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PESQUISA DE MERCADO, Notas de estudo de Metodologia

De 1972 a 1988 a Cobal – Companhia Brasileira de Alimentos, gestora do SINAC – Sistema Nacional de Centrais de Abastecimento, desenvolveu toda uma metodologia ...

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Adriana_10
Adriana_10 🇧🇷

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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -
MAPA
Companhia Nacional de Abastecimento – Conab
Diretoria de Gestões de Estoques – Diges
Superintendência de Programas Institucionais e
Sociais de Abastecimento – Supab
Programa Brasileiro de Modernização do Mercado
Hortigranjeiro - Prohort
PNUD/Conab BRA 03/034
PESQUISA DE
MERCADO
Consultor: Ivens Roberto de Araújo Mourão
Brasília, junho de 2007
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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -

MAPA

Companhia Nacional de Abastecimento – Conab

Diretoria de Gestões de Estoques – Diges

Superintendência de Programas Institucionais e

Sociais de Abastecimento – Supab

Programa Brasileiro de Modernização do Mercado

Hortigranjeiro - Prohort

PNUD/Conab BRA 03/

PESQUISA DE

MERCADO

Consultor: Ivens Roberto de Araújo Mourão

Brasília, junho de 2007

ÍNDICE

 - Sumário ITEM DESCRIÇÃO PAG. - I Introdução - II Objetivos 
  • III Justificativas
    • VI Desenvolvimento - 1. Conhecimentos Prévios - 2. Definição de Atacado - 3. Pesquisa do Mercado Atacadista - 4. Tabulação e Interpretação da Pesquisa - 5. Dimensionamento das Áreas de Comercialização - 6. Leiaute do mercado - 7. Dimensionamento do Terreno
      • V Conclusão
    • VI Anexos

I – INTRODUÇÃO

Todo o processo de implantar uma Ceasa envolve uma séria de passos. O primeiro é proceder a uma pesquisa de mercado. O segundo é tabular e interpretar as informações. Chega-se, então, a um número que nos vai possibilitar o dimensionamento da área de comercialização e do terreno necessário. Nessa ocasião é possível esboçar um leiaute do pavilhão ou pavilhões. De posse desse leiaute iniciamos a fase de engenharia que é a elaboração, do projeto de arquitetura e projetos complementares. Imediatamente após, inicia-se a licitação e construção da obra, propriamente dita. Poderíamos chamar de terceiro passo. Paralelamente a essas providências na área de engenharia, damos início ao que chamamos de “trabalhos pré-operacionais”. Chamamos de quarto passo, embora seja paralelo ao terceiro. Ou seja, preparar os técnicos e os futuros usuários e a comunidade em geral para a operação do mercado, tão logo a obra tenha o “habite-se”. Durante essa fase haverá um momento muito importante que merece um tratamento todo especial. É a transferência de mercado. É um trabalho que será feito em um dia só. Ou seja, é a mudança de endereço do antigo mercado para as novas instalações. Por fim, o quinto passo é a operação do mercado, seu acompanhamento e avaliação. No presente trabalho vamos detalhar e segundo passo, ou seja, a pesquisa de mercado.

II – OBJETIVOS

Fornecer um roteiro completo para a tabulação e interpretação dos dados

de uma pesquisa de mercado. O objetivo principal é chegarmos a um dimensionamento

de áreas de comercialização de terreno e do mercado atacadista de produtos hortícolas,

inclusive com fornecimento de leiaute.

Em complemento, uma análise da oferta de produtos identificando a

origem e o destino. Com isso teremos uma idéia de como se processa o abastecimento, a

possível dependência de importação do município. Da mesma forma, teremos uma idéia

da influência ou não desse mercado com as cidades vizinhas.

IV – DESENVOLVIMENTO

  1. Conhecimentos Prévios

Na ocasião da implantação da pesquisa de mercado a equipe de consultoria já terá uma boa idéia de como se arranja o mercado local, conforme detalhado no Produto 1. As hipóteses de mercado são:  Mercado atacadista forte ou tradicional  Mercado atacadista fraco com produção local ou regional forte  Mercado atacadista fraco com produção fraca  Mercado atacadista fraco com forte participação dos supermercados Mas, para a implantação da pesquisa não importa de como está organizado o mercado. O importante é que o questionário seja aplicado naquele que está praticando o atacado, seja produtor ou comerciante. E, também, ficar atento para evitar a dupla contagem. Ou seja, quantificar um produto que já tenha sido levantado de um fornecedor primário.

  1. Definição de Atacado

Para uniformizar a linguagem, definimos como comercialização de atacado aquela que ocorre entre comerciantes, não importando as quantidades. A comercialização varejista é aquela entre um comerciante e o consumidor final, não importando as quantidades. Por exemplo: se alguém vende um tomate para um comerciante revender, está praticando ATACADO. Caso venda um caminhão de tomate para uma dona de casa consumir, está praticando VAREJO

  1. Pesquisa do Mercado Atacadista Inicialmente será procedida uma pesquisa de mercado no aglomerado urbano para dimensionamento do atacado. É recomendada para quaisquer das hipóteses anteriormente relacionadas. É importante para justificar ou não a implantação de uma Ceasa. Para tanto, serão pesquisados os universos dos comerciantes permanentes e não permanentes.

Permanentes são aqueles que comercializam o ano inteiro em um determinado local. Não permanentes só vão comercializar quando dispõem do produto (um dia, uma semana, um mês, ou alguns meses). Geralmente utilizam o próprio veículo para a sua comercialização. Mas, somente serão pesquisados os comerciantes ou produtores atacadistas, embora possam praticar o varejo.

Conforme o esquema mostrado acima, deverão ser pesquisados todos os atacadistas, caminhoneiros e produtores (cor laranja no esquema). Aqueles atacadistas que funcionam apenas como repassadores de produto (cor marrom), não devem ser pesquisados para evitar a dupla contagem. Pode acontecer, no entanto, que esse

 quantidades comercializadas por estes agentes, em t/ano, por produto, bem como o total movimentado na cidade.  identificação da participação de produtores na comercialização  quantidade de pessoas diretamente empregadas na atividade de comercialização  índice de utilização de veículos próprios no transporte de mercadorias  utilização ou não de equipamentos de beneficiamento ou classificação  identificação do horário de comercialização e qual o horário ideal de comercialização  qual o tempo gasto, em média, para o transporte dos produtos da lavoura ao mercado.  9 que tipo de veículo é feito o transporte  qual a origem dos produtos comercializados, por município.  identificação de quem são os compradores no mercado atacadista  qual a freqüência de participação no mercado por dia da semana e por meses do ano  13.quanto custa para comercializar no mercado  14. por quem são executados os serviços de carga e descarga  15. qual é a perda média de produtos na comercialização  16.o interesse ou não na implantação de uma Ceasa

C. Pesquisa nos supermercados Os supermercados, atualmente, têm uma forte participação no abastecimento de hortigranjeiros. Em alguns casos, determinados produtos somente são encontrados nessas lojas. Os diversos mercados de varejo e feiras podem não comercializar determinados produtos, devido a dificuldade de acesso aos grandes fornecedores (produtores ou atacadistas) distantes do município.. Assim, será necessário aplicar um questionário, em todas as lojas, onde vamos identificar as quantidades/mês e as origens dos produtos hortícolas comercializados. Embora esse produto não vá passar pela possível Ceasa a ser implantada, mas é importante conhecer o total do mercado. Poderá ser um dos importantes trabalhos da Ceasa de substituir o produto importado pela produção local, num trabalho de médio e longo prazo.

D. Análise descritiva dos mercados atuais Além da aplicação de uma pesquisa diretamente junto aos agentes de comercialização, deverá ser feita uma descrição das condições físicas, operacionais e administrativas dos mercados atuais. Para tanto, deverão ser apresentadas fotos, mostrando essas condições, inclusive a interferência com o urbanismo nas cidades, congestionamento de trânsito, os tipos de embalagens usadas etc.

E. Levantamento do Pequeno Produtor Obtenção no escritório regional da Extensão Rural das informações disponíveis sobre o pequeno produtor de hortigranjeiro, visando propor uma ação de apoio a comercialização. Tanto poderá ser com uma previsão de espaço de comercialização para a comunidade produtora como uma orientação técnica, visando a substituição de produção importada por outra proveniente da própria região. Pode acontecer que o município ou estado não disponha de uma Assistência Rural. Dessa maneira esse levantamento fica prejudicado.

F.Detalhamento do Questionário para o Permanente O questionário se divide em quatro grandes itens:  Identificação  Caracterização  Comercialização  Quantidades comercializadas, por produto Vamos, a seguir, detalhar cada um desses itens. IDENTIFICAÇÃO Conforme a figura a seguir, temos o trecho da identificação. No cabeçalho já define que o formulário é do atacado permanente. Apenas acrescentamos o município, a data e o número do formulário. A numeração é importante para quaisquer esclarecimentos de dúvidas, quando da tabulação.

Portanto, dispõem de um capital de giro que permite repassar os produtos para atacadistas menores. Nesse caso, quando da pesquisa, atentar para o risco de dupla contagem. Pesquisando um atacadista de menor porte comercializando, por exemplo, batata, indagar da origem. Provavelmente é repasse desse comerciante grande e, portanto, não deve ser contado.

Atacadista de ABC em prédio próprio Esses comerciantes podem, também, comercializar cenoura e frutas importadas, maçã principalmente. Outro tipo de comerciante que se destaca é o de frutas temperadas, ou seja, maçã, uva, pêra etc. Geralmente estão estabelecidos, pois necessitam de câmaras frias. Teremos, no mercado, mais três grandes grupos de atacadistas. Aqueles especialistas em hortaliças frutos (tomate, pepino, pimentão etc), outros em frutas e aqueles de hortaliças folhas. Mas, não é uma regra determinante. Podem existir aqueles que fazem um misto de tudo.

Existem alguns atacadistas, desses grupos de produtos, que são especializados em determinados produtos. Por exemplo: banana, ou melancia, ou

abóbora, ou abacaxi, ou melão etc. Tendem a formar um grupo e geralmente estão juntos.

Acima atacadista de diversos tipos de hortaliças e abaixo, de melancia

se desenvolveu bastante e passou a ter vida própria, principalmente com o surgimento das grandes granjas que comercializam no país todo. Com o fortalecimento dos supermercados, passaram a ter um canal de escoamento da sua produção bem significativo. Continuam a ter participação nas Centrais embora mais no sentido de complementação da oferta, como são os grupos de grãos, carnes, peixes, produtos alimentícios industrializados etc. Ou seja, a grande oferta do produto está fora das Ceasas.

Quando da implantação das primeiras Ceasas a primeira preocupação foi dar uma melhor organização ao mercado dos hortigranjeiros (hortaliças + frutas + ovos). Organizado este mercado passou-se a perseguir a idéia de uma cidade do alimento. Ou seja, num mesmo local termos a oferta de diversos produtos alimentícios. Isto é, hortigranjeiros, cereais, peixes, carnes, produtos alimentícios industrializados etc. Como a Ceasa tem, também, a função de abastecer municípios vizinhos, concentrando a oferta no mesmo local, evitava do caminhoneiro circular na cidade para formar a sua carga mista. Ou seja, após se abastecer dos hortigranjeiros sair pela cidade comprando aqui e acolá o grão, a carne, o leite ninho, o refrigerante etc. Para a pesquisa proposta a prioridade deve ser dada aos hortigranjeiros. São os que estão necessitando urgentemente de uma melhor organização. Os outros produtos deverão merecer um estudo complementar para analisar a viabilidade ou não de agregar essa oferta na Ceasa a projetar. São setores mais organizados e que têm seus canais próprios de comercialização, principalmente por não serem perecíveis como as hortaliças e as frutas. Outro detalhe que deve ser bem entendido pelo pesquisador e que é comum ter cereais, em meio aos hortigranjeiros, mas a venda no varejo. Esses não devem ser pesquisados, pois a Ceasa somente terá comerciante em nível de atacado. Levar varejo, de qualquer espécie, para dentro de uma Ceasa é o começo do fim dela. São várias as razões, mas destacamos uma delas. Atacado tem um numero finito de comerciantes ao passo que o varejo é infinito, principalmente num país onde temos ainda o pequeno varejo de alimentos como atividade de subemprego. Feitas essas explicações sobre os grupos deve ser questionado, nesse item, ao comerciante qual o percentual de suas vendas para cada grupo com relação ao total. Por exemplo: se ele é um comerciante de melancia, a resposta será 100%

de frutas. Caso ele comercialize o “ABC” e ovos, ele deve responder o percentual, do total de suas vendas para cada grupo. Por exemplo, 80% de ABC e 20% de ovos.

Segunda pergunta: São os empregados diretos ou aqueles que trabalham com o atacadista de maneira informal. Visa sabermos quantas pessoas terão empregos diretos, quando da operação da Ceasa.

Terceira pergunta: São os veículos para transporte de carga, utilizados pelo atacadista. Pode ser o seu próprio carro de passeio que ele utiliza para o transporte de alface e cheiro verde, por exemplo.

Quarta pergunta: São equipamentos como: Câmaras frigoríficas, câmara de climatização de banana, máquina de beneficiar laranja, máquina de lavar batata, máquina de classificar algum produto etc. é importante identificarmos esses equipamentos para subsidiar o projeto de arquitetura e, principalmente o projeto de instalações.

Quinta pergunta: Essa informação vai ser útil quando formos definir as tarifas de uso dos espaços nas Ceasa. É comum encontramos casos em que não pagam absolutamente nada pelo uso do espaço.

COMERCIALIZAÇÃO

Neste item do questionário, com 10 perguntas, vamos buscar caracterizar a comercialização. Veja a figura a seguir.

Primeira Pergunta: Vamos identificar como chega a mercadoria até o seu local de venda. Ele pode trazer em conjunto com outros, etc. Segunda Pergunta: É uma decorrência da primeira. Pode ser carreta, caminhão, carroça, animal etc.

Quarta Pergunta: É uma das perguntas mais importante, pois vamos identificar o raio de influência do mercado que estamos pesquisando. Devemos indagar por produto que ele comercializa. Por exemplo: da Banana quanto é vendido, em percentual, para o próprio município e para outros municípios. Caso exista município fora do próprio estado ou país, identificar. É comum acontecer quando o mercado estudado está próximo de fronteira estadual ou de fronteira internacional.

Quinta Pergunta: Visa apenas identificar a relação comercial entre as partes. Quando a Ceasa for desenvolver um trabalho de apoio aos produtores, por exemplo, poderá buscar formas mais interessantes de venda das tradicionais. Caso o comerciante se recuse a informar, não insistir.

Sexta Pergunta: É uma pergunta útil, pois servirá de balizamento quando da definição de áreas de ocupação no novo mercado. Caso ele tenha um depósito, fora da sua área de comercialização, é importante anotar. Algumas vezes ele usa o próprio veiculo como depósito.

Sétima Pergunta: Com esta pergunta procuramos identificar a razão da freqüência de suas compras. Geralmente ele compra na mesma freqüência em que há atacado na cidade, influenciado pelas hipóteses propostas. Assinalar as três mais importantes.

Oitava Pergunta: Visa identificar como é feita a descarga. O mais comum é por terceiros, que saio os carregadores.

Nona Pergunta: As respostas deverão ser as mais variadas possíveis. Apenas vai demonstrar que os comerciantes nunca atentaram para as perdas. Como consideram normais nunca pensaram em medir para buscar uma melhor eficiência. Mas, a

pergunta é válida, para que a Ceasa, quando em operação, introduzir novos métodos e poder comparar com o que eles imaginavam de perdas.

Carregador Autônomo Décima Pergunta: É uma simples medição do interesse ou não de ter uma Ceasa na região. QUANTIDADES COMERCIALIZADAS, POR PRODUTO

Este é o questionamento mais importante da pesquisa. Com ele vamos ter a tonelagem/ano comercializada pelos agentes permanentes. Quando adicionado com a tonelagem comercializada pelos não permanentes, teremos o total comercializado pelo mercado em t/ano ou t/mês. Assim, será possível dimensionar a área de comercialização e verificar da necessidade ou não de uma Central. Deve-se atentar que não fazemos nenhuma pergunta do preço da mercadoria. É importante para não criar uma resistência à informação. Quando indagamos de preço ele pode imaginar que é uma maneira do organismo responsável pela pesquisa (municipal, estadual ou federal) de cobrar impostos.