Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Plano de Aula A valorização do ser negro e negra no Brasil ..., Notas de estudo de Construção

Romper com formas de preconceito racial no ambiente escolar. Fomentar o exercício da alteridade e da diversidade entre educandos(as), professores (as) e ...

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Ronaldinho890
Ronaldinho890 🇧🇷

4.3

(96)

223 documentos

1 / 5

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Plano de Aula
A valorização do ser negro e negra no Brasil
Objetivo Geral:
O objetivo da aula consiste em promover a reflexão sobre as construções
sociais, políticas, históricas, e culturais sobre os sentidos atribuídos ao ser
negro. Romper com formas de preconceito racial no ambiente escolar.
Fomentar o exercício da alteridade e da diversidade entre educandos(as),
professores (as) e funcionários (as) das escolas.
Objetivo específico:
Promover uma reflexão sobre como as crianças e a juventude negra constroem
a sua identidade dentro e fora do ambiente escolar pela percepção do corpo e
do cabelo negro, para além dos padrões estéticos, isto é, como uma
característica da identidade negra vinculada a um processo de desconstrução
de estereótipos.
Prática social inicial do conteúdo
Listagem dos conteúdos: Conteúdos que serão apresentados na aula:
* corpo como representação simbólica;
* relação histórica com o corpo negro;
* significados e sentidos atribuídos ao corpo negro e cabelo crespo;
* relação de preconceito, racismo e discriminação disseminados nos espaços
sociais, principalmente no ambiente escolar e suas marcas na trajetória de vida
dos (as) estudantes;
* outros espaços de ressignificação do ser negro.
Vivência cotidiana dos alunos: Não existe racismo; o cabelo negro é feio e
ruim; noção de que os padrões estéticos são naturais e não construções
sociais.
O que gostaria de saber mais: Desconstruir a ideia de que os preconceitos
contra o corpo e o cabelo negro são naturais. Ao contrário, esta é uma
construção histórico-social, política, cultural e econômica.
Problematização
Por que o corpo fala sobre o nosso estar no mundo? Como usamos o corpo
como representação da nossa identidade? Por que devemos pensar o corpo
negro? Qual a relação histórica da escravidão com o corpo negro? Por que o
cabelo negro é associado ao ruim? Por que é difícil para o(a) negro(a) construir
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Plano de Aula A valorização do ser negro e negra no Brasil ... e outras Notas de estudo em PDF para Construção, somente na Docsity!

Plano de Aula A valorização do ser negro e negra no Brasil Objetivo Geral: O objetivo da aula consiste em promover a reflexão sobre as construções sociais, políticas, históricas, e culturais sobre os sentidos atribuídos ao ser negro. Romper com formas de preconceito racial no ambiente escolar. Fomentar o exercício da alteridade e da diversidade entre educandos(as), professores (as) e funcionários (as) das escolas. Objetivo específico: Promover uma reflexão sobre como as crianças e a juventude negra constroem a sua identidade dentro e fora do ambiente escolar pela percepção do corpo e do cabelo negro, para além dos padrões estéticos, isto é, como uma característica da identidade negra vinculada a um processo de desconstrução de estereótipos. Prática social inicial do conteúdo Listagem dos conteúdos : Conteúdos que serão apresentados na aula:

  • corpo como representação simbólica;
  • relação histórica com o corpo negro;
  • significados e sentidos atribuídos ao corpo negro e cabelo crespo;
  • relação de preconceito, racismo e discriminação disseminados nos espaços sociais, principalmente no ambiente escolar e suas marcas na trajetória de vida dos (as) estudantes;
  • outros espaços de ressignificação do ser negro. Vivência cotidiana dos alunos : Não existe racismo; o cabelo negro é feio e ruim; noção de que os padrões estéticos são naturais e não construções sociais. O que gostaria de saber mais : Desconstruir a ideia de que os preconceitos contra o corpo e o cabelo negro são naturais. Ao contrário, esta é uma construção histórico-social, política, cultural e econômica. Problematização Por que o corpo fala sobre o nosso estar no mundo? Como usamos o corpo como representação da nossa identidade? Por que devemos pensar o corpo negro? Qual a relação histórica da escravidão com o corpo negro? Por que o cabelo negro é associado ao ruim? Por que é difícil para o(a) negro(a) construir

sua identidade? Qual o papel da escola na construção da identidade negra? A escola tem problematizado as questões do racismo e discriminação? Dimensão do conteúdo Dimensão sociológica: qual o conceito de corpo e valor simbólico? Dimensão social: quais as relações entre a escola e a construção da identidade do(a) negro(a)? Dimensão psicológica: como a questão do corpo e a questão do cabelo negro Atravessam a subjetividade das crianças e da juventude negra? Instrumentalização A) Exposição oral; B) Questões/debates/discussões; C) Filme “Vista minha pele” e vídeo institucional do Projeto Pixaim. 44 Filme Vista minha pele (MEC) conta uma história invertida, os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados. Os países pobres são Alemanha e Inglaterra, enquanto os países ricos são a África do Sul e Moçambique. Maria é uma menina branca, pobre, que estuda num colégio particular graças à bolsa de estudos, pelo fato de sua mãe ser faxineira nesta escola. A maioria de seus colegas a hostiliza, pela sua cor e condição social, com exceção de sua amiga Luana, filha de um diplomata que, por ter morado em países pobres, possui uma visão mais abrangente da realidade. Fonte: Filme e descrição disponíveis em: <http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/ debaser/singlefile.php?id=13978.> Acessado em: 18/06/2010. Projeto Pixaim: é uma iniciativa da CUFA-MT (Central Única das Favelas-MT). Este projeto busca levar a vários grupos sociais, especialmente às mulheres, a discussão Catarse Síntese : O corpo é um elemento de atribuição de valores e significados e, ao longo da história, diferentes representações simbólicas foram imputadas a ele. O processo histórico de escravização de negros(as) no Brasil e seus desdobramentos fizeram com que estereótipos fossem criados em torno do ser negro. Esses estereótipos são constantemente reconstruídos e reproduzidos nos espaços sociais, inclusive no ambiente escolar. A associação do cabelo crespo ao ruim faz parte deste imaginário que inferioriza a condição do ser negro. Para que a escola não se torne um espaço de reprodução desse

Prática social final do conteúdo Intenções do aluno : Repensar e refletir sobre a representação dos(as) negros(as) na sociedade e como o corpo e o cabelo interfere na construção de suas identidades. Ações do aluno : Identificar os estereótipos vinculados aos negros(as) na sociedade, principalmente nas escolas, de modo a contribuir para a superação de situações de preconceito e discriminação. Referências BASTIDE, Roger; FERNANDES, Florestan. Brancos e Negros em São Paulo. São Paulo: Anhembi, 1971. BITTAR, Mariluce; ALMEIDA, Carina E. Maciel de. Mitos e controvérsias sobre a política de cotas para negro na educação superior. Educar em Revista. Curitiba: n. 28, p. 141-159, jul./dez., 2006. BENTO, Maria Aparecida Silva. Branquitude – o lado oculto do discurso sobre o negro. In: Psicologia Social do Racismo: Estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Iray Carone, Maria Aparecida Silva Bento (org.). Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. CAVALLEIRO, Eliane dos Santos. Discriminação racial e pluralismo nas escolas públicas da cidade de São Paulo. In: Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº10.639/03. Secretaria de educação continuada, alfabetização e diversidade – Brasília: Ministério da educação, secretaria de educação continuada, alfabetização e diversidade, 2005. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/anti_racista.pdf ______. Do silêncio do lar ao silêncio escolar. São Paulo: Contexto, 2000. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido: autenticas de pensar e atuar,pensar- se a si mesmo e ao mundo. 6º ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978. GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para Pedagogia Histórico-Crítica .3 ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2002. GOMES, Nilma Lino. Trajetórias escolares, corpo negro e cabelo crespo: reprodução de estereótipos e/ou ressignificação cultural? In: 25ª Reunião Anual da ANPEd, 2002, Caxambu. Anais ... Rio de Janeiro:ANPEd, 2002. p. 1-14.

______. Juventude, práticas culturais e negritude: o desafio de viver múltiplas identidades. In : 27a. Reunião Anual da ANPEd, 2004, Caxambu. Anais... Rio de Janeiro: ANPEd, 2004. p. 1-16. SILVA, Ileizi Luciana Fiorelli. Metodologias do Ensino de Sociologia na Educação Básica. In: Caderno de metodologias de ensino e de pesquisa. SILVA, Ileizi Luciana Fiorelli; et al. (org.). Londrina: UEL; SET-PR,

SILVA, Maria Nilza. Nem para todos é a cidade: segregação urbana e racial em São Paulo. Brasília, DF: Fundação Cultural dos Palmares, 2006.