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A criança com TDAH tem dificuldade de organizar suas próprias regras e o seu comportamento. Por isso é fundamental que na. Page 30. 30 rotina de aulas o ...
Tipologia: Exercícios
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Não perca as partes importantes!
Planejamento do Ensino Inclusivo de Alunos com Transtorno de Déficit de atenção ( TDAH ) e Hiperatividade.
Monografia apresentada a Coordenação
do Curso de Especialização em Educação
da Universidade Federal do Ceará, como
requisito parcial para a obtenção do Grau
Especialista em Planejamento de Ensino
e Avaliação da Aprendizagem.
A Deus pelo dom da vida. A minha mãe, pelo esforço para me oferecer uma boa educação.
Ao meu marido, por toda a paciência que teve comigo. A minha orientadora, professora Gláucia de Menezes Ferreira, que me orientou, com competência e segurança para a conclusão deste trabalho.
Dedico e compartilho esse trabalho a todos os educadores que, como eu, muitas vezes
encontraram-se angustiados por não saberem
como lidar com determinados alunos.
SUMÁRIO
Esta monografia tem como tema: Planejamento do Ensino Inclusivo de Alunos com Transtorno de Déficit de atenção (TDAH ) e Hiperatividade. Consta de pesquisa bibliográfica sobre as características, causas, tratamento e orientações sobre como lidar com o Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) na infância. Sabe-se que, em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com as demais crianças, pais e professores A seguinte pesquisa partiu da necessidade que sinto e instigada com o comportamento de algumas crianças em sala de aula, passei a questionar-me o por quê de tal comportamento; o que as tem influenciado ou as afetado para emboçarem determinadas reações no que se refere ao processo de ensino aprendizagem e também no seu desenvolvimento como ser, como indivíduo.
A criança portadora de TDAH,nos demonstra com mais precisão as características da doença em idade escolar, e sendo assim, a compreensão do fenômeno TDAH, é importante preparar o professor para lidar melhor com seus alunos e ser capaz de diferenciar a hiperatividade de um comportamento indisciplinado.
Acreditando que algo deveria estar por trás causando tais comportamentos, parti então a pesquisar sobre as influências dos fatores psicosociais no processo de ensino e aprendizagem da criança e várias dúvidas me foram esclarecidas.Muitos são os motivos, algunsdiagnosticados, outros não.
Algumas crianças estão apenas fazendo um sinal pedindo socorro,em conseqüência de sua realidade de estrutura familiar.
Confirmamos pela literatura pesquisada que pessoas com TDAH passam boa parte de sua vida sendo consideradas incapazes, tendo sua auto-estima rebaixada apresentando dificuldades em relacionar-se socialmente. Acreditamos que a escola ainda deixa muita a desejar, confundindo TDAH com indisciplina, má vontade, preguiça, má fé. O próprio amadurecimento do nosso conhecimento através da realização da pesquisa evidenciou que a ação pedagógica do professor não pode ser definida isoladamente senão em contato com médicos e terapeutas que fazem o tratamento da criança hiperativa e/ou desatenta, uma vez que condutas diferenciadas devem ser assumidas em cada caso particular. A partir desta pesquisa, sugerimos que poderiam ser veiculadas através dos meios de comunicação orientações sobre o TDAH e paralelamente a isto, serem programados cursos, palestras sobre TDAH, voltada para professores (principalmente do ensino fundamental), pais (de indivíduos com TDAH) e interessados. Cabe a nós como educadores aprender como lidar, trabalhar, construir conhecimento, acompanhar, “avaliar”, a olhar a criança com problema de aprendizagem escolar procurando as suas capacidades potenciais no seu próprio desenvolvimento e aprendizado e enfrentando tudo não como um problema e sim como um desafio.
Nesta revisão procurei me deter um pouco mais em compreender melhor o comportamento de crianças com características peculiares, que mais tarde pode se evidenciar como um Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH ) e Hiperatividade.
necessidade de explorar o meio que o rodeia, criando infinitas possibilidades de interagir de forma criativa e exagerada com esse meio.
Essas crianças enfrentam conflitos quase que diários no que se refere a realização de atividades escolares pois têm dificuldade em concluí-las. Tais conflitos acontecem nas relações com familiares, vizinhos e amigos, quando os tem. Toleram pouco as frustrações,discutem com facilidade, parecem não escutar muito o que lhe dizem, arriscam-se em situações perigosas sem perceber possíveis chances de se machucar, não avaliam o perigo e não aprendem com os erros do passado. Há também, as que são agressivas, inflexíveis e com baixa percepção sensorial, chegando a ter dificuldades de aprendizagem.Como explica Rhode (2003, p.80).
“As crianças com TDAH predominante hiperativas são mais impulsivas,agressivas e apresentam altas taxas de sintomas de transtorno de conduta, por outro lado crianças com TDAH predominantemente desatentas parecem apresentar taxas mais elevadas de ansiedade,depressão e disfunção social.”
Portadores de TDAH tem uma chance maior de ter outro problema de saúde mental; como por exemplo: problemas de comportamento, ansiedade e depressão. Médicos e psicólogos chamam de comorbidade, a ocorrência em conjunto de dois ou mais problemas de saúde mental. Segundo Rhode (2003, p.85)
“São discutidas as co-morbidades com transtorno desafiador de oposição, transtorno de conduta, abuso de substâncias, transtorno de tiques, transtornos do humor (depressivo e bipolar) e transtornos ansiosos.”
Estas crianças muitas vezes sentem-se isoladas e não conseguem compreender o porque de serem diferentes, levando-as a questionar-se, tamanho o sentimento de fracasso em algumas situações.
Desse modo, cabe aos pais, educadores e sociedade como um todo, buscar conhecimento acerca do TDAH e dos tratamentos cabíveis, com o interesse de melhor compreender o quanto pode ser difícil para a criança portadora do TDAH, fazer aquilo que lhe é exigido e ajudá-la.
1.1. Etiologia.
Segundo Barkley (2002), a princípio, o TDAH era visto apenas como um problema ligado à maneira como as crianças aprendem a inibir seu comportamento e a aderir às regras de conduta social, aos fundamentos da moral da época.Uma visão porém não totalmente diferente da sua, que afirma, que o comportamento desinibido provoca, prejuízo na maneira como regras, instruções e a voz interna da criança a auxiliam a controlar seu comportamento.
Em pesquisas posteriores cientistas clínicos deixam um pouco de lado a definição do transtorno, para dedicarem-se com mais ênfase em suas possíveis causas. O problema parecia estar no cérebro chegando a ser nomeado síndrome infantil traumático – cerebral. Dando seqüência as pesquisas, a expressão foi atenuada para algo como disfunção cerebral mínima, implicando que algo no cérebro estava em desordem. Mais tarde pesquisadores voltaram a buscar uma melhor descrição, desta vez dando um maior enfoque no comportamento, o que levou o transtorno a ser denominado de síndrome infantil da hiperatividade.Sendo esse conceito ampliando durante os anos 70, reconhecendo que o déficit no controle dos impulsos e na persistência da atenção eram também conflitantes para aqueles com TDAH. Foi renomeado então de Transtorno do Déficit de Atenção (TDA) e apenas em 1987, para Transtorno do Déficit de atenção e Hiperatividade.Segundo Barkley (2002,p.35)
Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou não parando quieta na cadeira; Tem esquecimento nas atividades rotineiras; Respondem de forma impulsiva; São excessivas e falam alto; Exibem alto nível de energia. Além dessas características básicas o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais ( DSM IV) apresenta os sintomas que caracterizam os tipos de TDAH e a freqüência com que eles devem aparecer para que se possa definir a existência ou não do transtorno. Os sintomas devem ser constantes, com duração mínima de 6 meses e não estarem limitados a uma situação apenas. Entre estes caracteriza-se o TDAH tipo desatento - a pessoa deve apresentar, pelo menos, seis das seguintes características:
não enxerga detalhes ou comete erros por falta de cuidado; dificuldade em manter a atenção; parece não ouvir quando se fala com ela; dificuldade em organizar-se, evita/não gosta de tarefas que exigem um esforço mental prolongado; distrai-se com facilidade; freqüentemente perde os objetos necessários de uma atividade; esquecimento nas atividades diárias.
Podemos observar também o TDAH tipo hiperativo/impulsivo - a pessoa deve apresentar, pelo menos, seis das seguintes características;
inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se remexendo na
cadeira;
dificuldade em permanecer sentada; corre sem destino ou sobe nas coisas excessivamente (em adultos, há um sentimento subjetivo de inquietação);
dificuldades de engajar-se numa atividade silenciosamente; fala excessivamente; responde perguntas antes de serem formuladas; age como se fosse movida a motor; dificuldades em esperar sua vez; interrompe conversas e se intromete. Outras características - podem aparecer junto com as descritas ou no lugar delas:
dificuldade em terminar uma atividade ou um trabalho; ficar aborrecida com tarefas não estimulantes ou rotineiras; falta de flexibilidade (não saber fazer transição de uma atividade para outra),
imprevisibilidade de comportamento, não aprender com os erros passados; percepção sensorial diminuída; problemas de sono; difícil de ser agradada; agressividade; não ter noção do perigo; frustrar-se com facilidade; esquecimento nas atividades diárias; não reconhecer os limites dos outros; dificuldade no relacionamento com colegas;
Cada uma das três funções do cérebro requer estruturas específicas.O cérebro possui sistemas para criar o mundo sensorial, produzir comportamento e integrar os dois.
De acordo com a literatura (Rhode, 2002), os sintomas do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade são originados por disfunções no funcionamento cerebral.
Em se tratando de atividade cerebral, estudos mediram a mesma em indivíduos com TDAH e verificaram ser essa atividade mais baixa na área frontal de cérebro do que no de pessoas não portadoras do TDAH. Apresentando também menor fluxo sanguíneo na área frontal, particularmente no núcleo caudado, região do cérebro importante na inibição do comportamento e na manutenção da atenção, conhecido também como sistema límbico, responsável por atividades humanas, como controle das emoções, a motivação e a memória (Barkley, 2002).
A impulsividade, característica encontrada na criança com TDAH, na maioria das vezes leva a serem menos hábeis no uso de estratégias complexas e habilidades para a resoluções de problemas de cunho social e intelectual; também chamado percepção tardia.
O TDAH é realmente uma doença e como tal merece ser tratada.O tratamento deve ser administrado de acordo com o grau da doença. Para alguns casos, ministra-se medicamentos psicoestimulantes, ou melhor, neuroestimulantes, para que estimulem os neuro-transmissores deficientes, equilibrando-se o doente para que melhor haja um autocontrole. Em casos mais leves, o auxílio de uma terapia comportamental com o doente e com a família, já resolve. E em casos mais graves, exigi-se uma ação multidisciplinar: pais, professores, médicos, terapeutas e medicamentos.
1.3. Aspectos cognitivos.
Os maiores conhecimentos provêm de estudos feitos com crianças na idade escolar do ensino fundamental.A contrário do que se pensa, crianças com TDAH não tem problema para filtrar informações, distinguir o importante do irrelevante naquilo que são solicitadas a fazer. Mas se sentem chateadas ou perdem o interesse por seu trabalho mais rapidamente, que crianças não- portadoras do TDAH. Parecem mais atraídas por atividades que tenham aspectos mais recompensadores, divertidos e reforçativos.
No TDAH, o comprometimento da memória de trabalho não-verbal manifesta-se na dificuldade de manter os eventos em mente, manipula-los ou agir de acordo com eles.Os déficits da memória de trabalho verbal no paciente com TDAH vão refletir na dificuldade em utilizar auto-instruções verbais para orientar os comportamentos.(Rhode, 2003) Esses déficits da capacidade de reconstituição vão manifestar-se em atividades complexas que requerem análise e síntese, como, por exemplo, a recontagem de histórias e a construção de narrativas.
Rhode (2003) cita que a coerência e coordenação derivam da função pré-frontal do cérebro que organiza ações no domínio do tempo, sem a qual não haveria execução de comportamentos novos, fluência discursiva, raciocínio abstrato ou atividade criativa.
Os portadores de TDAH, no seu cotidiano apresentam dificuldades para tomar iniciativas, especialmente sem estímulo externo; planejar, estabelecer prioridades e organizar-se para o trabalho é bem comum observar, nesses portadores, uma importante desinibirão comportamental, acompanhada de diminuição da persistência nas tarefas e baixa sensibilidade do comportamento e menor capacidade de reengajamento nas tarefas após uma eventual interrupção.Nas palavras de Rhode (2003, p.81).
“O TDAH é um quadro caracterizado pela presença de um desempenho inapropriado nos mecanismos que regulam a atenção, a reflexibilidade e a atividade motora.”
1.4. Aspectos afetivos.
Essas crianças podem falar muito, alto demais e em momentos inorpotunos; estando quase sempre movimentando-se, fazendo algo e parecem ser incapazes de ficar quietas, não parando para olhar ou ouvir qualquer pessoa que seja. Apesar de bastante controverso, as crianças com TDAH parecem normais.Segundo Barkley (2002, p.35,)
“O transtorno de déficit de atenção/Hiperatividade , ou ( TDAH ), é uma alteração de desenvolvimento do autocontrole que consiste em problemas com os períodos de atenção, com o controle do impulso e com o nível de atividade.”
Alguns passos propostos por Barkley (2002,p.189) podem ser úteis para ajudar a criança a desenvolver habilidades importantes para lidar com a frustração: Passo 1 - determinar se acriança está pronta para aprender a lidar com a raiva; Passo 2 - definir raiva (Princípios do RPD -Registros de Pensamentos Disfuncionais);
Passo 3 - aprender a reconhecer os sinais da raiva (Princípios do RPD):
-sinais corporais (aumento do batimento cardíaco; aumento da transpiração; mudança da cor do rosto; músculos tensos; sensação de calor)
Passo 6 - ensine a criança a realizar ações efetivas; Passo7 -modele a criança, a sua atitude diante do sentimento de raiva.
1.5.Aspectos sociais.
O TDAH é observado em todas as classes sociais, grupos étnicos e nacionalidade, parecendo ser mais freqüentes nos meninos do que nas meninas.
Muitos professores e pais ainda confundem crianças agitadas, mal educadas, com crianças hiperativas, as semelhanças existem, mas deve se ter muita cautela e conhecimento antes de afirmar algum diagnóstico. É preciso perceber e diferenciar que a hiperatividade é um distúrbio, como o tal deve ser tratado com seriedade.
A impulsividade da criança com TDAH é anormal: não consegue parar de mexer nas coisas, diz coisas fora de hora, mesmo sabendo que não deveria dize-las.Seus impulsos colocam-se em constantes conflitos com os pais, colegas e professores. Seu descontrole emocional é demonstrado pela irritabilidade, pela agressividade e pelo choro.Tem mudanças freqüentes e inesperadas de humor.Assusta-se e entra em pânico por motivos tolos.Algumas são retraídas, inibidas e frustam-se com facilidade; são incapazes de concentrar-se na ação; perdem o interesse quando utilizam materiais que exigem esforços de conceitos.
Devido a sua energia, curiosidade e necessidade de explorar surpreendentes e aparentemente infinitas possibilidades, as crianças hiperativas são mais propensas a se machucar, a quebrar e danificar objetos.
Estas crianças suportam pouco as frustrações. Discutem com facilidade com os pais, professores e amigos, quando os tem, pois devido a esse tipo de comportamento enfrentam sérios problemas de relacionamentos, tendendo a serem agarradas com àquelas pessoas que os aceitam, os