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O plantão psicológico é um tipo de serviço de assistência psicológica especializada, disponibilizada ao público por meio do hospital universitário bettina ferro de souza (hubfs). Este documento relata a experiência de implantação e funcionamento do plantão psicológico no hubfs, que teve objetivos como prestar assistência às pessoas, acolhimento e apoio, promoção de uma rede de apoio social, contribuição à melhoria da qualidade de vida, minimização de ocorrências de manifestações psicopatológicas e subsídio às pesquisas. O serviço era oferecido em consultas sem duração pré-determinada, disponível para receber qualquer pessoa no momento de sua necessidade, exercido por psicólogos e disponível em diversas organizações e locais.
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Tipologia: Exercícios
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Psychological Emergency in the HUBFS: an experience of community care Bianca Nascimento de Souza^1 , Airle Miranda de Souza^2 RESUMO O Plantão Psicológico é um tipo de assistência disponível para atender a pessoa no momentode sua urgência psíquica. Neste sentido, tal modalidade de atendimento psicológico ofertada no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza foi um serviço de pesquisa e extensão disposto a atender a comunidade paraense que o procurou, assim como contribuir para a produção científica e aprofundamento teórico sobre este tipo de assistência, na região Norte do Brasil. Possibilitou ainda, o diálogo e integração entre a comunidade, o ensino e apesquisa, promovendo a formação de recursos humanos, além da competência dos profissionais da Psicologia para o ensino, a pesquisa e o desenvolvimento da região Amazônica. PALAVRAS-CHAVE: Plantão Psicológico; Hospital; Prática Clínica; Produção Científica. ABSTRACT The Psychological Emergency is a psychological kind of assistance available to meet the person at the time of its emergence. In this sense, the psychological emergency in the University Hospital Bettina Ferro de Souza was a research service and extension willing tomeet the paraense community demand as well as assisting in the production and deepening scientific theory on this service kind, in the Brazil northern region , enabling yet, dialogue and integration between the community, teaching and research, promoting the training of human resources, beyond the professional competence psychology for education, research and the Amazon region development. KEYWORDS: Psychological Emergency; Hospital; Clinical Practice; Scientific Production.
RESUMEN Servicio psicológico es un tipo de asistencia disponible para cubrir a la persona en elmomento de urgencia. En este sentido, esta modalidad de atención psicológica se ofrece en el Hospital Universitario de Bettina Ferro de Souza es una prestación de servicios de investigación y extensión para cumplir con la comunidad que llegaron a Pará, así como contribuir a la teoría científica y avanzada en este tipo de asistencia en el norte de Brasil. También hizo posible el diálogo y la integración entre la comunidad, la docencia y lainvestigación, la promoción de la formación de recursos humanos, más allá de las
(^12) Mestra em Psicologia na UFPA. Patrocinado pelo CNPQ e apresentado no PROEX-UFPA, em 2009.Doutora em Psicologia Clínica pela UNICAMP e orientadora de Mestrado na UFPA.
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competencias de la psicología profesional para la enseñanza, investigación y desarrollo en la región amazónica. PALABRAS-CLAVE: Servicio Psicológico; Hospital; Clínica; La Producción Científica.
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O Plantão Psicológico surgiu no Brasil em 1969 (TASSINARI, 1999). Neste o psicólogo se disponibiliza a “estar às ordens” de qualquer pessoa que durante o plantão, for a sua procura. O Plantão Psicológico realiza-se em uma ou mais consultas, sem duração pré- determinada, disponível para receber qualquer pessoa no momento de sua necessidade para auxiliá-la na sua urgência e se preciso, encaminhá-la a outros serviços. O tempo de consulta e os retornos são decididos conjuntamente entre cliente e plantonista no decorrer do atendimento. O Plantão Psicológico é exercido por psicólogos disponíveis a pessoas que buscam espontaneamente este serviço em local e horário pré-estabelecido, podendo ser instituído em diversas organizações e locais. Cabe desenvolver estratégias relacionadas à divulgação do serviço para a comunidade e a relação com a própria instituição ou local de implantação. O objetivo do Plantão Psicológico é atender a demanda, embora existam ocasiões em que ela não possa ser atendida no âmbito do Serviço de Aconselhamento Psicológico. Sobre este aspecto é importante pensar no quanto um serviço como este não pode ser compreendido como auto-suficiente, pois somente é concebido em uma relação solidária com os recursos pessoais da clientela, coletivos e institucionais das esferas pública e privada, disponível na sociedade (SCHMIDT, 2004). Responder à diversidade e às singularidades das demandas de ajuda psicológica que se apresentam na prática do Plantão Psicológico, apenas é possível quando essa prática estabelece, solidariamente, trocas que permitem contar com o apoio de políticas mais amplas do que este serviço pode abranger em uma instituição. Portanto, a atividade do Plantão Psicológico possibilita ratificar a atuação do psicólogo como agente ativo frente às demandas sociais, permitindo que este profissional
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contacte diretamente com a comunidade, exercendo seu papel de transformador e multiplicador social (MORATO, 1997). O referido serviço tem aplicabilidade em diferentes contextos como: o aberto a comunidade, na Escola, em Clínica Escola do curso de Psicologia, em hospital, na área jurídica, esportiva, em consultórios e clínicas de psicologia entre outros (TASSINARI, 2003). A saúde psicológica, compreendida como um sistema exibe o padrão de mudança e adaptabilidade, enquanto que imutabilidade passa a ser vista como sinal de doença. Conseqüentemente, uma atuação psicoterapêutica eficaz como a do Plantão Psicológico, seria aquela que introduziria a possibilidade de modificação nos processos psicológicos cristalizados. Este retorno a tal estado pode gerar resignificações na experiência do sujeito (TASSINARI, 2003). É como se o plantonista se tornasse uma nova força na experiência sistêmica do cliente, servindo como um elemento “perturbador”, logo, propulsor de modificações. Viabilizar o serviço de Plantão Psicológico no Pará, gratuito a comunidade, significa manter uma possibilidade acessível de atendimento psicológico voltada para a população. Considera-se que uma intervenção psicológica adequada tem, além dos efeitos terapêuticos, caráter preventivo de um maior conflito posterior (ROSENBERG, 1977). Para Mahfoud (1999), o contato com esse serviço ajuda as pessoas a lidarem efetivamente com as intercorrências da vida. Historicamente, segundo Schmidt (2004) o Plantão Psicológico se constituiu como um campo de experimentação na área de atendimento psicológico, tendo como metas complementares a formação de psicólogos comprometidos com uma postura crítica e investigativa em relação à saúde pública e modos de intervenção adequados à demanda populacional que recorre aos serviços públicos de saúde, além da produção de conhecimento. PLANTÃO PSICOLÓGICO NO HUBFS
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As pessoas chegavam espontaneamente ou encaminhadas pelo Sistema Único de Saúde. Por vezes, prestava-se assistência a conhecidos ou familiares de pessoas que procuraram anteriormente o Plantão Psicológico. Encaminhavam-se até a recepção do hospital e se identificavam à recepcionista informando o primeiro nome. Esta avisava sobre a chegada de uma pessoa interessada em ser atendida. Um plantonista se dirigia até a recepção, se apresentava e conduzia a pessoa até uma sala na qual o atendimento era realizado. Durante o atendimento, quando a pessoa revelava de alguma maneira ao plantonista a necessidade de outros tipos de ajuda profissional, seja uma avaliação psiquiátrica, de um Clínico Geral ou de um psicólogo que pudesse auxiliá-la com psicoterapia, esta era encaminhada formalmente pelo serviço de Plantão Psicológico, por meio de um documento no qual o plantonista que prestou o atendimento redigia a sugestão de encaminhamento. Na precisão de encaminhamento para a psicoterapia, sugeria-se a clínica de psicologia da UFPA, assim como a CLPSI – Clínica de Psicologia da Universidade da Amazônia. Para tanto, no primeiro contato com o sujeito que buscava tal serviço, era esclarecido sobre o funcionamento do Plantão Psicológico, de acordo com o estipulado pela equipe de plantonistas para essa instituição, deixando claro para a pessoa que se a sua necessidade, ao longo dos atendimentos, fosse além do que o Plantão Psicológico podia oferecer, ela seria encaminhada para outros tipos de serviços que viesse a necessitar. A delimitação de até 4 atendimentos por pessoa foi sistematizada a partir de informações encontradas em pesquisas bibliográficas a respeito do Plantão Psicológico, encontrando-se o máximo de 5 atendimentos por cliente (TASSINARI, 2003). Para tanto, considerou-se a necessidade de cuidado psíquico das pessoas que buscavam este serviço, como também o volume de demanda surgida no referido hospital.
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Por esta oferta de serviço se tratar de um projeto de pesquisa e extensão foi elaborada uma ficha de atendimento, na qual os plantonistas colocavam informações sobre a pessoa atendida, que eram coletadas livremente ao longo do atendimento e transcritas após o término do mesmo. Os tópicos preenchidos eram: nome, idade, escolaridade, residência, se fazia uso de medicamentos, se já havia procurado algum tipo de assistência psicológica anteriormente, se teve algum problema de saúde, se possuía filhos, entre outras. Tais informações tinham relevância de serem coletadas, haja vista, que eram utilizadas durante as supervisões, compreendidas enquanto estudo de casos, realizados pelo grupo com a participação do coordenador-supervisor e ainda que para a elaboração de relatórios periódicos nos quais era justificada a necessidade da existência desse tipo de assistência psicológica, a partir de dados concretos, mantendo a identidade das pessoas atendidas em sigilo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Percebeu-se que o serviço de Plantão Psicológico no HUBFS funcionou com o significado de acolhimento e alívio de angústias para as pessoas que o procuraram no momento de suas urgências. A dinâmica do Plantão Psicológico iniciava-se com a chegada dos clientes no hospital, solicitando atendimento no serviço, sendo finalizada quando cliente e plantonista chegavam a um consenso a respeito do término das sessões, que variavam de 1 a 4 atendimentos individuais. Após os atendimentos, a equipe realizava os estudos dos casos, avaliando a pessoa e suas demandas a partir de uma perspectiva biopsicossocial e espiritual, as intervenções realizadas, além de outros desdobramentos, como por exemplo, o encaminhamento a outro
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MAHFOUD, M. (org.). Plantão Psicológico : Novos Horizontes. São Paulo: Ed. C.I., 1999. MORATO, H. T. P. Experiências do Serviço de aconselhamento Psicológico do IPUSP: Aprendizagem Significativa em Ação. Boletim de Psicologia , São Paulo, v. XLVII, n. 106, jan/jun., 1997. ROSEMBERG, R.L. Terapia para Agora. In: ROGERS, C.R; ROSENBERG, R.L. A Pessoa como Centro, São Paulo: E.P.U., 1977. SCHMIDT, M. L. S. Plantão Psicológico, Universidade Pública e Política de Saúde Mental. Estudos de Psicolgia , Campinas, v. 21, n.3, setembro/dezembro, p.173-192 2004.
TASSINARI, M. A. A. Plantão Psicológico Centrado na Pessoa como promoção da Saúde no Contexto Escolar. Rio de Janeiro. UFRJ. Instituto de Psicologia, 1999. ___________, M. A. A Clínica da urgência psicológica: contribuições da Abordagem Centrada na Pessoa. Rio de Janeiro. UFRJ. Instituto de Psicologia, 2003.