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Guias e Dicas
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Calculo de Dimensões e Características de Cavidades em Aceleradores de Partículas, Notas de aula de Energia

Informações sobre o cálculo de dimensões e características de cavidades em aceleradores de partículas, incluindo o cálculo do comprimento de cavidade, diâmetro da iris, potências dissipadas e velocidades de fase. O texto também discute a escolha das dimensões das cavidades para que o campo acelerador esteja em sincronismo com a partícula.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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D—nvoMroonto
Centro Técnico
CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DE ESTRUTURAS
ACELERADORAS DE ELÉTRONS E RESPECTIVO
ACOPLADORES DE RADIOFREQÜÊNCIA
Marcos A. R. Franco
RELATÓRIO DE PESQUISA lEAv-015/91 (Jul 91
Catea Poital 6044 - CÊP12200 - Mo Jo* dot C«npot
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Mlnfetérto da Aeronáutica

d» Pesquisa e D—nvoMroonto

Centro Técnico

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DE ESTRUTURAS

ACELERADORAS DE ELÉTRONS E RESPECTIVO

ACOPLADORES DE RADIOFREQÜÊNCIA

Marcos A. R. Franco

RELATÓRIO DE PESQUISA lEAv-015/91 (Jul 91

Catea Poital 6044 - CÊP 12200 - M o Jo* dot C«npot

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DE ESTRUTURAS

ACELERADORAS DE ELÉTRONS E RESPECTIVOS

ACOPLADORES DE RADIOFREQÜÊNCIA

Marcos A. R. Franco

RELATÓRIO DE PESQUISA IEAv-015/91 (Jul 91)

FICHA CATAL0GR/.F1CA

Preparada pelo Service de Biblioteca e I o instituto de Física dn 'Jni vet r.ici-tde de Sñc Paulo

frunce, Marcou Antonio Contribuição no estudo do estruturas ace- lcia«ímas de elétrons t respectivos acoplado r-cs dt- radiofreqüência. Sãt Paulo, 1991. Dissertação (Mcsl.rndo) - l mi ve. rs idade de Sao Paulo, Instituto de Física. Departamento de Física Kxporfme.nt.al. Área de (Toneontração: Física Nuclear Orientador: Prof. Dr. Silvio Bruni Uni termos: l. Elétrons; ?. Acelerador 11- n;i-; 3. E."i.r ui 'ii .i ;v. < 1 c r.iJorn; 4. Acoplador de radiofreqüência.

USP/IF/SBT - 15/

A meus pais:

Ariosto e

Maria Thereza

A minha esposa:

Rosana

AGRADECIMENTOS

  • Ao Prof. Dr. Sílvio Bruni Herdade pelo acompanhamento desde o início do programa

de mestrado.

  • Ao Dr. Celso Fuhrmann e a Valdir A. Serrão pela permanente ajuda na tomada dos

dados experimentais e na revisão deste trabalho.

  • Aos amigos da Divisão de Física Experimental do IEAv pelo companheirismo e pelo

intercâmbio de idéias.

  • Ao Instituto de Estudos Avançados do Centro Técnico Aeroespacial pelo suporte

técnico e financeiro.

  • Ao pessoal da Divisão de Suporte Tecnológico do IEAv pelo apoio na fase de usina-

gens das cavidades e das peças do acoplador.

  • Aos desenhistas e projetistas da Seção de Projetos do IEAv pela confecção das

figuras aqui apresentadas.

  • À Rosana pela paciência e apoio durante os momentos mais difíceis.

R E S U M O

Neste trabalho são apresentados os resultados experimentais referentes à construção e à ava- liação de uma estrutura aceleradora a gradiente constante e dos acopladores de radiofreqüência.

São apresentados os fundamentos teóricos para a determinação das dimensões iniciais da estrutura aceleradora carregada a íris. As dimensões finais foram determinadas experimen- talmente utilizando-se quatro secções de três cavidades representando a 4a^ , 12", 20a^ e 27a cavidades da estrutura final. As correções nos diâmetros das cavidades, devido às variações de temperatura, pressão e umidade relativa do ar, são determinadas.

Um protótipo de estrutura de doze cavidades a gradiente constante e vp = c foi construído e seus principais parâmetros foram determinados experimentalmente, de acordo com os métodos aqui descritos.

Dois protótipos de acopladores de radiofreqüência do tipo "door-knob" foram construidos e os procedimentos experimentais para ajustar e sintonizar os acopladores e a estrutura acelera- dora foram desenvolvidos.

ÍNDICE

    1. INTRODUÇÃO
    1. CONSTRUÇÃO DA ESTRUTURA ACELERADORA - 2.1 PRINCÍPIOS DE PROJETO - 2.2 DETERMINAÇÃO TEÓRICA DAS DIMENSÕES DA ESTRUTURA - 2.3 MÉTODO DE FABRICAÇÃO - RA ACELERADORA 2.4 DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DAS DIMENSÕES DA ESTRUTU-
      1. ASPECTOS TEÓRICOS DA ESTRUTURA ACELERADORA
        • 3.1 PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS DA ESTRUTURA - 3.1.1 Propriedades Dispersivas - 3.1.2 Coeficientes dos Harmônicos de Espaço - 3.1.3 Fator de Qualidade e Coeficiente de Acoplamento - 3.1.4 Coeficiente de Tempo de Trânsito - 3.1.5 Impedância Shunt - 3.1.6 Tempo de Enchimento - 3.1.7 Constante de Atenuação
          • DES RESSONANTES 3.2 MÉTODO DE PERTURBAÇÃO APLICADO AO ESTUDO DE CAVIDA-
            • 3.2.1 Caso Ressonante
            • 3.2.2 Caso nâo-Ressonante
        • 3.3 CÁLCULO DE CAMPO ELÉTRICO E FASE DE UMA ESTRUTURA
      • LERADORA 4 TÉCNICAS EXPERIMENTAIS E MEDIDAS NA ESTRUTURA ACE-
        • 4.1 PROPRIEDADES DISPERSIVAS
        • 4.2 FATOR DE QUALIDADE - 4.2.1 Técnica de Transmissão - Reflexão - 4.2.2 Técnica das Impedâncias na Presença de Perdas por Acoplamento
        • 4.3 PERFIL DO CAMPO ELÉTRICO AXIAL NA ESTRUTURA
        • 4.4 CÁLCULO DA AMPLITUDE DOS HARMÔNICOS DE ESPAÇO
        • 4.5 COEFICIENTE DE TEMPO DE TRÂNSITO
        • 4.6 IMPEDÂNCIA SHUNT - 4.6.1 Técnica de Perturbação Ressonante - 4.6.2 Técnica do Bastão Dielétrico
        • 4.7 CONSTANTE DE ATENUAÇÃO
      • 4.8 TEMPO DE ENCHIMENTO
  • 5 ACOPLADORES DE RADIOFREQÜÊNCIA - 5.1 TIPOS DE ACOPLADORES DE RADIOFREQÜÊNCIA - DOS ACOPLADORES TIPO "DOOR KNOB" 5.2 MÉTODOS EXPERIMENTAIS UTILIZADOS NO AJUSTE E SINTONIA - 5.2.1 Método de Modulação por Pulso (Reflectometría) - 5.2.2 Método de Gallagher (Método "nodal shift" Modificado) - 5.2.3 Método "nodal shift" para Estruturas Periódicas - 5.2.4 Método de Kyhl - 5.3 AJUSTE E SINTONIA DOS ACOPLADORES - VARIAÇÃO DE FREQÜÊNCIA 5.4 CARACTERÍSTICAS DO ACOPLADOR TIPO "DOOR KNOB" COM A - GEOMÉTRICOS DO ACOPLADOR 5.5 VARIAÇÃO DO SWR E DA FASE EM FUNÇÃO DOS PARÂMETROS - 5.6 SINTONIA DA ESTRUTURA ACELERADORA
  • 6 CONCLUSÕES
    • APÊNDICE
    • REFERÊNCIAS

aplicações já em seu estágio inicial, previsto para uma energia de 30 McV.

0 estágio inicial do acelerador é o de maior dificuldade pois consta de: canhão de elétrons, pré-agrupador de feixe, estrutura agrupadora,estrutura aceleradora (banda L do tipo carregada a íris), sistemas de RF, vácuo, refrigeração, modulador da válvula klystron e sistemas de controle / 2 /. A princípio, as etapas subsequentes não apresentam grandes problemas conceituais a serem solucionados.

O acelerador, em seu estágio final, será composto de uma estrutura agrupadora e sete estruturas aceleradoras de aproximadamente 2 m cada uma, excitadas na freqüência de 1300 MHz, que serão alimentadas com a RF gerada por quatro válvulas klystron. Cada válvula gera 20 MW de potência de pico e 60 kW de potência média. Os elétrons deverão atingir uma energia de cerca de 136 MeV ("corrente nula"). Na Figura 1, é apresentado um desenho esquemático do prédio do acelerador (já construído), e a disposição das partes principais da máquina. No projeto original estão previstos vários tubos de tempo de vôo com diferentes comprimentos, saindo da sala de alvos situada na extremidade do acelerador.

A Figura 2 mostra as redes de microondas de baixa, média e alta potência, onde cada válvula klystron alimenta duas estruturas. A primeira válvula é também responsável pela alimentação do pré-agrupador de feixe, com cerca de 30 kW de potência de pico.

O desempenho teórico previsto para o acelerador com alta corrente de elétrons, pequena largura de pulso e alta taxa de repetição é descrito na Ref. 3. As Figuras 3 e 4 apresentam os valores teóricos para a energia e potência média do feixe para pulsos estreitos (< 100ns), taxa de repetição de 800 pps e corrente de pico de até 20 A.

Com auxílio da Tabela 1 é possível comparar os parâmetros de projeto do acelerador do IEAv com aqueles de aceleradores de outros laboratórios (Harwell (Inglaterra), Argone e Oak Ridge (EUA)) cuja finalidade é a produção de neutrons /3-7/.

O capítulo 2 é dedicado à discussão dos aspectos relativos à construção da estrutura ace- leradora. Nesse capítulo são definidos os principais parâmetros geométricos, é apresentado o desenvolvimento para o cálculo teórico das dimensões e o método de fabricação é descrito. No cálculo teórico das dimensões da estrutura algumas aproximações foram assumidas, de modo que os valores precisos devem ser obtidos experimentalmente. Os resultados experimentais e as correções para as condições de temperatura, umidade relativa e pressão são apresentados.

Tabela .1:

PARÁMETROS

Energia a "corrente nula"(A/eV) Freqüência (MHz) Modo de operação de estruturas / comprimento (m) Fator de qualidade (Qo) Impedância shunt (Mil/m) Parâmetro de atenuação (nepers) Corrente de pico máxima (A) Largura de pulso (ns) Taxa de repetição (pps)

HARWELL

T / 2 8(«2,0)

38 0, 11, 5 2000

ARGONNE

OAK RIDGE

2*/ 4(«4,3)

35 0, 15, 24 1000

IEAV 136 1300 2x/ 8(« 2,0)

43 0, 10, 10 800

No capítulo 3 são definidos os parâmetros característicos e relevantes ao processo de ace- leração dos elétrons. São apresentados os fundamentos teóricos da técnica de perturbação apli- cada às cavidades ressonantes e deduzidas expressões que possibilitam a transformação teórica de um perfil do campo elétrico acelerador a onda estacionaria em um campo elétrico acelerador a onda progressiva.

Os resultados experimentais e as técnicas de medida dos parâmetros característicos da es- trutura aceleradora são apresentados no capítulo 4.

O capítulo 5 trata exclusivamente dos acopladores de radiofreqüência que serão conectados à estrutura aceleradora. Neste capítulo é definido o tipo de acoplador que será objeto de estudo, sâo descritos os vários métodos experimentais utilizados e é apresentado um procedimento capaz de ajustar e sintonizar os acopladores. As características do acoplador quanto a freqüência e a variação de seus parâmetros geométricos são mostradas. Finalmente, com os acopladores ajustados e sintonizados, é realizada a sintonia da estrutura aceleradora.

As conclusões e os comentários são apresentados no capítulo 6. No apêndice são deduzidas expressões para o cálculo teórico das constantes de calibração de objetos perturbadores.

MODULADOR

4 0 0 W (Pico) KLYSTRON TV2O22B 2 0 MW (Pico) I 6 0 kW (Mtfdio)

r

DIOÜCPIN r-j '. *

PARA A PRÓXIMA KLYSTRON TH 2437 150 mW( Pico) KLYSTRON T H 2 4 3 7 1,1 kW (Pico)

PARA A PRÓXIMA KLYSTRON TV2O22B

10 MW (Pico) 3 0 kW (Mdio)*

PARA A PRÓXIMA ESTRUTURA

hEDE DE BAIXA POTÊNCIA

REDE DE MEDIA POTENCIA

ESTRUTURA ACELERADORA

ACOPLADOR DE RF

i (^) REDE DE ALTA POTENCIA

J

I M h MULTIPLICADOR AMPLIFICADOR MONITOR DE POTENCIA CIRCULADCR

CARGA Ã ] ATENUADOR 0 1 DEFASADOR

FKJl'HA 2: Esqurviti inoshvmlo as ruíi.s ih wirrooiiilti* (Ir baixa, inrilid t tilla poluiria.

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20 40 60 90 LARGURA DE PULSO ( i w )

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FIGURA 3: Valores teóricos da energia média do feixe em função da largura de pulso, para alguns valores de corrente dt pico.

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LARGURA DC PULSO (•«)

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FIGURA 4: Valores teóricos da potência média do feixe em função da corrente de pico, para alguns valores de largura de pulso.

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(estrutura a gradiente constante). Em uma secção do tipo impcdân :ia constante, o diâmetro dos anéis, 26, e das íris, 2a, são mantidos inalterados, enquanto qve, na secção a gradiente constante, 2a e 26 variam para manter o campo elétrico acelerador constante ao longo ro eixo.

Comparando-se estes dois tipos de estruturas aceleradoras, pode-se relacionar as seguintes vantagens da estrutura a gradiente constante sobre a de impedância constante / 8 / :

  • acelera elétrons a energias mais elevadas, quando ambas estão operando no limite de ruptura eletrônica ("breakdown"),
  • possui um campo acelerador constante ao longo do eixo, enquanto na estrutura a impedância constante o campo decresce com uma exponencial que depende da constante de atenuação,
  • facilita o sistema de refrigeração, pois possui uma taxa àe dissipação d< potência de RF que é constante ao longo do eixo,
  • fornece uma maior eficiência de conversão (razão entre a máxima potência de feixe e a potência de RF),
  • é menos sujeita aos efeitos transientes e
  • é menos sujeita ao fenômeno "beam breakup".

Uma desvantagem da estrutura a gradiente constante é que sua construção dispende mais tempo e trabalho e sua regulagem é mais complexa. Dessa forma, optou-se por construir, no IEAv, um acelerador com estruturas a onda progressiva e gradiente constante.

Os elétrons serão injetados com uma energia de aproximadamente 100 keV; este valor corres- ponde a elétrons com velocidade vt = 0,55c. Por isso, a primeira secção aceleradora (chamada secção agrupadora) deve ser contruída de modo que a velocidade de fase varie de vv = 0,55c até vp = c, e com uma configuração de campos que agrupe os elétrons evitando instabilidades de fase. Como a velocidade dos elétrons varia ao longo da secção agrupadora, o comprimento das cavidades (d) também varia, mantendo assim o sincronismo entre a onda progressiva e os elétrons. Quando a velocidade dos elétrons é ve = vp — c, todos os comprimentos d são mantidos inalterados; a esta parte da estrutura dá-se o nome de secção regular.

No acelerador do IEAv, a primeira estrutura aceleradora será composta de uma secção agrupadora com nove cavidades e uma secção regular com dezoito cavidades. Todas as outras estruturas aceleradoras serão do tipo regular, com 27 cavidades cada.

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