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Trata-se de uma pesquisa em seres humanos, com uma analise dos lados positivos e negativos. Contém a citação dos documentos e leis internacionais sobre o assunto e o parecer da Igreja.
Tipologia: Slides
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Não perca as partes importantes!
(^) A Penicilina , descoberta pelo médico escocês Alexander Fleming foi introduzida no mercado nos anos 1940 e que deu origem à era dos antibióticos. (^) A Insulina , Em 1889, os médicos Oscar Minkowski e Josef von Mering removeram o pâncreas de um cão para entender como o órgão afetava a digestão. Dias depois, moscas se aglomeravam em volta da urina do bichinho, que estava cheia de açúcar. E assim, ao remover o pâncreas, os médicos deram diabetes ao cachorro — e não conseguiram descobrir o que causava isso. (^) Duas décadas depois, dois pesquisadores da Universidade de Toronto, Frederick Banting e John Macleod, conseguiram isolar a substância excretada pelo pâncreas que regulava o nível de açúcar no sangue: a insulina. Em 1923, ganharam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina. (Com informações de Science Alert )
Naquele século, vários estudos sobre variolização e proteção contra sarampo foram realizados, com a utilização de crianças como sujeitos das pesquisas. Zabdiel Boylston, para estudar a forma de proteção contra o sarampo, utilizou como cobaias seus dois filhos e seus dois servos. Benjamim Waterhouse, o médico que introduziu a vaccinia nos EUA, testou-a inicialmente em seus filhos (MOTA, 2005, p. 45). No século XX, Albert Sabin comprovou a eficácia da vacina oral contra poliomielite, usando como cobaias, nesse experimento, suas próprias filhas e mais três crianças (MOTA, 2005, p. 49). Avanços substanciais verificaram-se, especialmente, no período da II Guerra Mundial, tendo em vista os experimentos científicos realizados por médicos nazistas nas vítimas do holocausto.
AS COBAIAS HUMANAS
Segundo Andrew Goliszek (2004), nos experimentos gastro-intestinais e respiratórios, Mengele introduzia tubos na narina dos indivíduos, que alcançavam os pulmões e, então, bombeava um gás que desencadeasse uma tosse violenta e facilitasse a coleta de fluidos. Se os pulmões não rasgassem ou entrassem em colapso, a vítima teria poucos dias para se recuperar, sendo, então, amarrada a uma maca, oportunidade em que tinha seu reto distendido para um intenso e doloroso exame gástrico inferior. Após a colheita das amostras de tecido dos rins, próstata e testículos, a vítima era levada a uma sala de dissecção, morta com uma única injeção de fenol ou clorofórmio no morta com uma única injeção de fenol ou clorofórmio no coração e dissecada para estudo de seus órgãos internos.
Na experimentação entre seres humanos são tênues os limites entre a ciência e o terror. Cumpre cuidar para que prepondere a primeira. Editorial da folha de São Paulo
Modernamente, a experimentação em seres humanos traduz-se pela necessidade de evolução tecnológica das indústrias farmacêuticas, que, na maioria das vezes, patrocinam experiências que desrespeitam as principais diretrizes ético-jurídicas, tendo em vista ambições financeiras desenfreadas. A face negativa da experimentação científica, porém, não é a única, embora chame mais a atenção. Não fossem as experimentações científicas algumas melhoras na condição de vida dos seres humanos não se verificariam. É fato que a evolução da ciência não pode ser interrompida, porém, há que se buscar uma limitação nas intervenções científicas, com vistas à preservação do homem. Do ponto de vista moral, a Bioética exerceu e exerce um grande papel na busca por limitações aos avanços da ciência, através dos questionamentos que suscita. Mas, juridicamente, é necessário fixar parâmetros para o exercício da atividade biomédica.
O Conselho Nacional de Saúde, ao optar pela utilização do termo pesquisa, estabelece que a pesquisa com seres humanos é aquela que, individual ou coletivamente, envolva, direta ou indiretamente, em partes ou totalmente, os seres humanos, incluindo o manejo de informações ou materiais (CNS, 1996, p.15-16). Destarte, prevê este órgão qualquer procedimento investigatório que utilize o ser humano como protagonista, o que, indubitavelmente, abrange a experimentação científica, objeto de nosso estudo.
(^) Na experimentação terapêutica, os sujeitos experimentais são portadores de uma determinada doença sobre a qual se ministrará um medicamento cujos efeitos são desconhecidos ou não são totalmente conhecidos. (^) A experimentação clínica pura, por sua vez, tem como objetivo testar um novo medicamento, utilizando, porém, indivíduos sadios. É o caso, por exemplo, do teste da eficácia de uma determinada vacina.
A Congregação para a Doutrina da Fé faz uma diferenciação entre os termos “pesquisa” e “experimentação”. O primeiro termo abrange qualquer procedimento indutivo-dedutivo, com o objetivo de promover a observação sistemática de um dado fenômeno no campo humano ou de verificar uma hipótese surgida de observações precedentes. Já o termo experimentação designaria qualquer pesquisa na qual o ser humano representa o objeto mediante o qual ou sobre o qual se tenciona verificar o efeito, no momento desconhecido ou ainda não bem conhecido, de um dado tratamento como, por exemplo, o farmacológico (SGRECCIA, 2002, p.530). O Conselho Nacional de Saúde define o termo “pesquisa” como o conjunto de atividades cujo objetivo seja desenvolver ou contribuir para o conhecimento generalizável, que consiste em teorias, relações ou princípios ou no acúmulo de informações sobre as quais estão baseados, que possam ser corroborados por métodos científicos aceitos de observação e inferência (CNS, 1996, p. 15). “Pesquisa” e “experimentação” na Congregação para a Doutrina da Fé.