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PORTFÓLIO DE PEDIATRIA, Notas de estudo de Pediatria

Portifólio realizado na Pediatria durante o Estágio Obrigatório II, contendo anotações sobre o que é abordado, doenças, cuidados num geral realizados pelo Enfermeiro na Unidade Hospitalar.

Tipologia: Notas de estudo

2024

Compartilhado em 03/11/2024

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kamille-ramme 🇧🇷

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ASSUNTOS ABORDADOS

1. Enfermagem pediátrica

2. Assistência de enfermagem em unidade pediátrica

3. Avaliação da saúde da criança

4. Sinais vitais

5. Desenvolvimento do crescimento infantil

6. Assistência ao recém nascido

7. Triagem neonatal

8. Escore de apgar

9. Reanimação neonatal

10. Aleitamento materno

11. Doenças comuns na infância

12. Infecções Respiratórias

12.1 Doenças Gastrointestinais

12.2 Otite

12.3 Meningite

12.4 Asma

12.5 Diabetes tipo I

13. Síndrome Nefrótica

14. Síndrome Nefrítica

18. Vacinação

19. Cuidados paliativos

O momento da admissão no hospital é marcado por sentimentos de ansiedade para crianças, acompanhantes e equipe de saúde, que compartilham essa experiência e valorizam as interações que surgem nesse contexto. As situações estressantes relacionadas à doença, à hospitalização e aos tratamentos realizados pela equipe podem gerar repercussões emocionais em todos os envolvidos. Portanto, é fundamental que a tríade composta pela criança, sua família e a equipe de saúde desenvolva ações integradas para lidar com esses desafios. A criança é um ser biopsicossocial em constante crescimento e desenvolvimento, e, portanto, deve ser atendida em sua individualidade, considerando suas necessidades básicas de nutrição, educação, socialização e afeto. Durante esse processo, é comum que a criança enfrente problemas de saúde que exigem hospitalização. A enfermagem tem avançado na proposta de uma assistência integral, assumindo novas responsabilidades, especialmente em áreas especializadas. Esse enfoque prioriza o aprimoramento de métodos, técnicas, normas e rotinas, com o objetivo principal de garantir o bem-estar da criança e sua reabilitação no menor tempo possível. A recuperação das crianças e o sucesso do tratamento hospitalar não dependem apenas da competência científica do pediatra, do exame físico detalhado ou de prescrições médicas adequadas; a atuação da equipe de enfermagem é fundamental. Uma abordagem integrada e co-responsável entre médicos e enfermeiros é essencial para tratar e curar as crianças que precisam de atendimento hospitalar, e essa dinâmica se potencializa com a participação ativa da família. Durante a internação, a criança deve receber cuidados que considerem todos os seus aspectos biopsicossociais. SCHIMITZ et al. (1989) identificaram três perspectivas na assistência à criança durante o processo de saúde-doença : a centrada na patologia, a centrada na criança e a centrada na criança e sua família. A abordagem centrada na patologia foca na criança com uma condição específica, onde a equipe de enfermagem coleta dados relacionados à saúde e à intervenção terapêutica, priorizando procedimentos técnicos. Geralmente, as crianças são organizadas nas enfermarias de acordo com seus diagnósticos, criando um ambiente que atende mais às necessidades profissionais do que às características infantis. Na abordagem centrada na criança , o foco é seu bem-estar biopsicossocial, visando mitigar os impactos psicológicos da hospitalização. Essa abordagem enfatiza o crescimento e desenvolvimento, promovendo a participação da criança e da família nos cuidados gerais, como higiene e alimentação, além de oferecer espaços para recreação. Por fim, a abordagem centrada na criança e na família considera a interação de fatores biopsíquicos, sociais e ecológicos. Aqui, a assistência visa recuperar a saúde e prevenir complicações, promovendo um ambiente estimulante e amigável para a criança e sua família. A família tem um papel ativo no planejamento e na execução do atendimento, colaborando com a equipe de saúde de maneira dinâmica e democrática. Assistência de enfermagem em unidade pediátrica

A avaliação em ambiente de internação é crucial para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz. Os exames físicos específicos, como a avaliação do estado geral, ausculta cardíaca e pulmonar, exame abdominal, avaliação neurológica e medição de sinais vitais, desempenham um papel fundamental na identificação de condições clínicas em crianças. Cada um desses exames fornece informações valiosas sobre o estado de saúde do paciente, permitindo que a equipe médica tome decisões informadas. Para que a anamnese seja realizada de forma eficaz, um dos aspectos fundamentais é o estabelecimento de confiança. Essa relação permite a coleta de informações essenciais que auxiliarão no planejamento e na tomada de decisões futuras. Algumas sugestões para uma anamnese de qualidade incluem: usar perguntas abertas, evitar abordagens intrusivas ou interpretativas que possam prejudicar a descrição natural dos fatos, saber ouvir, demonstrar empatia, mostrar interesse, valorizar questionamentos, informar de maneira clara, garantir a compreensão do paciente, resumir os acordos feitos para a próxima consulta e prestar atenção ao bem-estar da mãe ou cuidador da criança. É necessário realizar um exame físico completo , que inclua: peso, comprimento e perímetro cefálico; desenvolvimento social e psicoafetivo; avaliação do estado geral; face; pele; crânio; olhos; orelhas e audição; nariz; boca; pescoço; tórax; abdômen; genitália; ânus e reto; sistema osteoarticular; coluna vertebral; e avaliação neurológica. Avaliação da Saúde da Criança Avaliação: Realizar uma avaliação completa e abrangente, incluindo aspectos físicos, de crescimento e desenvolvimento, psicossociais, culturais e do ambiente. Plano de Cuidado: Utilizar o processo de enfermagem para sintetizar e priorizar os dados, criando um plano de cuidado individualizado que seja centrado na criança e na família. Pensamento Crítico: Desenvolver habilidades para analisar, sintetizar, aplicar e avaliar dados, integrando informações sobre processos de doença e evidências científicas. Comunicação : Interagir de forma colaborativa com a criança, a família e outros profissionais de saúde. Prática Ética: Defender e promover a profissão, mantendo um compromisso com princípios éticos como verdade, fidelidade, integridade e imparcialidade. Garantir os direitos da criança e da família, assegurando privacidade e proteção. Profissionalismo: Realizar uma autoavaliação contínua da prática, identificando áreas de força e fragilidade. COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO

100-160 bpm (recém-nascido) 70-120 bpm (crianças) 30-60 rpm (recém-nascido) 20-30 rpm (crianças) 36.5-37.5 °C A frequência respiratória (FR) é outro sinal vital crucial em pediatria, refletindo a eficiência do sistema respiratório. A FR normal em crianças também varia de acordo com a idade, sendo mais rápida em recém-nascidos e bebês e diminuindo gradualmente à medida que a criança cresce. A FR normal em crianças pode ser medida observando o movimento do tórax ou do abdome durante a respiração, a contagem da FR é feita por minuto, geralmente por meio da observação da elevação e queda do tórax durante a inspiração e expiração. É crucial observar a regularidade do ritmo respiratório, além da frequência em si. As crianças podem apresentar taquipneia (FR alta) em situações de estresse, medo, dor, febre ou condições pulmonares. A bradipneia (FR baixa) pode indicar problemas respiratórios graves ou sedação. A temperatura corporal é um sinal vital que indica o equilíbrio entre a produção e a perda de calor no corpo, em crianças varia de acordo com a idade e o método de medição utilizado. Existem diferentes métodos para medir a temperatura corporal em crianças: oral, axilar, retal, timpânico e tecnicamente, a temperatura retal é considerada a mais precisa, mas o método oral é o mais utilizado em crianças maiores. As temperaturas axilares e timpânicas são menos precisas, mas podem ser usadas em situações específicas. A temperatura normal para crianças geralmente está entre 36,5°C e 37,5°C. A febre é um aumento da temperatura corporal acima do normal, geralmente considerado acima de 37,5°C. A febre pode ser um sinal de infecção ou outras condições médicas. A frequência cardíaca (FC) é um dos sinais vitais mais importantes em crianças, pois reflete a eficiência do sistema cardiovascular. A FC normal em crianças varia de acordo com a idade, sendo mais rápida em recém-nascidos e bebês e diminuindo gradualmente com o crescimento. A frequência cardíaca normal em crianças pode ser medida com um estetoscópio ou com um monitor cardíaco. A contagem é feita por minuto, geralmente por meio da ausculta do coração na região do tórax sendo crucial observar a regularidade do ritmo cardíaco, além da frequência em si. As crianças podem apresentar taquicardia (FC alta) em situações de estresse, medo, dor ou febre, e bradicardia (FC baixa) em casos de sono profundo ou algumas condições médicas. A monitorização em crianças é essencial para identificar alterações que podem indicar problemas de saúde e para avaliar a resposta da criança ao tratamento, como medicamentos ou terapias.

60 mg/ml a 99 mg/dL A glicose é essencial para a função cerebral e o metabolismo energético em crianças, assim como em adultos. A regulação da glicemia envolve vários processos fisiológicos como a absorção e digestão onde a glicose é obtida principalmente a partir da digestão de carboidratos na dieta, após a ingestão, os carboidratos são quebrados em glicose e absorvidos no intestino delgado, entrando na corrente sanguínea. O fígado desempenha um papel crucial na regulação da glicose, ele armazena glicose na forma de glicogênio e a libera no sangue conforme necessário para manter níveis adequados, especialmente entre as refeições e durante o jejum. Além disso, é responsável pela produção de hormônios reguladores, como: Insulina: Produzida pelo pâncreas, a insulina facilita a entrada de glicose nas células e promove o armazenamento de glicose no fígado. A insulina reduz os níveis de glicose no sangue. Glucagon: Também produzido pelo pâncreas, o glucagon tem o efeito oposto da insulina; ele estimula a liberação de glicose do fígado para o sangue quando os níveis de glicose estão baixos. Homeostase : A regulação da glicose é um equilíbrio dinâmico. Em resposta a mudanças na alimentação, atividade física e outras necessidades do corpo, os hormônios ajustam a produção e a utilização de glicose para manter os níveis sanguíneos dentro da faixa normal. 95 a 100% A oximetria de pulso é um procedimento não invasivo que mede a s aturação de oxigênio no sangue (SpO2), ou seja, a quantidade de oxigênio que está ligada às células vermelhas do sangue. É um método rápido e simples que utiliza um dispositivo chamado oxímetro de pulso, que é colocado no dedo, na orelha ou no pé da criança. O oxímetro de pulso emite uma luz infravermelha que atravessa o tecido e mede a quantidade de oxigênio no sangue, com o objetivo de medir a quantidade de oxigênio que está sendo transportada pelo sangue, especificamente pela fração de oxi-hemoglobina (HbO2) em relação à hemoglobina total. O processo de respiração envolve a troca de oxigênio e dióxido de carbono nos pulmões, onde o oxigênio é inalado e difunde-se dos alvéolos pulmonares para o sangue nos capilares pulmonares. O oxigênio se liga à hemoglobina nos glóbulos vermelhos do sangue, esta combinação forma a oxi-hemoglobina, que é transportada pelo sistema circulatório para os tecidos e órgãos. Nos tecidos, o oxigênio é liberado da hemoglobina e utilizado pelas células para processos metabólicos. O dióxido de carbono, um subproduto do metabolismo, é transportado de volta para os pulmões para ser exalado. O oxímetro de pulso utiliza luz infravermelha e visível para estimar a quantidade de oxigênio na hemoglobina. O dispositivo emite luz através da pele (geralmente na ponta dos dedos ou no pé) e mede a absorção da luz. A diferença na absorção entre a hemoglobina oxigenada e a desoxigenada permite calcular a saturação de oxigênio.

Nos primeiros anos de vida o crescimento é rápido. Um bebê típico dobra seu peso ao redor dos 5 meses e o triplica até o primeiro ano. A altura também aumenta significativamente. Os bebês começam a explorar o ambiente e desenvolver habilidades cognitivas básicas, como reconhecimento de rostos e objetos e inicia-se o desenvolvimento de emoções básicas como alegria, tristeza, raiva e medo. Reflexo Cutâneo-Plantar Para avaliar o reflexo cutâneo-plantar, o examinador deve estimular a porção lateral do pé da criança, na direção proximal-distal. Após a estimulação, deve-se observar a extensão do hálux, que, embora indique lesão neurológica em adultos, é considerado normal em crianças até 18 meses de idade. Reflexo da Marcha Reflexa Para verificar o reflexo da marcha reflexa, o avaliador deve segurar e suspender a criança pelo tronco, permitindo que ela toque os pés em uma superfície. O reflexo é evidente pela inclinação do corpo da criança após o apoio plantar, sendo visível já nos primeiros dias de vida. Reflexo da Voracidade Para avaliar o reflexo da voracidade (ou reflexo dos pontos cardeais), o examinador deve tocar a região perioral da criança. Isso fará com que a criança vire a cabeça em direção ao estímulo, abra a boca e tente sucção com protrusão da língua. Esse reflexo é crucial para a amamentação e deve desaparecer por volta dos 4 meses de idade. Reflexo de Sucção O reflexo de sucção está relacionado com o reflexo da voracidade, mas pode ser avaliado individualmente ao estimular os lábios da criança ou ao inserir um objeto na boca, como uma chupeta ou o dedo do examinador.

Idade Escolar Adolescência Pré-escola A idade escolar (6 a 12 anos) é caracterizada pelo desenvolvimento do raciocínio lógico, da capacidade de abstração e da autonomia. As crianças aprendem a ler, escrever, contar e resolver problemas. A adolescência (12 a 18 anos) é um período de grandes mudanças físicas, emocionais e sociais. Os adolescentes desenvolvem a sua identidade, exploram novos interesses, estabelecem novas relações e se preparam para a vida adulta. A pré-escola (3 a 6 anos) é um período de intenso desenvolvimento da linguagem, da imaginação, da criatividade e da socialização. As crianças aprendem a se comunicar, a colaborar em grupo e a se preparar para a entrada na escola. O crescimento continua, mas a uma taxa mais lenta comparada aos primeiros meses. As crianças ganham peso e altura a uma taxa relativamente constante. Nesse período ocorre a melhoria na coordenação motora fina e grossa. Habilidades como correr, pular e manipular objetos tornam-se mais refinadas. Dessa forma, ocorre o aumento da capacidade de pensar simbolicamente e de resolver problemas simples aumenta.

Região genital SEXO MASCULINO: Avaliar presença de anormalidades na saída da uretra (hipospádia ou epispádia). Palpar bolsa escrotal, verificando a presença, sensibilidade, tamanho e consistência dos testículos. SEXO FEMININO: Avaliar sulco entre os lábios externos e internos. ⚠ Geralmente estão recobertos de vérnix. ÂNUS Avaliação perviedade do oríficio anal. Osteoarticular Avaliar simetria e adequação da movimentação dos membros. Avaliar presença de lesão de plexo e de quadril (manobras de Barlow e Ortolani). Neurológico Avaliar tônus e presença de reflexos primitivos. Tórax Avaliação cardíaca e pulmonar. ⚠ RNs podem apresentar episódios de apneia de até 10 segundos que não são considerados patológicos. Devido a esses momentos de apneia, devemos contar a frequência respiratória por um minuto completo. Cardiovascular Palpar pulsos femorais, avaliando simetria e ritmo e avaliar presença de sopro cardíaco. Abdome Realizar inspeção, ausculta, percussão e palpação. Avaliar higiene do coto umbilical e presença de sinais flogísticos. Triagem Neonatal TESTE DO PEZINHO É um exame destinado a identificar precocemente indivíduos com doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas, possibilitando que recebam tratamento adequado a tempo. O exame é feito a partir de gotas de sangue coletadas em papel de filtro e deve ser realizado preferencialmente entre o 3º e o 5º dia de vida, após 48 horas. TESTE DO OLHINHO Também conhecido como Teste do Reflexo Vermelho (TRV), esse exame busca identificar anormalidades ou opacidades no segmento posterior do olho. Deve ser realizado por um pediatra utilizando um oftalmoscópio. O procedimento envolve o uso de um oftalmoscópio, que projeta uma luz direcionada ao olho da criança a cerca de 50 cm de distância. O que se espera observar é um reflexo vermelho, semelhante ao efeito que se vê em fotografias.

TESTE DO CORAÇÃOZINHO

Esse exame detecta alterações cardíacas através da oximetria de pulso no membro superior direito e em um dos membros inferiores. É feito antes da alta hospitalar e permite diagnosticar cardiopatias congênitas críticas, que dependem do fechamento do canal arterial. O resultado normal é uma saturação maior que 95% em ambos os membros verificados, e uma diferença menor que 3% entre as medidas do membro superior direito e membro inferior. Se haver essas alterações, uma nova aferição deve ser feita após 1 hora. Podendo ser detectado: Atresia pulmonar; Hipoplasia do coração esquerdo; Coarctação da aorta crítica; Transposição da grandes artérias. De acordo com as Diretrizes de Atenção à Saúde Ocular na Infância do Ministério da Saúde (2016), deve ser realizado antes da alta da maternidade, pelo menos 2 a 3 vezes por ano nos 3 primeiros anos de vida, e 1 vez ao ano do terceiro ao quinto ano de vida. A evidência de opacidade (leucocoria) requer avaliação do oftalmologista e pode indicar as seguintes doenças: Catarata congênita; Retinoblastoma – tumor maligno intraocular mais comum da infância, um tumor de células retinianas imaturas; Glaucoma congênito; Opacidades congênitas da córnea; Retinopatia da prematuridade; Inflamações e hemorragias intraoculares. Fonte: SBP, 2022

Índice 0 Índice 1 Índice 2 A parência Cor da pele Cianose ou palidez Cianose nas extremidades ou acrocianose Sem cianose.Corpo e extremidades rosados P ulso Pulsação arterial Não detectável < 100 batimentos por minuto

100 batimentos por minuto G esticulação Irritabilidade Reflexa (caretas) Sem resposta a estímulo Careta ou estimulação agressiva Choro vigoroso, tosse ou espirro A tividade Tônus muscular Flacidez (nenhuma ou pouca atividade) Alguns movimentos das extremidades (braços e pernas) Muita atividade: braços e pernas flexionados, que resistem à extensão R espiração Esforço respiratório Ausente Fraco/lento, irregular Forte, choro vigoroso Desenvolvido pela Dra. Virginia Apgar, o escore de Apgar, conhecido também como índice de Apgar ou escala de Apgar, é um dos métodos mais empregados para a avaliação imediata do recém-nascido (RN), especialmente nos primeiros e quinto minutos de vida, com o objetivo de avaliar os cinco sinais objetivos do recém-nascido, atribuindo a cada um deles uma pontuação que varia de 0 a 2. Escore de APGAR O resultado do primeiro minuto geralmente está relacionado com o pH do cordão umbilical e traduz asfixia intraparto. Já o Apgar do quinto minuto se relaciona com eventuais sequelas neurológicas. Além disso, escore menor que 7 é indicativo de asfixia perinatal. O escore deixou de ser usado com o objetivo de determinar a reanimação neonatal e passou a ser usado para avaliar a resposta do RN às manobras realizadas. FONTE: SANAR MED, 2017. É uma avaliação feita na sala de parto e a pontuação é anotada na Caderneta da Criança. Cerca de 90% dos recém-nascidos apresentam escores de Apgar entre 7 e 10 aos cinco minutos de vida, e, em geral, não requerem intervenção adicional. Esses recém-nascidos costumam ter respiração ou choro espontâneos, bom tônus muscular e coloração adequada. Podem ser admitidos no berçário para cuidados de rotina, desde que tenham pelo menos 35 semanas de gestação.

Os recém-nascidos possuem notáveis habilidades de adaptação ao nascer, mas ainda dependem de cuidados para alimentação, calor e conforto. Durante o parto, ocorrem mudanças físicas significativas. O cordão umbilical é clampeado e cortado, encerrando a dependência do bebê da placenta para oxigênio e nutrição. Ao respirar pela primeira vez, o ar entra nos pulmões, que antes não eram utilizados para a troca de gases e recebiam menos fluxo sanguíneo. A circulação fetal direciona a maior parte do sangue longe dos pulmões; no entanto, com a primeira respiração, a pressão nos pulmões provoca o fechamento das conexões fetais, permitindo que o sangue flua para os pulmões para a troca gasosa. Em alguns casos, os bebês podem ter excesso de líquido nos pulmões, e estimular o choro por meio de massagens pode ajudar a remover esse fluido. De acordo com o Ministério da Saúde (2017), os cuidados imediatos ao recém-nascido (RN) incluem a assistência da equipe de saúde durante as primeiras duas horas de vida, com o objetivo de promover a adaptação ao ambiente extrauterino, fortalecer o vínculo entre mãe e filho e garantir o equilíbrio orgânico do bebê. Esses cuidados são críticos nos primeiros minutos de vida, período em que a avaliação pelo pediatra é fundamental, especialmente se houver sinais como frequência respiratória superior a 60 incursões por minuto, enchimento capilar acima de 3 segundos, gemidos, frequência cardíaca fora dos parâmetros normais (menos de 100 ou mais de 160 batimentos por minuto), temperatura corporal elevada (igual ou superior a 38 graus Celsius) ou saturação de oxigênio inferior a 95%. Além disso, é essencial manter a temperatura corporal do RN , secando-o e aquecendo-o em um ambiente com temperatura entre 23-26°C, garantindo a permeabilidade das vias aéreas superiores e incentivando o aleitamento materno. A assistência inicial também envolve cuidados com o cordão umbilical , que deve ser pinçado e cortado a 2 a 3 cm do anel umbilical, utilizando gaze umedecida em álcool etílico 70% ou clorexidina alcoólica 0,5%. A verificação da presença de duas artérias e uma veia umbilical é importante, pois a presença de uma artéria única pode estar relacionada a anomalias congênitas. Outras intervenções importantes incluem a administração de vitamina K via intramuscular (1 mg) para profilaxia de doenças hemorrágicas, a profilaxia oftálmica neonatal , e a c oleta de sangue da mãe e do cordão umbilical para determinar antígenos dos sistemas ABO e Rh. No caso de mães Rh negativo, deve-se realizar o teste de Coombs indireto na mãe e Coombs direto no sangue do cordão umbilical. Finalmente, é necessário identificar o RN com informações como nome da mãe, registro hospitalar, data e hora do nascimento e sexo, além de realizar medidas antropométricas, incluindo perímetros cefálico, torácico e abdominal, comprimento e peso. Principais cuidados com o RN

FLUXOGRAMA DA REANIMAÇÃO NEONATAL

Logo após o nascimento, o recém-nascido deve apresentar uma respiração regular e suficiente para manter a frequência cardíaca acima de 100 bpm. A avaliação inicial deve ser feita por meio da ausculta do precórdio com um estetoscópio. Os passos iniciais do atendimento que devem ser feitos em 30 segundos são: Prover calor (se <34 semanas usar saco plástico para evitar hipotermia); Posicionar a cabeça em leve extensão; Aspirar, se necessário (se mecônio); Secar. Após os passos iniciais, deve-se avaliar a frequência cardíaca (FC) em caso de apneia ou FC < 100 bpm, deve-se iniciar a ventilação com pressão positiva (VPP). Em recém- nascidos a termo, a FiO2 inicial deve ser de 21% (ar ambiente), podendo ser aumentada em 20% se necessário, enquanto para recém-nascidos menores de 34 semanas, o oxigênio deve ser iniciado imediatamente. Em sequência, deve ser posicionado os eletrodos do monitor cardíaco e o sensor neonatal do oxímetro de pulso. Para pacientes com menos de 34 semanas, prefere-se usar o ventilador mecânico em T ou ambu. A ventilação deve ser realizada com uma frequência de 40 a 60 ventilações por minuto e deve ser feita por 30 segundos de VPP eficaz. FONTE: SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA

A amamentação fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho e influencia positivamente na capacidade da criança de combater infecções , no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, e na saúde física e mental da mãe. O leite materno exclusivo é a alimentação ideal para todo lactente até o 6º mês de vida. O colostro, o leite materno produzido nos primeiros dias, possui menor volume, mas é rico em proteínas, eletrólitos, fatores imunológicos e de crescimento. A transição do colostro para o leite maduro ocorre entre o 7º e o 14º dia. O volume do leite aumenta significativamente entre o 3º e o 5º dia de vida, durante o período conhecido como apojadura. A baixa produção de leite geralmente tem como principais causas o estresse, medo, ansiedade, dor e desconforto. A través disso o enfermeiro deve tornar o alojamento um ambiente emocional adequado de apoio, ensinar e corrigir erros de técnica, emocional, vigiar a evolução do peso do bebe. A apojadura dolorosa e engorgitamento estão ligados a muita produção de leite - efeito da prolactina, com pouca descida (efeito da ocitocina), a maneira correta de tratar é a ordenha manual, aumentar o intervalo entre as mamadas, mudar a posição da pega do mamilo e massagear as partes túrgidas. As dermatites, assaduras e fissuras ocorrem devido a pega inadequada e tempo longo de mamada. Dessa forma, é necessário manter a sucção frequente e diminuir o tempo de mamada, corrigir os erros de pega e posição do bebê na mama, usar sutiã com suporte adequado, utilizar absorventes para manter o seio seco. E a mastite (febre ou flutuação) ocorre devido fissuras, ingurgitamento, e estase prolongada do leite, o tratamento é feito após avaliação médica com o uso de antibióticos e a equipe de enfermagem deve incentivar a mãe a manter sução se possível ou manter ordenha do lado afetado, pois em alguns casos necessita de drenagem. É de extrema importância o enfermeiro orientar a mãe sobre a primeira mamada na qual deve ocorrer de preferência dentro da primeira hora de vida, mesmo na sala de parto e amamentar em livre demanda. A amamentação é contraindicada em casos de amamentação cruzada devido o risco de transmissão de infecções principalmente HIV-AIDS, o uso de drogas incompatíveis com a amamentação como por exemplo algumas medicações que podem estar afetando o recém nascido ou até mesmo o aleitamento, doenças maternas muito graves como cardiopatias, disfunção renal ou hepática graves, doenças psiquiátricas graves com risco para o bebê. Aleitamento Materno