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PlanEXO Planejamento com Foco na Excelência Operacional ..., Notas de estudo de Metodologia

para a lavra através do método Sublevel Stoping seja igual ou superior a 40º, o objetivo deste trabalho será destacar que é possível lavrar corpos estreitos ...

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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PlanEXO
Planejamento com Foco na Excelência Operacional
Devido aos empecilhos relacionados à geometria, potência e inclinação do minério,
a lavra seletiva em mina subterrânea através dos métodos convencionais torna-se
cada vez mais difícil. Embora venha descrito nas literaturas que a inclinação mínima
para a lavra através do método Sublevel Stoping seja igual ou superior a 40º, o
objetivo deste trabalho será destacar que é possível lavrar corpos estreitos (mínimo
1,5 m de potência) e também corpos potentes através do Método Sublevel Stoping,
utilizando como referência um ângulo com inclinação mínima de 37º. Objetiva-se
também, mostrar de forma simples, como funciona a aplicabilidade do método
descrito em uma Mina Subterrânea visando a adequação ao método e as diversas
possibilidades existentes que favorecem melhor produtividade, maior seletividade e
maior recuperação em um tempo relativamente propício às reais necessidades
mercadológicas.
1. Introdução
Atualmente, o grande gargalo das explotações em mineradoras subterrâneas é
obter uma boa recuperação em um tempo relativamente favorável que atenda as
demandas do mercado. Neste trabalho será descrito como a Mina Cuiabá e a Mina
Lamego, inseriram o método de Lavra Sublevel em suas atividades com auxilio do
PlanEXO.
Historicamente, a modelagem geológica das duas minas “foco do trabalho”,
são realizadas utilizando uma combinação de dados de mapeamento geológico,
canais de amostragem de lavra e sondagem. Estes dados proporcionam a definição
de horizontes mineralizados de teores acima do cut off.
Inicialmente, o cenário proposto para lavra nas duas minas era a explotação
através do Corte Aterro, porém ao longo dos anos com a inserção de novas
informações geológicas aos modelos de longo e médio prazo, juntamente com a
assertividade do entendimento relacionado à distribuição de teores na jazida, foi
possível tornar o cenário mais propício para aceitar as modificações de metodologia
para construção dos modelos tornando mais eficaz a disposição da avaliação de
teores.
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PlanEXO Planejamento com Foco na Excelência Operacional

Devido aos empecilhos relacionados à geometria, potência e inclinação do minério, a lavra seletiva em mina subterrânea através dos métodos convencionais torna-se cada vez mais difícil. Embora venha descrito nas literaturas que a inclinação mínima para a lavra através do método Sublevel Stoping seja igual ou superior a 40º, o objetivo deste trabalho será destacar que é possível lavrar corpos estreitos (mínimo 1,5 m de potência) e também corpos potentes através do Método Sublevel Stoping, utilizando como referência um ângulo com inclinação mínima de 37º. Objetiva-se também, mostrar de forma simples, como funciona a aplicabilidade do método descrito em uma Mina Subterrânea visando a adequação ao método e as diversas possibilidades existentes que favorecem melhor produtividade, maior seletividade e maior recuperação em um tempo relativamente propício às reais necessidades mercadológicas.

1. Introdução

Atualmente, o grande gargalo das explotações em mineradoras subterrâneas é obter uma boa recuperação em um tempo relativamente favorável que atenda as demandas do mercado. Neste trabalho será descrito como a Mina Cuiabá e a Mina Lamego, inseriram o método de Lavra Sublevel em suas atividades com auxilio do PlanEXO.

Historicamente, a modelagem geológica das duas minas “foco do trabalho”, são realizadas utilizando uma combinação de dados de mapeamento geológico, canais de amostragem de lavra e sondagem. Estes dados proporcionam a definição de horizontes mineralizados de teores acima do cut off.

Inicialmente, o cenário proposto para lavra nas duas minas era a explotação através do Corte Aterro, porém ao longo dos anos com a inserção de novas informações geológicas aos modelos de longo e médio prazo, juntamente com a assertividade do entendimento relacionado à distribuição de teores na jazida, foi possível tornar o cenário mais propício para aceitar as modificações de metodologia para construção dos modelos tornando mais eficaz a disposição da avaliação de teores.

Sabe-se que a distribuição dos teores neste tipo de jazida geralmente acontece de forma irregular e possui grandes variações no volume e no conteúdo metálico tanto no strike (comprimento das galerias), quanto no dip (profundidade dos corpos mineralizados).

2. Objetivos

Realizar o avanço das galerias de desenvolvimento com eficiência e qualidade tendo como principal foco otimização da lavra visando contribuir para as melhorias sustentáveis durante todo o ciclo de explotação do minério e em paralelo esse trabalho busca descrever a migração do método Corte Aterro para o Método Subelvel Stoping.

Para isso, serão utilizados como parâmetros para coleta das informações o acompanhamento da construção dos projetos de lavra através do Subelvel Stoping a partir da análise dos cenários propostos para alguns painés de lavra.

3. DISCUSSÃO DO TEMA

Para contextualizar melhor este estudo, deve-se entender que a lavra desenvolvida no subsolo está diretamente ligada a dois condicionantes, um é a geometria do corpo (inclinação e espessura) e o outro são as características de resistência e estabilidade dos maciços que constituem o minério e suas encaixantes. As variações do método ocorrem sob a forma de abertura de poços, túneis e galerias nos maciços das encaixantes ou aplicação de métodos ou técnicas mais sofisticadas como realce auto-portantes. Neste projeto vamos descrever sobre a lavra através do Corte Aterro e da lavra através do Sublevel Stoping, a diferença entre estes dois métodos é a agilidade no ciclo, melhor recuperação, mais segurança operacional como exemplifica a figura 1.

Figura 2: Método de lavra corte e aterro. (a) Seção típica do Corte e Aterro na Mina Cuiabá. (b) Esquemático do método

3.2 Sublevel Stoping :Conceitos básicos

Segundo Mitchel (1981), Harim (1982), Mann (1982) e Haycocks e Aelick (1992), conforme citado por Michel (2012,p.6), o método Sublevel Stoping é um método de configuração em stopes no qual o minério é detonado por perfuração em leque ou paralela, em que grande parte do minério é removido do stope à medida em que este vai sendo detonado, deixando o stope aberto. Este método é utilizado para lavrar depósitos minerais com as seguintes características: Mergulho íngreme – a inclinação do footwall deve exceder o ângulo de repouso (37° na Mina Cuiabá), rochas estáveis tanto no hanging quanto no footwall , minério e rocha hospedeira competentes,limites regulares do minério.

Abaixo, a figura 3a representa uma seção típica da lavra através do Sublevel na Mina Cuiabá e a figura 2b representa uma imagem simplificada de como é feito o corte através do sublevel : É necessário uma área mínima de 1,5.m para efetuar o ciclo de lavra (menos diluição em corpos com espessura inferior à 3.80m)

(a) (b) Figura 3: Método de lavra Sublevel stoping .(a) Seção típica do do Método Sublevel Mina Cuiabá. (b) Esquemático do método.

Na prática existem três variações do método Sublevel Stoping que são: Perfuração Radial ( Blasthole Method ); Perfuração de Furos Longos ( Open-Ending

Method ) e Vertical Crater Retreat Method ( VCR). Porém, neste trabalho vamos enfatizar sobre o Blasthole Method e o Open-ending Method:

a) Blasthole Method : envolve a criação de uma ranhura vertical, a uma extremidade aberta do desmonte. Mineiros perfuram a área mineralizada em um padrão radial de furos nos subníveis do stope , os furos são então carregados com explosivos. No Blasthole Method , a perfuração é feita em padrão radial em cada subnível desmontando-se fatias verticais do corpo de minério.

b) Open-ending Method: os mineiros perfuram a área mineralizada de forma vertical e, assim como no Blasthole Method, o desmonte também é feito em fatias verticais. Semelhante ao método baslthole , uma ranhura deve ser criada em uma extremidade aberta do desmonte, nesta variação do método os furos são efetuados em paralelo e, em seguida o desmonte é efetuado a partir da parte superior para a parte inferior do desmonte de um subnível tão largo quanto o desmonte, localizado perto da parte superior. Fatias verticais de minério são, então, cheio de explosivos e iniciada a detonação em uma parte aberta do Stope. A vantagem deste método é que permite a perfuração de furos de maior dimensão e uma utilização mais eficaz dos explosivos.

3.3 Migração do Método Corte Aterro para o Método Sublevel Stoping

Sabe-se que para escolha de cada método de lavra é necessário obter conhecimento aplicado a uma faixa estreita das características do depósito mineral, principalmente sua disposição espacial, o comportamento mecânico do próprio corpo mineral e de suas encaixantes, do campo de tensões a que está submetido e das caraterísticas topográficas existentes. Com a contínua redução dos corpos minerais próximos à superfície, a lavra através do Corte Aterro, além de proporcionar maiores diluições pode gerar instabiliade no maciço rochoso após as escavações provenientes das altas dimensões das galerias durante o ciclo. Isso demanda um estudo criterioso para que os corpos mineralizados possam ser lavrados através de uma metodologia que favoreça maior segurança, maior estabilidade operacional e mais seletividade na explotação. É necessário investir em

4. Procedimentos metodológicos

Para a realização do estudo fez-se necessário o acompanhamento na construção dos projetos de lavra e também o acompanhamento de todo o processo operacioanal que engloba desde o desenvolvimento até a limpeza do stope em alguns cenários propostos para explotação através do método Sublevel. Os softwares Mine2-4D/ Datamine Auto Cad foram utilizados para auxílio na construção dos projetos e também na análise e processamento dos dados coletados em campo através da topografia com o equipamento Laser Scanner (que faz a varredura do local após a detonação para certificação da real recuperação obtida em cada stope ).

4.1 Definições para escolha do método de lavra mais adequado

Para utilização das variações do método proposto ( Sublevel ), utiliza-se como critério principal a adequação do desenvolvimento e do método de lavra às wireframes geológicas de médio/ curto prazo. O método de lavra a ser utilizado em cada painel localizados em diferentes áreas do depósito mineral é definido de acordo com as informações geológicas que são repassadas à equipe de planejamento e somente após a definição do método ideal para cada painel é feito o projeto de desenvolvimento para as frentes produtivas. Neste processo o foco é reduzir as sinuosidades das galerias e obter um desenvolvimento menor que proporcione uma lavra mais qualitativa na entrega do produto final.

O método de lavra definido segue alguns parâmetros vinculados à geometria, teor e ao ângulo de inclinação do corpo mineralizado em cada painel. Destaca-se que para a escolha do método, o planejamento utiliza como base um ângulo de escoamento do minério de no mínimo 37º com perfuração máxima de 18 m de comprimento no dip. Para abertura das faces livres são utilizados critérios particulares, onde podem ser utilizadas travessas para melhor posisionamento do slot, slot’s inclinados, apenas travessas que são abertas após a perfuração dos projetos, o próprio desenvolvimento, dentre outros.

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A figura 6 abaixo ilusta de forma simples um mesmo painel de lavra com design que proporciona mais de um tipo de método de lavra: Corte Aterro, Perfuração Longa e Pefuração radial.

Figura 6: Imagem de um painel de lavra projetado- N15FGS ( MINE2-4D, 2015)

Perfuração em cone: Viabiliza a lavra em corpos que possui inclinação inferior à 37º, pois o projeto de posicionamento da galeria é feito criteriosamente onde a lavra final proporcione um ângulo de escoamento de no mínimo 37º. A galeria de desenvolvimento possui dimensões de 4,8m x 5,0m e pode ser toda desenvolvida no estéril (cada caso necessita de um estudo pontual, feito com base no modelo geológico). A perfuração é feita de forma ascendente com malha de 1,8m x 2,0m com um comprimento máximo de 15m no dip, como exemplificado na figura 8.

Figura 8: Imagem de um painel de lavra projetado - N14.1SER ( MINE2-4D)

Lavra cega: Cenário viabiliza a lavra em áreas de recuperação, ou seja, possibilita a lavra de um painel que inicialmente era lavrado com o corte aterro. É feito em corpos que possuem inclinação igual ou superior a 37º. A perfuração é ascendente, feita em direção ao Sill Pillar e é feita de dentro de uma galeria existente, a malha utilizada pode variar de 1,8m x 2,0m ou 2,0m por 2,5m (dependerá da potência do corpo mineralizado) com um comprimento máximo de 15m no dip, como exemplificado na figura 9.

Figura 9: Imagem de um painel de lavra projetado - N15.1FGS ( MINE2-4D)

4.3 Coleta de dados

Efetuou-se a lavra através dos métodos descritos no item 4.1 e foi possível obter um comparativo siginificativo relacionado à recuperação dos corpos mineralizados utilizando como referência a inclinação mínima para ângulo de escoamento do material igual a 37º. Utilizou-se a topografia na coleta de dados, e as informações foram processadas através dos softwares Mine2-4D, Datamine e do equipamento Laser Scanner.

Caso1: N11FGS-LD: no local de estudo, o corpo mineralizado possui inclinação inferior a 40º. Foi utilizado a lavra através da metodologia em cone, neste caso foi desenvolvido uma galeria paralela ao realce lavrado inicialmente com Corte Aterro tendo como principal objetivo obter maior recuperação e gerar estabilide operacional no qual favoreceria a execução de todo o ciclo foi feito em local seguro. Foram criadas com seções que possuíam afastamento igual a 2,0m e espassamento entre furos igual a 2,0 m (malha 2,0 x 2,0 m). Utilizou-se uma delimitação de 37º na extremidade do footwall e os furos foram projetados com comprimento máximo de 18m de profundidade. Visto que a galeria de perfuração foi construída com dimensões de 4,8 x 5,0 m e a limpeza do stope detonado foi feito com controle

Figura 11: Imagem de um painel de lavra executado - N11FGS ( MINE2-4D)

5. Discussão e análise dos resultados

A implantação do PlanExo no planjeamento com suas possíveis variações na unidade da Mina Cuiabá e Mina Lamego proporcionou melhorias siginificativas:

 Aumento significativo na tonelagem/ metro desenvolvido

 Aumento na tonelagem/ metro perfurado;

 Maior previsibilidade e antecipação na solução dos gargalos voltados para geotecnia garantindo melhor assertividade no uso daestimativa de diluição planejada contribuindo para melhor performance nas entregas.

 Maior engajamento com operação, criando melhorias específicas para garantir melhor performance operacional

 Agilidade na entrega das áreas perfuradas para produção

 Melhoria na qualidade de controle dos indicadores reconciliação;

 Visibilidade de todo o ciclo operacional da lavra até o enchimento do realce

 Aumento da utilização dos Jumbos no desenvolvimento

Pode-se afirmar também que além dos ganhos gerais, a implantação da nova meotologia para ajuste dos layouts juntamente com o desenvolvimento específico para cada área dos painés de lavra resultam em ganhos específicos para as áreas presentes no ciclo:

 Topografia: Facilita a marcação topográfica em campo: é validado que a topografia não consegue efetuar a marcação em tempo hábil adequada em galerias com curvas.

 Planejamento: Programação mais assertiva relacionada ao Outlook trimestral (Massa e teor) .Mais agilidade na confecção de projetos de lavra (como o cenário já será avaliado antes do desenvolvimento ser concluído, até mesmo uma nova estratégia para o sequenciamento de lavra pode ser avaliado com antecedência, pois tem interface com a operação e áreas afins) garantindo melhor uso dos recursos.

 Geotecnia: Maior previsibilidade relacionado aos gargalos gemomecânicos e tempo hábil para possíeis adequações.

 Desenvolvimento: Foi mensurado que em galerias sinuosas o rendimento do fogo é baixo e que em galerias retilíneas o rendimento do fogo é mais atrativo, pois proporciona um avanço melhor o que reflete claramente na performance operacional garantindo antecipação na liberação dos painéis de lavra para produção e melhor performance nas perfurações.

 Custo: Quando segue todos os critérios do projeto é possível reduzir a metragem de desenvolvimento e/ou reduzir a diluição operacional na lavra, pois é possível ter maior confiabilidade nas estimativas de diluição planejada e garantir mais qualidade na entrega.

9. Referências

HARTMAN, L. H.; Mutmansky, M. J.: Introductory Mining Engineering, John Wiley and Sons, 2002, 344p.

MELO O. M. : Dimensionamento Empírico de Realce Em Sublevel Stoping, Dissertação de mestrado- UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS,2012.

ALMEIDA, F. F. M. O Craton de São Francisco. Rev. Bras. Geociências, 7 (4): 349 – 364, 1977.

DORR, J. V. N.. 1969. Physiographic, stratigraphic and structural development of the Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais. U. S. Geol. Surv. Prof. Pap. 2 edição.

ANGLOGOLD ASHANTI CÓRREGO DO SÍTIO MINERAÇÃO LTDA. Mineração Ouro. Disponível em: http://www.anglogoldashanti.com.br/Paginas/AreasNegocio/MineracaoOuro.aspx. Acesso em 09/03/2015.

Responsáveis Técnicos:

Kênia Chaves

Lucas Rodrigues

Alexandre Oliveira