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Palavras-chaves: Arte. Pintura. Educação Infantil. Criatividade. ... obras plásticas nestas atividades pode orientar as crianças a apreenderem os.
Tipologia: Notas de aula
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Alinimark Aparecida Rodrigues
Belo Horizonte
Alinimark Aparecida Rodrigues
Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Múltiplas Linguagens em Educação Infantil, pelo Curso de Especialização em Formação de Educadores para Educação Básica, da Faculdade de Educação/ Universidade Federal de Minas Gerais.
Orientador (a): Cláudio Emanuel dos Santos
Belo Horizonte
Considerando a Educação Infantil como um espaço-tempo favorável à vivência e ao desenvolvimento das diversas linguagens da infância, se compreendemos a criança como um ser cultural, ou seja, produtora de sua própria cultura e ainda se percebemos as Artes visuais como um elemento cultural e sendo a escola um dos elos corresponsáveis no processo de inculturação da criança esta pesquisa apresenta a seguinte questão: como as práticas de pintura desenvolvidas pelas professoras da Escola Municipal Maria da Glória Lommez tem favorecido a criatividade das crianças de quatro anos. O estudo em questão se justifica por ser a Arte uma área do conhecimento composta por diversos elementos lúdicos que muito contribui para o desenvolvimento integral das crianças e ainda por ser um bem cultural aos quais todos têm o direito ao acesso. Por vivermos em um contexto sociocultural onde as imagens têm relevante influência na construção identitária de todos nós, compreendo que se faz necessário alfabetizar as crianças desde a pequena infância para a leitura das imagens que circulam em seu meio, a fim de que construam a partir de suas reflexões conceitos próprios sobre a Arte. A pintura se tornou objeto central deste estudo porque por meio da ludicidade favorece a imaginação, a expressão e a criatividade da criança.
Palavras-chaves: Arte. Pintura. Educação Infantil. Criatividade.
2.4 Elaboração, construção e aplicação dos instrumentos de coleta de dados ..............................................................................................................
Esta pesquisa tem por finalidade identificar e compreender como as práticas de pintura desenvolvidas pelas professoras da Escola Municipal Maria da Glória Lommez favorecem a criatividade das crianças de quatro anos. Para tanto, pretende-se listar e analisar as estratégias e os materiais utilizados pelas professoras, bem como o tempo destinado a disciplina de arte, em especial as aulas de pintura.
O ensino da arte passou a integrar obrigatoriamente o currículo da educação básica com a promulgação da lei 9394/96, onde se definiu que, “o ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação
artes visuais, isto porque este novo termo abrange diversas manifestações visuais como o desenho, a pintura, a escultura, a gravura e arte gráfica, vídeo, cinema, televisão, grafite e animação.
Os professores e professoras da educação infantil precisam compreender o ensino da arte como uma área do conhecimento que também possibilita o desenvolvimento da cognição. Por meio do ensino da arte podemos promover a construção de formas sutis de pensar, comparar, diferenciar, generalizar, construir, formular hipóteses e decifrar metáforas (Barbosa, 2006 apud Macedo, 2010).
No contexto atual, a compreensão da arte como uma disciplina capaz de contribuir com o desenvolvimento integral da criança é muito importante. As crianças são parte integrante de uma sociedade que sofre transformações constantes e com um dinamismo muito intenso. Estas mudanças sociais são carregadas de um apelo visual muito forte, que exigem de todos nós uma leitura a todo o momento. A leitura e interpretação destas imagens não excluem a participação das crianças, que são frutos desta geração onde as imagens têm espaço privilegiado, e a utilização de obras plásticas nestas atividades pode orientar as crianças a apreenderem os códigos da gramática visual, da imagem fixa (Barbosa apud Goulart, 2006).
Sendo assim o objetivo central desta pesquisa é identificar e compreender como as práticas de pintura desenvolvidas pelas professoras da Escola Municipal Maria da Glória Lommez favorecem a criatividade das crianças de quatro anos. Como objetivos específicos destaca-se: analisar as estratégias utilizadas pelas professoras para realizar as aulas de pintura; listar os materiais utilizados pelas professoras; compreender a concepção que as professoras têm a respeito do conhecimento no ensino da Arte.
O presente estudo está estruturado em três capítulos, sendo que no primeiro capítulo faço um relato da minha relação com a Arte, seguido pela contextualização da escola e dos sujeitos pesquisados. Também neste capítulo apresento minha opção pela pesquisa qualitativa e a elaboração dos instrumentos de coleta de dados para a realização deste estudo. No segundo capítulo apresento de forma breve as origens e os desafios da Educação Infantil no Brasil. Também neste capítulo trato da história do ensino da Arte no Brasil, suas contribuições para a Educação Infantil bem como a importância de sensibilizar o olhar da criança para as mensagens presentes nas imagens do mundo moderno e ainda faço uma rápida reflexão sobre o perfil do profissional que atua na primeira etapa da Educação Básica. Por fim no terceiro capítulo dedico-me a analisar os dados coletados em campo visando a compreensão das práticas de pinturas realizadas pelas professoras da Educação Infantil.
Este estudo almeja colaborar com a prática de pintura das professoras da Educação Infantil, uma vez que as reflexões aqui apresentadas buscam contribuir com a melhoria do ensino de Arte para crianças ainda na primeira infância.
sobre as atividades que realizava e até que ponto elas eram significativas para as crianças enquanto seres em formação. Frente a tantas questões oriundas do movimento reflexivo, defini como tema central deste estudo as práticas de pinturas realizadas pelas professoras na Educação Infantil. Outro fator que contribuiu para a escolha da pintura como objeto de estudo foi seu caráter lúdico e a possibilidade da manipulação de diversos suportes para produção, uma variedade enorme de cores e ainda porque neste universo de descobertas a pintura permite uma interação muito prazerosa entre crianças, professores e a cultura.
A criatividade não acontece por acaso. É necessário que ela seja estimulada. Sendo o professor é um mediador entre a criança e as situações de interação com o conhecimento que elas ainda não dominam (Barbieri, 2012), e se a sua atuação pode interferir no processo de construção do conhecimento pelas crianças, e no caso deste estudo, as práticas de pintura na Educação Infantil e suas contribuições para o desenvolvimento da criatividade surgem algumas inquietações: como as professoras da Educação Infantil planejam e desenvolvem suas aulas? Qual a relação das professoras com a arte? A professora sabe pintar? Gosta e sente prazer ao pintar? Qual concepção as professoras têm de criança e formação? Qual o espaço dedicado à arte na prática diária das professoras?
Estas e muitas outras indagações me acompanham desde que iniciei minha carreira profissional na Educação Infantil. Ao perceber minhas próprias dificuldades em propor situações significativas no campo da arte, iniciei um trabalho de pesquisa que me ajudasse a minimizar os conflitos que me acompanhavam durante as avaliações que realizava a cerca do trabalho proposto às crianças.
Vivemos em um mundo onde as imagens têm espaço privilegiado quando o assunto é a comunicação. Por meio da leitura das imagens estabelecemos uma relação mais próxima com a realidade que nos cerca a fim de conhecermos melhor o mundo e anos mesmos. Não é somente por meio das palavras que podemos nos comunicar ou mesmo realizar leituras. Desde sempre os homens já utilizavam das imagens para registrar as experiências por eles vividas.
Neste contexto pós-moderno totalmente visual faz-se necessário desenvolver desde a primeira infância a habilidade de interpretação de imagens. Isto porque elas interferem no entendimento que fazemos a respeito de nosso cotidiano. Uma vez que são a representação de ideologias também são desprovidas de neutralidade (Pereira 2008).
Sendo assim, o campo das artes visuais torna-se um espaço de inúmeras possibilidades para que as crianças tenham a oportunidade de ao estarem em contato direto com obras artísticas desenvolverem a capacidade de se relacionar com as imagens expostas pela modernidade de forma autônoma, crítica e reflexiva.
Seguindo esta concepção, alguns autores têm abordado em seus estudos a importância do ensino da arte nas escolas. De acordo com Barbosa (2000) a linguagem visual nos domina, e a escola precisa se preocupar em capacitar os alunos para ler estas imagens. É o que autora denomina de “alfabetização visual”.
Existem ainda alguns mitos a respeito da arte que a torna um conhecimento que é destinado a poucos privilegiados e que exclui a grande maioria da população (Macedo 2010). Desta forma, não podemos enquanto educadores negar às crianças a oportunidade de conhecer, apreciar e fazer arte. Não podemos impedi-las de terem acesso a esse bem cultural que até então está destinado à elite.
Se entendemos que a Educação Infantil é um espaço que privilegia o desenvolvimento das múltiplas linguagens da infância, que busca garantir o seu desenvolvimento integral, reconhecendo na criança um ser competente, capaz de protagonizar seu processo de aprendizagem, como não garantir o mesmo tratamento destinado às demais linguagens para a linguagem artística?
É preciso permitir que todas as linguagens se dialoguem. Na Educação Infantil é importante que todas as linguagens se relacionem de forma interdisciplinar, permitindo assim que haja uma interação entre todas as áreas do conhecimento. Pimentel (2010) confirma esta ideia quando afirma que o ensino da arte não deve se pautar na colaboração para outras disciplinas, pois, a arte possui conhecimentos específicos que contribuem na formação integral da criança.
se as práticas de pintura propostas pelas professoras favorecem ou dificultam o desenvolvimento do potencial criativo das crianças.
2.1 Contextualização da Escola Municipal Maria da Glória Lommez
A Escola Municipal Maria da Glória Lommez está situada à rua Pedro Lessa, 506, no bairro Santo André município de Belo Horizonte. O Santo André é um bairro da região Noroeste e foi um dos primeiros bairros criados fora da área da Avenida do Contorno. O bairro possui uma rede de infraestrutura para os moradores que oferece todo o tipo de serviços como: padarias, supermercados, farmácias, Hospital Odilon Behrens, laboratórios, DI- Departamento de Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais.
O bairro Santo André juntamente com os bairros São Cristóvão e Bom Jesus agrega o aglomerado da Pedreira Prado Lopes, que é uma comunidade conhecida por sua condição de vulnerabilidade social e de violência.
De acordo com alguns historiadores a comunidade da PPL surgiu com a construção da nova capital de Minas Gerais, onde os operários sem lugar para morar se dirigiram para o aglomerado e ali construíram suas habitações.
A história da Escola Municipal Maria da Glória Lommez inicia-se em 1981 quando as mães da comunidade da Pedreira Prado Lopes iniciaram uma luta por uma escola pública de Educação Infantil que atendesse seus filhos. Assim o Sr. Liberalino Alves de Oliveira, líder comunitário, e a Sra. Olga Silva levam até a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte os desejos e as necessidades da comunidade, que após verificar a veracidade da demanda autoriza em 14 de Abril de 1982 o funcionamento da escola como anexo da Escola Municipal José Diogo de Almeida Magalhães.
Com condições precárias a escola iniciou seu funcionamento com três salas construídas com aglomerado de isopor e telhas de amianto sendo que a cantina e os banheiros infantis e das professoras eram utilizados na escola-sede. Para atender a
grande demanda de crianças de cinco e seis anos a escola teve que funcionar em três turnos (07h00min às 11h00min; 11h00min às 15h00min; 15h00min às 19h00min).
No ano de 1989 teve início a realização do grande desejo da comunidade da Pedreira Prado Lopes que foi a doação do terreno para a construção da escola que se iniciou no ano seguinte, 1990.
A sede da escola foi inaugurada em fevereiro de 1991, contando de oito salas de aula com aceso á instalações sanitárias, três pátios, sendo um coberto, cozinha com refeitório e área administrativa. O horário de funcionamento era de 07h00min às 11h30min e 13h00min ás 17h30min atendendo a dezesseis turmas de crianças de cinco e seis anos em horário parcial.
Em 2003 com o decreto que cria as UMEI’s (Unidades Municipais de Educação Infantil) a escola passa a atender crianças de três e quatro anos, uma vez que as crianças de seis anos passaram a ser atendidas nas escolas de Ensino Fundamental.
Em 2008 para estender o atendimento ao primeiro ciclo da Educação Infantil inicia-se uma reforma no prédio da escola que para não ter interrompidas as aulas passa a funcionar no edifício Diniz, situado à av. Antônio Carlos, onde funciona a faculdade FACISA. O prédio muito antigo e com instalações precárias não agradou a comunidade escolar, contudo a escola funcionou neste espaço até julho de 1999. Em primeiro de agosto de 1999 o atual prédio onde a escola funciona é inaugurado.
A Escola Municipal Maria da Glória Lommez passa a funcionar com ótimas instalações físicas composta de dez salas de aulas amplas e arejadas e com banheiros, uma biblioteca bem equipada com acervo literário de qualidade que atende às crianças e aos profissionais, dois computadores além de uma televisão de plasma 42’ e um home theater, três pátios para recreação, sendo um equipado com brinquedos e um escovário (pias onde as crianças realizam a escovação), um pátio livre e um coberto que possui dois murais para exposição de trabalhos das crianças e um palco para as apresentações infantis, dois banheiros (feminino e masculino) nos corredores com chuveiros e sanitários, uma sala para atividades de arte, uma sala para os professores com computadores, geladeira, mesa com cadeiras e micro-
específicas de arte, literatura, corpo e movimento) e um momento de repouso entre os dois turnos.
De acordo com o Projeto Político Pedagógico a proposta de trabalho da E. M. M. da Glória Lommez é construtivista com foco sócio-interacionista com a finalidade de promover a interação entre as crianças e os adultos, possibilitando a exploração dos espaços e objetos considerando as necessidades do brincar, do conhecimento de mundo e das múltiplas linguagens da criança.
Para valorizar as múltiplas linguagens da criança a escola oferece diversos espaços para que as produções das crianças sejam expostas. Há dois murais no pátio central (um para o turno da manhã e outro para o turno da tarde) onde a cada quinze dias uma turma expõe seus trabalhos e também há murais ao lado das portas de cada sala. No pátio central também há um palco onde a cada quinze dias as crianças fazem apresentações musicais e ou teatrais. Para as aulas de corpo e movimento os profissionais da escola contam com uma variedade de materialidade como bolas, cordas, velotrois, futebol de pano, túnel, bambolês, traves para futebol, cestas de basquetes, jogos diversos, etc.
A escola adota a prática de trabalhar com projeto institucional onde os profissionais elegem um tema para ser trabalhado durante o ano, o que não impede que cada professora elabore e execute seus projetos particulares com suas turmas. Para o ano de 2014 o projeto institucional é sobre Monteiro Lobatos – “O Sítio do Picapau Amarelo”. Neste projeto cada turma no decorrer de seus estudos produzem materiais para uma exposição realizada no final do ano e destinada a toda a comunidade escolar. Esta mostra é considerada pela escola como um momento que proporciona situações de trocas e muito aprendizado.
Ao final do ano de 20014, por intempérie da natureza uma pedra de mais ou menos quatro toneladas caiu sobre parte da estrutura física da escola. A prefeitura municipal de Belo Horizonte juntamente com os órgãos competentes decidiram interromper as atividades na escola transferindo suas atividades para a Escola Municipal José Diogo.
2.2 Descrição dos sujeitos da pesquisa
Os sujeitos desta pesquisa serão as duas turmas de quatro anos da Escola Municipal Maria da Glória Lommez já apresentada anteriormente. Este grupo é composto por quarenta crianças e sete professoras, sendo quatro regentes e três professoras que se dedicam a aulas específicas na área da arte, corpo e movimento e literatura. A Turma do Sítio do Picapau Amarelo é composta de vinte crianças, sendo dez meninos e dez meninas acompanhadas por uma professora referência e uma professora de projetos em cada turno. A Turma da Emília também é composta de vinte crianças, quatorze meninos e seis meninas. Ainda que as crianças estejam na mesma faixa etária a composição do grupo apresenta características diferenciadas, isto devido à personalidade de cada crianças e ainda pela atuação e condução do trabalho pedagógico realizado pelas professoras. Interessante ressaltar que como a escola funciona em horário integral as crianças são orientadas por quatro professoras cada turma, sendo cada professora é única na sua formação pessoal e profissional, o que contribui para que as crianças desenvolvam uma forma de agir própria para cada uma delas.
A rotina do grupo se inicia às 07h00min com uma entrada coletiva onde é realizada uma oração e em seguida as crianças cantam e dançam músicas infantis. Em seguida cada turma segue para sua sala e segue uma rotina elaborada pela escola e professoras, sendo o encerramento das atividades às 17h20min.
Segue abaixo os quadros da rotina escolar das turmas pesquisadas. QUADRO 1 Rotina da Turma do Sítio do Pica Pau Amarelo
07h00min Entrada 07h30min Conversa informal; construção no quadro da ficha diária com dia da semana, dia do mês e ano (completando o calendário), depois as crianças escrevem seu nome no quadro (às vezes em colunas separadas de meninos e meninas, às vezes sem esta separação) em seguida são contadas as crianças.
A escola também oferece uma organização dos espaços e tempos para as aulas específicas realizadas pelas professoras de projeto. O quadro define a seguinte organização:
Aulas Específicas da Turma do Sítio do Pica Pau Amarelo Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Biblioteca Corpo e movimento
Vídeo Arte Biblioteca
Aulas Específicas da Turma da Emília Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Corpo e movimento
Biblioteca Arte Vídeo Corpo e movimento
Por meio da análise destes quadros é possível perceber que as crianças têm somente com as professoras de projeto duas aulas de arte por semana definidas pela escola, já que a escola é de horário integral, e ainda temos as aulas da professora referência que têm a oportunidade para realizar seus planejamentos livremente.
2.3 Metodologia de Pesquisa
Analisar as práticas de pinturas desenvolvidas nas escolas de educação infantil requeria uma metodologia de pesquisa que propiciasse ao pesquisador ao realizar o estudo estabelecer uma relação mais próxima da situação investigada, bem como dos sujeitos que dela fazem parte. Para tanto optou-se por uma abordagem qualitativa para conhecer os sujeitos envolvidos na pesquisa bem como
seu universo de atuação e ainda investigar e compreendermos fenômenos ocorridos durante a permanência em campo.
Segundo Bogdan e Bikklen (1994) a pesquisa qualitativa tem como característica principal a preocupação com o processo em que se dá o fenômeno e não com o resultado desta ocorrência. E ainda, a pesquisa qualitativa atua no universo das significações, no intuito de compreender como os sujeitos investigados dão sentidos suas atitudes na relação consigo mesmo, com o outro e com o meio em que vivem. Na pesquisa qualitativa não uma preocupação com a quantificação e sim com a compreensão da realidade (Deslandes, 1994). Desta forma, analisar as práticas de pinturas desenvolvidas nas escolas de educação infantil requer uma metodologia de pesquisa que propicie ao pesquisador ao realizar o estudo estabelecer uma relação mais próxima da situação investigada, bem como dos sujeitos que dela fazem parte.
Sendo assim, a pesquisa qualitativa me possibilitou assistir as situações ocorridas no cotidiano escolar da educação infantil, perceber e compreender as relações que as professoras e também as crianças estabelecem com a arte, em especial, a pintura.
2.4 Elaboração, construção e aplicação dos instrumentos de coleta de dados.
Para a obtenção das informações necessárias para a concretização deste estudo foram utilizados os seguintes instrumentos de coletas de dados: a entrevista, fotos e ainda a observação das atividades artísticas desenvolvidas pelas professoras que atuam na Educação Infantil.
Para iniciar minha pesquisa com o grupo de crianças da Educação Infantil fui apresentada pelas professoras que informou que eu acompanharia o grupo para realização de um estudo sobre Arte. Para não interferir muito na rotina escolar, relatei rapidamente que também era professora da Educação Infantil e também aluna de um curso de pós-graduação e que precisava da contribuição das crianças e professoras desta escola para concluir meu curso. É claro que não foi o suficiente