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ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E PEDAGÓGICA. PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO. INFANTIL. Monografia apresentada à Universidade. Candido Mendes – Instituto a Vez ...
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Por: Fabíola Pacheco Araujo
Orientador: Vilson Sérgio
Fevereiro/
Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes – Instituto a Vez do Mestre – como requisito à conclusão da Pós-Graduação “Lato sensu” – Curso de Orientação Educacional e Pedagógica.
Por: Fabíola Pacheco Araújo
A metodologia utilizada para este trabalho foi a pesquisa bibliográfica, a fim de serem apresentadas opiniões e estudos a respeito do tema que contribuam para a compreensão de que o processo de planejamento é um processo educativo e, por isso, deve ser realizado com responsabilidade e em parceria entre professores e orientadores pedagógicos para que seja um trabalho abrangente e produtivo, tendo sempre em mente a importância de um planejamento e de uma prática que vislumbre a formação integral do aluno.
Planejamento Pedagógico e Planejamento Participativo 3
CAPÍTULO II
A Atuação do Orientador Pedagógico no Cotidiano Escolar 11
CAPÍTULO III
Sugestões para a Construção de um Plano de Curso na Educação Infantil 17
CONCLUSÃO 26
BIBLIOGRAFIA 29
Em seguida, propõe-se discutir a importância do trabalho do orientador pedagógico junto aos professores no cotidiano escolar, apresentando suas atribuições e enfatizando o processo de planejamento.
E, por fim, objetiva-se sugerir aspectos importantes na construção de um plano de curso na educação infantil que vislumbre a formação holística do aluno, ou seja, priorizando a formação do indivíduo em sua totalidade.
Planejamento não pode ser confundido com uma ficha preenchida formalmente ou com uma lista do que se pretende fazer na sala de aula. Mais do que ser um papel preenchido, ele deve ser uma atitude crítica do educador diante de seu trabalho docente, envolvendo todas as ações e situações no dia- a-dia do seu trabalho pedagógico.
VIEIRA (apud MAUÁ JÚNIOR, 2007), em um levantamento detalhado sobre o termo, constatou que:
“O Dicionário de Sinônimos, de Fonseca e Roquete, impresso em 1848, não agasalhou o verbo substantivo ou adjetivo derivado de ‘plano’, com o sentido de liso. Na segunda metade deste mesmo século, o romancista e mestre da língua portuguesa, Camilo Castelo Branco (1825-1890), ao escrever o romance ‘Amor de Perdição’, deu origem ao verbo planizar, que jamais vingou. José Maria Latino Coelho (1825-1891), escritor, professor e político português, profundo conhecedor do latim e do grego, também não obteve êxito quando tentou extrair do adjetivo ‘plano’ o verbo planear, mas ofereceu a Castilho a oportunidade de sugerir em seus escritos como sinônimo de planear, o verbo planejar e deste, vai se formar mais tarde, meio século depois, a palavra planejamento. O dicionário didático da língua inglesa, assinado pelo professor Leonel Villandro, deu equivalências ao termo ‘planning’, ingresso nos dicionários dos Estados Unidos da América em 1933 e Inglaterra em 1934, como sendo: ‘planejar, projetar, idear, tencionar, traçar plano, planta, diagrama’. Na 4ª edição do clássico dicionário de Cândido de Figueiredo, impresso em 1925, foram anotados, pela primeira vez, o verbo ‘planificar’ e o substantivo ‘planificação’. Já em 1928, o dicionário enciclopédico luso brasileiro, de Jayme de Séguler, registra os verbos ‘planear’ e ‘planificar’. Em plena metade do século XX, ou seja, em 1949, na 15ª edição do referido Cândido Figueiredo, novos derivados do arcaico ‘plano’ (com sentido de liso, referido há cem anos, 1848, pelo dicionário de Fonseca e
- "de conjunto" - pois exige visão da totalidade na qual o fenômeno aparece. (p.24)
Pode-se, assim, afirmar que o planejamento do ensino é o processo de pensar, de forma "radical", "rigorosa" e "de conjunto", os problemas da educação escolar, no processo ensino-aprendizagem. Consequentemente, planejamento do ensino é algo muito mais amplo e abrange a elaboração, execução e avaliação de planos de ensino. Como afirma GANDIN (1983):
“Planejar é: Elaborar – decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir essa distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido; Executar – agir em conformidade com o que foi proposto; e Avaliar – revisar sempre cada um desses momentos e cada uma das ações, bem como cada um dos documentos deles derivados.” (p.23) O planejamento, nesta perspectiva, é, acima de tudo, uma atitude crítica do educador diante de seu trabalho docente. E ainda segundo GANDIN (1983) “o processo de planejamento é concebido como uma prática que sublinhe a participação, a democracia, a libertação. Então, o planejamento é uma tarefa vital, união entre vida e técnica para o bem-estar do homem e da sociedade”. (p.18)
Para que ocorra esta democracia citada por Gandin, é necessário que haja a participação de toda a equipe escolar no planejamento pedagógico, desta forma, tem-se o planejamento participativo que não dispensa uma coordenação, a qual vai exercer um papel de liderança que é o de articular e catalisar os diferentes interesses e potenciais, no sentido de que cada parte envolvida tenha uma forma de participação nas decisões e se responsabilize pelos resultados. A liderança é incentivadora, dinamizadora, facilitadora do
processo, tendo como principal instrumento a informação e a formação nos mais diferentes níveis.
O Planejamento participativo permite coordenar ideias, ações, perspectivas e compartilhar preocupações e utopias, em vez de priorizar a conformação de interesses formais e estáticos, tendo em vista ser este um procedimento altamente democrático, um processo que evolui, que avança. Não se pode dizer que haja um "modelo" para isso. De acordo com as características próprias de cada coletivo, encontrar-se-á o mais adequado. Em todo caso, deve contribuir para maior eficácia, clareza e profundidade no que se faz.
Para que o planejamento pedagógico aconteça de forma participativa e satisfatória, deve-se ter em mente que todos os setores da escola precisam ser planejados. Deve haver o planejamento da direção, da supervisão, da orientação, dos professores, e até mesmo dos alunos, desta forma todos os serviços existentes na escola devem ser planejados para que sejam executados de forma eficiente e eficaz.
Tendo em vista o planejamento do professor, ele é de suma importância para que professores e alunos desenvolvam uma ação eficaz de ensino e aprendizagem. Nesta direção, MENEGOLLA (2009) afirma que:
“Se o professor planejar o seu ensino é para ele e para seus alunos, em primeiro lugar. E este plano passa a ser um instrumento de uso pessoal entre professores e alunos. E só em segundo lugar o plano poderá servir a outros setores da escola, para cumprir certas obrigações e exigências administrativas ou burocráticas. Mas o importante é que professores e alunos façam o seu planejamento, a fim de que possam trabalhar eficazmente na sala de aula. (...) Dessa forma, quem deveria exigir dos professores o planejamento são os alunos.” (p.45) Desta forma, o planejamento ocorre para que seja montado um plano que seja utilizado como um roteiro de uso diário na sala de aula; que seja um
É extremamente necessário que o supervisor ou coordenador pedagógico tenha a clareza a respeito da importância do planejamento participativo e queira acompanhar e ajudar o educador no desenvolvimento deste planejamento e o auxilie a colocá-lo em prática, pois desta forma, havendo cumplicidade entre esses profissionais haverá maior segurança para que esta linha de trabalho pedagógico tenha êxito.
As modificações que este tipo de planejamento provoca são muito significativas e modificam a cultura e o senso comum existente entre os professores, os alunos e outras pessoas que tenham contato com a escola. Porém, essa cultura não é modificada de uma hora para outra, necessitando de tempo para que as práticas há muitos anos utilizadas sejam transformadas.
Para que tudo isto ocorra, é preciso que estejam bastante claros os objetivos que se pretende atingir, que haja conhecimento do grupo com que se trabalha, que seja construída uma relação afetiva sincera entre os integrantes deste grupo e que se domine e persista na metodologia proposta no planejamento.
É importante também que se respeite a liberdade das pessoas, pois os professores não podem ser obrigados a mudar por uma exigência da coordenação pedagógica. Essa mudança deve ser assumida como uma necessidade para seu trabalho e realização pessoal. Concomitantemente, o orientador pedagógico precisa propiciar aos professores instrumentos para que estes possam assumir o projeto político-pedagógico que é construído em conjunto com toda comunidade escolar.
Para que haja maior credibilidade ao planejamento pedagógico, inclusive por parte dos responsáveis pelos alunos, é preciso que haja nos comunicados e circulares enviados para eles justificativas referentes ao plano global da escola. Com esta presença constante nas comunicações, ocorre a contribuição
para que todos percebam que o plano não foi escrito para ficar no papel, mas está sendo vivenciado nas atividades proposta pela escola.
Para contribuir com nosso entendimento sobre o assunto, os artigos 12, 13 e 14 da Lei 9.394/96 deixam transparecer, no texto, circunstâncias alicerçadas em atividades de planejamento, primordialmente:
Artigo 12 – Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
(...)
Artigo 13 – Os docentes incumbir-se-ão de:
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
(...)
Artigo 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
"Coordenação Pedagógica é assim: quando tudo vai bem, ninguém lembra que existe; quando algo vai mal, dizem que não existe; quando faz cobranças, acha-se que não é preciso que exista; porém, quando realmente não existe, todos concordam que deveria existir.” (Autor desconhecido) O orientador pedagógico tem uma atuação muito ampla dentro da escola e sua presença é fundamental na composição da equipe pedagógica da instituição, além de sua imagem estar se firmando positivamente cada vez mais. Antigamente, este profissional não possuía um campo de atuação e sua função era apenas ser fiscal, supervisionando e checando tudo que ocorria nas salas de aula, inclusive era chamado de supervisor educacional, desta forma não era bem visto pelos professores.
Ao longo dos anos, diante de várias conquistas, o papel do orientador pedagógico passou a ser visto como o principal fator para o sucesso e essencial para o crescimento do ambiente educacional. Ele precisa ter visão, enxergar além do horizonte.
Primeiramente, esse profissional é responsável pelo desenvolvimento de um Projeto Político Pedagógico e por colocar essa proposta em ação, não as mantendo resumidas apenas em um papel. Para a elaboração desse P.P.P., o orientador deve contar com a participação de toda a comunidade escolar, ou seja, docentes, discentes, funcionários, responsáveis e direção, com a intenção de solucionar problemas e tendo como objetivo colocar em prática a proposta elaborada, contribuindo assim para o desenvolvimento de todos.
Como afirma ORSOLON (2000):
“O coordenador em sua atuação na escola deve ser um agente transformador e agente formador, ou seja, sua atuação vai muito além do convívio e relacionamento com os professores, significa ser formador, ouvinte de opiniões, planejando e pondo em execução o dever da escola que é exercer um papel social; e transformador quando está disposto a inovar e enfrentar desafios capazes de desencadear um processo de mudança. Assim, as mudanças são significativas para toda a comunidade escolar.” (p.21) Outra função do orientador pedagógico é de mediador, desta maneira ele vai facilitar o avanço do professor quanto à elaboração da proposta pedagógica e seu planejamento. Para isto, é necessário que ele tenha um olhar atento a perceber as dificuldades do momento e um olhar amplo que venha a projetar os objetivos e anseios que deseja alcançar. Ele também precisa saber ouvir antes de julgar, diagnosticar, apreciar e avaliar.
Tanto o olhar atento, como o ouvir ativo são de extrema importância para que o orientador desenvolva um excelente trabalho junto a equipe de professores pois, agindo assim é mais fácil para ele diagnosticar as necessidades existentes.
Nesta direção FERREIRA (1999) acredita que:
“O trabalho dos profissionais da educação em especial da supervisão educacional é traduzir o novo processo pedagógico em curso na sociedade mundial, elucidar a quem ele serve, explicitar suas contradições e, com base nas condições concretas dadas, promover necessárias articulações para construir alternativas que ponham a educação a serviço do desenvolvimento de relações verdadeiramente democráticas.” (p.34) Para desenvolver o trabalho idealizado por Ferreira, o orientador pedagógico precisa ser um constante pesquisador, é necessário que ele antecipe conhecimentos para o grupo de professores, lendo muito, não só sobre conteúdos específicos, mas também livros e diferentes jornais e revistas. Pois além de elaborar e aplicar o projeto da escola e dar orientação em
Assim, o bom orientador não é aquele que apenas delega atividades, ao contrário esse seria o menos indicado, na atualidade percebemos que o bom orientador deve ser dinâmico em sua práxis. E o caminho, para que este profissional se torne um bom líder educacional, não é fácil, mas tão pouco impossível basta querer e ter determinação para prosseguir, liderança não significa observar de longe, entretanto estar inteirado, trabalhando junto, participando de todo o processo.
Cabe também, ao orientador estar sintonizado com as necessidades da comunidade e propor projetos que atendam aos anseios de todos que almejam um futuro melhor. Muita coisa pode ser feita no contexto escolar, pode-se desenvolver atividades que aproximem a comunidade da escola, da família e dos objetivos para a qual ela existe. A escola como espaço social deve ter esta característica de servir a todos os que a procuram, bem como envolver outros segmentos da sociedade em suas atividades. Desta forma, somente sendo um profissional atento a estas características e as necessidades de todos os envolvidos, além de ter um forte senso de responsabilidade e de iniciativa é que se consegue ser um profissional de sucesso.
Por tudo isto, a orientação pedagógica é entendida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático, estando integrada em todo o currículo escolar sempre encarando o aluno como um ser global que deve desenvolver-se harmoniosa e equilibradamente em todos os aspectos: intelectual, físico, social, moral, estético, político, educacional e vocacional.
Para que todo este trabalho seja considerado um sucesso é necessário que durante todo o processo seja feito, avaliado e refeito o planejamento. Este planejamento engloba a organização do plano de ação, responsabilidade do orientador pedagógico em parceria com participantes da comunidade escolar e o plano de ensino, também chamado de plano de aulas, responsabilidade do professor em parceria com o orientador pedagógico.
Neste aspecto, o plano de trabalho do orientador pedagógico deve manter a organização e a estruturação da ação pedagógica, pressupondo-se que este profissional elabore um plano de trabalho, prevendo as ações a serem levadas à frente; o período em que cada uma delas deverá se realizar; os recursos necessários para esta realização; e os responsáveis por cada atividade.
O plano de trabalho, no entanto, não é definitivo, está aberto a mudanças, devendo ser um instrumento orientador de suas ações. Este plano deve sofrer avaliações durante todo o processo para que sejam feitas as mudanças necessárias para sua eficácia, dependo da realidade de cada cotidiano escolar.
Torna-se indispensável destacar que a produção deste plano de trabalho deve ser compartilhada, discutida e vivenciada com todos os setores escolares. Pois, cada vez que o orientador pedagógico compartilha as experiências do seu trabalho, ele agrega informações e comportamentos grupais que certamente poderão ser utilizados em outras situações educativas.
Em relação à construção do plano de ensino, ou plano de aulas, do professor, essa elaboração pode e deve ser compartilhada com o orientador pedagógico, através de discussões e sugestões, para que haja uma visão mais ampla dos conteúdos que serão desenvolvidos e das habilidades a serem construídas ou que necessitam de mais intervenções junto aos alunos, de maneira a atingir os objetivos propostos.
Com isso, retomamos a importância do planejamento participativo, abordado no capítulo anterior deste trabalho, pois desta forma estabelecem-se conexões necessárias ao bom andamento do trabalho na escola, ao se considerar o processo de ensino e de aprendizagem cooperativo e transformador. Assim, o orientador pedagógico deverá despertar nos