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A empresa busca um foco em biscoitos funcionais, que são alimentos com ingredientes que produzem efeitos benéficos à saúde, além de suas funções nutricionais ...
Tipologia: Esquemas
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ESPECIALIZAÇÃO EM MBA GESTÃO EMPREENDEDORA DE NEGÓCIOS
Gabriela Eckhardt
Lajeado, janeiro de 2017
Gabriela Eckhardt
Monografia apresentada na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, do curso de pós-graduação do Centro Universitário UNIVATES, como parte da exigência para obtenção do título de Especialista em Gestão Empreendedora de Negócios.
Orientador: Prof. Dr. Gerson José Bonfadini
Lajeado, janeiro de 2017
Faced with a scenario where people have been very concerned about their health and consequently with their food, this monograph aims to elaborate a business plan to open a company focused on the production of functional biscuits. The company Feito à Mão was designed to settle in the city of Lajeado-RS and initially serve the Vale do Taquari region. In the first part of this work, the concepts are presented through bibliographic review. In this step, as well as in the business plan applied to the company, the plan was subdivided into: market analysis, marketing plan, operational plan and financial plan. The methodology of this study made use of quantitative research, where questionnaires were applied randomly, for people of both genders, ages, cities and with different consumption preferences. This has identified a great potential for demand for this type of product, and how much people are actually concerned about health and eating habits. Based on the results of the field research and the secondary data obtained, the marketing, operational, human resources and financial plans were structured to open the company. At the end of the study it can be concluded that the implantation of the business is viable in several scenarios.
Keywords: Functional biscuits. Business plan. Healthy eating.
Tabela 1 – Relação entre as vantagens e desvantagens dos tipos básicos de layout
Figura 1 - Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Indústria ................................ 61 Figura 2 – Layout do ambiente de trabalho ............................................................... 71
Este trabalho visa à elaboração de um plano de negócios para a empresa nascente Feito à Mão, na cidade de Lajeado-RS. A empresa busca um foco em biscoitos funcionais, que são alimentos com ingredientes que produzem efeitos benéficos à saúde, além de suas funções nutricionais básicas.
Com o presente estudo, identificou-se um conceito que vem se difundindo cada vez mais e um aumento nas tendências de procura por este tipo de alimento. As pesquisas realizadas com consumidores do Vale do Taquari demonstram o interesse na população por hábitos alimentares mais saudáveis, por busca de maior qualidade de vida, e ainda, a grande incidência de restrições alimentares.
Para validar as ideias deste plano, foram coletados dados primários através de pesquisa qualitativa e quantitativa. Nesta etapa, pode observar-se o perfil do público consumidor, preferências, hábitos e frequência de consumo, além de observações importantes como dificuldades ou falta de confiabilidade em marcas concorrentes. Com isto, a empresa pode obter um norte, para ir de encontro a um nicho de mercado que pode ser muito bem explorado. Com os dados obtidos nesta etapa, criou-se o primeiro sabor a ser produzido pela empresa: o Biscoito Cacau e Amendoim.
Para um levantamento dos custos envolvidos para o espaço necessário e maquinário para produção dos biscoitos, consultou-se fornecedores da região, para obtenção dos melhores preços, condições de pagamento e prazos de entrega. Além disto, foram analisados custos com maquinário, aluguel de sala comercial, custos contábeis, e demais parceiros envolvidos para garantir o sucesso da empresa.
1.2.1 Objetivo geral
Tem como objetivo geral a elaboração de um plano de negócios para a empresa Feito à Mão, empreendimento nascente no ramo de biscoitos no Vale do Taquari, para concluir da viabilidade de implantação deste negócio.
1.2.2 Objetivos específicos
Os objetivos específicos são:
Realizar uma análise de mercado a fim de aprofundar os conhecimentos sobre os ambientes de marketing a qual a empresa busca inserir-se;
Elaborar um plano de marketing, usando de pesquisas qualitativas e quantitativas, além das demais ferramentas pertinentes, para perceber consumidores, concorrentes e oportunidades para novos produtos;
Confeccionar o plano operacional da empresa, com ênfase nos processos e operações, identificando a necessidade de pessoal;
Construir um plano financeiro que irá analisar todo investimento necessário para início das atividades da empresa. Junto a isto, projetar fluxo de caixa, verificar os custos envolvidos para determinação do preço do produto e analisar os indicadores de viabilidade do negócio.
Neste capítulo, serão abordados conceitos referente a biscoitos funcionais, buscando aumentar a clareza sobre o produto proposto neste plano de negócios. Traz informações pertinentes sobre a sua caracterização, os desafios de mercado e a percepção do cliente.
Ainda neste capitulo, serão destacadas as principais definições de autores para plano de negócios, dentro das esferas que a compõem. Todos estes conceitos serão determinantes para embasamento e melhor entendimento dos resultados desta monografia.
2.1 Alimentos funcionais
No Brasil, a partir de 1998, após inúmeras pesquisas das áreas de nutrição, toxicologia, tecnologia de alimentos, entre outras, foi proposta e regulamentada a análise de novos alimentos e ingredientes, inclusive aqueles chamados de “alimentos com propriedades funcionais e/ou de saúde” (COSTA; ROSA, 2010).
Mencionam Costa e Rosa (2010) que para melhor entendimento do consumidor quanto às propriedades dos alimentos, foram estabelecidos conceitos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em conjunto com a Comissão Técnico-Científica de Assessoramento em Alimentos Funcionais e Novos Alimentos (CTCAF), conforme segue:
2.2 Plano De Negócios
Após pesquisa bibliográfica sobre conceitos e definições de plano de negócios, apresentam-se os que definem a nível acadêmico sua abordagem, a qual embasou a execução do presente plano.
De acordo com Dornelas (2011, p. 4) o Plano de Negócios é definido como “[...] um documento utilizado para planejar um empreendimento ou unidade de negócios, em estágio inicial ou não, com o propósito de definir e delinear sua estratégia de atuação para a o futuro”. O autor descreve ainda como um guia na gestão estratégica de um novo negócio. Para empresa já estabelecidas, pode auxiliar no planejamento de novas unidades.
Dornelas (2011) explica em sua obra, que um plano de negócios pode servir para atender diversos objetivos, tais como testar a viabilidade de conceito de negócio, orientar o desenvolvimento da estratégia e de operações, atrair recursos financeiros, transmitir credibilidade e ainda, desenvolver as equipes de gestão.
Para Biagio e Batocchio (2005, p. 3):
[...] o plano de negócios é a primeira incursão da empresa em planejamento estratégico e, ao contrário do que muitos pensam, também pode ser feito por uma pequena empresa”, pois raramente esta tem recursos para reparar eventuais erros. Completam ainda os autores, que o plano de negócios “leva o empreendedor a pensar no futuro dos negócios, avaliar seus riscos e oportunidades, e clarificar suas ideias, servindo como excelente guia nas tomadas de decisões. De acordo com Biagio e Batocchio (2005) este é o momento do empreendedor olhar para seu negócio em todos os aspectos. O plano ajuda a focar nas ideias, além de fazer com que sejam buscadas inúmeras informações acerca do negócio. Ainda, é com base nisto, que os autores definem que se pode concluir a viabilidade da ideia, antes mesmo de botar em prática. Para tanto, é de extrema importância que um plano de negócios seja bem construído, pois seu objetivo é que ele represente de fato a realidade e que ao ser implantado seja efetivamente algo que não acarrete o fracasso.
A seguir subdividiu-se o plano de negócios em análise de mercado, plano de marketing, plano operacional e plano financeiro.
2.2.1 Análise de mercado
As empresas precisam saber entender o que seus clientes e mercado desejam e assim estarem preparadas para introduzir, alterar ou entrar em novos mercados. Para que este processo ocorra com equilíbrio é preciso entender o ambiente de marketing (WESTWOOD, 2007).
De acordo com Kotler e Keller (2012) o ambiente de marketing divide-se em microambiente e macroambiente. O microambiente inclui a empresa, seus fornecedores, distribuidores, revendedores e os clientes-alvo. Já o macroambiente é composto pelo ambiente demográfico, ambiente econômico, ambiente sociocultural, ambiente natural, ambiente tecnológico e ambiente político-legal.
O plano de negócios tem dois propósitos básicos segundo Biagio e Batocchio (2005), sendo eles: demonstrar o autoconhecimento da empresa e, seu conhecimento sobre o ambiente onde está inserida. Ainda conforme os autores, a análise de mercado refere-se ao conhecimento da empresa sobre seu ambiente externo e como ela está inserida ou como se relaciona neste meio.
2.2.1.1 Análise do microambiente
De acordo com Biagio e Batocchio (2005), o microambiente envolve fatores que estão dentro da própria empresa, sendo eles determinantes nas ações da administração da organização.
2.2.1.1.1 Concorrentes
De acordo com os autores Biagio e Batocchio (2005), uma empresa deve analisar seus concorrentes e seu perfil de reação. A empresa deve observar quem
Em alguns segmentos de mercado, caso existam fornecedores restritos e uma gama de clientes competindo pela mesma matéria prima, o fornecedor terá um poder de barganha maior que o cliente, o que pode ainda influenciar nas tabelas de preços (AAKER, 2007).
Para Kotler e Keller (2012) ao selecionar um fornecedor, a empresa deve saber quais são critérios para avaliá-los, atribuindo um peso de importância a cada atributo. Podem ser, por exemplo, preço, reputação do fornecedor, confiabilidade do produto e flexibilidade do fornecedor.
O número de fornecedores também pode ser estratégico. Muitas empresas já vêm reduzindo este número, pois fazem espécies de parceiras com eles, para o fornecimento da maior quantia de matéria prima necessária à produção, os comprometendo em relação ao desempenho e também com barganhas em preços. Por outro lado, existe um risco da empresa estar dependente deste fornecedor, podendo ele deixar de lhe fornecer inesperadamente, ou ainda se acomodar com o relacionamento (KOTLER; KELLER, 2012).
2.2.1.1.3 Clientes
Bernardi (2013, p. 19) entende que “o mercado e os clientes tornaram-se mais abertos a novas alternativas, marcas, além de sofisticados e impacientes”. Ainda completa que os clientes “[...] orientam-se mais acentuadamente por qualidade, preços e conveniência, elevando suas expectativas quanto ao atendimento e personalização”.
De acordo com Aaker (2007), quando uma empresa analisa estrategicamente seu mercado, basicamente precisa entender as segmentações, as motivações dos clientes e identificar as necessidades não atendidas. A segmentação corresponde a grupos de clientes que respondem a uma mesma oferta. O próximo passo é identificar a motivação do cliente, ou seja, o que o faz decidir o que comprar. Por fim, as necessidades não atendidas representam uma oportunidade de lançamento de novo produto ou serviço, ou até um novo posicionamento e chance de aumentar a fatia de mercado.
Segundo Biagio e Batocchio (2005), a decisão de compra do consumidor pode ter relação a fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos. No caso dos fatores culturais, os autores relatam que um indivíduo soma valores, percepções, comportamentos e preferências durante sua vida. Também fazem parte deste fator, as regiões geográficas, condições sociais e até mesmo religião. A influência da família, de referências ou a posição social ocupada pelo consumidor caracterizam fatores sociais que podem ser determinantes na decisão de compra. Os fatores pessoais por sua vez, condizem ao comportamento do consumidor perante um estilo de vida ou padrão de consumo. Os fatores psicológicos dizem respeito à personalidade, como por exemplo, inovadores, primeiros adeptos, retardatários, etc.
O cliente de uma empresa, em muitos casos, pode ser outra empresa. Neste caso, é preciso analisar os critérios que a empresa cliente utiliza para tomar a decisão. Para melhor compreensão deste perfil de cliente, são avaliados fatores ambientais, organizacionais, interpessoais e individuais. Em todo processo de negociação existem pessoas envolvidas e assim podem-se verificar características da pessoa que efetivamente realiza as compras. Também fazem parte da avaliação os níveis de demanda, perspectivas econômicas, desenvolvimento competitivo, além de estrutura da organização, políticas e procedimentos internos (BIAGIO; BATOCCHIO, 2005).
2.2.1.2 Análise do macroambiente
No entendimento de Kotler (2000, p. 160) o macroambiente é definido da seguinte forma: “as empresas e seus fornecedores, intermediários de marketing, clientes, concorrentes e público operam em um macroambiente de forças e tendências que dão forma a oportunidades e impõem ameaças”.
Kotler e Keller (2012) dividem o macroambiente em seis esferas: ambiente demográfico, ambiente econômico, ambiente sociocultural, ambiente natural, ambiente tecnológico e ambiente político-legal. Ambas serão abordadas a seguir.