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Frequentemente, poesia e poema são tratados como termos sinônimos. No entanto, segundo Octavio Paz, a poesia pode estar em tudo, mas o poema não pode. Para o estudioso, há poesia sem poemas. A poesia pode estar numa paisagem, nas pessoas, em fatos cotidianos, isto é, a poesia pode estar em nosso dia-a-dia em momentos, vivências e coisas que são poéticas. Ela pode acontecer por acaso, sem passar pelas mãos de um poeta e sua vontade criadora. Podemos nos deparar com o poético em acontecimentos sim
Tipologia: Transcrições
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DOCENTE: Jonas Leite DISCENTE: Neilsa dos P M M Silvestre TURMA: B Texto "Poesia e Poema", de Octavio Paz. Frequentemente, poesia e poema são tratados como termos sinônimos. No entanto, segundo Octavio Paz, a poesia pode estar em tudo, mas o poema não pode. Para o estudioso, há poesia sem poemas. A poesia pode estar numa paisagem, nas pessoas, em fatos cotidianos, isto é, a poesia pode estar em nosso dia-a-dia em momentos, vivências e coisas que são poéticas. Ela pode acontecer por acaso, sem passar pelas mãos de um poeta e sua vontade criadora. Podemos nos deparar com o poético em acontecimentos simples, frutos do acaso. Poesia é uma forma de expressar seus sentimentos, uma maneira de enxergar o mundo, a poesia também é considerada uma arte, a arte de expressar o que você está sentindo com palavras. O poeta, por sua vez, pode ser o fio condutor responsável por transformar a poesia em elementos poéticos dispostos no poema, como uma paisagem, um acontecimento (belo ou não). No poema a poesia se recolhe e se revela plenamente, e por meio de um ser humano com intenções artísticas, transforma-se em produto humano ao adentrar no poema. E o poema? O poema é uma obra e não uma forma literária é uma criação artística e é linguagem erguida. Pode ser construído de acordo com regras métricas e rítmicas e pode possuir uma forma literária específica. Entretanto, Paz defende que o poema não é uma forma literária em si, mas, sim, o ponto de encontro entre o ser humano e a poesia, poeta e até o leitor. O poema, nesse sentido, é um organismo verbal, que pode conter suscitar ou emitir poesia.
O autor ainda chama atenção para a questão de que, muitas vezes, a poesia é denominada a soma de todos os poemas de um determinado autor ou período. Na visão dele, isto é errôneo, uma vez que cada poema é único e irredutível. Não se pode reduzir criação poética à poesia. O poema é um objeto único, permeado por uma técnica específica de cada poeta, a qual possui um estilo específico, marcado tanto pelo individualismo de seu criador quanto por sua época, estilo literário de seu tempo, vivências sociais e históricas. Cada poema é palavra e é história, único em uma totalidade de uma obra literária e, por meio dele, em maior ou menor grau, pulsa a poesia. Dentro do poema, a poesia é enxergada de acordo com aquilo que cada um carrega dentro de si, ou seja, o poema é uma possibilidade aberta a todos, e essa participação do leitor na leitura do poema é por si só, algo poético. Ao reviver o poema, ao visitá-lo e revisitá-lo, o leitor faz uma viagem dentro de si e além de si. Octavio Paz trabalha as definições de todo e qualquer termo de modo poético, o que até transforma a literatura em um ato trabalhoso, pois dentro de uma criação poética, cada palavra pode ter uma possibilidade infinita de significado e interpretações. Ele define poesia e poema tanto por meio de uma linguagem mais formal, transparecendo seu papel de crítico literário e estudioso da literatura, quanto por meio de uma linguagem poética, transparecendo a sua visão enquanto poeta acerca da poesia e do poema. O texto procura explicar tanto a origem dos poemas quanto a relação da história e do poeta com a poesia, bem como entender as origens e o significado da inspiração.