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Pesquisa em seres humanos, Slides de Bioética

Trata-se de uma pesquisa em seres humanos, com uma analise dos lados positivos e negativos. Contém a citação dos documentos e leis internacionais sobre o assunto e o parecer da Igreja.

Tipologia: Slides

2021

Compartilhado em 08/03/2021

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maria-antonia-9 🇧🇷

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Pesquisas em Seres
Humanos
Faculdade de São Bento – Curso: Teologia
Matéria: Bioética
Prof: Márcio Couto
Aluna: Maria Antonia Pilloni
São Paulo, 24 de outubro de 2018
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Pesquisas em Seres

Humanos

Faculdade de São Bento – Curso: Teologia

Matéria: Bioética

Prof: Márcio Couto

Aluna: Maria Antonia Pilloni

São Paulo, 24 de outubro de 2018

“O avanço em busca do conhecimento leva ao

crescimento profundo das causas explícitas e

abstratas que refletem na crença daquela teoria

que se quer formular.

A ética é a forma delicada e essencial na

aplicação dos conceitos teóricos e na

valorização e respeito ao outro.

Ser ético é saber cada limite em toda área que

se quer

atuar. Daí a importância que se deve das às

diferenças.

Deus em sua plenitude é Ser ético. Ele sabe o

momento

certo de levar sua palavra a cada ser humano.

(Maria Lúcia Cavalcante)

Não podemos negar que o progresso médico-

científico trouxe grandes benefícios para a

humanidade, baste pensar a descobertas como,

por exemplo:

 A quinina , um fármaco usado para tratar a

malária desde o século 17, quando os jesuítas

começaram a empregá-la enquanto exploravam

a América do Sul.

 O marca-passo , criado por Greatbatch, que foi

implantado com sucesso pela primeira vez em

1958, em um cachorro.

 Os raios-X , tecnologia criada pelo físico alemão

Wilhelm Roentgen,1895. Foi aprimorada com

chapas fotográficas e logo começou a ser usada

 (^) A Penicilina , descoberta pelo médico escocês Alexander Fleming foi introduzida no mercado nos anos 1940 e que deu origem à era dos antibióticos.  (^) A Insulina , Em 1889, os médicos Oscar Minkowski e Josef von Mering removeram o pâncreas de um cão para entender como o órgão afetava a digestão. Dias depois, moscas se aglomeravam em volta da urina do bichinho, que estava cheia de açúcar. E assim, ao remover o pâncreas, os médicos deram diabetes ao cachorro — e não conseguiram descobrir o que causava isso.  (^) Duas décadas depois, dois pesquisadores da Universidade de Toronto, Frederick Banting e John Macleod, conseguiram isolar a substância excretada pelo pâncreas que regulava o nível de açúcar no sangue: a insulina. Em 1923, ganharam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina. (Com informações de Science Alert )

Naquele século, vários estudos sobre variolização e proteção contra sarampo foram realizados, com a utilização de crianças como sujeitos das pesquisas. Zabdiel Boylston, para estudar a forma de proteção contra o sarampo, utilizou como cobaias seus dois filhos e seus dois servos. Benjamim Waterhouse, o médico que introduziu a vaccinia nos EUA, testou-a inicialmente em seus filhos (MOTA, 2005, p. 45). No século XX, Albert Sabin comprovou a eficácia da vacina oral contra poliomielite, usando como cobaias, nesse experimento, suas próprias filhas e mais três crianças (MOTA, 2005, p. 49). Avanços substanciais verificaram-se, especialmente, no período da II Guerra Mundial, tendo em vista os experimentos científicos realizados por médicos nazistas nas vítimas do holocausto.

Sabe-se que naquela época, os médicos nazistas se valeram

de “cobaias humanas” para realizar os experimentos mais

temerosos da história da Medicina.

Karl Brand, por exemplo, obrigava seus “pacientes” a ingerir

venenos e injetava gasolina intravenosa nos mesmos, a fim

de verificar as reações do organismo humano (STANCIOLI,

2004, p.52).

Josefe Mengele, conhecido como “Anjo da Morte”, encontrou

em Auschwitz o perfeito laboratório humano para o seu

trabalho, que estava centrado, principalmente, nas condições

de melhoramento genético da raça ariana.

AS COBAIAS HUMANAS

Segundo Andrew Goliszek (2004), nos experimentos gastro-intestinais e respiratórios, Mengele introduzia tubos na narina dos indivíduos, que alcançavam os pulmões e, então, bombeava um gás que desencadeasse uma tosse violenta e facilitasse a coleta de fluidos. Se os pulmões não rasgassem ou entrassem em colapso, a vítima teria poucos dias para se recuperar, sendo, então, amarrada a uma maca, oportunidade em que tinha seu reto distendido para um intenso e doloroso exame gástrico inferior. Após a colheita das amostras de tecido dos rins, próstata e testículos, a vítima era levada a uma sala de dissecção, morta com uma única injeção de fenol ou clorofórmio no morta com uma única injeção de fenol ou clorofórmio no coração e dissecada para estudo de seus órgãos internos.

Na experimentação entre seres humanos são tênues os limites entre a ciência e o terror. Cumpre cuidar para que prepondere a primeira. Editorial da folha de São Paulo

Modernamente, a experimentação em seres humanos traduz-se pela necessidade de evolução tecnológica das indústrias farmacêuticas, que, na maioria das vezes, patrocinam experiências que desrespeitam as principais diretrizes ético-jurídicas, tendo em vista ambições financeiras desenfreadas. A face negativa da experimentação científica, porém, não é a única, embora chame mais a atenção. Não fossem as experimentações científicas algumas melhoras na condição de vida dos seres humanos não se verificariam. É fato que a evolução da ciência não pode ser interrompida, porém, há que se buscar uma limitação nas intervenções científicas, com vistas à preservação do homem. Do ponto de vista moral, a Bioética exerceu e exerce um grande papel na busca por limitações aos avanços da ciência, através dos questionamentos que suscita. Mas, juridicamente, é necessário fixar parâmetros para o exercício da atividade biomédica.

O Conselho Nacional de Saúde, ao optar pela utilização do termo pesquisa, estabelece que a pesquisa com seres humanos é aquela que, individual ou coletivamente, envolva, direta ou indiretamente, em partes ou totalmente, os seres humanos, incluindo o manejo de informações ou materiais (CNS, 1996, p.15-16). Destarte, prevê este órgão qualquer procedimento investigatório que utilize o ser humano como protagonista, o que, indubitavelmente, abrange a experimentação científica, objeto de nosso estudo.

 (^) Na experimentação terapêutica, os sujeitos experimentais são portadores de uma determinada doença sobre a qual se ministrará um medicamento cujos efeitos são desconhecidos ou não são totalmente conhecidos.  (^) A experimentação clínica pura, por sua vez, tem como objetivo testar um novo medicamento, utilizando, porém, indivíduos sadios. É o caso, por exemplo, do teste da eficácia de uma determinada vacina.

A Congregação para a Doutrina da Fé faz uma diferenciação entre os termos “pesquisa” e “experimentação”. O primeiro termo abrange qualquer procedimento indutivo-dedutivo, com o objetivo de promover a observação sistemática de um dado fenômeno no campo humano ou de verificar uma hipótese surgida de observações precedentes. Já o termo experimentação designaria qualquer pesquisa na qual o ser humano representa o objeto mediante o qual ou sobre o qual se tenciona verificar o efeito, no momento desconhecido ou ainda não bem conhecido, de um dado tratamento como, por exemplo, o farmacológico (SGRECCIA, 2002, p.530). O Conselho Nacional de Saúde define o termo “pesquisa” como o conjunto de atividades cujo objetivo seja desenvolver ou contribuir para o conhecimento generalizável, que consiste em teorias, relações ou princípios ou no acúmulo de informações sobre as quais estão baseados, que possam ser corroborados por métodos científicos aceitos de observação e inferência (CNS, 1996, p. 15). “Pesquisa” e “experimentação” na Congregação para a Doutrina da Fé.

 Galileu no Séc. XVI é o grande pioneiro;

 Durante a 2ª Guerra Mundial aparece o grande pico de

experiências;

Os seres humanos vivos eram experimentados até ao

limite, ocorrendo por vezes assassinatos, torturas, entre

outras infracções;

Os horrores da 2ª Guerra mundial contribuíram

para a criação do “Código de Nuremberga” no

ano 1947, cujo intuito é de julgar e condenar os

autores de crimes médicos horrendos;

No pós 2ª Guerra observou-se 50 estudos

científicos publicados, que cão continham

procedimentos éticos. Isto leva à Revisão do

Código de Nuremberga pela OMS, levando a

que, em 1964, na 18ª Assembleia Médica

Mundial, fosse promulgada a declaração de

Helsínquia