com atividade política e uma mínima parcela disse trabalha com acompanhamento de obra.

Na pergunta a que se refere o gráfico 11, também era possível que se fossem respondidas várias opções. Dos entrevistados 16 pessoas responderam que a maior falha foi a preparação para gestão. Sobre empreendedorismo, 14 pessoas disseram ser esta uma das maiores lacunas da graduação. Quanto a área de Marketing, mostrou ser outro aspecto a ser explorado, 10 pessoas relataram sentir falta desta preparação. Outro fator preponderante é no que se refere a logística, segundo 08 pessoas, também precisa ser apresentada de forma mais eficiente. A preparação emocional para lidar com as pressões do dia a dia, foi a falta maior para 07 das 18 pessoas. Já 06 pessoas responderam que a maior lacuna foi dentro da formação de arquitetura como um todo, sendo que 05 disseram ser o autoconhecimento para impor sua forma de trabalhar. Os gráficos 12 e 13 discorre sobre o preparo acadêmico em aspectos específicos necessários para um maior sucesso no início da carreira: Gráfico 12- Preparação para o mercado de trabalho Fonte: Elaboração do autor, 2019. Gráfico 13- Preparação para o empreendedorismo Fonte: Elaboração do autor, 2019.

No gráfico 12, praticamente 95% das pessoas entrevistadas relataram não se sentem preparadas ao fim da graduação para enfrentar o mercado de trabalho. Outros 5,4% disseram estar razoavelmente preparadas. Num total de 18 entrevistados, 100% disseram não se considerar preparado pela universidade para encarar o mercado de trabalho ao fim da graduação. Já com relação os aspectos relacionados ao empreendedorismo, como mostra o gráfico 13, metade dos entrevistados 25% disse estar preparado para o mercado, ao fim da graduação. Outros 38,9% relataram se sentir 50% preparado e os demais disseram estar entre zero e 25% preparados, mas com o conhecimento que adquiriu em estágios e não na universidade. Gráfico 14: Preparação para administração Fonte: Elaboração do autor, 2019. Gráfico 15- Preparação para o marketing Fonte: Elaboração do autor, 2019.