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Narrativa de edgar allan poe sobre a vingança de montresor contra fortunato. Fortunato insulta montresor, que jura vingança. Montresor conhece a paixão de fortunato pelo vinho antigo amontillado e o engana, o levando a um local subterrâneo cheio de ossos, onde o enchaqueia e deixa morrer. Descrição detalhada do encontro entre os dois, de fortunato vestido de bufão e de montresor que pede a ajuda de luchesi para verificar a autenticidade do barril de amontillado.
Tipologia: Notas de aula
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O barril de Amontillado As mil afrontas de Fortunato, eu as suportei o melhor que pude; mas quando ele passou destas ao insulto, jurei vingança. Você, que conhece tão bem a natureza de minha alma, não há de imaginar que proferi uma única ameaça. Ao fim e ao cabo , eu me vingaria, isso era ponto pacífico, irrevogável – e, sendo irrevogável, a decisão excluía toda idéia de risco. Não devia apenas punir, mas punir impunemente. Um mal não está reparado se alguma represália recair sobre quem o repara. Como não está reparado se o vingador não puder se revelar a quem cometeu o mal. Claro está que nenhum ato ou palavra de minha parte dera ensejo a que Fortunato duvidasse de minha boa vontade. Continuei, como de hábito, a sorrir-lhe, sem que ele percebesse que eu sorria, agora , à idéia de sua imolação. Tinha um ponto fraco, esse Fortunato, muito embora sob outros aspectos fosse homem de se respeitar e mesmo temer. Orgulhava-se de conhecer vinhos. Poucos italianos têm o verdadeiro espírito do virtuoso. O mais das vezes, seu entusiasmo serve ao momento e à oportunidade – a praticar alguma impostura à custa de milionários britânicos ou austríacos. Em se tratando de pinturas e jóias, Fortunato era, como seus compatriotas, um charlatão – mas, em matéria de vinhos antigos, era sincero. Nisso não diferíamos substancialmente: eu mesmo era entendido em boas safras italianas e comprava à larga sempre que podia. Foi à hora do crepúsculo, certa noite do desvario supremo da estação carnavalesca, que fui ao encontro de meu amigo. Ele me abordou com vivacidade excessiva, pois bebera demais. O sujeito usava uma fantasia de bufão. Vestia uma peça justa e listrada e levava a cabeça encimada por um chapéu cônico, de guizos. Fiquei tão feliz de encontrá-lo, que não queria mais parar de lhe apertar a mão. Disse a ele:
No canto mais remoto da cripta abria-se outra, menos espaçosa. Tinhas as paredes cobertas de despojos humanos empilhados até a abóbada, à maneira das grandes catacumbas de Paris. Três lados dessa cripta interior ainda conservavam esse adorno. Os ossos tinham sido arrancados do quarto e jaziam promiscuamente pelo chão, formando um montículo de bom tamanho. Na parede posta a nu com a remoção dos ossos, percebemos um recesso ainda mais profundo, com quatro pés de profundidade, três de largura e seis ou sete de altura. Parecia ter sido construído sem fim definido, um mero intervalo entre dois dos suportes colossais do teto das catacumbas, e era fechado por uma das paredes exteriores de granito maciço. Foi em vão que Fortunato, levantando a tocha baça, tentou divisar as profundezas do recesso. A luz débil não permitia que víssemos o seu fim.
perto da parede. Respondi aos berros daquele que clamava. Fiz eco, fiz coro, ultrapassei-os em volume e força. Fiz isso, e o suplicante fez silêncio. Era já meia-noite, e minha tarefa chegava ao fim. Completara a oitava, a nona, a décima fileira. Terminara parte da última, a décima primeira; faltava uma única pedra por assentar e rebocar. Forcejei com seu peso; encaixei-a parcialmente na posição final. Mas então veio do nicho um riso baixo que me eriçou os cabelos. Ouviu-se em seguida uma voz triste, que tive dificuldade de reconhecer como a do nobre Fortunato. A voz dizia: