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Monografia apresentada ao Curso de Formação de Oficiais da Academia Policial Militar do. Guatupê, como requisito parcial à obtenção do.
Tipologia: Notas de aula
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Monografia apresentada ao Curso de Formação de Oficiais da Academia Policial Militar do Guatupê, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Segurança Pública e Cidadania. Orientador: Cap. QOPM Luiz Antônio de Oliveira Maywitz. SÃO JOSÉ DOS PINHAIS 2021
A meus pais: Leonaldo e Jussara e a minha futura esposa Juliana, que sempre estiveram ao meu lado e me incentivaram a galgar os passos que segui. Também ao meu orientador e todos os instrutores que cederam uma parte dos seus conhecimentos a este militar.
Onde vais tu, esbelto infante com teu fuzil lesto a marchar? Cadência certa, o peito arfante, Onde vais tu a pelejar? Pra longe eu vou a pátria ordena sigo contente o meu tambor, Cheio de ardor, Cheio de ardor Pois quando a pátria nos acena se vive só da própria dor. É no combate que o infante é forte vence o perigo; despreza a morte. (CANÇÃO ARDOR DO INFANTE)
The present work aims to analyze the victimization of the police, deaths and injuries, resulting from armed confrontations of the state military, based on the instructions given by service note No. 03 6/2017-PM/3. Based on the research hypothesis that “The shooting instructions given in 2017 reduced the victimization and mortality of the military police in Paraná.” the objective of the work is to analyze, through documentary research, the victimization of the police in the periods before and after the shooting instruction. In order to carry out the present research, the documentary research method was used, and according to Perovano (2014) the focus was quantitative correlational. The data from the armed confrontations of the PMPR of police officers in and out of service, from the periods from April 2015 to March 2021, were analyzed, with 32 months before and 32 after the instruction being chosen. In this sense, statistical tools were used to verify whether there was a decrease in the victimization of the police. The results of the survey showed that there was a noticeable decrease in police mortality, proving the need for continued training of police officers. Keywords: Ongoing training. Armed confrontation. Police victimization. Military Police of Paraná.
BI - Bussiness Inteligence BOU - Boletim de Ocorrência Unificado PM - Policial Militar PMPR - Polícia Militar do Paraná
13 Verifica-se que em empresas de sucesso, o treinamento contínuo e a capacitação são elementos basilares para sua perpetuação no mercado. Com isso em vista na PMPR (Polícia Militar do Paraná) não pode ser diferente. Consoante com esse fato, a PMPR ministrou em 201 7/2 018 instruções de habilitação/renovação de habilitação para a sua tropa, com o intuito de estabelecer procedimentos gerais a serem adotados nas futuras instruções de tiro policial (PMPR, 2017 ) e assim é possível inferir que a corporação está trilhando o caminho de realizar instruções continuada de tiro para a sua tropa. Então é levantada a questão dos impactos que as instruções ministradas através da Nota de Serviço nº 036/2017 - PM/3 geraram nos militares estaduais. Este estudo tratará de verificar se após serem ministradas estas instruções, houve a diminuição da vitimização (morte e lesão provindas de confrontos armados) do policial militar, durante a sua atividade fim e seu período de folga. 1.1 HIPÓTESE As instruções de tiro ministradas no ano de 20 1 7 reduziram a vitimização e mortalidade do policial militar do Paraná. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo geral Verificar se as instruções destinadas à habilitação/renovação de habilitação ministradas em 20 17 influenciaram na vitimização e mortalidade do policial. 1.2.2 Objetivos específicos a) Analisar quantos policiais militares foram vitimados (mortos ou feridos) em confrontos armados no período anterior a receberem a instrução. b) Analisar quantos policiais militares foram vitimados (mortos ou feridos) em confrontos armados no período posterior a receberem a instrução.
14 c) Comparar a quantidade de policiais militares vitimados (mortos ou feridos) em confrontos armados nos períodos anterior e posterior as instruções ministradas. 1.3 JUSTIFICATIVA A escolha deste tema dá-se ao fato deste autor sempre possuir interesse em armamento e tiro desde sua época de infância, se iniciando com filmes de ação e jogos eletrônicos. Até a oportunidade de incorporar às fileiras do Exército Brasileiro, e receber diversos treinamentos em variadas plataformas de armamento durante o curso de cabo, assim aumentando o arcabouço de conhecimento. Devido ao policial militar enfrentar diversas ocorrências no seu turno de serviço, e ainda portar a sua arma nos momentos que estão de folga, é necessário que ele esteja nas mais plenas condições de realizar o uso de sua arma de porte, de maneira técnica e eficaz, para resguardar a maior quantidade de vidas. Será analisado as breves instruções ministradas na Nota de Serviço 0 36/2017 PM- 3 , pois esta nota é a precursora na tentativa de ministrar instruções de tiro para todo o efetivo da PMPR. Esta pesquisa poderá servir como embasamento para pesquisas futuras, pois verificando-se que estas breves instruções surtiram o efeito de diminuir a vitimização do policial militar, pode-se inferir que se for implementado um sistema institucional de instruções de tiro continuadas, o policial estará mais seguro para realizar o seu trabalho de proteger a sociedade.
16 Cevallos ( 2017 ) apresenta o influxo sensorial e as habilidades motoras que ocorre quando há uma repetição de determinado movimento em quantidade suficiente. Então, este movimento acaba por ficar memorizado e quando se é necessária a nova consumação deste, o cérebro (na área sensorial) recorre ao padrão previamente existente criando assim engramas. Porém, estes engramas retidos na área sensorial são morosos e possuem a probabilidade de serem executados de forma erronia, sendo necessário aprimoramento advindo da área motora do cérebro. Contudo, quando estes padrões prévios são de movimentos de veloz execução, estes ficam armazenados na área motora do cérebro, sendo ativados de maneira imediata e sem a ponderação de práticas anteriores. A pesquisa de Franklin Henry e colaboradores da universidade da Califórnia, apresenta que a aptidão de realizar ações motoras talentosas, não se correlaciona com a capacidade de realizar outros feitos deste tipo. Assim, nasce a teoria de que modelos de coordenação neuromotora são retidos na mente, dentro de um tambor de memória. Quando for necessário a realização de ações padronizadas, estas serão realizadas instintivamente. Ainda dentro desta pesquisa, é apresentado que a habilidade é incorporada de forma separada e por partes, sendo aglutinadas de forma gradual. Quando a habilidade se deteriora por falta de utilização ou simples envelhecimento, é visto o processo contrário, onde há uma separação das habilidades e se tornam movimentos apartados (CEVALLOS, 2017 ). Haja vista como fora apresentado anteriormente, pode ser feita uma analogia com o tiro, a qual todos os fundamentos (saque e empunhadura, posição corporal, pressão no gatinho, visada, respiração e acompanhamento do alvo) que serão apresentados a seguir, terão que ser utilizados de maneira conjunta, necessitando atuar com sinergia para que haja êxito na prática do tiro. 2.2 FUNDAMENTOS DO TIRO A presente monografia não abordará os fundamentos de tiro em armas portáteis ou conhecidas como armas longas, visto que toda a tropa da PMPR em seu serviço operacional, utiliza a arma de porte, pistola. Mesmo que determinados militares utilizem armas portáteis, estes sempre estarão portando a pistola, evidenciando-se a importância e o foco do presente trabalho.
17 2.2.1 Saque e empunhadura Ao analisarmos o equipamento básico da tropa convencional da PMPR, que é composto do fardamento, colete balístico e cinto de guarnição. O armamento do militar estará no seu cinto de guarnição, em um coldre posicionado na lateral do corpo, para que então possa ser utilizada ela deve ser retirada do coldre e apresentada para o alvo. De acordo com Puglia ( 2018 ) existem outras doutrinas que fazem o ensinamento deste fundamento de forma separada em saque e empunhadura. Porém, é visto que estes dois atos estão profundamente ligados, pois para que haja o saque é necessário empunhar a arma e se essa empunhadura não for realizada de forma correta o operador terá que parar o trem de movimento para realizar a correção da empunhadura. Fazendo com que o conjunto de movimentos acabe ficando mais lento. Sendo assim, a empunhadura correta tem início quando a mão dominante está encaixada no punho da arma, sem deixar espaço entre a mão e o beavertail da arma. Fazendo com que o recuo proveniente do tiro seja mitigado e assim, seja realizada a recuperação da visada no alvo. FIGURA 1 - EMPUNHADURA ERRADA FIGURA 2 – EMPUNHADURA CORRETA FONTE: O autor ( 2021 ). FONTE: O autor ( 2021 ). Após vencida a etapa do saque, é realizada a empunhadura dupla, sendo que este passo é de suma importância para que haja a estabilização do armamento em consonância com o correto posicionamento dos braços.
19 2.2.2 Posição corporal Antes de apresentar este fundamento independentemente da posição que o atirador queira adotar, é de extrema importância que este projete o seu tronco de maneira a ficar de frente para a ameaça. Pois, além desta posição ser mais estável para a realização do tiro, ele obterá uma maior segurança, visto que a proteção balística do seu colete apresentará a sua maior eficiência. Sendo que é algo que não advém se o atirador estiver lateralizado para a ameaça. No que se concerne a posição corporal para que um disparo seja o mais preciso possível, a estabilidade é tida como aspecto preponderante. Sem esse quesito crucial o disparo acaba por ficar prejudicado. Uma das posições que Puglia ( 2018 ) cita é a isósceles modificada, cuja abertura das pernas deve se igualar à largura dos ombros, já os pés podem permanecer paralelos ou um permanecer mais à frente do que o outro, como o atirador preferir. Não é o ideal que esta base fique muito aberta tanto para as laterais quanto para frente, pois não condiz com a naturalidade do corpo. Ainda há diversas posições que o atirador pode utilizar, contudo, nem todas irão propiciar que o atirador obtenha o melhor uso da sua proteção balística. É válido realizar uma ressalva, visto que na atividade policial os confrontos armados podem ocorrer de maneiras inusitadas e inesperadas, é sempre interessante que o operador assimile e pratique as mais variadas posições de tiro, para quando for necessário a atualização destas técnicas, o operador recorra ao seu arcabouço motor. 2.2.3 Pressão no gatilho Como foi apresentado anteriormente, a empunhadura é responsável por realizar a estabilização do armamento, no entanto, o acionamento do gatilho faz com que haja uma oscilação neste sistema. Puglia ( 2018 ) apresenta que a puxada do gatilho é o fator que desestabiliza o armamento, e que esse acionamento deve ser feito puxando o gatilho para trás, de maneira que todo o armamento seja pressionado contra a mão do atirador. A parte do dedo indicador que deve realizar esse acionamento é o ponto que divide a falange distal da medial, ou seja, na metade da primeira dobra do dedo. O
20 acionamento do gatilho deve ser feito de maneira lenta e gradual com o intuito de “esmagar” o gatilho, e não causar oscilações no aparelho de pontaria do armamento, esse tipo de acionamento deve ser utilizado em tiros de precisão onde o atirador possui tempo para preceder esse acionamento. Contudo, na atividade policial, quando é necessária a utilização de armas de fogo para neutralizar uma ameaça, o disparo tem que ser realizado de maneira rápida, ou seja, será um disparo de reação. No tiro de reação o acionamento do gatilho é rápido, mas não de maneira brusca, o qual ainda deve ser realizado puxando o gatilho apenas para trás (PUGLIA, 2 018 ). FIGURA 4 – ACIONAMENTO DO GATILHO FONTE: FORMENTO ( 2017 ). 2.2.4 Visada Todos os fundamentos do tiro são de suma importância e terão que laborar com sinergia para que o disparo encontre o seu alvo, porém, a visada ganha uma responsabilidade a mais quando se trata de tiro policial. Pois, normalmente quando é necessário o emprego da força letal, este ocorre em frações de segundos. Sendo assim, no momento do tiro o policial deve atingir o seu alvo nas regiões onde há uma maior probabilidade de neutralizar o agressor, não sendo de maior eficácia atingir anatomias com grau de importância menor. Consoante com esse fato, o policial é responsável por todos os disparos que realizar, então qualquer disparo que