Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017, Notas de estudo de Saúde Pública

Este documento discute as mudanças introduzidas pela Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017, que propõe alterações na composição e na atuação das equipes, com implicações no trabalho do Agente Comunitário de Saúde (ACS). O objetivo deste trabalho foi discutir os significados e as implicações das mudanças introduzidas pela PNAB 2017.

Tipologia: Notas de estudo

2021

À venda por 22/06/2022

AnaAkabane
AnaAkabane 🇧🇷

4.9

(9)

20 documentos

1 / 5

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Nome do (a) aluno (a):
Disciplina: SUS – Políticas públicas de saúde Curso: Saúde Pública
Tema do Trabalho Mensal: Políticas Públicas de Saúde
1 Introdução
O Brasil instituiu a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), que visa
alcançar o acesso universal e sustentado aos serviços como via preferencial para o
sistema de saúde, bem como desenvolver uma atenção integral à saúde que afete
as condições de saúde e a autonomia das pessoas e coletivos.
Em setembro de 2017, a Portaria 2.4361.instituiu a nova PNAB, que
consolida conceitos, reafirma princípios instituídos nas Políticas anteriores (2006 e
2011) e propõe mudanças significativas nas modalidades e na composição das
equipes, com a flexibilização da carga horária de profissionais da Atenção Primária à
Saúde (APS); a possibilidade de redução do número de Agentes Comunitários de
Saúde (ACS) nas equipes; a não priorização da Estratégia Saúde da Família (ESF)
do ponto de vista da indução financeira, além de mudanças nas atribuições comuns
e específicas dos profissionais de saúde.
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017 propõe alterações na
composição e na atuação das equipes, com implicações no trabalho do Agente
Comunitário de Saúde (ACS). O novo texto traz novidades sobre o financiamento da
atenção básica, reconhecendo o novo modelo de atenção e o consequente aumento
do número de equipes que receberão recursos do Ministério da Saúde. Essa norma
permite que os gestores municipais formem sua equipe de atenção básica com base
nas características e necessidades locais, com a presença de médicos, enfermeiros,
auxiliares e/ou técnicos de enfermagem. As mudanças incluirão equipes que
FAÇO TRABALHOS
ACADÊMICOS
(12)99236-2628
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017 e outras Notas de estudo em PDF para Saúde Pública, somente na Docsity!

Nome do (a) aluno (a): Disciplina: SUS – Políticas públicas de saúde Curso: Saúde Pública Tema do Trabalho Mensal: Políticas Públicas de Saúde 1 Introdução O Brasil instituiu a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), que visa alcançar o acesso universal e sustentado aos serviços como via preferencial para o sistema de saúde, bem como desenvolver uma atenção integral à saúde que afete as condições de saúde e a autonomia das pessoas e coletivos. Em setembro de 2017, a Portaria nº 2.436^1 instituiu a nova PNAB, que consolida conceitos, reafirma princípios instituídos nas Políticas anteriores (2006 e

  1. e propõe mudanças significativas nas modalidades e na composição das equipes, com a flexibilização da carga horária de profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS); a possibilidade de redução do número de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) nas equipes; a não priorização da Estratégia Saúde da Família (ESF) do ponto de vista da indução financeira, além de mudanças nas atribuições comuns e específicas dos profissionais de saúde. A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017 propõe alterações na composição e na atuação das equipes, com implicações no trabalho do Agente Comunitário de Saúde (ACS). O novo texto traz novidades sobre o financiamento da atenção básica, reconhecendo o novo modelo de atenção e o consequente aumento do número de equipes que receberão recursos do Ministério da Saúde. Essa norma permite que os gestores municipais formem sua equipe de atenção básica com base nas características e necessidades locais, com a presença de médicos, enfermeiros, auxiliares e/ou técnicos de enfermagem. As mudanças incluirão equipes que já

FAÇO TRABALHOS

ACADÊMICOS

existem e são financiadas apenas pela prefeitura. O Objetivo deste trabalho foi discutir os significados e as implicações das mudanças introduzidas pela Política Nacional de Atenção Básica 2017. 2 Desenvolvimento A nova PNAB foi aprovada em 30 de agosto de 2017, pouco mais de um mês após tornar-se oficialmente pública. Uma característica marcante do texto da nova PNAB^3 é a explicitação de alternativas para a configuração e implementação da AB, traduzindo-se em uma pretensa flexibilidade, sustentada pelo argumento da necessidade de atender especificidades locorregionais. (BRASIL, 2017). Para a PNAB 2017, mesmo que todas as evidências científicas sejam contrárias, a posição da secretaria nacional de atenção básica é diferente, mas a correlação de poder em 2017 é propícia à implantação de outros modelos que não o SF e a redução do ACS, mas de acordo com Almeida et al. na prática, verifica-se que a autorização para a implantação de novas eAB não se efetivou, demostrando que não houve adesão por parte da maioria dos gestores municipais de saúde. Nos últimos dois anos, a mudança mais incisiva observada, que interfere na qualidade e no acesso à saúde, está relacionada ao PMM e não à PNAB. É certo que a dificuldade na provisão de médicos com formação profissional voltada para as necessidades de saúde da população e a sua distribuição no território nacional sempre foi um desafio na trajetória da APS brasileira, situação que permanece até os dias atuais. (CFM, 2018). Embora tenha havido avanços importantes de 1994 a 2017, ao analisar a cobertura de saúde familiar estimada de 2017 a 2019, houve pouca alteração. Isso pode ser atribuído ao cenário de aperto econômico e à falta de investimento em saúde e assistência médica. Apesar da PNAB seja considerada uma ferramenta legal e correlata na organização da APS brasileira, sua terceira edição por si só tem pouco impacto na composição da equipe e no desenvolvimento das diferentes equipes da SF no Brasil. É questionável se a proposta da PNAB 2017 é realmente suficiente para resolver os

Conclusão Os resultados do estudo apontam os possíveis diferentes efeitos da inclusão da atribuição proposta pelo PNAB 2017. Foram destacados alguns dos mecanismos da nova política, que promoveram mudanças importantes como a relativização da cobertura universal, a definição de diferentes padrões de serviço, a reorganização das equipes de trabalho AB, que também deveriam ser considerados. A revisão realizada afeta principalmente as conquistas e os processos em curso da ESF que têm pavimentado o caminho para uma APS forte, que é parte essencial da rede de atenção no sistema integrado de saúde universal. As consequências da possível falta de compromisso dos gestores com a prestação geral dos serviços da AB são particularmente preocupantes; o acesso aos serviços médicos é subdividido; as equipes deixam o território; e as desqualificações da ACS e ACE, destacando a natureza utilitária de suas atividades e fortalecendo a privatização. Esses problemas claros exacerbam o risco de falta de assistência para grande parte da população e o risco de declínio na qualidade dos serviços da AB. A parcela desassistida da classe trabalhadora com certa capacidade de aquisição de serviços médicos - conforme o horizonte traçado pela PNAB 2017 - faz com que o governo brasileiro mais uma vez tome medidas para apoiar a ampliação da participação do setor privado na área médica, prejudicando um sistema que nunca pôde ser totalmente público.

Referências ALMEIDA ER, SOUSA ANA, BRANDÃO CC, CARVALHO FFBC, TAVARES G, SILVA KC. Política Nacional de Atenção Básica no Brasil: uma análise do processo de revisão (2015-2017). Revista Panamericana de Saúde Pública. 2018. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 3.392 , de 28 de dezembro de 2017. Altera a Portaria de Consolidação n. 6/GM/MS, de 28 set. 2017, para dispor sobre o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços públicos de saúde do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União. 14 dez 2017.