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Este artigo de revisão explora os parâmetros de qualidade da carne, com foco nos aspectos bioquímicos e microbiológicos que afetam sua qualidade. Aborda a influência das proteínas miofibrilares e sarcoplasmáticas, o processo de conversão do músculo em carne após o abate, e a importância do controle da contaminação microbiana para garantir a segurança e a qualidade sensorial do produto. Além disso, discute a relevância do ph, da capacidade de retenção de água e da cor como indicadores de qualidade, fornecendo uma visão abrangente dos fatores que determinam a qualidade da carne bovina. O artigo destaca a necessidade de monitoramento das condições higienicossanitárias na produção e comercialização de carnes, ressaltando os riscos associados à contaminação por micro-organismos deteriorantes e patogênicos. Em resumo, o documento oferece uma análise detalhada dos principais aspectos que influenciam a qualidade da carne, desde a bioquímica pós-abate até as práticas de higiene e manipulação.
Tipologia: Exercícios
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Segundo o texto, a carne mais consumida no Brasil em termos de consumo anual per capita é a carne de aves, com 43,9 kg, superando a carne bovina, que possui um consumo de 37,4 kg.
Além do tecido muscular estriado esquelético, que representa a maior parte da carne, a carne também é composta pelos tecidos conjuntivo, epitelial e nervoso.
O rigor mortis é o enrijecimento do músculo que ocorre após a morte do animal. É causado pelo esgotamento das reservas energéticas no músculo, o que impede a quebra da actomiosina (formada a partir de filamentos de actina e miosina). Esse processo leva à perda da extensibilidade do músculo e à diminuição da capacidade de retenção de água da carne.
Os dois principais complexos enzimáticos responsáveis pela supressão do rigor mortis são as catepsinas e as calpaínas.
O conceito de qualidade da carne é composto por quatro grupos de atributos: qualidade visual, qualidade gustativa, qualidade nutricional e parâmetros de segurança.
Inúmeros fatores interligados influenciam a qualidade e a vida útil da carne, como a temperatura de estocagem, o oxigênio, enzimas endógenas, luz e, principalmente, os micro-organismos.
Os pontos críticos de controle no processo de abate que podem determinar uma maior ou menor contaminação das carcaças são o abate em si, a esfola e a evisceração.
Segundo a RDC nº 12 da ANVISA, a legislação brasileira preconiza a ausência de Salmonella spp. em 25 g de carne porcionada ou não.
Quatro gêneros de micro-organismos deteriorantes comuns encontrados em carnes são: Pseudomonas, Moraxella, Acinetobacter e Aeromonas.
A contaminação por micro-organismos deteriorantes afeta as características organolépticas da carne porque esses micro-organismos utilizam os nutrientes presentes na carne para realizar atividades metabólicas. Como resultado, ocorre a formação de metabólitos que alteram o odor e o sabor da carne, tornando-os desagradáveis. Além disso, pode ocorrer a formação de limosidade superficial.
De acordo com o texto, os principais sinais de deterioração em carnes incluem mudanças na coloração, aparecimento de odor e sabor desagradáveis, e a formação de limo superficial.
O texto indica que carnes com contagem de mesófilos superior a 10^7 UFC/ g são consideradas alteradas.
Na ausência de glicose, o metabolismo energético dos micro-organismos deteriorantes é suprido através da degradação de aminoácidos, resultando na formação de metabólitos que geram odor e sabor desagradáveis, como amônia, aminas, compostos sulfurados, aldeídos e cetonas.
Os principais gêneros de bactérias deteriorantes em carnes estocadas em aerobiose são Pseudomonas, Acinetobacter e Enterobacter. A sequência de
e equipamentos, juntamente com o controle da temperatura da carne durante o processamento e armazenamento, são essenciais para minimizar o risco de contaminação.
Diversos fatores afetam a cor das carnes frescas, incluindo as condições do pré-abate, o tipo de músculo e seu conteúdo de água, o crescimento bacteriano, a temperatura e a luz. A adição de substâncias durante o processamento também pode influenciar a cor.
A análise da cor da carne pode ser realizada através de métodos sensoriais e/ou objetivos. A avaliação visual da palidez da carne por um painel de julgadores treinados tem demonstrado uma correlação linear com valores objetivos de luminosidade (L). O método objetivo é realizado utilizando-se um colorímetro, por meio do qual pode-se aferir os parâmetros relacionados à cor: L(luminosidade), a* (teor de vermelho) e b* (teor de amarelo).
O pH é um parâmetro analítico muito utilizado para avaliar a qualidade de carnes e produtos cárneos, pois o processo de deterioração altera a composição de íons hidrogênio dos alimentos. Ele influencia as propriedades funcionais da carne, sua qualidade sensorial e o crescimento e desenvolvimento de micro-organismos.
O pH 6,4 é o limite crítico para o consumo de carnes, por indicar elevado nível de deterioração microbiana. O RIISPOA indica que em pH entre 6 e 6,4 a carne ainda apresenta condições de consumo.
As propriedades funcionais são características físico-químicas que caracterizam os alimentos e influenciam a utilização dos mesmos. Estas propriedades relacionam-se com aspectos sensoriais e não nutricionais, tendo implicações tecnológicas diretas, influenciando inclusive nos aspectos econômicos dos produtos.
A Capacidade de Retenção de Água (CRA) pode ser definida como a habilidade da carne em reter água na presença de forças externas diversas, como corte, moagem e aquecimento. A CRA é uma propriedade fundamental para a qualidade da carne, destinada ao consumo ou à
industrialização, pois define o potencial de perda de peso após o abate e mantém a qualidade organoléptica da carne.
A CRA é dependente das interações entre proteína e água, sendo influenciada pelo pH da carne. No ponto isoelétrico, ocorre muita interação proteína-proteína e, consequentemente, a interação proteína-água é mínima, diminuindo a CRA.
A perda de peso da carne com a estocagem é um parâmetro relacionado de forma intrínseca à capacidade de retenção de água, sendo, portanto, uma medida indireta da CRA. Tecidos com baixa CRA apresentam grandes perdas durante o armazenamento.
O uso de ácidos orgânicos na sanitização de carnes pode aumentar as perdas de peso durante o armazenamento das carnes devido ao efeito desnaturante dos ácidos sobre as proteínas miofibrilares presentes na superfície da carne. Proteínas não desnaturadas formam um filme protéico que protege a carne contra as perdas de umidade, enquanto proteínas desnaturadas perdem essa capacidade.
Com a cocção, além da perda de água, ocorre a perda da gordura devido ao derretimento. A perda de peso por cocção é um importante parâmetro de qualidade que representa rendimento da carne ao consumidor, influenciado pela capacidade de retenção de água nas estruturas da carne.
A deterioração aeróbica da carne refrigerada é influenciada principalmente pelo crescimento de microrganismos psicrotróficos, como Pseudomonas, Acinetobacter, Moraxella e algumas bactérias do grupo Enterobacteriaceae. Esses microrganismos utilizam os nutrientes presentes na carne, produzindo metabólitos que causam odores e sabores desagradáveis, além de alterações na textura e na cor. A temperatura de refrigeração, a disponibilidade de oxigênio e a umidade também desempenham um papel importante na taxa de deterioração.
A capacidade de retenção de água (CRA) é uma propriedade importante da carne que afeta sua suculência, maciez, aparência e rendimento. Uma alta CRA significa que a carne consegue reter mais água durante o cozimento, resultando em um produto mais suculento e com menor perda de peso. A CRA é influenciada por fatores como o pH da carne, a concentração de proteínas miofibrilares, a força iônica e a presença de fosfatos.
Segundo o texto, qual é a carne mais consumida no Brasil em termos de consumo anual per capita?
Quais são os principais tecidos que compõem a carne, além do tecido muscular estriado esquelético?
Descreva o processo de rigor mortis e o que o causa.
Quais são os dois principais complexos enzimáticos responsáveis pela supressão do rigor mortis?
Quais são os quatro grupos de atributos que compõem o conceito de qualidade da carne?
Quais fatores interligados influenciam a qualidade e a vida útil da carne?
Quais são os pontos críticos de controle no processo de abate que podem determinar uma maior ou menor contaminação das carcaças?
Segundo a legislação brasileira (RDC nº 12 da ANVISA), qual é o padrão microbiológico para Salmonella spp. em carne porcionada ou não?
Cite quatro gêneros de micro-organismos deteriorantes comuns encontrados em carnes.
Explique como a contaminação por micro-organismos deteriorantes afeta as características organolépticas da carne.
Quais são os principais sinais de deterioração em carnes, de acordo com o texto?
Qual é o limite de contagem de mesófilos em carnes que indica alteração, segundo o texto?
Como a ausência de glicose afeta o metabolismo dos micro-organismos deteriorantes na carne?
Quais são os principais gêneros de bactérias deteriorantes em carnes estocadas em aerobiose e qual a sequência de substratos que utilizam?
De que forma a manipulação da carne pode aumentar os riscos de contaminação?
Qual a importância dos micro-organismos indicadores na avaliação da qualidade de alimentos?
Quais são os principais grupos de microrganismos indicadores de higiene em carnes?
Explique o processo de rancificação oxidativa em produtos cárneos e quais fatores a influenciam.
Qual a importância da capacidade de retenção de água (CRA) na qualidade da carne?