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portugues produção de texto cienias contabeis
O que você vai aprender
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Apresentação
Caro estudante,
Seja bem vindo à ESAB. A Escola Superior Aberta do Brasil, funda-se no princípio básico de atuar com educação a distância, utilizando como meio, tão somente, a internet. Em 2004, foi especialmente credenciada para ofertar cursos de pós- graduação a distância, via e-learning , utilizando-se de software próprio denominado Campus Online.
Em 2009 foi credenciada com Instituição de Ensino Superior–IES, através da portaria MEC nº 1242/2009, de 30 de dezembro de 2009, ocasião em que também foi autorizada a ofertar o curso de pedagogia–licenciatura, na modalidade presencial, conforme portaria MEC nº 14/2010, de 9 de janeiro de 2010.
Em outubro de 2012 recebeu o Prêmio Top Educação 2012, da Editora Segmento, sendo reconhecida como a Melhor Instituição de Ensino EAD para Docentes.
Em 2013 é aprovada para a oferta dos cursos de: Administração (Bacharelado); Pedagogia(Licenciatura) e Sistemas de Informação(Bacharelado), todos na modalidade EAD,com avaliação máxima das comissões avaliadoras.
Sabemos que cada curso tem suas demandas específicas: Administração, Pedagogia ou Sistemas de Informação são cursos bastante particulares, mas em qualquer área são várias as teorias e os teóricos; os vieses e as perspectivas; os tipos de texto e suas finalidade. Entretanto,em qualquer um deles você precisará lidar com leituras, fichamentos, resumos, resenhas e desenvolver interpretações.
Disso, portanto, é que trata este material de Análise e Produção Textual. Nele constam indicações, recomendações e exercícios para você aperfeiçoar a sua escrita e a sua percepçãode leitura. Este material foi concebido baseado nas referências Fiorine Savioli (2006), Faraco e Tezza (2008), Medeiros (2008) e Discini (2005).
Aelaboração destadisciplinafoi feitaespecialmente paravocê,tendocomobase uma compilação de livros de autores renomados, contendo conceitos, teorias, fórum, estudos complementares, entre outros, todos com o intuito de ajudá-lo em sua formação. Vocêverá que, por vezes,o texto será bastante pontual e objetivo; em outras, no entanto, será necessário um esforço interpretativo e um olhar crítico sobre suas próprias experiências de leitura e escrita para alcançarmos o propósito.
Bom estudo!
Equipe Acadêmica da ESAB
O nosso objetivo é auxiliar na análise e produção de textos, por meio do estudo de procedimentos e conceitos.
A leitura e a produção textual. A estrutura do texto. Textualidade e argumentação na produção do texto. Linguagem. Gêneros textuais: tipos de textos. Estrutura de texto. Aspectos gramaticais.
1 Escreverbem:domoutécnica?
Objetivo Vislumbrar a escrita como técnica vinculada ao exercício constante da leitura e construção de argumentos.
É comum ouvirmos que alguém, um amigo seu, um familiar, enfim, “tem facilidade para escrever”, não? Mas por que será? O que você pensa: algumas pessoas nascem com essa disposição e tudo o que fazem ao longo de sua vida estudantil não é mais que reforçá-la ou escrever bem se trata de algo que qualquer um de nós pode alcançar, com disciplina e dedicação?
No estudo da língua portuguesa, é comum o questionamento “Como escrever bem?”. É preciso estudar gramática? Sim, certamente. É preciso ler? Sem dúvida. É preciso ler sites de notícias, jornais impressos? Com certeza. Mas e as revistas de entretenimento servem também? Sim, também servem. E assistir a filmes ou documentários, tem algo a ver com a escrita? Absolutamente. Mas por quê?
Porque escrever bem significa, entre tantos fatores, defender bem um argumento, expor um ponto de vista, expressar sentimentos, manifestar- se com propriedade. Escolher a linguagem, montar um cenário, levantar um problema, ponderar as alternativas, os vieses, tudo o que está em jogo, e chegar a uma conclusão, ainda que provisória. Toda a informação que você consome e processa criticamente faz diferença. Vejamos um exemplo, às avessas.
Digamos que você não saiba dirigir ou nadar e esteja interessado em aprender ou que esteja a fim de melhorar a sua saúde, manter a sua boa aparência e queira se matricular em uma academia de ginástica. Pois então: você já viu alguém aprender a nadar em teoria, do lado de fora da piscina? Não, não é? E se você quiser desenvolver os seus músculos, certamente terá de encarar os aparelhos da academia e realizar as séries
Figura 1 – Para aprimorar a sua escrita, você precisa de variedade de leitura. Fonte: <www.shutterstock.com>.
Resumindo, você precisa de variedade de leitura. Habitue-se aos livros de ficção, às biografias e autobiografias, aos relatos de história e estudos de geografia, e o que mais for. Você encontrará frases, orações e períodos mais complexamente articulados, de modo a ampliar o seu vocabulário, acostumá-lo a raciocínios mais longos e ampliar a sua experiência com o relato alheio. Você aprenderá gramática sem sequer perceber. E outra coisa: tenha muito cuidado com a linguagem abreviada ou adaptada que utilizamos para a comunicação on-line, quando tudo vale ou é permitido. Nada pior que ler um texto em que se utiliza “mais” no lugar de “mas”…
Um dos problemas, no entanto, que todos temos de enfrentar é a ansiedade. Muitas vezes queremos algo prontamente. Queremos perceber o benefício imediatamente. É um pouco a lógica do consumo: compro, uso, quero ver o resultado. Na escrita, como em qualquer outra técnica, as coisas não são bemassim.
Digamos que você esteja nadando. Você já desenvolve a modalidade crawl com certa naturalidade e precisão e seu instrutor quer agora que você exercite o nado golfinho. A sua reação imediata é de resistência, pois você sabe da sua dificuldade em concatenar os movimentos de pés, braços e tronco, mas começa a prática do exercício. Você tenta apreender o movimento, mas ainda não consegue desenvolvê-lo corretamente. A aula acaba e você sai da piscina com certo descontentamento e mais cansado
que o habitual, pois do crawl você já dava conta. Passam-se dois dias, ou na aula da semana seguinte, você se aquece, entra na água, começa em modo crawl e logo passa à modalidade golfinho. Surpreendentemente, você nota que, embora os movimentos ainda não estejam perfeitos, você já os desenvolve com certa habilidade ou menos esforço.
Pois, é assim mesmo. Foi necessário que você se expusesse a algo que ainda desconhecia ou não dominava, que tentasse desenvolver essa tarefa conscientemente, e que também precisasse lidar com a impressão momentânea de fracasso. É parte do processo, e não vale a pena pular a etapa. Não tem como.
Mas vamos ao que de fato nos interessa: na sua disciplina de Sociologia das Organizações, Introdução à Computação ou Psicologia da Educação, o professor lhe solicita escrever uma resenha sobre um capítulo específico. Você realizou a leitura, destacou no texto as informações que julgava fundamentais e passou à confecção do seu trabalho. Ao fim, você ainda não se sente satisfeito com o resultado. Pode ser impressão, pode ser a leitura ainda superficial de determinada passagem ou que a sua interpretação ainda esteja apressada, sem ir fundo nos conceitos. Pois bem, dê um tempo para você mesmo. Reserve o texto, faça outra leitura, consulte outro autor ou vá fazer outra coisa. No dia seguinte – o tempo é relativo – , retome aquilo que você escreveu e leia criticamente. Você encontrará períodos que ficaram pouco claros, verá que certa informação não é tão importante assim, que determinada conclusão está apressada; perceberá um ou outro deslize na pontuação, e assim por diante. Em suma, é preciso lidar com a ansiedade da conclusão e dar tempo para que você mesmo mude, para que você se reprograme ou se reorganize; para que você se distancie daquilo que estava tão perto dos seus olhos mas que não conseguia enxergar com precisão.
Em um curso superior, também é comum termos contato com textos mais complexos, que exigem muito mais que uma leitura superficial, pois estão longe da nossa experiência cotidiana. São textos que demandam uma ampliação de nossa escopia, isto é, do modo como vemos o mundo e interpretamos as suas implicações. Então aproveite, pois este é justamente o momento para você se expor a leituras e problemas que põem à prova os seus conceitos.
2 O^ que^ é^ texto?
Objetivo Desenvolvereexploraroconceitodetexto,analisandosuas perspectivas de formação de sentido no processo de criação e organização.
Depois de nossas considerações acerca do processo de escrita, vamos abordar o significado do texto.
“Redija um texto”, “leia o texto a seguir”, “o texto está ilegível” – com certeza, você já teve contato com esses enunciados e acatou o que estava sendo solicitado ou informado. Todos realizamos a tarefa porque, bem ou mal, entendemos o que significa. Mas e se você tivesse de conceituar, como faria? São várias as possibilidades.
2.1 Compreendendo o conceito de texto
Hoje, dispomos de leituras mais abertas quanto ao conceito de texto, mas sua origem remonta ao vocábulo latino textu , que significa tecido, ou seja, a uma peça cuja consistência depende do bom entrelaçamento de vários fios. Medeiros (2008, p. 137) diz que “[...] a imagem de tecido contribui para esclarecer que não se trata de feixe de fios (frases soltas), mas de fios entrelaçados (frases que se inter-relacionam)”.
Por consequência dessa definição, entendemos texto como o campo da página escrita – por exemplo – cujos fios (as palavras) estão dispostos em uma ordem coerente, e que independe da sua extensão. Vejamos como isso funciona na prática.
Talvez você more em um apartamento, que fica dentro de um condomínio. Todos os dias, ao se aproximar do portão, você vê a placa onde está escrito “não buzine”. Trata-se de um texto? Sim. Por se tratar de um lugar onde residem várias pessoas e que exige certas normas de
conduta social, entendemos que a placa solicita bom senso a quem se aproxima, para que produza o menor ruído possível. A unidade de sentido, portanto, está concretizada. Mas e se em vez da frase escrita estivesse apenas a figura de uma buzina com a tarja de proibido sobreposta, seria um texto? Sim, pois o signo na placa, tal como as letras, indica-nos algo cujo sentido é compreensível.
Por outro lado, digamos que você esteja caminhando pelo centro da cidade e vê a mesma palavra, buzina, pichada num muro, ou mesmo o desenho de uma buzina. Trata-se de um texto? Pergunte-se: a relação de sentido se mantém?
Como não estamos mais no ambiente condomínio, que evoca os cuidados a que nos referimos antes (residência, família, silêncio), e trata- se apenas de um muro, o sentido não se efetiva. Não podemos captar a intenção comunicacional do autor da pichação nem por ela mesma nem pelo contexto que a cerca. Talvez na cabeça do autor aquilo faça muito sentido, mas seria apenas especulação de nossa parte. Não há interação comunicativa específica, que é o segundo movimento a que Medeiros (2008) faz referência.
Podemos, a partir desses breves exemplos, concluir que o significado não é autônomo. Para que ele se efetive, é preciso considerar o contexto onde ele se insere.
Assim, podemos apreender que o significado das partes que compõem um texto está atrelado às correlações que elas mantêm entre si e, além disso, que o contexto concerne a uma unidade linguística maior, em que se encaixa uma unidade linguística menor, o texto.
Outro caso bastante analisado para estudar os conceitos de texto e contexto refere-se a uma crônica de Ricardo Ramos, intitulada “Circuito fechado”, constante no livro de mesmo título, publicado pela primeira vez em 1972. Vejamos:
Figura 2 – Luxo, poema de Augusto de Campos, 1966. Fonte: <www.cibercultura.org.br>.
Também via interpretação, trata-se de um texto que questiona valores, que demanda outro texto – ou seja, quer que estabeleçamos umarelação entre um e outro vocábulo. É um texto que expõe a relação entre ambos os termos e comunica algo como “quanto mais luxo, mais lixo”, e faz com que pensemos criticamente, por exemplo, na sociedade em que vivemos. Assim, escreve-se um texto para participar de um contexto maior, ao qual se faz referência.
Texto é uma unidade concreta que percebemos pela visão, pela audição e até mesmo pelo tato (considere o sistema de Libras), e implica uma situação de comunicação de uma mensagem cuja extensão é variável, podendo formar-se por apenas uma palavra ou pela articulação de várias. Em termos genéricos, contexto é uma coisa grande em que cabe uma coisa pequena!
Fiorin e Savioli (2006) explicam que, em um texto, o significado de uma parte não é autônomo, no sentido de que depende das outras com que se relaciona. Assim, o significado global não é simplesmente resultado da soma de suas partes, mas de certa combinação geradora de sentidos. E daí percebermos o conceito implícito de contexto. Ou seja, devemos sempre levar em conta o contexto em que está inserida a passagem do texto a ser lida, entendendo-o como uma unidade linguística maior em que se encaixa uma unidade menor.
Expusemos aqui de modo bastante sintético os conceitosdetextoecontextoesuasimplicações. Parasaberumpoucomais,cliqueaqui eassistaao programa Palavra Puxa Palavra, produzido pela Educopédia MultiRio, que tematiza os conceitos de texto, contexto e intertexto.
Acompanhe a seguir um resumo das principais mudanças, a partir de Silva (2009).
Usa-se o hífen:
O hífen sumiu no caso de aglutinações do prefixo bem com o próximo elemento, mas apenas em duas famílias de palavras. A palavra bem-feito vira benfeito por força de ajustá-la a benfeitor, benfeitoria; o verbo bem- querer vira benquerer por analogia a benquisto, benquerença. O detalhe
é que, ao mesmo tempo, a forma consagrada bem-querer permanece ativa. Não há menção no Novo Acordo a quaisquer outros casos.
Não se usa o hífen:
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