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Diversas doenças relacionadas aos eritrócitos (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e trombócitos (plaquetas), incluindo anemias como a ferropriva, megaloblástica, falciforme e talassemia. Também discute doenças renais e marcadores renais importantes para evitar a doença renal crônica (drc), como creatinina sérica e ureia. Além disso, o texto explora o diagnóstico laboratorial de infecções bacterianas e parasitárias, como salmonella, shigella, toxoplasmose, giardia e schistosoma mansoni, detalhando métodos de coloração, testes sorológicos e exames parasitológicos de fezes. O documento também aborda testes de coombs direto e indireto para detectar anticorpos em anemias hemolíticas autoimunes e a detecção de anticorpos anti-hiv.
Tipologia: Exercícios
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1. Qual a função da hemoglobina e o que indica um nível baixo dessa proteína?
A hemoglobina é a proteína responsável pelo transporte de oxigênio nas hemácias. Um nível baixo de hemoglobina indica anemia, que pode levar à hipóxia tecidual, fadiga e palidez.
2. O que é hematócrito e o que pode indicar um valor elevado?
O hematócrito é a proporção do volume sanguíneo ocupado por hemácias. Um valor elevado pode indicar policitemia ou desidratação (falsamente elevado).
3. O que significa VCM e quais condições podem estar associadas a um VCM baixo?
VCM significa Volume Corpuscular Médio, que mede o tamanho médio das hemácias. Um VCM baixo (microcitose) pode sugerir anemia ferropriva, talassemia ou anemia de doença crônica.
4. Explique a função da ferritina e como seus níveis podem variar em diferentes condições.
A ferritina é a principal proteína de armazenamento de ferro no organismo. Níveis baixos indicam deficiência de ferro (anemia ferropriva). Níveis altos podem indicar sobrecarga de ferro (hemocromatose) ou atuar como proteína de fase aguda em inflamações/doenças crônicas.
5. O que é TIBC e como seus níveis se comportam na anemia ferropriva?
TIBC (Capacidade Total de Ligação do Ferro) indica a capacidade da transferrina de se ligar ao ferro. Na anemia ferropriva, o corpo aumenta a produção de transferrina, resultando em um TIBC elevado.
6. Descreva a fisiopatologia da anemia ferropriva.
A fisiopatologia da anemia ferropriva envolve a diminuição dos estoques de ferro (baixa ferritina), a redução da síntese de hemoglobina e a produção de glóbulos vermelhos microcíticos (pequenos) e hipocrômicos (com pouca hemoglobina), levando à anemia.
7. Qual o papel da hepcidina na anemia de doença crônica e como ela afeta o metabolismo do ferro?
Na anemia de doença crônica, a inflamação crônica leva à produção de hepcidina, um hormônio do fígado. A hepcidina bloqueia a liberação de ferro dos estoques e reduz a absorção de ferro no intestino, resultando em ferro preso nos depósitos e não disponível para a medula óssea.
8. Explique a fisiopatologia da anemia sideroblástica, incluindo o papel do heme e das mitocôndrias.
Na anemia sideroblástica, a síntese do heme é prejudicada, especialmente no passo de unir ferro ao anel de protoporfirina. O ferro se acumula dentro das mitocôndrias das células precursoras dos glóbulos vermelhos, formando os sideroblastos em anel. Sem heme funcional, a hemoglobina fica deficiente, levando à anemia.
9. Como a destruição precoce de hemácias (hemólise) pode levar a macrocitose?
A destruição precoce das hemácias obriga a medula óssea a aumentar a produção. São liberados reticulócitos (hemácias imaturas), que são maiores que as hemácias maduras, o que pode aumentar o VCM, resultando em macrocitose discreta.
10. Descreva a fisiopatologia da anemia megaloblástica e o papel das vitaminas B12 e ácido fólico.
Na anemia megaloblástica, a deficiência de B12 ou ácido fólico prejudica a produção de DNA. As células tentam se dividir, mas o DNA não replica corretamente, resultando em células grandes e anormais (megaloblastos).
11. O que é anemia megaloblástica e qual a sua causa principal?
A anemia megaloblástica é um tipo de anemia caracterizada por glóbulos vermelhos maiores que o normal (macrocíticos) e neutrófilos hipersegmentados. A causa principal é a deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico, essenciais para a síntese de DNA nas células da medula óssea.
12. Descreva a fisiopatologia da anemia falciforme, incluindo a mutação genética envolvida e como ela afeta as hemácias.
A anemia falciforme é causada por uma mutação genética na cadeia β da globina, onde o ácido glutâmico é substituído por valina na sexta posição. Essa mutação leva à formação de hemoglobina anormal (HbS). Sob estresse, como baixa oxigenação, a HbS se polimeriza, distorcendo as hemácias em forma de foice. Essas células falcizadas são rígidas, dificultam a circulação e são destruídas prematuramente, causando anemia e danos a órgãos devido à isquemia e infartos.
13. Quais são os principais achados laboratoriais na talassemia e como eles diferem entre alfa e beta-talassemia?
Na talassemia, os principais achados laboratoriais incluem anemia microcítica e hipocrômica, reticulocitose variável e eletroforese de hemoglobina alterada. Na beta-talassemia, observa-se aumento de HbA2 e
A detecção de proteinúria/albuminúria na análise de urina é importante porque a presença persistente de proteína na urina, especialmente albumina, é um dos marcadores mais precoces e importantes de lesão renal. Pequenas quantidades de albumina (microalbuminúria) podem ser um sinal precoce de dano renal, especialmente em pacientes com diabetes e hipertensão.
19. Diferencie anemia ferropriva de anemia megaloblástica em termos de VCM (Volume Corpuscular Médio) e causas.
A anemia ferropriva é caracterizada por um VCM baixo (microcítica), enquanto a anemia megaloblástica é caracterizada por um VCM alto (macrocítica). A anemia ferropriva é causada pela deficiência de ferro, enquanto a anemia megaloblástica é causada pela deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico.
20. Explique o conceito de hematopoiese extramedular e em quais situações ela pode ocorrer.
Hematopoiese extramedular é a retomada da produção de células sanguíneas fora da medula óssea, principalmente no fígado e no baço, que eram os principais locais de hematopoiese durante o período fetal. Ela ocorre em situações onde a medula óssea não consegue suprir a demanda por células sanguíneas, como em casos de mielofibrose, talassemia grave ou outras doenças que afetam a medula óssea.
21. O que é proteinúria e como ela é quantificada?
Proteinúria é a presença de proteína em excesso na urina. Ela pode ser quantificada em uma amostra de urina de 24 horas ou, mais convenientemente, pela relação albumina/creatinina ou proteína/creatinina em uma amostra de urina aleatória.
22. Qual a utilidade do NGAL como marcador renal?
NGAL (Lipocalina Associada à Gelatinase Neutrofílica) é uma proteína rapidamente liberada pelas células tubulares renais danificadas. É um marcador promissor para lesão renal aguda (LRA), pois seus níveis aumentam rapidamente após um insulto renal, bem antes da creatinina.
23. Quais são as principais enzimas hepáticas utilizadas como marcadores de dano hepatocelular e qual a diferença entre ALT e AST em termos de especificidade?
As principais enzimas hepáticas utilizadas como marcadores de dano hepatocelular são a Alanina Aminotransferase (ALT) e a Aspartato Aminotransferase (AST). A ALT é mais específica para o fígado do que a AST, que também está presente em altas concentrações no músculo cardíaco, esquelético, rim e cérebro. Níveis elevados de ambas indicam dano hepatocelular, mas um aumento isolado de ALT sugere mais fortemente uma lesão hepática.
24. O que são troponinas e por que são consideradas o padrão-ouro para o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM)?
Troponinas (Troponina I e Troponina T) são proteínas reguladoras da contração muscular. São consideradas os marcadores mais sensíveis e específicos para lesão do músculo cardíaco. Seus níveis aumentam precocemente após um IAM e permanecem elevados por um período mais longo que a CK-MB, sendo o padrão-ouro para o diagnóstico de infarto.
25. Descreva o princípio do teste da catalase e cite um exemplo de bactéria catalase-positiva e uma catalase-negativa.
O teste da catalase verifica a presença da enzima catalase, que decompõe o peróxido de hidrogênio (H2O2) em água e oxigênio. A presença de bolhas após a adição de H2O2 a uma colônia bacteriana indica uma reação positiva. Staphylococcus é catalase-positiva, enquanto Streptococcus é catalase-negativa.
26. Explique a diferença entre meios de cultura seletivos e diferenciais, fornecendo um exemplo de cada um e como eles são utilizados na identificação bacteriana.
Meios seletivos contêm substâncias que inibem o crescimento de algumas bactérias, permitindo o crescimento de outras. Um exemplo é o Ágar Manitol Salgado (MSA), que inibe Gram-negativos e estreptococos, permitindo o crescimento de Staphylococcus. Meios diferenciais contêm substâncias que mostram diferenças visíveis entre espécies. Um exemplo é o Ágar MacConkey, que diferencia bactérias fermentadoras de lactose (colônias rosas) de não fermentadoras (colônias incolores).
27. Qual a importância da coloração de Gram na identificação bacteriana e quais as principais diferenças entre bactérias Gram- positivas e Gram-negativas?
A coloração de Gram é uma técnica fundamental na identificação bacteriana, pois permite diferenciar bactérias com base na estrutura da parede celular. Bactérias Gram-positivas possuem uma parede celular espessa, rica em peptidoglicano, e retêm o corante cristal violeta, aparecendo coradas de roxo. Bactérias Gram-negativas possuem uma parede celular mais fina e complexa, com uma camada de peptidoglicano revestida por uma membrana externa de lipopolissacarídeos, e perdem o corante cristal violeta durante o processo, sendo coradas posteriormente com safranina, aparecendo coradas de rosa ou vermelho.
28. Descreva o teste de Quellung e qual a sua aplicação na identificação de bactérias encapsuladas.
O teste de Quellung é um teste sorológico utilizado para identificar bactérias que possuem cápsula. Ele utiliza anticorpos específicos para a cápsula da bactéria (antígeno). Quando os anticorpos se ligam à cápsula, causam um inchamento da cápsula (quellung), tornando-a visível ao microscópio. Este teste é particularmente útil para identificar diferentes sorotipos de bactérias encapsuladas, como Streptococcus pneumoniae.
Os principais marcadores imunológicos utilizados no diagnóstico da Hepatite B (HBV) são: HBsAg (infecção ativa), Anti-HBs (imunidade), Anti- HBc Total (contato prévio com o vírus), Anti-HBc IgM (infecção aguda) e HBV-DNA (replicação e carga viral).
36. No contexto da Hepatite C (HCV), qual a diferença entre a detecção de Anti-HCV e HCV-RNA e qual a importância de cada um no diagnóstico?
Anti-HCV detecta anticorpos contra o HCV, indicando exposição prévia ao vírus, mas não diferencia infecção ativa de resolvida. HCV-RNA detecta o material genético do vírus (RNA), confirmando a infecção ativa e permitindo a quantificação da carga viral. A detecção de HCV-RNA é essencial para confirmar a viremia e o status da infecção, especialmente em pacientes com Anti-HCV positivo.
37. Quais são os dois principais grupos de HPV (Papilomavírus Humano) e quais doenças estão associadas a cada um deles?
Os dois principais grupos de HPV são: HPV de baixo risco oncogênico, associados a verrugas genitais e papilomas, e HPV de alto risco oncogênico, associados a lesões pré-cancerígenas e câncer, principalmente câncer de colo do útero.
38. Como a citologia oncótica (Papanicolau) auxilia no diagnóstico de infecção por HPV e qual alteração celular específica é indicativa dessa infecção?
A citologia oncótica (Papanicolau) auxilia no diagnóstico de infecção por HPV ao detectar alterações citopatológicas nas células cervicais causadas pelo vírus, como atipias e lesões de baixo e alto grau. A presença de células coilocíticas, que são células epiteliais com um halo claro perinuclear e núcleo hipercromático e irregular, é um sinal específico da infecção por HPV.
39. Qual a diferença entre HSV-1 e HSV-2 em relação às manifestações clínicas mais comuns?
HSV-1 é mais comumente associado a lesões orais (herpes labial), mas também pode causar herpes genital. HSV-2 é principalmente associado a herpes genital.
40. Explique o processo de infecção e latência do vírus Herpes Simples (HSV) e como isso se relaciona com as manifestações clínicas recorrentes.
Após a infecção primária, o vírus Herpes Simples (HSV) entra em um estado de latência em gânglios nervosos. Durante esse período, o vírus permanece inativo, mas pode ser reativado periodicamente, resultando em manifestações clínicas recorrentes, como herpes labial ou genital. Fatores como estresse, exposição solar e baixa imunidade podem desencadear a reativação viral.
41. Quais são os principais métodos de detecção direta do vírus HSV em amostras clínicas?
Os principais métodos de detecção direta do vírus HSV incluem: cultura viral (considerado o 'padrão ouro'), PCR (altamente sensível e específico, especialmente para infecções do SNC), esfregaço das células da base da lesão (para identificar células gigantes multinucleadas e inclusões intranucleares) e microscopia eletrônica (para visualização das partículas virais).
42. Como a sorologia (Anti-HSV IgM e IgG) é utilizada no diagnóstico de infecções por HSV e quais são suas limitações?
Anti-HSV IgM indica infecção recente/primária, mas pode ter reatividade cruzada e não é ideal para diagnosticar reativações. Anti-HSV IgG indica exposição prévia ao vírus e imunidade, sendo útil para identificar indivíduos expostos e diferenciar infecção primária de recorrência (se IgG for negativo na primária e positivo posteriormente). A sorologia não é usada para diagnosticar um episódio agudo, pois os anticorpos podem levar tempo para aparecer. O diagnóstico da lesão aguda é clínico ou por detecção direta do vírus.
43. Quais são os fatores predisponentes para candidíase e como eles contribuem para o desenvolvimento da infecção?
Os fatores predisponentes para candidíase incluem: imunossupressão (HIV/ AIDS, quimioterapia, transplantes), uso prolongado de antibióticos (que alteram a microbiota bacteriana), diabetes mellitus, uso de corticoides, gravidez, próteses dentárias e umidade excessiva. A imunossupressão diminui a capacidade do organismo de controlar o crescimento da Candida. Antibióticos de amplo espectro eliminam bactérias benéficas, permitindo o crescimento excessivo da Candida. Diabetes e corticoides podem alterar o ambiente da mucosa, favorecendo a proliferação fúngica.
44. Descreva o processo de exame direto para diagnóstico de candidíase, incluindo a preparação da amostra e o que é observado ao microscópio.
No exame direto para diagnóstico de candidíase, a amostra (raspado de lesões, secreção vaginal, urina, LCR, escarro) é misturada com KOH (hidróxido de potássio) a 10-20% para digerir o material celular do hospedeiro, facilitando a visualização dos fungos. Ao microscópio, observa- se a presença de leveduras (formas ovais) e pseudohifas (filamentos alongados, sugestivos de crescimento invasivo).
45. Quais são os meios de cultura utilizados para o isolamento de Candida e como o Chromagar Candida auxilia na identificação da espécie?
Os meios de cultura utilizados para o isolamento de Candida incluem Agar Sabouraud (SA) e Chromagar Candida. O Chromagar Candida permite diferenciar espécies de Candida por cor, facilitando a identificação
O VDRL é um teste de floculação que utiliza cardiolipina como antígeno para detectar anticorpos inespecíficos (reaginas) produzidos em resposta à infecção por Treponema pallidum. A leitura é feita pela visualização de floculação sob microscopia. Suas limitações incluem a possibilidade de falsos positivos (gravidez, doenças autoimunes, outras infecções) e o efeito pro-zona (falso negativo em altas concentrações de anticorpos).
51. Qual é o agente etiológico da toxoplasmose e como ocorre a transmissão?
O agente etiológico da toxoplasmose é o Toxoplasma gondii, um protozoário intracelular obrigatório. A transmissão ocorre principalmente pela ingestão de oocistos maduros presentes nas fezes de gatos (hospedeiro definitivo), contaminando água e alimentos, ou pela ingestão de carne crua ou mal cozida contendo cistos (principalmente porco e carneiro). Outras formas de transmissão incluem a ingestão de leite cru contendo taquizoítas, transplante de órgãos ou transfusão sanguínea (de mãe para feto, por taquizoítas), e inoculação acidental de taquizoítas.
52. Descreva o ciclo de vida da Giardia lamblia e como ela causa patogenia no hospedeiro.
O ciclo de vida da Giardia lamblia começa com a ingestão de cistos presentes em água ou alimentos contaminados. No intestino delgado, os cistos eclodem, liberando trofozoítos. Os trofozoítos aderem à mucosa intestinal, causando má absorção de nutrientes, inflamação e alteração das vilosidades. No intestino grosso, os trofozoítos se encistam, e os cistos são eliminados nas fezes, completando o ciclo.
53. Quais são as fases do ciclo de vida do Plasmodium e o que acontece em cada uma delas?
O ciclo de vida do Plasmodium possui três fases principais: exoeritrocítica (hepática), eritrocítica (sanguínea) e sexuada (no mosquito). Na fase exoeritrocítica, esporozoítos injetados pelo mosquito infectam hepatócitos, formando esquizontes hepáticos. Alguns Plasmodium (vivax e ovale) formam hipnozoítos (formas latentes). Na fase eritrocítica, merozoítos liberados do fígado infectam hemácias, onde se multiplicam assexuadamente. A lise das hemácias libera merozoítos que infectam novas hemácias. Alguns merozoítos se diferenciam em gametócitos. Na fase sexuada, gametócitos ingeridos pelo mosquito se desenvolvem em oocistos e esporozoítos, que migram para as glândulas salivares do mosquito.
54. Quais são os métodos de diagnóstico laboratorial para Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) e Leishmaniose Visceral (LV)?
Para LTA, os métodos incluem a pesquisa direta de amastigotas em esfregaços ou biópsias de lesões, cultura em meios específicos (NNN), PCR em amostras de lesões e o teste de Intradermoreação de Montenegro. Para LV, os métodos incluem a pesquisa direta de amastigotas em aspirado de medula óssea, baço ou linfonodo (padrão-ouro), cultura a partir de
aspirados, testes sorológicos (ELISA, IFI, Testes Rápidos) e PCR em amostras de sangue ou medula óssea.
55. Descreva as fases da Doença de Chagas e os métodos de diagnóstico laboratorial utilizados em cada fase.
A Doença de Chagas possui duas fases principais: aguda e crônica. A fase aguda pode ser sintomática ou assintomática, com alta parasitemia. O diagnóstico laboratorial na fase aguda inclui exame microscópico de sangue (gota espessa, método de Strout), métodos de concentração, hemocultura, xenodiagnóstico e PCR. A fase crônica possui duas formas: indeterminada (assintomática) e sintomática (cardíaca ou digestiva), com baixa parasitemia. O diagnóstico laboratorial na fase crônica é feito principalmente por testes sorológicos, como Imunofluorescência Indireta (IFI), ELISA e Hemaglutinação Indireta (HAI). É mandatório a realização de pelo menos DOIS testes sorológicos com metodologias diferentes.
56. Qual a importância do teste de avidez de IgG no diagnóstico da toxoplasmose em gestantes?
O teste de avidez de IgG é muito importante para gestantes com suspeita de toxoplasmose, pois ajuda a diferenciar entre uma infecção recente (baixa avidez de IgG, sugerindo infecção nos últimos 3-4 meses) de uma infecção antiga (alta avidez de IgG). Essa diferenciação é crucial para determinar o risco de transmissão congênita ao feto e orientar o tratamento adequado.
57. Quais são os principais sintomas da malária e como eles se manifestam?
Os principais sintomas da malária incluem febre intermitente (periódica), calafrios, sudorese, cefaleia, mialgia, fadiga, esplenomegalia e hepatomegalia. A febre é intermitente devido ao ciclo de multiplicação do parasita nas hemácias e à liberação de merozoítos, que causam a resposta inflamatória. A esplenomegalia e hepatomegalia são causadas pela resposta imune e pela destruição de hemácias no baço e fígado.
58. Como ocorre a transmissão da Leishmaniose e quais são as formas morfológicas do parasita envolvidas?
A transmissão da Leishmaniose ocorre pela picada de flebotomíneos (mosquito-palha, birigui) fêmeas infectadas. As formas morfológicas envolvidas são a promastigota (forma flagelada encontrada no intestino do mosquito) e a amastigota (forma não flagelada encontrada dentro de macrófagos no hospedeiro).
59. Quais são as principais formas de transmissão da Doença de Chagas além da vetorial?
Além da transmissão vetorial (picada do 'barbeiro'), a Doença de Chagas pode ser transmitida por transfusão sanguínea, via congênita (de mãe para filho durante a gravidez), via oral (ingestão de alimentos contaminados com fezes do barbeiro) e, mais raramente, por transplante de órgãos.
O ciclo de vida do Schistosoma mansoni envolve a eliminação de ovos nas fezes humanas, eclosão de miracídeos que infectam caramujos Biomphalaria spp., liberação de cercárias pelos caramujos, penetração ativa das cercárias na pele humana e migração para as veias mesentéricas. A fase aguda (Síndrome de Katayama) causa dermatite cercariana, febre, tosse e diarreia.
66. Quais são as formas de transmissão da teníase e da cisticercose, e qual a diferença entre o hospedeiro definitivo e intermediário no ciclo da Taenia solium****?
A teníase é transmitida pela ingestão de carne de porco ou boi crua ou mal cozida contendo cisticercos. A cisticercose é transmitida pela ingestão de ovos de Taenia solium. No ciclo da Taenia solium, o hospedeiro definitivo é o humano (teníase) e o hospedeiro intermediário é o porco (cisticercose). O humano pode ser um hospedeiro intermediário acidental na cisticercose.
67. Como a neurocisticercose é diagnosticada e quais são os principais sintomas associados a essa condição?
A neurocisticercose é diagnosticada por meio de neuroimagem (Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética) do cérebro para visualizar os cisticercos e por sorologia (ELISA, Western Blot) no soro ou líquido cefalorraquidiano para detectar anticorpos contra antígenos do Cysticercus. Os principais sintomas incluem convulsões, hidrocefalia, cefaleia e alterações psiquiátricas.
68. Qual é o objetivo do Controle de Qualidade Interno (CQI) em um laboratório clínico e como ele é realizado?
O objetivo do CQI é monitorar a precisão e a exatidão dos métodos e equipamentos do laboratório, detectar erros analíticos o mais rápido possível, garantir que os resultados de rotina estejam dentro de limites aceitáveis e identificar a necessidade de calibração ou manutenção dos equipamentos. Ele é realizado utilizando materiais de controle com valores conhecidos, analisados junto com as amostras dos pacientes, e seus resultados são plotados em gráficos de controle (Gráficos de Levey- Jennings).
69. Explique o que são as Regras de Westgard e qual a sua importância no Controle de Qualidade Interno (CQI).
As Regras de Westgard são um conjunto de regras estatísticas que ajudam a interpretar os gráficos de Levey-Jennings e a identificar se um desvio no resultado do controle é um erro aleatório aceitável ou um erro sistemático que requer investigação. Quando uma regra de Westgard é violada, o laboratório deve interromper a análise de amostras de pacientes, investigar a causa do problema, corrigi-la e repetir as análises.
70. Qual é o objetivo do Controle de Qualidade Externo (CQE) e como ele difere do Controle de Qualidade Interno (CQI)?
O objetivo do CQE é verificar a exatidão dos resultados do laboratório em relação a um valor de referência, detectar erros que podem não ser evidentes no CQI, comparar o desempenho do laboratório com o de outros laboratórios e identificar tendências ou vieses que possam afetar a qualidade dos resultados a longo prazo. Diferentemente do CQI, que é realizado internamente, o CQE é uma avaliação externa e imparcial do desempenho do laboratório, comparando seus resultados com os de outros laboratórios.
71. O que é o efeito prozona e como ele pode afetar os resultados de testes de precipitação?
O efeito prozona ocorre em testes de precipitação quando há um excesso de anticorpos em relação ao antígeno. Esse excesso impede a formação de grandes complexos antígeno-anticorpo insolúveis, resultando em falsos negativos ou subestimação da concentração do analito. Os complexos formados são pequenos e solúveis, não formando o precipitado visível necessário para a detecção.
72. Descreva o princípio por trás dos testes de aglutinação direta e cite um exemplo de sua aplicação.
Nos testes de aglutinação direta, os anticorpos reagem diretamente com antígenos presentes na superfície de uma célula ou partícula, formando agregados visíveis. Um exemplo comum é a determinação do sistema ABO e fator Rh, onde anticorpos específicos (anti-A, anti-B, anti-Rh) reagem com antígenos presentes nas hemácias, causando aglutinação se houver correspondência.
73. Qual a finalidade do uso do soro Rogan e em que situação ele é administrado?
O soro Rogan contém anticorpos anti-Rh e é utilizado para destruir hemácias fetais na circulação materna antes que a mãe seja estimulada a produzir seus próprios anticorpos anti-Rh. Isso previne a isoimunização Rh, que pode causar doença hemolítica do recém-nascido em gestações futuras. É administrado em até 72 horas após o parto de uma mãe Rh-negativa que teve um bebê Rh-positivo.
74. Explique a diferença entre o teste de Coombs direto e indireto, incluindo suas aplicações.
O teste de Coombs direto detecta anticorpos que já estão ligados à superfície das hemácias do paciente. É usado em anemias hemolíticas autoimunes e doença hemolítica do recém-nascido. O teste de Coombs indireto detecta anticorpos livres no soro do paciente que podem se ligar às hemácias. É usado em testes de compatibilidade sanguínea e pesquisa de anticorpos irregulares.
75. Descreva os passos principais do ELISA indireto e qual o seu objetivo.
laboratório. As regras de Westgard são um conjunto de critérios estatísticos utilizados para avaliar os resultados do CQI e determinar se o processo analítico está sob controle. O uso das regras de Westgard ajuda a identificar erros sistemáticos e aleatórios, garantindo a confiabilidade dos resultados dos pacientes.
81. Descreva o princípio fundamental por trás da técnica de Western Blot e sua principal aplicação no contexto de diagnóstico de doenças infecciosas.
O Western Blot é uma técnica que permite a identificação de proteínas específicas em uma amostra. O princípio fundamental envolve a separação de proteínas por eletroforese em gel, seguida da transferência dessas proteínas para uma membrana. A membrana é então incubada com anticorpos específicos para a proteína de interesse. Se a proteína estiver presente, o anticorpo se ligará a ela. Um anticorpo secundário, conjugado com uma enzima ou fluorocromo, é usado para detectar a ligação do anticorpo primário. A detecção final é realizada através da adição de um substrato cromogênico (se enzima) ou leitura em scanner (se fluorocromo), visualizando as bandas proteicas reconhecidas pelos anticorpos do paciente. No contexto de doenças infecciosas, o Western Blot é usado como um teste confirmatório de alta especificidade, como no diagnóstico de HIV e HTLV, pois permite identificar anticorpos contra proteínas específicas do patógeno.
82. Explique o processo de RT-PCR e por que ele é necessário para a detecção de vírus como o HIV e o SARS-CoV-2.
RT-PCR (Reverse Transcription PCR) é uma variação da PCR utilizada para detectar RNA viral. O processo envolve, primeiramente, a conversão do RNA viral em DNA complementar (cDNA) utilizando a enzima transcriptase reversa. Em seguida, o cDNA é amplificado por PCR. A RT-PCR é necessária para a detecção de vírus como o HIV e o SARS-CoV-2 porque esses vírus possuem genoma de RNA. A PCR padrão amplifica DNA, portanto, a etapa de transcrição reversa é essencial para converter o RNA viral em cDNA, que pode então ser amplificado e detectado.
Qual a função da hemoglobina e o que indica um nível baixo dessa proteína?
O que é hematócrito e o que pode indicar um valor elevado?
O que significa VCM e quais condições podem estar associadas a um VCM baixo?
Explique a função da ferritina e como seus níveis podem variar em diferentes condições.
O que é TIBC e como seus níveis se comportam na anemia ferropriva?
Descreva a fisiopatologia da anemia ferropriva.
Qual o papel da hepcidina na anemia de doença crônica e como ela afeta o metabolismo do ferro?
Explique a fisiopatologia da anemia sideroblástica, incluindo o papel do heme e das mitocôndrias.
Como a destruição precoce de hemácias (hemólise) pode levar a macrocitose?
Descreva a fisiopatologia da anemia megaloblástica e o papel das vitaminas B12 e ácido fólico.
O que é anemia megaloblástica e qual a sua causa principal?
Descreva a fisiopatologia da anemia falciforme, incluindo a mutação genética envolvida e como ela afeta as hemácias.
Quais são os principais achados laboratoriais na talassemia e como eles diferem entre alfa e beta-talassemia?
Explique o processo de hematopoiese, desde a célula-tronco hematopoiética até as células maduras, e cite exemplos de fatores de crescimento hematopoiéticos e suas funções.
Em quais locais ocorre a hematopoiese durante a vida embrionária e na vida adulta?
Quais são as limitações da creatinina sérica como marcador de função renal?
Como a relação ureia/creatinina pode ser utilizada na avaliação da função renal e quais condições podem levar a uma relação elevada?
Qual a importância da detecção de proteinúria/albuminúria na análise de urina e o que ela pode indicar?
No contexto da Hepatite C (HCV), qual a diferença entre a detecção de Anti-HCV e HCV-RNA e qual a importância de cada um no diagnóstico?
Quais são os dois principais grupos de HPV (Papilomavírus Humano) e quais doenças estão associadas a cada um deles?
Como a citologia oncótica (Papanicolau) auxilia no diagnóstico de infecção por HPV e qual alteração celular específica é indicativa dessa infecção?
Qual a diferença entre HSV-1 e HSV-2 em relação às manifestações clínicas mais comuns?
Explique o processo de infecção e latência do vírus Herpes Simples (HSV) e como isso se relaciona com as manifestações clínicas recorrentes.
Quais são os principais métodos de detecção direta do vírus HSV em amostras clínicas?
Como a sorologia (Anti-HSV IgM e IgG) é utilizada no diagnóstico de infecções por HSV e quais são suas limitações?
Quais são os fatores predisponentes para candidíase e como eles contribuem para o desenvolvimento da infecção?
Descreva o processo de exame direto para diagnóstico de candidíase, incluindo a preparação da amostra e o que é observado ao microscópio.
Quais são os meios de cultura utilizados para o isolamento de Candida e como o Chromagar Candida auxilia na identificação da espécie?
Como a hemocultura e a pesquisa de marcadores séricos (Beta-D- Glucano, Manana e Anti-Manana) são utilizados no diagnóstico de candidíase invasiva/sistêmica?
Quais são as características distintivas do Streptococcus pyogenes em relação à sua morfologia, hemólise e importância clínica?
Diferencie Staphylococcus aureus de outros Staphylococcus coagulase- negativos em termos de características laboratoriais e infecções associadas.
Descreva o processo de diagnóstico laboratorial da sífilis, incluindo os testes não treponêmicos e treponêmicos, e explique a importância de cada um.
Explique o princípio do teste VDRL e suas limitações no diagnóstico da sífilis.
Qual é o agente etiológico da toxoplasmose e como ocorre a transmissão?
Descreva o ciclo de vida da Giardia lamblia e como ela causa patogenia no hospedeiro.
Quais são as fases do ciclo de vida do Plasmodium e o que acontece em cada uma delas?
Quais são os métodos de diagnóstico laboratorial para Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) e Leishmaniose Visceral (LV)?
Descreva as fases da Doença de Chagas e os métodos de diagnóstico laboratorial utilizados em cada fase.
Qual a importância do teste de avidez de IgG no diagnóstico da toxoplasmose em gestantes?
Quais são os principais sintomas da malária e como eles se manifestam?
Como ocorre a transmissão da Leishmaniose e quais são as formas morfológicas do parasita envolvidas?
Quais são as principais formas de transmissão da Doença de Chagas além da vetorial?
Explique a diferença entre os métodos de diagnóstico parasitológico de fezes: direto a fresco, métodos de concentração (Hoffman, Ritchie, Faust) e método de Willis, no contexto do diagnóstico da Giardíase.
Qual é o método padrão ouro para o diagnóstico laboratorial da enterobíase e por que o EPF (Exame Parasitológico de Fezes) não é adequado?
Descreva o ciclo de vida do Ascaris lumbricoides , incluindo a fase pulmonar e as manifestações clínicas associadas.
Quais são as principais diferenças no ciclo de vida entre Ascaris lumbricoides e Trichuris trichiura?
Como ocorre a transmissão do amarelão (infecção por Necator americanus ou Ancylostoma duodenale ) e quais são as principais manifestações clínicas da fase intestinal?
Descreva o ciclo de vida do Schistosoma mansoni , incluindo o papel dos caramujos Biomphalaria spp. e as manifestações clínicas da fase aguda (Síndrome de Katayama).
Quais são as formas de transmissão da teníase e da cisticercose, e qual a diferença entre o hospedeiro definitivo e intermediário no ciclo da Taenia solium?
Como a neurocisticercose é diagnosticada e quais são os principais sintomas associados a essa condição?