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Portifólio nutrição de ruminantes sobre os tipos de alimentos que podem ser ofertados como rações.
Tipologia: Trabalhos
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Os alimentos volumosos possuem um alto teor de fibra bruta, maior que 18% e um baixo valor energético. Os volumosos são classificados em pastagens, forrageiras para corte, fenos, silagens, restos culturais, resíduos de agroindústrias, cascas, sabugos e outros.
O capim-elefante pertence à classe Monocotiledonae, à família Gramineae, à subfamília Panicoideae, à tribo Paniceae, sendo uma das espécies (Pennisetum purpureum, Shumack) da secção Pennisetum do gênero Pennisetum L. Rich (XAVIER et al.,1995: TCACENCO e BOTREL, 1997). Exigente em relação à fertilidade do solo, o capim-elefante suporta bem a seca e queimadas, porém, não apresenta resistência ou tolerância a geadas. Desenvolve-se melhor em solos com grande capacidade de retenção de umidade, com textura variável, de moderada a pesada. Não produz bem em locais expostos à inundação ou a grandes períodos de encharcamento (FARIA, 1993). O capim-elefante apresenta a possibilidade de ser utilizado de diferentes formas, entre as quais estão o pastejo, capineira e forragem conservada (silagem ou feno). A capineira constitui a forma mais comum de utilização, apresentando como vantagem o maior aproveitamento da forragem disponível (PEREIRA et al., 2010). Entretanto, o estabelecimento de critério de uso do capim-elefante para corte tem por base o conhecimento da curva de crescimento e do valor nutritivo em cada fase de desenvolvimento da planta (VICENTE-CHANDLER, 1973; FERREIRA, 1998). Erros no ajuste do corte com o estádio de maturidade da planta resultam na utilização de uma forragem de baixo valor nutritivo (CÓSER; PEREIRA, 2001). Bastante utilizado no Brasil para alimentação dos ruminantes, o capim-elefante dentro de um período de tempo relativamente curto pode perder seu valor nutritivo, tornando-se muito fibrosa e pouco digestível, energeticamente deficiente (MACHADO et al, 2008). Estes autores encontraram valores de proteína bruta (PB), FDN e nutrientes digestíveis totais (NDT) variando de 5,18 a 14,10%; 60,62 a 69,58% e 55,22 a 68,89%, respectivamente, para o capim-elefante. Figura: bovinos e capim elefante Fonte: milkpoint
As principais características desses são a capacidade de manter a flora do rúmen, serem fonte de cálcio e microminerais. Para vacas leiteiras, são importantes para manter o teor de gordura do leite. Seu uso permite a produção de alimentos de alto valor nutritivo com menores custos.
O feno é uma mistura de forragens ceifadas e secas, geralmente gramíneas e leguminosas, que passam por um processo de desidratação e é amplamente utilizada na alimentação de ruminantes. Quando é retirada a água da forragem, ela é capaz de manter seu valor nutritivo permitindo uma armazenagem por longo período de tempo sem que haja deterioração dos seus princípios nutritivos. Este processo recebe o nome de fenação. A fenação é uma ferramenta de conservação de forragens para o uso em épocas estratégicas. A matéria-prima deve ter boa qualidade nutricional e pode ser oriunda de forrageiras cultivadas com esse objetivo ou do excedente de pasto em potreiros já utilizados pelos animais ou, ainda, aproveitando palhadas de cultivos agrícolas. As principais vantagens da utilização desse tipo de alimento são a flexibilidade da oferta de forrageiras, aumento do número de animais por área, redução dos custos com concentrado e a facilidade no processo de fabricação. Resultados satisfatórios têm sido relatados com o uso de fenos como fonte principal ou suplementar de volumoso, a campo ou em confinamento. Embora a suplementação com feno possa ser feita em todas as categorias de bovinos, as vacas de cria multíparas possuem a menor demanda de energia frente às demais categorias, o que, aliado à necessidade de redução dos custos de produção de bezerros, justifica o uso do feno suplementar. Adicionalmente, o nível de consumo, o teor de fibra e o custo dos alimentos conservados são fatores determinantes para os resultados positivos no desempenho animal. Dessa forma, uma análise integrada desses fatores deve ser considerada no momento de optar pela utilização de feno, pois o melhor resultado produtivo não necessariamente é acompanhado do melhor resultado econômico da atividade. O valor nutricional é de 8,3% de PB, 2,3% de extrato etéreo (EE) e 9,9% de matéria mineral (MM) aos 42 dias; 7,8% de PB, 2,5% de EE e 10,1% de MM aos 56 dias; 5,4% de PB, 2,1% de EE e 8,4% de MM aos 84 dias. Figura: Bovinos e Feno Fonte: https://blog.nutron.com.br/onde-o-feno-se-encaixa-na-dieta-dos-bezerros/
Os concentrados energéticos contém menos de 20% de proteína bruta, 25% de FDN (Fibra em Detergente Neutro) e em torno de 18% de fibra bruta (FB). São caracterizados, pelos grãos de cereais e subprodutos de tal, raízes e tubérculos, e as gorduras e óleos de origem vegetal ou animal. Podem ser considerados alimentos concentrados energéticos grãos de cereais: milho, sorgo, arroz, trigo, aveia, cevada, entre outros, co-produtos dos grãos (subprodutos), raízes e tubérculos, mandioca e batata, subprodutos da indústria, polpa cítrica e melaço, gorduras e óleos,casca de soja e casca de café.
Destaca-se entre os outros cereais por seu teor e qualidade proteica, que varia de 12,40 a 24,50% no grão descascado, como também por sua maior porcentagem de lipídios, que varia de 3,10 a 10,90%, distribuídos por todo o grão e com predominância de ácidos graxos insaturados. A aveia é rica em lipídios, que são fonte maior de energia que os carboidratos. Em relação ao teor proteico, a aveia também é superior aos demais cereais, sendo 18% o maior valor encontrado. As proteínas de aveia são de alta qualidade, apresentando composição aminoacídica, de acordo com os padrões exigidos pela FAO/OMS. Mas assim como nos demais cereais, o principal aminoácido limitante é a lisina, seguido da treonina. Entre os carboidratos, o amido é o constituinte em maior abundância na aveia, com teores médios entre 43,7 e 61%. Dentre as formas de fornecimento ao animal, ressaltam-se aveia em flocos, aveia em grãos, aveia forrageira e aveia conservada na forma de feno.
O milho é um conhecido cereal cultivado em grande parte do mundo. É extensivamente utilizado como alimento humano ou ração animal, devido às suas qualidades nutricionais. Segundo Teixeira (1998), o milho, dentre os grãos de cereais, é o mais largamente empregado, por ser rico em energia e pobre em proteína, principalmente lisina. É rico em pró-vitamina A (betacaroteno) e pigmentantes (xantofila). Apresenta baixos teores de triptofano, cálcio, riboflavina, niacina e vitamina D (LANA, 2000). É considerado um alimento concentrado energético padrão. O milho (grão) contém grande quantidade de pró-vitamina A (beta-caroteno) e pigmentantes (xantofila), apresentando, por sua vez, baixo teor de proteína bruta (9% de proteína bruta na matéria seca), como também de triptofano, lisina, cálcio, riboflavina, niacina e vitamina D. O milho em grão pode ser fornecido para bovinos em até 70% da ração, aumentando a textura da moagem com o aumento do teor na ração. O milho é composto por 61% de amido, 19% de glúten, 4% de gérmen, e 16% de água. As principais formas de amido encontradas no milho são a amilose (27%) e a amilopectina (73%), encontradas num arranjo facilmente digerível para os animais. Em relação à proteína, a principal é a zeína, encontrada numa concentração de 50% do total
Estes concentrados são considerados proteicos, pois abrangem mais de 20% de proteína bruta em sua composição, 50% de FDN e 60% de NDT. Denotam de origem vegetal, como as oleaginosas; e podem denotar origem animal, excluindo ossos e gorduras; subprodutos; excrementos de aves, “cama” de animais, entre outros. Podem ser considerados alimentos proteicos, origem vegetal (leguminosas): Algodão, soja, amendoim, coco, girassol, etc. Origem animal: Farinha de carne, sangue, penas, vísceras, etc.
A farinha de sangue é constituída basicamente da cocção e desidratação do sangue coletado sobretudo em abatedouros de bovinos e suínos. O processo de fabricação para a obtenção das farinhas de sangue consegue a coagulação da soroalbumina através de um aquecimento lento. Do ponto de vista do teor de aminoácidos, trata-se de uma farinha rica em lisina, triptofano, fenilalanina e treonina, sendo limitada à isoleucina. Níveis de aminoácidos encontrados em farinha de sangue: Arginina – 2,40 %; Lisina
O farelo de soja é o subproduto obtido após a extração do óleo do grão da soja para consumo humano. Dependendo do processo de extração (solvente ou expeller), o farelo pode ter de 44 a 48% de proteína. A proteína do farelo na forma de expeller é menos degradável no rúmen que é obtida de solvente. É considerado o melhor alimento proteico, por ter altos níveis de proteína de boa qualidade, energia e palatabilidade. O farelo de soja apresenta de 45 a 51% de proteína bruta e é rico em tiamina, colina e niacina, e pobre em caroteno. Para animais monogástricos, recomenda-se usar de 20 a 30% da ração e, para animais ruminantes, o suficiente para atender às exigências nutricionais de proteínas. Devido ao alto custo das fontes proteicas, como o farelo de soja, utiliza-se substituir parte das exigências proteicas dos animais ruminantes pela ureia, que é utilizada para síntese de proteína microbiana. O farelo de soja é uma das fontes de proteína bruta mais importantes das dietas dos animais, inclusive de ruminantes criados de forma intensiva. Sua proteína destaca-se por ser predominantemente composta por PDR (60-70%) e com elevada digestibilidade da PNDR (Marcondes et. al. 2009). Contudo, ainda pouco se sabe dos efeitos da utilização deste alimento no desempenho dos animais. Alguns estudos afirmam que, em um ambiente de confinamento trabalhando com produção de animais mestiços, observaram um melhor ganho de peso para um grupo de animais que recebeu maior volume de farelo de em sua dieta, em comparação com o grupo que recebeu farelo de soja em quantidades menores (Sampaio, 2002). A melhor utilização dos recursos alimentícios oferecidos aos animais de modo geral, para os ruminantes, que possuem uma capacidade digestiva competitiva, é importante aproveitar esta habilidade para melhor aproveitamento de nutrientes na alimentação, principalmente com resíduos agroindustriais ricos em fibras na alimentação. O uso do farelo de soja em ração para alimentação animal tem-se fixado cada vez mais na produção de ração pelos seus fabricantes e dos produtores, devido ao crescente volume de produção do grão ano após ano. Além disso, possui um elevado desempenho animal, resultando em fontes de energia que normalmente ocorreria pela inclusão de cereais ricos em amido principalmente o milho, é altamente digestível, devido ao amido favorecendo a formação de um ácido orgânico no rúmen, o propionato, que está associado com maior volume de leite produzido (Zabom, 2001).
Figura: Diagrama esquemático do efeito dos ionóforos sobre a fermentação ruminal. O efeito inibitório dos ionóforos nas bactérias gram-positivas resulta na diminuição de perdas energéticas por formação de gases e no aumento da produção de propionato, que é utilizado para ganho Fonte:https://www.zoetis.com.br/especies/bovinos/taurotec/files/taurotec-boletim-tecnico-01.pdf