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A evolução da educação física no brasil, desde o período do descobrimento até as tendências pedagógicas contemporâneas. Aborda marcos temporais importantes, como a reforma couto ferraz e a inclusão da educação física nas constituições federais. Analisa a influência militar e esportiva na educação física escolar, bem como a concepção biopsicossocial e a abordagem crítico-superadora, destacando a importância da cultura corporal e do jogo no contexto educacional. O texto oferece uma visão abrangente da trajetória da educação física no país, suas transformações e desafios ao longo do tempo. Útil para estudantes e profissionais da área que buscam compreender o desenvolvimento histórico e as diferentes abordagens pedagógicas da educação física no brasil. Ele fornece uma base sólida para reflexões sobre a prática e o papel da educação física na formação integral dos alunos. Além disso, o texto apresenta questões e comentários que auxiliam na compreensão e fixação dos conteúdos abordados.
Tipologia: Exercícios
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A atividade física é qualquer movimento muscular que resulta em gasto energético, como andar ou sentar. Já o exercício físico é uma atividade física planejada, estruturada, repetitiva e intencional, com uma prescrição e controle específicos.
Os aspectos básicos das atividades primitivas são: naturais, utilitárias, guerreiras e rituais.
A Educação Física se tornou obrigatória nas escolas brasileiras em 1851, através da Reforma Couto Ferraz.
A Educação Física no Brasil, ao longo de sua história, esteve intimamente relacionada ao período político-ideológico vigente, sendo utilizada como um "instrumento político".
Pero Vaz de Caminha é citado por relatar, em suas cartas, indígenas dançando, saltando e girando ao som de uma gaita tocada por um português, sendo essa considerada a primeira aula de ginástica e recreação no Brasil.
No período colonial, as atividades físicas estavam relacionadas a aspectos da cultura primitiva e à sobrevivência, com elementos de cunho natural. Atualmente, as atividades físicas são prescritas por profissionais visando a finalidades específicas dos alunos, com planejamento e controle.
A Reforma Couto Ferraz, ocorrida em 1851, tornou obrigatória a Educação Física nas escolas do município da Corte.
A ginástica se tornou obrigatória no ensino primário e a dança no secundário em 1854.
A Reforma Leôncio de Carvalho (Projeto 224) defendeu a inclusão da ginástica nas escolas e a equiparação dos professores de ginástica. O parecer desse projeto foi assinado por Rui Barbosa.
Rui Barbosa recomendou em 1882 que a ginástica fosse obrigatória para ambos os sexos, justificando que seria um elemento indispensável para a formação integral da juventude e para manter um corpo saudável para sustentar a atividade intelectual.
A primeira referência explícita à Educação Física em textos constitucionais federais, incluindo-a no currículo como prática educativa obrigatória, ocorreu em 1937, na elaboração da Constituição daquele ano.
O decreto-lei nº 705/69 tornou obrigatória a Educação Física/Esportes no ensino do 3º grau, com exceção dos cursos noturnos.
A Proclamação da República, em 1889, marcou o início da profissionalização da Educação Física no Brasil, embora com vieses ainda militaristas.
Durante o período da Reforma Couto Ferraz, muitos pais se opunham à inclusão da Educação Física nas escolas, pois consideravam que as atividades físicas não tinham caráter intelectual e preferiam que seus filhos se dedicassem a disciplinas como cálculo ou física mecânica. A tolerância
O Método Sueco tinha uma forte ligação com o Higienismo, pois se colocava como um instrumento capaz de criar indivíduos fortes, saudáveis e livres de vícios. O Higienismo se preocupava com a saúde física e a moral, e o método sueco era voltado para extirpar os vícios da sociedade, como o alcoolismo.
Rui Barbosa e Fernando de Azevedo foram grandes defensores da ginástica sueca no Brasil. Rui Barbosa a defendia por ela se basear na 'ciência' e se relacionar com a medicina. Fernando de Azevedo, décadas mais tarde, também a defendeu, atribuindo à ginástica sueca uma maior adequação aos estabelecimentos de ensino devido ao seu caráter essencialmente pedagógico.
A Missão Militar Francesa, que chegou ao Brasil em 1907 para ministrar instrução militar à Força Pública do Estado de São Paulo, fundou uma 'Sala de Armas' que deu origem à Escola de Educação Física do Estado de São Paulo. Essa iniciativa contribuiu para a introdução da ginástica francesa no país, que foi oficialmente implantada em 1921.
Tanto a ginástica alemã quanto a sueca compartilhavam um forte componente nacionalista e visavam preparar os indivíduos para a defesa da pátria. A ginástica alemã, desde o início, tinha fins militares explícitos, buscando criar um forte espírito nacionalista e homens robustos para a guerra. A ginástica sueca, embora também impregnada de nacionalismo e destinada a regenerar o povo, enfatizava mais o higienismo e a saúde, buscando formar homens de bom aspecto que pudessem preservar a paz. Ambas valorizavam a utilidade dos indivíduos para a produção e para a pátria, mas a alemã focava mais na preparação direta para o combate, enquanto a sueca dava maior ênfase à saúde e à moral como base para a defesa.
Tanto o método alemão quanto o francês buscaram fundamentar suas práticas em bases científicas, utilizando conhecimentos da biologia, fisiologia e anatomia. No método alemão, essas ciências eram usadas para construir uma ginástica que desenvolvesse o 'homem total', estimulando o corpo e o espírito de forma integrada. Já no método francês, a influência científica era ainda mais explícita, com George Demeny defendendo que a Educação Física deveria abandonar procedimentos empíricos e se inspirar em leis físicas e biológicas para construir uma doutrina baseada em
resultados de experiências científicas. Ambos os métodos, portanto, buscavam legitimar suas práticas através do conhecimento científico da época.
Embora o Método Francês tenha introduzido uma ênfase maior no desenvolvimento social e na formação do 'homem completo e universal', é impreciso afirmar que ele abandonou completamente a ênfase militarista. O texto indica que o método francês ainda valorizava o desenvolvimento da força física, destreza, agilidade e resistência, qualidades essenciais tanto para o trabalho quanto para a defesa da pátria. Portanto, o Método Francês representou uma evolução, incorporando preocupações sociais e pedagógicas, mas sem abandonar totalmente a dimensão militar presente nos métodos anteriores. A mudança foi mais uma questão de equilíbrio e ampliação de objetivos do que uma ruptura completa.
O Método Francês, baseado em quinze séries de exercícios propostos por Amoros. Demeny, outro defensor desse método, defendia que o movimento a ser executado deveria ser completo, contínuo, ondulado e basear-se na independência das contrações musculares, além de ser interessante para prender a atenção do aluno.
A tendência Higienista visava o desenvolvimento físico e moral, combatendo doenças e promovendo a 'assepsia social'. A Eugenia, nesse contexto, era a busca pela melhora da 'qualidade genética', focando em pessoas saudáveis e fortes, livres de vícios. Havia uma forte influência da medicina e preocupação com a saúde pública.
A tendência Militarista, durante a Era Vargas, caracterizou-se pela preparação do homem para o combate, visando formar jovens capazes de suportar conflitos. As mulheres recebiam tratamento diferenciado, sendo separadas dos homens e realizando um trabalho menos extenuante, com o objetivo de garantir uma gravidez saudável para formar futuros combatentes.
da raça branca', especialmente em relação à população negra, que ainda era significativa no Brasil após a abolição da escravidão. Práticas e ensinamentos visavam a segregação e a manutenção de uma suposta superioridade racial.
O Estado Novo, período da ditadura Vargas, caracterizou-se por um regime autoritário e nacionalista. A tendência militarista na educação física refletiu esse contexto, buscando formar cidadãos disciplinados e preparados para defender a pátria, em um cenário de crescente tensão internacional e iminência da Segunda Guerra Mundial. A educação física era vista como um instrumento para fortalecer o corpo e o espírito nacional, alinhado aos ideais do regime.
O objetivo fundamental era a caracterização da competição e da superação individual como valores fundamentais e desejados para uma sociedade moderna. Buscava-se o culto ao atleta-herói, aquele que, apesar das dificuldades, alcançava o pódio.
O decreto-lei nº 705/69 tornou obrigatória a Educação Física/Esportes no ensino de 3º grau. Politicamente, visava favorecer o regime militar, desmantelando as mobilizações e o movimento estudantil, que eram contrários ao regime, utilizando o esporte como um elemento de distração da realidade política.
As principais críticas ao modelo esportivista/tecnicista, também chamado de mecanicista, tradicional e tecnicista, começaram a surgir principalmente a partir da década de 1980. As críticas se concentravam na rigidez, no foco excessivo em regras, moral, patriotismo e na busca por talentos para competições internacionais, negligenciando outros aspectos importantes da formação dos alunos.
O tecnicismo possuía dois principais viéses: a disseminação do ensino de movimentos técnicos para o trabalho, visando alimentar a necessidade de mão de obra qualificada, e a ênfase na técnica esportiva, com o objetivo de melhorar os gestos motores esportivos para competições. Ambos os viéses
estavam relacionados com a proposta política da época, que buscava mão de obra qualificada, melhora da competência esportiva e fortalecimento do exército.
O recreacionismo se opõe à tendência competitivista ao criticar o culto à competitividade exacerbada e a pressão pelo profissionalismo atlético. Ele propõe um modelo que exige liberdade ao aluno para que este decida a atividade a ser praticada, cabendo ao professor apenas a supervisão e o controle das atividades escolhidas.
A concepção Popular da Educação Física, surgida com a Redemocratização em 1985, caracteriza-se por tratar o aluno como alguém mais participativo no campo das ideias. As críticas sociais passam a fazer parte da ciência, com uma preocupação sobre as realidades sociais através dos movimentos, sobretudo das classes dos trabalhadores. Há uma ênfase na diversão e, sobretudo, na cooperação, em vez da competitividade.
Na tendência recreacionista, o papel do professor se restringia a oferecer uma bola e marcar o tempo. Praticamente, o professor não intervinha, deixando os alunos decidirem o que fazer na aula.
A relação professor-aluno era caracterizada por uma relação “instrutor – recruta”, devido à influência militar, e também por uma relação “treinador – atleta”, já que o esporte determinava o conteúdo de ensino da Educação Física.
As propostas anteriores de foco em saúde, disciplina ou busca por medalhas foram substituídas por diversão e, sobretudo, cooperação e não mais a competitividade na concepção Popular.
A Educação Física Escolar revelava uma identidade esportiva que foi fortalecida pela pedagogia tecnicista, já que ambas possuíam os mesmos pressupostos de racionalização, busca da eficiência e eficácia. A pedagogia tecnicista buscava aprimorar os gestos motores esportivos, preparando o
A crítica principal era a reprodução do esporte de alto rendimento na escola, com ênfase excessiva na técnica e na competição, o que levava à exclusão de alunos menos habilidosos e à falta de uma abordagem pedagógica mais ampla e inclusiva.
O texto descreve as correntes humanistas como aquelas centradas nas pessoas, na personalidade e na integralidade do sujeito, colocando o aluno como foco principal e não mais a questão puramente técnica ou motora.
É importante para construir um raciocínio histórico sobre a evolução da Educação Física no Brasil, entendendo como as diferentes fases acompanharam o amadurecimento do país e como as abordagens pedagógicas surgiram em oposição às tendências tecnicistas e mecanicistas da época.
A alternativa é falsa porque a configuração crítica e pedagógica das aulas era justamente o que não existia antes do Movimento Renovador. As aulas eram caracterizadas pela reprodução do esporte, ensino exacerbado da técnica e falta de uma perspectiva crítica e autônoma, sendo essa a mudança que as abordagens pedagógicas buscavam implementar.
A principal diferença reside no fato de que as abordagens preditivas propõem uma nova concepção de Educação Física, definindo princípios norteadores para uma nova proposta. Já as abordagens não preditivas abordam a Educação Física sem estabelecer esses parâmetros, princípios ou metodologias.
As abordagens Propositivas Sistematizadas definem princípios identificadores de uma nova prática e sistematizam uma perspectiva metodológica. As Propositivas Não Sistematizadas também concebem uma nova prática de Educação Física escolar e definem princípios identificadores, mas não sistematizam uma perspectiva metodológica.
O autor de referência da abordagem Crítico-emancipatória é Elenor Kunz. Sua principal crítica é ao excessivo tecnicismo no ensino dos esportes, defendendo que o esporte é mais do que apenas técnica e rendimento, sendo uma ferramenta pedagógica para a formação integral do indivíduo.
As três competências são: objetiva (treinar destrezas e técnicas racionais), social (compreensão das relações socioculturais e agir cooperativo) e comunicativa (ler, interpretar e criticar o fenômeno sociocultural do esporte).
O 'arranjo material' se refere ao material utilizado durante as aulas de Educação Física escolar para criar situações de experimentação, aprendizagem e criatividade. Sua importância reside em proporcionar aos alunos a oportunidade de descobrir, experimentar e questionar, promovendo a autonomia e a compreensão do significado cultural da aprendizagem.
As quatro formas são: encenação (compreender a história e significados do esporte), problematização (discussão das situações de ensino), ampliação (levantamento de dificuldades) e reconstrução coletiva do conhecimento (atribuir novo conhecimento ao conteúdo).
A principal limitação apontada é o foco extremo no esporte, o que pode restringir a abrangência da abordagem em relação a outros conteúdos da Educação Física.
Os autores de referência são José Carlos Libâneo e Demerval Saviani. A principal pauta defendida é a justiça social, influenciada pelo marxismo, valorizando a contextualização dos fatos, o resgate histórico e o levantamento de questões de poder e interesse.
A abordagem crítico-superadora critica a progressão tradicional de complexidade dos conteúdos, argumentando que ela prejudica a visão do todo. Defende a apresentação dos conteúdos aos alunos a partir do princípio da simultaneidade, explicitando a relação que mantêm entre si, para desenvolver a compreensão de que são dados da realidade que não podem ser pensados nem explicados isoladamente. O conhecimento é construído no pensamento de forma espiralada e vai se ampliando.
Segundo a abordagem crítico-superadora, a Educação Física trata de um tipo de conhecimento denominado cultura corporal, que tem como temas o jogo, a ginástica, o esporte, a dança, a capoeira e outras temáticas que apresentarem relações com os principais problemas dessa cultura corporal e o contexto histórico-social dos alunos.
A crítica principal feita à abordagem crítico-superadora é a dificuldade de atender problemas práticos, parecendo muito abstrata a atuação pedagógica.
O autor precursor da Abordagem Desenvolvimentista na Educação Física é Go Tani.
Os conteúdos da Abordagem Desenvolvimentista são as habilidades locomotoras, manipulativas e de estabilidade.
A Abordagem Desenvolvimentista tem como público-alvo crianças de 4 a 14 anos.
O principal objetivo da Abordagem Desenvolvimentista na Educação Física é oferecer experiências de movimento adequadas ao nível de crescimento e desenvolvimento do aluno, a fim de que a aprendizagem das habilidades motoras seja alcançada.
Uma das principais críticas à Abordagem Desenvolvimentista é a pouca importância dada à influência do contexto sociocultural e ao desenvolvimento cognitivo do aluno.
A abordagem desenvolvimentista foca no desenvolvimento das habilidades motoras dos alunos, buscando aprimorar a coordenação, o equilíbrio e outras capacidades físicas fundamentais.
O autor de referência é João Batista Freire, e sua obra mais conhecida é 'Educação de Corpo Inteiro'.
A abordagem Construtivista-Interacionista valoriza as experiências e a cultura do aluno, considerando o conhecimento que ele já possui e permitindo que ele construa o conhecimento a partir da interação com o meio, resolvendo problemas.
O jogo tem um papel privilegiado, sendo considerado o principal conteúdo. Através do jogo, a criança aprende em um ambiente lúdico e prazeroso.
Os principais objetivos são mudar atitudes, promover a prática sistemática de exercícios físicos dentro e fora da escola, informar sobre a importância da atividade física para a saúde e promover a autonomia do aluno para se exercitar e cuidar de sua saúde.
A abordagem Saúde Renovada critica o uso excessivo do esporte, a competitividade exacerbada e as condutas individualistas, pois considera que essas práticas podem afastar os alunos menos habilidosos ou aptos da atividade física, contrariando o objetivo de promover a prática cotidiana e prazerosa de exercícios para todos.
O autor de referência é Jean Le Boulch, e sua obra mais conhecida é 'Educação pelo Movimento'.
níveis hierárquicos, desde os objetivos do sistema escolar até o processo de aprendizagem, demonstrando que a Educação Física é afetada por fatores externos e, ao mesmo tempo, exerce influência sobre eles.
Os dois princípios fundamentais da abordagem sistêmica são a não-exclusão e a diversidade de conteúdos. A não-exclusão visa incluir todos os alunos nas atividades, enquanto a diversidade de conteúdos busca promover diferentes vivências e experiências aos alunos, abrangendo jogo, esporte, dança e ginástica.
Segundo Moreira (1992), a pedagogia do movimento humano para o século XXI deve estar pautada no ser humano, em suas relações com os outros seres e em sua interação com o ambiente, privilegiando a cooperação na competição, o prazer da atividade realizada com consciência, o lúdico perdido e o movimento corporal expressivo em detrimento do movimento corporal imitativo.
A principal característica da abordagem de Aulas Abertas é a centralidade do aluno, considerando seus conhecimentos prévios e saberes. Isso se manifesta através da participação ativa do aluno nas decisões didáticas, desde o planejamento e objetivos até a seleção de conteúdos e avaliação. A flexibilidade e a consideração do contexto social do aluno são também elementos importantes.
A abordagem sistêmica se diferencia das abordagens higienista e desenvolvimentista por não focar exclusivamente na saúde ou no desenvolvimento de habilidades motoras. A abordagem higienista prioriza a saúde e a prevenção de doenças, enquanto a desenvolvimentista se concentra nas habilidades motoras e técnicas. A sistêmica, por outro lado, busca integrar o aluno no mundo da cultura física, formando um cidadão capaz de usufruir, partilhar, produzir, reproduzir e transformar as formas culturais da atividade física.
A abordagem de Aulas Abertas integra a dimensão social do aluno ao considerar que cada aluno é um ser inserido em uma sociedade com seus próprios problemas e aflições. A participação do aluno abrange também
essa questão social, permitindo que suas experiências e vivências influenciem o processo de ensino-aprendizagem. Isso demonstra uma forte influência da Sociologia nessa abordagem.
Na abordagem de Aulas Abertas, o professor atua como um facilitador e mediador do processo de ensino-aprendizagem. Ele deve ampliar o espaço de ação e reflexão, direcionando seus interesses ao desenvolvimento dos processos de ensino, planejando, observando, analisando, interferindo e influenciando as aulas, sempre considerando a participação e as decisões dos alunos.
A psicomotricidade contribui para o desenvolvimento da 'imagem do corpo' ao favorecer a gênese dessa imagem a partir dos movimentos espontâneos da criança e das atitudes corporais. Isso é considerado importante porque a imagem do corpo é vista como o núcleo central da personalidade, influenciando a forma como a criança se percebe, interage com o mundo e desenvolve suas capacidades cognitivas, afetivas e motoras.
O principal objetivo da abordagem Crítico-Emancipatória é promover a reflexão crítica emancipatória dos alunos, capacitando-os a questionar e transformar a realidade social.
A Abordagem Cultural critica a perspectiva biológica por negligenciar a influência da cultura e da diversidade nos movimentos e gestos corporais, defendendo que a técnica de cada um é fruto de sua bagagem cultural e não pode ser mensurada de forma padronizada.
Segundo Daólio, o ponto central da Educação Física é a cultura, entendida como as manifestações construídas de acordo com a história, origem ou local, ligadas ao corpo, ao esporte, aos jogos, às lutas e às ginásticas.
O foco principal da Abordagem Humanista é o desenvolvimento integral do aluno, visando o crescimento como um ser crítico e participativo na sociedade. A Educação Física é vista como um meio para alcançar a educação integral, e não como um fim em si mesma.
físicas se relacionam com a cultura e como os alunos podem construir seus próprios significados a partir dessas práticas. Isso envolve considerar os aspectos conceituais, procedimentais e atitudinais das atividades.
Os conteúdos conceituais (fatos, conceitos e princípios) fornecem a base teórica para a compreensão das atividades físicas. Os conteúdos procedimentais (ligados ao fazer) referem-se às habilidades e técnicas necessárias para realizar as atividades. Os conteúdos atitudinais (normas, valores e atitudes) envolvem a reflexão sobre os valores e atitudes relacionados às práticas corporais, buscando minimizar a construção de valores e atitudes por meio do “currículo oculto”. Eles se interligam, pois o conhecimento conceitual influencia a forma como se executa (procedimental) e as atitudes que se desenvolvem em relação à prática.
A escola é um espaço de produção e reprodução de cultura. A Educação Física, inserida nesse contexto, deve dialogar com a cultura escolar, adaptando-se aos diferentes componentes curriculares e promovendo a compreensão e análise das repercussões que sua inserção causa na realidade escolar específica. A escola, portanto, molda a forma como a Educação Física é praticada e ensinada.
O parecer de Rui Barbosa, lançado em 1882, recomendou que a ginástica fosse obrigatória para ambos os sexos no ensino primário, secundário e superior. Ele defendia que a ginástica era um elemento indispensável para a formação integral da juventude, marcando um importante momento na história da Educação Física no Brasil.
A abordagem crítico-superadora na Educação Física é sustentada pelo materialismo histórico-dialético de Karl Marx. Essa abordagem compreende a Educação Física escolar como uma disciplina que trata pedagogicamente da cultura corporal, visando a aprendizagem da expressão corporal como linguagem.
A capoeira perde seus significados culturais quando é vinculada somente à aprendizagem e à reprodução de seus aspectos técnicos, desconsiderando sua história, seus valores e sua relação com a cultura afro-brasileira. É importante que a Educação Física explore a capoeira em sua totalidade, abordando seus aspectos culturais, sociais e históricos.
A Educação Física pode contribuir para o desenvolvimento da autonomia dos alunos ao possibilitar que eles conheçam, usufruam e transformem os limites e as possibilidades do próprio corpo. Isso envolve o desenvolvimento da consciência corporal, da capacidade de tomar decisões sobre a própria saúde e bem-estar, e da autonomia para praticar atividades físicas de forma segura e prazerosa.
O final da década de 1970 marcou um período de grandes transformações na Educação Física escolar brasileira, com o surgimento de novas abordagens pedagógicas que buscavam superar a visão tecnicista e esportivista da disciplina. Essas mudanças se manifestam até os dias atuais, com a valorização da cultura corporal, da inclusão e da promoção da saúde.
Rodrigues e Bracht criticam a busca por uma Educação Física 'oficial' ou 'verdadeira', argumentando que não caberia mais essa procura. Em vez disso, propõem a compreensão e análise das repercussões que uma dada inserção da Educação Física causa em uma realidade escolar específica, reconhecendo a diversidade de contextos e a importância de adaptar a prática pedagógica a cada situação.
Ao longo da história do Brasil, a Educação Física foi utilizada para disseminar vontades políticas e necessidades ideológicas das épocas. Em determinados momentos, foi utilizada para promover a disciplina e a ordem, em outros, para fortalecer o nacionalismo e o patriotismo, e em outros ainda, para preparar os jovens para o mercado de trabalho. Essa utilização da Educação Física como ferramenta política e ideológica demonstra a importância de uma reflexão crítica sobre seus objetivos e práticas.
O principal objetivo do Movimento Renovador foi romper com o modelo tecnicista/esportivista que caracterizava a Educação Física na década de