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PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS., Exercícios de Educação Física

7° Congresso de Pós-Graduação. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO FÍSICA: PONTOS POSITIVOS E. NEGATIVOS. Autor(es). HEMERSON PATRIARCA.

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Fatima26
Fatima26 🇧🇷

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7° Congresso de Pós-Graduação
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO FÍSICA: PONTOS POSITIVOS E
NEGATIVOS.
Autor(es)
HEMERSON PATRIARCA
Orientador(es)
WAGNER WEY MOREIRA
1. Introdução
Dentre as várias propostas pedagógicas voltadas à Educação Física escolar, Darido (2003), a dos Parâmetros Curriculares Nacionais
nos chamou atenção por constituir uma proposta de governo. Dessa forma estudaremos seus aspectos positivos e negativos.
Cury (1996), entende que a Constituição de 1988 contribuiu com a formulação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, quando no seu
Artigo 210 ela diz: “Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum
[...]”.
Para Taffarel, (1997) o surgimento dos Parâmetros Curriculares Nacionais deu-se em virtude de acordos e convênios internacionais
assinados pelo Brasil, como a Conferência Mundial de Educação Para Todos, 1990, Tailândia e a Declaração de Nova Delhi, 1993,
China. Esses acordos desdobraram-se no Brasil no Acordo Nacional de Educação Para Todos, 1994, Brasília e nos Planos Decenais
de Educação dos Estados que introduziu o MEC como orientador das políticas públicas educacionais.
Desta forma o MEC estabeleceu como objetivo assegurar até o ano 2000, conteúdos mínimos que foram traduzidos em 1998 nos
Parâmetros Curriculares Nacionais.
Segundo Gramorelli (2007), os Parâmetros Curriculares Nacionais foram produzidos embasados também na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional 1996, que teve como objetivo subsidiar a revisão curricular nos Estados e Municípios e registra no seu Artigo
26: “Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum [...].
Para Ferraz (2001), o principal argumento do MEC para propor os Parâmetros Curriculares Nacionais era de que as propostas
curriculares de 21 Estados e do Distrito Federal elaboradas nos últimos 10 anos não eram condizentes com o avanço do conhecimento
do mundo contemporâneo.
Mas de acordo com Rodrigues (2002), a gênese dos Parâmetros Curriculares Nacionais está relacionada com as exigências dos
organismos transnacionais que comandam o projeto neoliberal e o processo de globalização. Segundo a autora o Banco Mundial e o
FMI financiam a educação nos países em desenvolvimento que em articulação com a Unesco, Unicef, Pnud oferecem “ajuda técnica”
na formulação de suas políticas públicas sob o pretexto de melhorar os índices educacionais, e acabam impondo uma visão de homem,
mundo e sociedade característico do pensamento neoliberal, caracterizando ingerência externa desses organismos.
Rodrigues (2001), diz que a influência do Banco Mundial nos Parâmetros Curriculares Nacionais é observado na forma como este é
organizado, semelhante aos documentos do banco sobre reformas educacionais e curriculares. Apresenta uma lista ordenada de tarefas
e orientações didáticas aos professores, um manual de respostas e recomendações precisas, com mapas de opções e prioridades.
Taffarel (1997), entende que os Parâmetros Curriculares Nacionais colocam-se na perspectiva de referências ideológicas idealistas
que valendo de mecanismos de inversão, silenciamento e manipulação do imaginário popular asseguram os interesses do grande
capital internacional que se articulam através de seus agentes (organismos transnacionais) orientando políticas educacionais.
Segundo Bonamino & Martinez (2002), em 1995, uma versão preliminar dos Parâmetros Curriculares Nacionais veio a público . De
acordo com Darido et all (2001), suas referências foram os professores da Escola da Vila, proposta espanhola encabeçada pelo
professor César Coll, e também um estudo feito pela Fundação Carlos Chagas. (GRAMORELLI 2007).
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7° Congresso de Pós-Graduação

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO FÍSICA: PONTOS POSITIVOS E

NEGATIVOS.

Autor(es)

HEMERSON PATRIARCA

Orientador(es)

WAGNER WEY MOREIRA

1. Introdução

Dentre as várias propostas pedagógicas voltadas à Educação Física escolar, Darido (2003), a dos Parâmetros Curriculares Nacionais nos chamou atenção por constituir uma proposta de governo. Dessa forma estudaremos seus aspectos positivos e negativos. Cury (1996), entende que a Constituição de 1988 contribuiu com a formulação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, quando no seu Artigo 210 ela diz: “Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum [...]”. Para Taffarel, (1997) o surgimento dos Parâmetros Curriculares Nacionais deu-se em virtude de acordos e convênios internacionais assinados pelo Brasil, como a Conferência Mundial de Educação Para Todos, 1990, Tailândia e a Declaração de Nova Delhi, 1993, China. Esses acordos desdobraram-se no Brasil no Acordo Nacional de Educação Para Todos, 1994, Brasília e nos Planos Decenais de Educação dos Estados que introduziu o MEC como orientador das políticas públicas educacionais. Desta forma o MEC estabeleceu como objetivo assegurar até o ano 2000, conteúdos mínimos que foram traduzidos em 1998 nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Segundo Gramorelli (2007), os Parâmetros Curriculares Nacionais foram produzidos embasados também na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 1996, que teve como objetivo subsidiar a revisão curricular nos Estados e Municípios e registra no seu Artigo 26: “Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum [...]. Para Ferraz (2001), o principal argumento do MEC para propor os Parâmetros Curriculares Nacionais era de que as propostas curriculares de 21 Estados e do Distrito Federal elaboradas nos últimos 10 anos não eram condizentes com o avanço do conhecimento do mundo contemporâneo. Mas de acordo com Rodrigues (2002), a gênese dos Parâmetros Curriculares Nacionais está relacionada com as exigências dos organismos transnacionais que comandam o projeto neoliberal e o processo de globalização. Segundo a autora o Banco Mundial e o FMI financiam a educação nos países em desenvolvimento que em articulação com a Unesco, Unicef, Pnud oferecem “ajuda técnica” na formulação de suas políticas públicas sob o pretexto de melhorar os índices educacionais, e acabam impondo uma visão de homem, mundo e sociedade característico do pensamento neoliberal, caracterizando ingerência externa desses organismos. Rodrigues (2001), diz que a influência do Banco Mundial nos Parâmetros Curriculares Nacionais é observado na forma como este é organizado, semelhante aos documentos do banco sobre reformas educacionais e curriculares. Apresenta uma lista ordenada de tarefas e orientações didáticas aos professores, um manual de respostas e recomendações precisas, com mapas de opções e prioridades. Taffarel (1997), entende que os Parâmetros Curriculares Nacionais colocam-se na perspectiva de referências ideológicas idealistas que valendo de mecanismos de inversão, silenciamento e manipulação do imaginário popular asseguram os interesses do grande capital internacional que se articulam através de seus agentes (organismos transnacionais) orientando políticas educacionais. Segundo Bonamino & Martinez (2002), em 1995, uma versão preliminar dos Parâmetros Curriculares Nacionais veio a público. De acordo com Darido et all (2001), suas referências foram os professores da Escola da Vila, proposta espanhola encabeçada pelo professor César Coll, e também um estudo feito pela Fundação Carlos Chagas. (GRAMORELLI 2007).

O MEC não convidou a área de Educação Física para participar da construção dos Parâmetros Curriculares Nacionais, mas sim uma parcela desta, restrita ao meio acadêmico que estava mais em consonância com o ideário neoliberal que sustentaram o documento. (CAPAROZ 2003). Apesar das críticas que os Parâmetros receberam reconhece-se que houve um certo avanço na área de Educação Física com o reconhecimento da necessidade desta disciplina no ensino fundamental. (NASCIMENTO 2000). Como principais avanços da proposta podemos considerar: a) princípio da inclusão, b) as dimensões dos conteúdos – procedimental, conceitual, atitudinal, c) os temas transversais. (DARIDO et al 2001). Destaca-se a crítica que os Parâmetros Curriculares Nacionais fazem a aptidão física, as suas origens militares e médicas que restringiram os conceitos de corpo e movimento aos seus aspectos fisiológicos e técnicos. (RODRIGUES 2002). A última crítica a ser feita aos Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Física é a presença do ecletismo, identificado pela busca de consenso de matrizes teóricas distintas como o construtivismo, desenvolvimentismo, psicomotricidade e as abordagens críticas. (RODRIGUES 2002).

2. Objetivos

2.1- Objetivo Geral: Diagnosticar via revisão da literatura os pontos positivos e negativos dos Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Física.

2.2- Objetivos Específicos: - Buscar uma concepção adequada dos Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Física. – Discutir com os autores que estudaram o tema suas considerações. – Evidenciar os pontos positivos e negativos do documento – Produzir um referencial teórico coerente com as obras pesquisadas.

3. Desenvolvimento

3.1- Tipo de Pesquisa. Está pesquisa se caracterizou por ser uma pesquisa qualitativa, de acordo com Lüdke & André (1986) na pesquisa qualitativa o processo desenvolvido durante a pesquisa ganha maior destaque do que os resultados obtidos, não existe a preocupação de comprovar hipóteses definidas antes do início dos estudos, mas isso não implica a inexistência de um quadro teórico que oriente a coleta e a análise de dados obtidos. Como proposta metodológica fizemos um levantamento bibliográfico nas principais bibliotecas universitárias de nossa região, sendo elas: USP, UNESP, UNIMEP. Desta forma levantamos o material a ser pesquisado através da palavras-chave: Parâmetros Curriculares Nacionais, Educação Física escolar e Política Educacional e delimitamos as unidades de leitura, procedendo logo após com análise textual, temática e interpretativa, seguida de problematização e conclusão dos textos, Severino (2002).

4. Resultado e Discussão

De acordo com a pesquisa bibliográfica realizada constatamos que os Parâmetros Curriculares Nacionais teve sua gênese nos preceitos da Constituição Federal de 1988, assim como nas reformulações legais vindas da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, nos acordos e convênios internacionais firmados entre o governo brasileiro e os organismos transnacionais e na conseqüente elaboração do Acordo Nacional de Educação Para Todos e nos Planos Decenais de Educação Para Todos. A maior crítica relatada pela literatura frente aos Parâmetros Curriculares Nacionais foi o fato de que está reforma curricular acabou assumindo valores que foram impostos e exigidos pelos organismos transnacionais, principalmente o Banco Mundial e o FMI, mesmo o MEC omitindo está ingerência externa. Estes organismos comandam o projeto neoliberal e a globalização em todo o mundo e ficou evidente que o documento traz implicitamente uma concepção de educação, homem, mundo e sociedade característicos do ideário neoliberal. Outras críticas são observadas a respeito dos procedimentos e a participação dos professores na formulação do documento. Os professores de Educação Física não participaram desta, mas sim um grupo reduzido de professores de uma escola particular, chamada