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Prevenção e Tratamento de Infecções Respiratórias Nosocomiais: CCIH - HMMC, Notas de estudo de Cultura

Documento que apresenta definições, patogenia, fatores de risco, germes mais frequentes e tratamento para infecções respiratórias nosocomiais, além de recomendações para prevenção. Inclui informações sobre pneumonia, ventiladores mecânicos e traqueostomia.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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CCIH - HMMC Julho/01
INFECÇÃO RESPIRATÓRIA NOSOCOMIAL
Definição:
Pneumonia adquirida após 48 horas de internação.
Patogenia:
Microaspirações de orofaringe principal mecanismo.
Broncoaspiração do conteúdo gástrico ou esofageano.
Inoculação direta das vias aéreas na entubação traqueal.
Inalação de aerossol infectado.
Disseminação hematogênica.
Fatores de Risco:
Idade neonatos e idosos.
Entubação oro-traqueal.
Ventilação mecânica.
Uso de antiácidos, bloqueadores H2 ou bloqueadores de bombas de prótons
Sonda nasogástrica ou nasoenteral.
Doença grave de base.
Coma.
Trauma.
Desnutrição.
Hospitalização prolongada.
Sedação.
Imunossupressão.
Intervenções cirúrgicas toracoabdominais.
Antibioticoterapia prévia.
Cabeceira baixa.
Equipamento contaminado de assistência ventilatória.
Manipulação contaminada pela equipe de saúde.
Diagnóstico:
Radiografia de tórax : infiltrado novo ou progressivo, associado a início de escarro purulento ou
mudança na característica do escarro.
Hemocultura 03 amostras de 10 ml (aproximadamente 15% de positividade).
Gram/BAAR/cultura do escarro ou aspirado traqueal.
Broncoscopia e LBA com cateter protegido: Gram, BAAR e cultura quantitativa (considerar 104
ufc/ml).
Broncoscopia e escovado com cateter protegido: Gram, BAAR e cultura quantitativa (considerar
103 ufc/ml).
Tomografia computadorizada de tórax.
Germes mais freqüentes:
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pf4
pf5
pf8

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Baixe Prevenção e Tratamento de Infecções Respiratórias Nosocomiais: CCIH - HMMC e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity!

INFECÇÃO RESPIRATÓRIA NOSOCOMIAL

Definição:

  • Pneumonia adquirida após 48 horas de internação.

Patogenia:

  • Microaspirações de orofaringe ⇒ principal mecanismo.
  • Broncoaspiração do conteúdo gástrico ou esofageano.
  • Inoculação direta das vias aéreas na entubação traqueal.
  • Inalação de aerossol infectado.
  • Disseminação hematogênica.

Fatores de Risco:

  • Idade ⇒ neonatos e idosos.
  • Entubação oro-traqueal.
  • Ventilação mecânica.
  • Uso de antiácidos, bloqueadores H 2 ou bloqueadores de bombas de prótons
  • Sonda nasogástrica ou nasoenteral.
  • Doença grave de base.
  • Coma.
  • Trauma.
  • Desnutrição.
  • Hospitalização prolongada.
  • Sedação.
  • Imunossupressão.
  • Intervenções cirúrgicas toracoabdominais.
  • Antibioticoterapia prévia.
  • Cabeceira baixa.
  • Equipamento contaminado de assistência ventilatória.
  • Manipulação contaminada pela equipe de saúde.

Diagnóstico:

  • Radiografia de tórax : infiltrado novo ou progressivo, associado a início de escarro purulento ou mudança na característica do escarro.
  • Hemocultura ⇒ 03 amostras de 10 ml (aproximadamente 15% de positividade).
  • Gram/BAAR/cultura do escarro ou aspirado traqueal.
  • Broncoscopia e LBA com cateter protegido: Gram, BAAR e cultura quantitativa (considerar 10^4 ufc/ml).
  • Broncoscopia e escovado com cateter protegido: Gram, BAAR e cultura quantitativa (considerar 10 3 ufc/ml).
  • Tomografia computadorizada de tórax.

Germes mais freqüentes:

Microbiologia Porcentagem Cocos Gram positivos: S. aureus 20 - 40 S. pneumoniae 5 - 20

Bacilos Gram negativos: 20 - 60 Pseudomonas aeruginosa Enterobacter spp. Acinetobacter spp. Klebsiella pneumoniae Serratia marcescens E.coli

Cocobacilos Gram negativos Haemophilus influenzae 5 - 15

Bactérias anaeróbicas 0 - 35

Patógenos especiais Legionella pneumophila 0 - 10

Mycobacteria spp. < 1

Vírus Influenza A e B < 1 Vírus Sincicial Respiratório < 1

Fungos Aspergillus spp. < 1 Candida spp. < 1 Pneumocystis carinii < 1

ROTINA DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA EM PACIENTES EM

ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA

I. Esterilização e desinfecção dos equipamentos e dispositivos:

1. Ventiladores mecânicos: - Não esterilizar ou desinfectar as partes internas do aparelho. Seguir orientações do fabricante 2. Circuitos e umidificadores de ventiladores mecânicos: - Não trocar os circuitos e umidificadores, quando utilizados, até a alta do paciente do ventilador mecânico, quando utilizados umidificadores higroscópicos, exceto quando com sujidade aparente. - Esterilizar em óxido de etileno ou autoclavar, quando o material for apropriado para esta técnica. - Drenar e descartar o condensado que se forma no circuito, quando utilizados umidificadores. Tomar cuidado para não drenar o condensado para a cânula ou tubo oro-traqueal. Lavar as mãos antes e após este procedimento. - Utilizar água estéril no umidificador. 3. Circuitos de ventiladores com filtros hidrofóbicos ou higroscópicos: - Utilizar preferencialmente filtro hidrofóbicos. - Trocar os filtros a cada dois dias. Avaliar de acordo com filtro utilizado. - Não umidificar o circuito quando utilizar filtros. 4. Umidificadores de parede: - Trocar os umidificadores entre cada paciente. - Utilizar somente água estéril no umidificadores. - Não manter umidificador com água quando não utilizado. 5. Nebulizadores de pequeno volume: - Trocar nebulizadores entre cada nebulização no mesmo paciente. - Realizar desinfecção de alto nível com Hipoclorito de Sódio 1% ou Glutaraldeído 2%. - Utilizar somente soluções estéreis para nebulização. 6. Macronebulizadores: - Trocar a cada 24 horas. - Utilizar apenas água estéril.

  • Realizar desinfecção de alto nível com Hipoclorito de Sódio 1% ou Glutaraldeído 2%. 7. Bolsas de ressuscitação (Ambús):
  • Manter um Ambú por paciente nas áreas críticas (UTI, por exemplo).
  • Realizar desinfecção de alto nível entre cada paciente. 8. Carros de anestesia e seus circuitos:
  • Não esterilizar ou desinfectar as partes internas do aparelho.
  • Esterilizar em óxido de etileno ou autoclavar, quando de material apropriado para esta técnica os circuitos, máscaras faciais, bolsa de ventilação e peças em “Y” entre cada paciente.
  • Em caso de uso de filtros, trocar circuitos semanalmente e filtros diariamente, exceto nos pacientes com Tuberculose. Neste caso, trocar após uso.
  • Drenar e descartar o condensado que se forma no circuito, quando utilizados umidificadores. Tomar cuidado para não drenar o condensado para a cânula ou tubo oro-traqueal. Lavar as mãos após este procedimento.

II. Interrupção da transmissão pessoa – pessoa de microrganismos:

1. Lavagem de mãos: - Lavar as mãos antes e após cada procedimento e entre pacientes. - Lavar as mãos com água e sabão líquido sem anti-séptico após manusear secreções respiratórias ou material contaminado com secreção, mesmo tendo utilizado luvas. - Lavar as mãos ao manusear paciente com tubo oro-traqueal ou traqueostomia, mesmo tendo utilizado luvas. 2. Método de barreira: - Utilizar luvas ao manusear secreções respiratórias dos pacientes. - Trocar luvas entre cada paciente e ao manusear outra área do corpo e o trato respiratório no mesmo paciente. - Utilizar capotes quando manusear grande quantidade de secreção respiratória (aspiração de pacientes com muita secreção, por exemplo). 3. Cuidados com traqueostomia: - Realizar traqueostomia com técnica asséptica com utilização de barreira máxima. - Trocar cânula de traqueostomia com técnica asséptica, com cânula estéril.

4. Pacientes em pós operatório: - Orientar os pacientes a realizarem tosse com freqüência, inspiração profunda e deambular precocemente. - Controlar dor que impeça a tosse ou inspiração profunda com analgesia sistêmica, inclusive com auto-aplicação, com drogas de menor efeito de supressão de tosse possível ou com analgesia regional. - Utilizar espirômetros para pacientes com risco aumentado de pneumonia pós- operatória. 5. Outras medidas profiláticas: - Vacinar com vacina anti-pneumocócica os pacientes de risco para doença pneumocócica como: idade ≥ 65 anos, DPOC, cardiopatas crônicos, diabetes mellitus, alcoólatras, cirróticos, portadores de fístula liquórica e pacientes imunodeprimidos ou com asplenia anatômica ou funcional.

TÉCNICA DE ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL (SISTEMA ABERTO)

  • Material necessário:
  1. Sonda de aspiração descartável.
  2. Luva estéril.
  3. Frasco com água estéril de 100 ml.
  4. Seringa descartável de 10 ml.
  5. Gaze estéril.
  6. Ambú.
  • Técnica:
  1. Lavar as mãos com água e sabão sem anti-séptico.
  2. Explicar ao paciente o procedimento.
  3. Abrir o frasco de água estéril com técnica asséptica.
  4. Abrir o pacote da sonda de aspiração.
  5. Adaptar a sonda ao bico intermediário do aspirador, mantendo o restante protegido dentro do invólucro.
  6. Calçar a luva na mão dominante.
  7. Abrir a rede de vácuo (mão sem luva).
  8. Umidificar a sonda.
  9. Caso seja necessário fazer instilação no tubo, injetar 3 a 5 ml. de água estéril no TOT ou cânula.
  10. Inserir a sonda pinçada, aproximadamente 15 a 20 cm. através do TOT ou cânula aspirando delicadamente e com rapidez.
  11. Aplicar a sucção por 2 a 3 segundos apenas, em cada etapa da técnica.
  12. Retirar a sonda com movimentos rotatórios.
  13. Repetir o procedimento se necessário.
  14. Lavar o intermediário com o restante da água estéril.
  15. Oxigenar o paciente se necessário.
  16. Fechar o vácuo.
  17. Desconectar a sonda, desprezando-a juntamente com a luva.
  18. Proteger ponta do intermediário com gaze.
  19. Lavar as mãos.
  20. Anotar o procedimento no impresso apropriado.