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Plano de estágio menor infrator
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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ESCOLA SUPERIOR BATISTA DO AMAZONAS – ESBAM CURSO DE PSICOLOGIA 4º PERÍODO JANAYNA PINHEIRO FONSECA RELATO DE EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL – CASA DO IDOSO SÃO VICENTE DE PAULO MANAUS – AM 2017
JANAYNA PINHEIRO FONSECA RELATO DE EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL – CASA DO IDOSO SÃO VINCENTE DE PAULO MANAUS – AM 2017 Trabalho do Curso de Psicologia da Escola Superior Batista do Amazonas, elaborado pela aluna: Janayna Pinheiro Fonseca, como requisito para obtenção da nota do Bimestre da disciplina de Desenvolvimento III, lecionado pela Professora: Solange Brandão.
O presente relato foi constituído a partir de uma visita técnica realizada à Casa do Idoso São Vicente de Paulo. Em conversa com a diretora da instituição tivemos a oportunidade de conhecer o aspecto físico da instituição e como se dá seu funcionamento.
eventos que são promovidos com o intuito de arrecadar fundos, para assim manter a casa. O Lar tem capacidade para atender 27 idosos, em vulnerabilidade social, vindos das áreas de abrangência. Idosos já sem possibilidade de trabalhar para seu sustento e que não tem familiares, que recebem ou não benefícios provenientes do INSS. A sala é composta por 25 carteiras destinadas aos alunos, que se encontram distribuídas em três colunas, as das pontas juntas duas a duas e as do meio juntas três a três. Estas carteiras estão viradas de frente para o quadro interativo. Ao lado do mesmo quadro encontra-se a secretária destinada à professora voltada para os alunos e onde está o computador, apenas para uso da professora, com ligação ao quadro interativo. Do lado direito da secretária da professora encontra-se um placar de cortiça onde estão expostos alguns desenhos dos alunos dados à docente, a seguir a este estão dois quadros de giz que, devido ao uso do quadro interativo, estão destinados à exposição de cartazes de alguns assuntos tratados em aula. Por baixo estão duas estantes com materiais e livros da professora da sala. Do lado oposto (esquerdo), encontram-se dois placares de cortiça e duas estantes, destinadas aos materiais, dossiê e capas dos alunos. No fundo da sala encontra-se outro placar de cortiça, uma estante destinada a livros infantis e um móvel com jogos de grupo 1.2 Descrição das Atividades A Casa do Idoso São Vicente de Paulo é uma entidade que presta assistência ao idoso em forma de internato de longa permanência, tem como proposta atender a 27 idosos de ambos os sexos, que estejam em vulnerabilidade social, sem vinculo familiar ou que tendo, não encontre na mesma, condição de receber os cuidados básicos que estejam necessitando. Esse serviço é prestado ao idoso dependente, semidependente ou independente, mas de alguma forma em situação de incapacidade para suprir sua subsistência com moradia, alimentação, saúde, cuidados pessoais e convivência familiar.
O trabalho é realizado em conjunto, onde todos são adequadamente atendidos, dependendo do grau de necessidade que se encontrem. É proporcionado ao idoso a oportunidade de continuar a convivência com outras pessoas que estejam condições parecidas, animando-o a aceitação e esforço para sua recuperação ou melhora, prestando a sua saúde a assistência necessária para seu restabelecimento. O atendimento é voltado ao exercício de oferecer vida integrada a sociedade, garantido o direito de continuar ativo, fortalecendo os laços familiares e de amizades; estimulando - os a participação na vida em comunidade, facilitando o acesso dessa população, amigos e familiares dentro da instituição. Prima-se pelo desenvolvimento de atividades em datas comemorativas e culturais, dentro ou fora da Instituição, que fortaleçam esses encontros, oportunando a conservação das tradições de forma educativa, introduzindo o lúdico como estimulo a uma vida mais dinâmica. O espaço assegura acessibilidade, amplo na área interna e externa, com instalações divididas de forma adequada ao atendimento para ambos os sexos, onde existe a integração, mas com as reservas que se fazem necessárias à intimidade de cada um. Toda essa disposição tem como meta proporcionar aos idosos uma vida com a dignidade e privacidade que lhe é de direito, recebendo cuidados diários, como higiene, saúde, alimentação e lazer. Tendo para isso, profissionais na área social, enfermagem e fisioterapia que trabalham de forma a oferecer orientação e direcionamento para que a equipe de serviço desenvolva as atividades de forma que os objetivos da Instituição sejam alcançados. Conta com grande participação de voluntários na organização de eventos promocionais para angariar fundos contribuindo para garantia do atendimento cada vez digna a pessoa idosa que dele necessita. Com diretoria dinâmica e participativa, que trabalha principalmente para que as dificuldades financeiras sejam vencidas ou amenizadas, desenvolvendo durante o ano, atividades beneficente que favoreçam a essa condição.
deste público, em relação às pessoas mais jovens, dentre outros fatores. Com isso verifica-se, consequentemente, que não se pode afirmar se os cuidados indispensáveis para suprir as necessidades desta população serão realizados, diante da realidade apresentada no panorama das políticas sociais brasileiras (CAMARANO; KANSO, 2010). De acordo com as informações fornecidas por Moreira (2001), em relação aos índices estatísticos do envelhecimento na sociedade brasileira, o autor afirma que na década de 1970/1980 a variação foi de 29,6%, nos anos de 1980-1991 variou de 32,9%, nos anos de 1991-2000 uma variação de 36,4%. Em 30 anos, a alteração do indicador de envelhecimento registrou 134,8%. Ainda, conforme o autor, de 2000 até 2050 esse percentual pode chegar a 439,6%, mostrando a irreversibilidade do envelhecimento da população brasileira e constatando a participação de uma população mais envelhecida da sociedade (MOREIRA, 2001). Ruschel (2001), ao se referir ao desenfreado percentual de idosos brasileiros, enfatiza que o Brasil, considerado um “país de jovens” na década de 1970, passa a alcançar uma expectativa de 34 milhões de idosos para o ano de 2025, passando a ocupar a 6ª colocação entre os países mais populosos do planeta. Segundo a autora, nos anos 1940 esperava-se viver em média, até os 42 anos. Esta expectativa passa para 60 anos na década de 1980, possuindo um acréscimo de 71%. Para 2025 espera-se que a população viva mais de 70 anos, o que já é normal em determinados estados brasileiros. Ruschel (2001), ao se referir ao desenfreado percentual de idosos brasileiros, enfatiza que o Brasil, considerado um “país de jovens” na década de 1970, passa a alcançar uma expectativa de 34 milhões de idosos para o ano de 2025, passando a ocupar a 6ª colocação entre os países mais populosos do planeta. Segundo a autora, nos anos 1940 esperava-se viver em média, até os 42 anos. Esta expectativa passa para 60 anos na década de 1980, possuindo um acréscimo de 71%. Para 2025 espera-se que a população viva mais de 70 anos, o que já é normal em determinados estados brasileiros. São várias as razões para esta mudança no padrão reprodutivo. Uma delas, fruto do intenso processo de urbanização da população, é a necessidade crescente de limitação da família, ditada pelo modus vivendi dos grandes centros urbanos, principalmente em um contexto de crise econômica. Isto
decorre, dentre outros fatores, da progressiva incorporação da mulher à força de trabalho, e das mudanças nos padrões socioculturais decorrentes da própria migração (VERAS, 2003, p. 6). Conforme Paschoal (2000), até 2025 poderão ser apontados no Brasil elevadas taxas em relação à expectativa de vida da população, podendo chegar a 32 milhões de pessoas com idade superior a 60 anos. Nessa perspectiva, passaríamos a ser a 6ª população com maior número de idosos no mundo. Quanto à definição do que seja envelhecimento e do que se considera como pessoa idosa, foram encontradas várias contribuições de diferentes autores que se dedicam ao estudo do tema. Para Neri (2001, p. 27), “biologicamente falando, o envelhecimento consiste em processos de transformação do organismo, ocorrendo após a maturação sexual e que implicam a diminuição gradual da possibilidade de sobrevivência”. São procedimentos de caráter interacional, iniciados em distintas ocasiões e ritmos. A autora diz que a população idosa pode ser categorizada a partir da duração de seu ciclo de vida. Neri (2001, p.46) também enfatiza que o envelhecimento representa um processo de transformações universais “[...] que se traduz em diminuição da plasticidade comportamental, em aumento de vulnerabilidade, em acumulação de perdas evolutivas e no aumento da probabilidade de morte”. Segundo Lopes (2011), são consideradas idosas pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, independente de serem acamadas e dependentes ou de serem ativas. De acordo com a autora "não há receitas para envelhecer, mas configurações que devem ser compreendidas e atendidas" (LOPES, 2011). No curso do desenvolvimento humano, alguns autores que se dedicam ao estudo do envelhecimento concebem o mesmo como uma fase da vida biológica humana, com características peculiares. Para esses estudiosos a velhice é, assim, uma etapa da vida do ser humano na qual ocorre uma natural diminuição do funcionamento fisiológico do corpo humano, afetando vários sistemas orgânicos. Além disso, diferentes autores apontam o envelhecimento como fase da vida humana marcada por processo de vida que sofre influências de fatores econômicos, sociais, culturais, dentre outros como abordado a seguir. Na concepção de Carvalho e Coelho (2006), a maturidade consiste em um momento da vida em que mulheres e homens percebem, realmente, que a vida tem fim.
idosa não possa carregar consigo vitalidade e alguma autonomia (CÔRTE; OLIVEIRA; MEDEIROS, [20--]). Castro (2001) defende que ser idoso é estar sempre ativo entre as coisas e as pessoas. Consiste, também em posicionar-se diante das demandas externas, adaptando-se a esta nova fase da vida e sendo o protagonista de seu próprio envelhecimento, deixando transparecer sua autonomia e independência diante das situações impostas cotidianamente. Em relação à concepção social de idoso, Neri (1999) aponta três fases de modificação observadas em distintos períodos de tempo. Nesta concepção, a primeira fase, abarca os anos de 1945 a 1960, período em que a velhice era associada à situação de pobreza. Com o sistema de aposentadoria, ele era visto como alvo, exclusivamente, de assistência social. A segunda fase engloba o período de 1959 a 1967, no qual houve uma mudança de sensibilidade com relação à velhice, que passou a ser associada à ideia de marginalidade e solidão. Suas condições de vida passam a ser mais discutidas. A intervenção passa a ser destinada a novas práticas em prol do bem estar do idoso, tais como lazer e serviços de saúde voltados para sua atenção (NERI, 1999). 27 Já a terceira fase
Com essas ações, apoia-se, afetiva e emocionalmente, os cuidadores domiciliares para essa árdua tarefa que realizam diuturnamente, com o intuito de amenizar essa situação difícil do cuidado. Oportuniza-se a socialização de idosos dependentes, tornando mais afável a difícil e pesarosa situação que enfrentam os idosos e seus cuidadores, cumprindo o papel da Universidade de promotora da cidadania, incluindo os marginalizados pela situação da doença. Assim, os cuidadores percebem que não estão sós e que outras pessoas também apresentam os mesmos sentimentos, amenizam sua dor e o seu sofri mento, dividindo angústias, preocupações, raiva, ansiedade... Sabe-se que este caminho se faz percorrendo e que nenhum dia será igual ao outro. Muitas lembranças estão na memória dos idosos, até que um dia a demência leva- as embora. Convive-se com o grupo há quase um ano e o mais triste de tudo é ver que os idosos com Alzheimer são como velas acesas, que no início da doença ainda mostram chama forte e brilhante e que aos poucos torna cada vez mais fraca, trêmula, até se apagar totalmente para o mundo, fechando-os para si. Assim, se com este projeto sentem-se felizes, por instantes, afloram seus sentimentos nos raros momentos de lucidez e melhoram a sua qualidade de vida, a partir das possibilidades que cada um apresenta, com certeza se alcançou o objetivo do mesmo.