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Saiba o que é um plano de negócios, como criar um roteiro prático, mapa mental e definir o tamanho ideal para seu negócio. Aprenda a importância de diferentes áreas, conhecimentos e análises necessárias para criar um plano de negócios consistente. Saiba quais são as principais disciplinas relacionadas, como contabilidade e análises financeiras.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Um plano de negócios é um documento escrito que orienta a criação de um novo negócio ou uma nova unidade de um negócio já existente. É através dele que você vai mensurar suas ações na abertura do seu negócio.
Para muitos colegas, o plano de negócios é o mapa que irá conduzi-lo ao sucesso no mundo dos negócios.
Basicamente o plano de negócios diz aonde você quer ir e como chegar lá.
Sem um plano de negócios você não tem objetivos iniciais escritos e não consegue medir seu sucesso após abrir as portas, pois você não tem base de comparação.
Criar um plano de negócio também ajuda a minimizar os riscos, reduzir as incertezas e evitar erros comuns na abertura do próprio negócio.
É por isso que decidi criar esse artigo. Aqui você poderá entender como é importante ter um plano de negócios, qual o seu tamanho ideal e quais os principais desafios ao fazer um plano de negócios (e como superá-los).
E mais: será possível baixar um modelo de mapa mental de plano de negócios pronto para personalizar para o seu negócio.
Antes de mais nada, deixa eu lhe dizer uma coisa: cuidado com planos de negócios prontos. Muitas pessoas me perguntam se eu tenho um “plano de negócios para o negócio XYZ”.
Você até poderia encontrar um plano de negócios pronto, mas certamente ele não serviria para você. Pois, tamanhas são as diferenças e particularidades de cada negócio que um plano pronto, mesmo para o mesmo tipo de negócio, não pode ser reutilizado.
Também porque no processo de criação do plano de negócios você aprende muito sobre o negócio e este aprendizado é essencial para conduzir o negócio depois de iniciado.
Conclusão: Evite ao máximo usar um plano de negócios pronto.
Talvez você tenha uma ideia de negócio e queira colocá-la no papel através de um plano de negócios. Ou talvez você queira crescer sua empresa e está em busca de um planejamento empresarial. Ou quem sabe você queira apenas fazer um trabalho escolar.
Para iniciar um novo negócio ou uma nova unidade de negócio de uma empresa existente, você usa o plano de negócios. Já para fazer o planejamento da sua empresa atual, você deve usar o planejamento estratégico.
Passo agora a detalhar cada uma das dificuldades da criação de um plano de negócios efetivo.
Peso x impulso x distância. O peso dá pra saber, a distância também, mas e o impulso como descobri-lo? … Ou Salto de fé!
Hipótese: Algo não comprovado que precisa ser verdadeiro para que seu negócio funcione. Algumas hipóteses têm o poder de detonar sua ideia de negócio. Outras apenas exigem alguma adaptação do modelo de negócios.
Algumas vezes, na ausência de informação, você precisará assumir determinadas hipóteses para concluir seu plano de negócios. E isso faz parecer que o plano de negócios é sem fundamentação no mundo real, que é algo inventado.
Nestes casos, você precisa encontrar maneiras de validar estas hipóteses através de pesquisas e testes de mercado.
Caso Real De Uma Startup Online
Por exemplo, para uma startup de vendas de roupas online, que estou trabalhando com um cliente, precisamos validar uma hipótese crucial para o negócio:
► Mulheres compram roupas de alto padrão online?
E também temos as hipóteses secundárias a confirmar:
► O preço de venda deve aceitar o markup de no mínimo 200%. Isso é essencial devido ao alto custo de aquisição de clientes online.
► O custo total de aquisição de clientes deve ser abaixo de 25% do total das receitas de vendas.
Se de todo não for possível para você validar as hipóteses, aceite as hipóteses como verdadeiras. Elas são o melhor que você tem neste momento. E também:
No momento seguinte do contato do plano de negócios com o mercado, você terá que adaptá-lo.
Então, em negócios onde há muitas hipóteses a confirmar, planeje o mínimo possível para entrar em ação.
Ou, no máximo, planeje o minimo para atingir seu objetivo com um investidor, incubadora ou sócio.
As hipóteses acabam sendo testadas com o negócio em funcionamento e podem confirmar a dúvida para então dar continuidade ao planejamento.
AVISO: Se você seguir adiante e decidir implementar o plano de negócios, imobilize o mínimo de capital possível até que você consiga validar as hipóteses mais importantes.
Dentro do Kit Como Abrir Um Negócio, no Método FÁCIL, você encontra uma sessão detalhada sobre como diminuir os riscos ao iniciar seu próprio negócio.
Os Desafios do Plano de Negócios
Uma das dúvidas mais comuns dos empreendedores é: “minha ideia de negócio vai dar lucro?” Infelizmente não é possível responder esta pergunta com um simples “sim” ou “não”.
Antes, é preciso fazer muito cálculos financeiros, baseados no estudo do mercado e nas hipóteses que criamos, para se chegar à previsão de lucro (ou não) da ideia de negócio. É o chamado plano financeiro, uma das partes do plano de negócios.
Muitas ideias de negócios ruins são eliminadas apenas com os cálculos financeiros, antes mesmo de fazer qualquer investimento no negócio.
Acontece que para criar o plano financeiro você precisa de conhecimentos em diversas disciplinas.
Conhecimentos Necessários Para Criar O Plano Financeiro:
Direito trabalhista: para calcular o valor dos encargos trabalhistas, férias e décimo terceiro pagos ao trabalhador. Direito empresarial e tributário: para escolher a melhor forma de legalização e de tributação da empresa.
Contabilidade: para fazer cálculos de depreciação, custos fixos e variáveis, calcular o caixa mínimo, capital de giro e o investimento inicial e montar a demonstração do resultado – DRE Administração de estoques: para entender e planejar o giro do estoque, estoque mínimo e o estoque inicial. Matemática financeira: para calcular e entender como as compras e a política de vendas a prazo influenciam o capital de giro. E também para fazer muitos outros cálculos. Análises financeiras: para calcular o tempo de retorno do investimento, a lucratividade do negócio, a rentabilidade do investimento, planejar o fluxo de caixa, descobrir a máxima exposição do caixa, o ponto de equilíbrio, a TMA, o VPL e a TIR.
UFA!
Algumas das disciplinas acima podem ter outros nomes ou até serem aprendidas no estudo de outras matérias. Mas, na verdade, são muitos conhecimentos condensados para se extrair a informação de que vale ou não a pena iniciar o negócio.
Isso faz com que muitos empreendedores não consigam criar o plano financeiro e chegar a uma resposta clara, objetiva sobre sua ideia de negócio. E ainda (pior), algumas vezes estes cálculos financeiros são feitos incorretamente, gerando falsas esperanças e causando prejuízos.
O Problema Do Plano Financeiro:
Alguns meses atrás, uma pessoa próxima pediu para eu analisar a compra de uma farmácia no valor de R$ 433 mil. Inclusive, parte do investimento já estava com projeto de financiamento aprovado pelo banco. E, novamente, os cálculos de lucratividade estavam incorretos.
Por Que Estou Te Contando Isso?
Para que você veja a importância de se fazer CORRETAMENTE os cálculos de investimento, capital de giro e lucratividade do negócio. E ainda, para que você não aceite qualquer proposta de negócio sem antes fazer seus próprios cálculos financeiros. ; -)
Voltando à necessidade de ter conhecimento em diversas disciplinas para criar o plano de negócios, devo lembrar que eu citei apenas o plano financeiro. Ao todo, o plano de negócios tem sete áreas principais.
Então, você precisará de muitos outros conhecimentos além dos citados para criar sozinho um plano de negócios consistente!
Mapa Mental Do Plano de Negócios Resumido
Dentro de um plano de negócios você tem basicamente sete áreas:
Cada uma destas áreas é subdividida em outras áreas para as quais vários conhecimentos, pesquisas e análises são exigidas para criar um plano de negócios consistente e descobrir se o negócio mesmo vale a pena, como vimos no item anterior.
Pesquisa De Mercado No Plano De Negócios
Para descobrir se existe mesmo mercado consumidor suficiente para fazer sua ideia de negócio valer a pena, você precisa descobrir o tamanho do mercado consumidor e qual parcela deste mercado você vai conseguir tomar da concorrência.
Plano de negócios: mapa mental com o processo completo
Lembre se de que, ao fazer um plano de negócios, alguém vai lê-lo. Então, mantenha um tamanho que ainda assim seja atrativo para um investidor, um gerente de banco ou futuro sócio ler.
Guy Kawasaky, no seu livro “The Art Of The Start”, sugere como tamanho máximo 20 páginas. E completa: quanto menor o seu plano, mais chances ele tem de ser lido.
Embora esta sugestão de tamanho máximo sirva de referência, acredito que o tamanho ideal é o tamanho que atende seu objetivo com o plano de negócios.
Foque no essencial, mantenha o plano de negócios atraente e fundamente as projeções financeiras em sólidas análises do mercado.
Não use gírias, jargões técnicos e siglas. Não há como saber se o leitor conhece estas expressões. Use linguagem simples e direta. Prefira “use” ao invés de “utilize”. Use listas como esta. Listas são ótimas para tornar o texto mais leve e compreensível. Não use sentenças longas e complicadas, a não ser que elas sejam essenciais para o entendimento do conteúdo.
Você pode ter diferentes adaptações do plano de negócios de acordo com o seu objetivo e com o leitor do plano. Você pode variar a profundidade e até cortar partes inteiras do plano de negócios.
Se vai apresentar o plano de negócios a um investidor, tenha certeza de deixar claro todas as projeções financeiras e como você chegou a elas.
Caso você vá apresentar o plano de negócios a uma incubadora de negócios, ela estará mais interessada em como seu negócio vai gerar valor para o meio onde ele estará inserido.
Já um banco quer saber como você conseguirá pagar o empréstimo. Algumas linhas de créditos, como a do PROGER, por exemplo, estão interessadas também na capacidade de geração de empregos do seu futuro negócio.
Muitos bancos tem seus próprios modelos de plano de negócios. Se você pretende conseguir um financiamento, fale com seu banco antes de iniciar o plano.
As operações, por exemplo, são descartadas quase que por completo. As projeções financeiras, feitas em cima de suposições de mercado, se não confirmadas, também não têm utilidade e com isso o plano de negócios seria todo inutilizado.
O Modelo De Negócios Em Substituição Ao Plano De
Negócios?
Ao invés de perder tempo e energia criando um plano de negócios que será descartado, estes autores sugerem uma abordagem prática do negócio num ciclo de criação, testes e aprendizado.
Para o planejamento, em substituição do plano de negócios, estes autores sugerem o canvas do modelo de negócios, que é uma ferramenta muito mais simples, visual e prática.
No entanto, o canvas deixa muitas lacunas que o plano de negócios consegue preencher. Não vou me aprofundar na discussão pelo pouco espaço deste texto.
→ Clique a seguir para conhecer o canvas do modelo de negócios.
Afinal, Qual Dos Dois Usar: O Plano De Negócios Ou O
Modelo De Negócios?
Na minha opinião, usam-se os dois. O canvas do modelo de negócios deve ser utilizado em um momento anterior ao plano de negócios, como eu mostro nesta imagem abaixo retirada do Método FÁCIL ↓↓↓.
Ciclo do Método FÁCIL para Criação de Negócios
Voltando A Questão: Vale A Pena Criar Um Plano De Negócios?
Nos negócios com alto grau de incerteza, pelo menos inicialmente, antes de testar as hipóteses principais, concordo que não vale a pena. É perda de tempo escrever o plano de negócios.
Para negócios convencionais para os quais já conhecemos a existência de demanda, podemos estudar a concorrência e as principais hipóteses já foram confirmadas por outras empresas, é indicado fazer o plano de negócios.
Claro, respeitando a necessidade ou não de se aprofundar em partes do plano. Para muitos pequenos negócios, basta criar o plano financeiro mostrando quanto você vai precisar vender para pagar todos os gastos do negócio, bancar sua retirada mensal de pro-labore e lucrar.
Diferentes tipos de negócios podem ter planos de negócios mais ou menos detalhados e com diferentes áreas de foco. Por exemplo:
Exemplos: analisar a viabilidade de comprar máquina de sorvete, máquina de assar frangos, máquina de estampar camisetas, carrinho de churrasco, etc.
Plano De Negócios Para Negócios Tipo Renda Extra,
Autônomos E Micro Negócios
Não vale a pena. Nestes tipos de negócios o investimento é zero ou bem pequeno, então, o risco é bem baixo. Por isso, planeje o mínimo e coloque a mão na massa.
Negócios Inclusos Nesta Sessão:
Revenda de mercadorias consignadas, Prestação de serviços onde o principal recurso é o seu tempo, Fabricação e revenda à vista de alimentos, Serviços autônomos de corretagem, Compra e revenda à vista de mercadorias, etc.
No máximo, calcule os custos básicos, o investimento inicial e quanto você pretende ganhar. Depois encontre maneiras de vender os produtos ou serviços. No final do dia, veja se tudo aconteceu de acordo com o planejado e no dia seguinte faça melhor.
Plano De Negócios Para Negócios Independentes
Recomendado. Aqui entram as prestadoras de serviços, comércios e fábricas. Vale observar a questão do custo-benefício.
Consultores especializados cobram por hora, então o preço do plano de negócios vai variar. No entanto, os melhores consultores que eu conheço cobram acima de R$ 9 mil reais para criar um plano de negócios.
Por isso, o valor do investimento, o risco do negócio e o custo do plano de negócios deve ser considerado na hora de decidir se contrata ou não alguém para fazer um plano
de negócios com você.
Um bom consultor vai envolvê-lo em todo o processo. Afinal, depois da saída do consultor, você precisará conhecer o negócio para gerenciá-lo.
A recomendação em contratar ou não ajuda especializada para criar um plano de negócio depende basicamente de três fatores:
Valor a ser investido na empresa: quanto maior o investimento inicial, maior é o risco que você corre. Risco do investimento: quanto mais arriscado, mais provável você perder suas economias. A proporção entre o custo do plano de negócios e os dois primeiros.
A taxa de mortalidade atual das empresas, segundo a última pesquisa, subiu para 45% em dois anos de funcionamento. Isso quer dizer que quase metade das empresas fecham as portas em dois anos.
Uma pesquisa do SEBRAE SP revelou que a perda média gerada por uma empresa falida é de R$ 57 mil. Há empresários que perdem R$ 100 mil, R$ 200 mil, mas também há os que perdem R$ 10 mil, R$ 20 mil reais. Enfim, a perda média é de R$ 57 mil reais.
Não posso lhe dizer em quanto por cento um bom plano de negócios aumenta as chances de sobrevivência de um negócio. Mas eu posso lhe garantir que a ajuda de um profissional qualificado aumenta bastante suas chances de sucesso.