Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Pneumologia Clínica/Semiologia, Notas de estudo de Semiologia

Conceitos básicos e prática em semiologia pneumológica.

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 23/08/2024

maria-rita-rauber-berti
maria-rita-rauber-berti 🇧🇷

43 documentos

1 / 5

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Maria Rita R. Berti - T9
AULA 1
CONCEITOS BÁSICOS:
- Complacência: Capacidade de
expandir a caixa torácica, analisada
durante a inspiração.
- Elastância: Capacidade de retorno da
caixa torácica após uma inspiração, é
analisada a expiração.
- Resistência pulmonar: É o brônquio
abrindo e fechando.
LINHAS TORÁCICAS:
PULMÃO DIREITO:
-Lobo superior → Até a 6ª costela
(analisa lateral e atrás);
-Lobo médio → Da 7ª até 10ª
costela, analisa mais na lateral;
-Lobo inferior → Da 11ª até a 12ª
costela, analisa lateralmente e
atrás.
PULMÃO ESQUERDO:
-Lobo superior → Até a 9ª costela,
analisa lateral e atrás;
-Lobo inferior → 10ª até 12ª
costela, analisa lateral e atrás.
EXAME FÍSICO NORMAL!!!
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Pneumologia Clínica/Semiologia e outras Notas de estudo em PDF para Semiologia, somente na Docsity!

Maria Rita R. Berti - T

AULA 1

● CONCEITOS BÁSICOS:

  • Complacência: Capacidade de expandir a caixa torácica, analisada durante a inspiração.
  • Elastância: Capacidade de retorno da caixa torácica após uma inspiração, é analisada a expiração.
  • Resistência pulmonar: É o brônquio abrindo e fechando. ● LINHAS TORÁCICAS: ● PULMÃO DIREITO:
    • Lobo superior → Até a 6ª costela (analisa lateral e atrás);
    • Lobo médio → Da 7ª até 10ª costela, analisa mais na lateral;
    • Lobo inferior → Da 11ª até a 12ª costela, analisa lateralmente e atrás. ● PULMÃO ESQUERDO:
    • Lobo superior → Até a 9ª costela, analisa lateral e atrás;
    • Lobo inferior → 10ª até 12ª costela, analisa lateral e atrás. ● EXAME FÍSICO NORMAL!!!
  1. Pedir para o paciente tirar a camiseta;
  2. Se posicionar à direita do paciente;
  3. Seguir a ordem imposta para o exame, a qual é específica para a análise do pulmão. A ordem que deve ser seguida durante o exame físico pneumológico é a seguinte:
  4. INSPEÇÃO → Pode ser feita com o paciente sentado ou em pé, é subdividida em:
  • Estática: É analisada, visualmente, a estrutura do paciente, a fim de perceber se há alguma alteração visível a olho nu. Nessa inspeção, são procuradas cicatrizes, problemas musculares, manchas, linfonodos aumentados, biotipo e tipo de tórax. ● TÓRAX: Avalia-se de acordo com a curvatura do esterno, podendo existir das seguintes formas:
  • Chato/plano;
  • Tonel/Globoso;
  • Cariniforme;
  • Cônico/Em sino;
  • Cifótico;
  • Cifoescoliótico. OBS: Encosta cada polegar, com as mãos espalmadas, e avalia o ângulo formado.
  • Dinâmica: Avalia-se o padrão da respiração, se está eupneica (FR: 14 - 20), confortável, ou se está dispnéica desconfortável. Essa inspeção tem como função analisar o diafragma, com você contando por 1 minuto os movimentos torácicos do paciente (não pode comunicá-lo para não haver alteração).
  1. PALPAÇÃO → São avaliados 5 pontos:
  • Sensibilidade: No pulmão, quem dói é a pleura parietal (parte interna) quando inflamada. Avaliar se há sensibilidade na pele, caso esteja normal.
  • Tonicidade muscular: É a firmeza do músculo, necessária para a caixa torácica conseguir expandir. Quando há uma caixa torácica muito densa, o pulmão precisa de mais força para expandir. EX: Pacientes obesos. Já em casos em que a caixa é mais fina, o pulmão não tem força para expandir. A palpação da tonicidade é feita nos músculos trapézio, intercostais e gládio costal.
  1. INSPEÇÃO ESTÁTICA: Análise visual para ver se tem alguma deformidade, nos membros inferiores pode ser vista a Mancha de Down (paciente apoia as mãos nas coxas para tentar “abrir mais” o tórax e, assim, respirar melhor) ou cianose/palidez.
  2. INSPEÇÃO DINÂMICA: A pessoa pode ter uma respiração eupnéica (
    • 20 rpm) , taquipneia (+ 20 rpm), bradipneia (- 14 rpm) ou apnéia (ausência). Além disso, pode ser visualizada a dispnéia (respiração difícil), ortopnéia (dificuldade de respirar ao deitar), trepopneia (dificuldade ao estar deitada de lateral) e platipneia (dificuldade de respirar em pé). Após essas inspeções, podemos notar alterações nos padrões respiratórios, os quais podem indicar, de acordo com sua classificação: ● PALPAÇÃO: Avalia a sensibilidade a dor, tonicidade (pode ser hipotônico - respiração dificultada por pressão). ● EXPANSIBILIDADE → Se estiver reduzida, o lado que não mexer o pulmão, está colapsado. Podendo ser um colapso simétrico (DPOC) ou assimétrico (pneumonia ou câncer).ELASTICIDADE → Reduz. não consegue voltar ao normal.
  • Frêmito toracovocal: Pode estar aumentado (quando tem líquido nos alvéolos) ou reduzido (muito ar nos alvéolos). ● PERCUSSÃO → O som pode estar maciço ou com muito ar (timpânico).AUSCULTA → Pode existir ruídos adventícios (“intrusos”) durante a ausculta. Eles podem ser classificados em contínuos e descontínuos, sendo eles:
  • Roncos (contínuo): Literalmente parece um ronco, parece catarro mexendo.
  • Sibilos (contínuo): O ar passa causando um chiado, parece um som de vento passando pela janela.
  • Estertor crepitante: Parece com alguém amassando papel;
  • Estertor bolhoso: Soprando um canudo. —----------------------------------------------------- O QUE É PERGUNTADO NO OSCE!!! ● Qual é a descrição do exame físico normal?
  1. Inspeção → Estática e dinâmica;
  2. Palpação → Avalia sensibilidade, tonicidade, elasticidade, expansibilidade e frêmito toracovocal.
  3. Percussão → Dígito Digital;
  4. Ausculta → Em 6 pontos anteriores e 7 posteriores. —----------------------------------------------------- ● SÍNDROMES CLÍNICAS!!!
  5. Síndrome da hiperaeração: Ocorre retenção de ar, problema na complacência e elasticidade. É decorrente da DPOC e asma. Seus sinais incluem:
  • Tórax em tonel;
  • Marca de Down;
  • Respiração com lábios semicerrados;
  • Menor expansibilidade;
  • Frêmito vocal reduzido;
  • Sinal de Hoover (costelas aparecendo);
  • Som timpânico (muito ar);
  • Ronco, sibilo ou estertor crepitante.
  1. SÍNDROME DE CONSOLIDAÇÃO → É a ocupação do alvéolo por secreção, a qual pode ser exsudativa (infecciosa) ou transudativa (inflamatória). Suas causas variam entre edema agudo de pulmão e pneumonia. Seus sinais, desse modo, são os seguintes:
  • Redução assimétrica da expansibilidade;
  • Frêmito vocal aumentado na região de consolidação;
  • Percussão maciça (presença de líquido ou massa no espaço alveolar);
  • Presença de pectoriloquia (pede para o paciente falar sussurrando, se conseguir ouvir perfeitamente, é consolidação);
  • Sopro tubário ou estertor crepitante e bolhoso.
  1. SÍNDROME DE ATELECTASIA → Os alvéolos sofrem colabamento (fecham) ao perder o surfactante. Seus sintomas incluem:
  • Costelas aparentes;
  • Desvio de traquéia;
  • Sem frêmito;
  • Percussão maciça;
  • Sem ausculta na região com atelectasia.
  1. SÍNDROME PLEURAL → Pode ocorrer por pneumotórax (acúmulo de ar) ou derrame pleural.