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Um estudo epidemiológico sobre o uso da profilaxia pós-exposição (pep) ao hiv na 6ª região de saúde de união da vitória, no estado do paraná, no brasil. O documento fornece informações sobre os dados coletados sobre os usuários da pep, incluindo a faixa etária, o sexo e o tipo de exposição. Além disso, o documento discute a importância da pep na prevenção da infecção pelo hiv e o processo de replicação do vírus. O documento também aponta para a importância de divulgar informações sobre a pep para a população em geral e para os profissionais da saúde.
Tipologia: Teses (TCC)
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Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Biomedicina, Área das Ciências Biológicas e da Saúde do Centro Universitário do Vale do Iguaçu – Uniguaçu, com requisito para obtenção de nota avaliativa para a disciplina de TCC 1. Professor Orientador: Esp. Rafael Fiamoncini Ferreira UNIÃO DA VITÓRIA – PR 2020
Com o aumento gradativo dos casos de HIV nos últimos anos no Brasil foi notada a falta de informações a respeito de um grande aliado, o tratamento pós exposição ao vírus do HIV, disponível para toda a população em casos tanto de violência sexual, exposição consentida ou exposição ocupacional, porem mesmo sendo de grande importância nos casos citados ainda não há grande conhecimento público. O objetivo dessa pesquisa foi realizar um perfil epidemiológico dos usuários que usufruíram da PEP, com base nos dados concedidos pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Iguaçu (CISVALE), respeitando a privacidade dos indivíduos e assim criando um modo de informar a população regional da importância e do conhecimento desse método. A metodologia utilizada foi de forma quantitativa, os dados foram analisados de forma estatística onde os mesmos puderam ser organizados pela faixa etária, sexo e tipo de exposição. No intervalo de 2 anos aonde foram colhidos os dados utilizados, foram registrados 78 casos de pacientes que fizeram uso do PEP entre a população das 9 cidades que compõem a 6° Regional de saúde de União da Vitoria, entre esses casos foi notado que a maioria dos pacientes eram do sexo feminino, sendo esses prevalentes nos casos de exposição ocupacional e totais nos de violência sexual, enquanto na exposição consentida a grande maioria foi do sexo masculino, levando em consideração a faixa etária de todos os tipos de exposição, houve um certo equilíbrio entre 13 a 29 anos e 30 a 59 anos. Torna-se evidente, com esses resultados que ainda há pouca procura por esse método, levando em consideração que os dados colhidos abrangem uma grande população que resultou em apenas 78 casos de tratamento com a PEP em 2 anos. Palavras-chave: PEP, perfil epidemiológico, HIV, exposição.
With the gradual increase in HIV cases in recent years in Brazil, was noticed the lack of information about a great ally, the post-exposure prophylaxis treatment to the HIV virus, available to the entire population in cases of sexual violence, consent exposure or exposure occupational, but even though it is of great importance in the importante aforementioned cases there is still not much knowledge public. The objective of this research was to carry out an epidemiological profile of the users who took advantage of the PEP based on data provided by the Intermunicipal Health Consortium of Vale do Iguaçu (CISVALE), respecting the privacy of the individuals and thus creating a way to inform the population of the regions about the importance of this method. The methodology used was in a quantitative way where the data was analyzed in a statistical way, and they were be organized by age, sex and type of exposure. In the interval of 2 years from which the data used in this project were collected, 78 cases of patients was recorded who used the PEP method in the 9 cities that make part of the 6th regional health region of União Da Vitoria, among these cases, was noted that most patients were female, these being prevalent in cases of occupational exposure and total in cases of sexual violence, while in consented exposure the majority was male, taking into account the age range of all types of exposure, there was a certain balance between 13 to 29 years and 30 to 59 years. It's evident from these results that there's still a little demand for this method, taking into account that the data collected cover a large population that resulted in only 78 cases of treatment with PEP in 2 years. Keywords: PEP, epidemiological profile, HIV, exposure.
Quadro 1 – Apresentações e posologias de antirretrovirais preferenciais para PEP............................................................................................................................2 4 Quadro 2 – Esquemas alternativos para PEP............................................................ Quadro 3 – Apresentações e posologias de antirretrovirais alternativos para PEP... Quadro 4 – Esquema preferencial de ARV e medicações alternativas para PEP em gestantes.................................................................................................................... Quadro 5 – Apresentações e posologias de ARV preferenciais para PEP em gestantes.................................................................................................................... Quadro 6 – Esquema para PEP em crianças e adolescentes de acordo com faixa etária........................................................................................................................... Quadro 7 – Procedimentos de notificação.................................................................
Gráfico 1 – Pacientes que realizaram o uso do PEP na 6° Regional de saúde do Paraná, 2018 a 2020.................................................................................................. Gráfico 2 – Tipos de exposição que pacientes tiveram antes de realizar o PEP....... Gráfico 3 – Sexo dos usuários que fizeram o uso do PEP decorrente de violência sexual......................................................................................................................... Gráfico 4 – Faixa Etária dos usuários que realizaram o uso do PEP após violência sexual......................................................................................................................... Gráfico 5 – Sexo dos usuários que utilizaram o PEP após exposição ocupacional................................................................................................................ 33 Gráfico 6 – Faixa Etária dos usuários que utilizaram o PEP após exposição ocupacional................................................................................................................ Gráfico 7 – Sexos dos usuários que utilizaram o PEP decorrente de exposição consentida.................................................................................................................. Gráfico 8 – Faixa etária dos usuários que utilizaram o PEP decorrente de exposição consentida..................................................................................................................
AIDS configura-se como uma doença causada, pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês), que ataca o sistema imunológico, deixando assim o indivíduo portador imunodeprimido. Capaz de alterar o DNA das células, principalmente os linfócitos T CD4+, depois de se multiplicar, rompe a célula em busca de outras, para continuar a infecção, infelizmente o corpo humano não consegue se livrar do HIV. (BRASIL, 2020). O HIV faz parte da família Retroviridae , subfamília Orthoretrovirinae , gênero Lentivirus , por meio de reações sorológicas foram evidenciados, até o momento, 2 tipos antigênicos: HIV-1 e HIV-2. O HIV-1 é o tipo mais virulento e mais disseminado pelo mundo, enquanto o HIV-2 parece ser menos patogênico (SANTOS, 2015) O mesmo é composto por duas cadeias iguais de RNA organizada dentro de um núcleo de proteínas virais, circundado por um envelope composto por uma bicamada fosfolipídica derivada da membrana da célula, mas com/ envolvimentos de proteínas de membrana codificadas pelos vírus (ABBAS, 2015). No momento da infecção pelo vírus do HIV, o sistema imunológico começa a ser atacado entre três a seis semanas, ocasionados sintomas de uma infecção agudam que podem passar despercebidos, como febre e mal-estar, levando de um a dois meses para que o organismo comece a produzir anticorpos. A fase seguinte é sinalizada por uma forte interação entre as células de defesa e as rápidas mutações do vírus, o organismo acaba ficando debilitado e indefeso, sendo marcada por uma alta redução dos linfócitos T CD4+, os sintomas nessa fase incluem febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento. Doenças oportunistas aparecem por se aproveitarem da fraqueza do organismo, esse é o estágio mais avançado da aids, podendo ocorrer hepatites virais, pneumonia, tuberculose, toxoplasmose e alguns tipos de câncer (BRASIL, 2020). Para que aconteça o diagnóstico da infecção recente pelo HIV, existem estratégias de testagem, fornecendo uma base segura para que seja rapidamente concluído. Ele é realizado a partir da coleta de sangue ou fluido oral por meio de exames laboratoriais e testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos, podem ser feitos de forma anônima (BRASIL, 2018)
O tratamento para o HIV é realizado com antirretrovirais, agindo inibindo a multiplicação do vírus no organismo, e como resultado, evitando o enfraquecimento do sistema imunológico, o que era antes uma infecção quase sempre fatal em uma condição crônica controlável, embora ainda não haja uma cura. Atualmente existem 21 medicamentos em 37 apresentações farmacêuticas. A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) de risco à infecção pelo HIV equivale ao uso de medicamentos para diminuir o risco de adquirir essas infecções, atualmente a PEP é uma tecnologia inserida na estratégia da Prevenção combinada, na qual seu objetivo é ampliar as formas de intervenção para evitar novas infecções pelo HIV. No Brasil, no ano de 2018 foram diagnosticados 43.941 novos casos de HIV e 37.161 casos de Aids, notificados pelo Sinan, totalizando 966.058 casos de Aids no período de 1980 a junho de 2019, a partir de 2012, vem sendo observado uma diminuição na taxa de detecção de Aids no Brasil (BRASIL, 2019) 1.1. JUSTIFICATIVA Desde seu surgimento em meados dos anos 80, o HIV teve um avanço muito significativo rapidamente, estima-se que entre 1890 até 2019, 966,058 casos de AIDS foram detectados sendo eles 43,941 mil apenas em 2018, destes casos supõem-se que aproximadamente 70% dos indivíduos tem ciência do seu estado soropositivo (BRASIL, 2019) Mesmo com os números crescentes da doença e o conhecimento hoje adquirido sobre a mesma, existe uma falsa sensação de segurança, no que tange a questão primordialmente de tratamento, muitas vezes a proteção inicial é deixada de lado. No brasil a população sabe da importância do uso do preservativo para a prevenção sexual que tem um papel importante, devido a gravidade que acomete os indivíduos soro positivos, mas apesar dos fatos, ainda não há números satisfatórios de seu uso, foi observado que o uso do preservativo está ligado ao nível socio econômico, escolaridade, crenças e até mesmo o mito do comprometimento do desemprenho sexual (JIMÉNEZ; GOTLIEB; HARDY; ZANEVELD, 2001) Justifica-se essa pesquisa, na finalidade de coletar informações baseadas nos dados registrados no Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Iguaçu – CISVALI, foi criado e constituído em 12 de dezembro de 1995. É formado por 09 (nove) municípios, da área de abrangência da 6º Regional de Saúde de União da
1.2.1. Objetivo geral Realizar uma soroprevalência regional sobre acometimentos de risco para infecção do vírus HIV utilizando dados da profilaxia pós-exposição ao vírus, criando um perfil epidemiológico na área da saúde da população da 6° regional de saúde de União da Vitoria. 1.2.2. Objetivos Específicos a) Descrever características gerais e específicas do acometimento do vírus HIV b) Deflagar a importância do diagnóstico para o vírus do HIV, além de comparar diferentes metodologias laboratoriais para diagnóstico do HIV. c) Citar o protocolo de tratamento, destacando risco potencial e benefício.
A AIDS sendo uma manifestação clínica decorrente de imunodeficiência causada pelo vírus do HIV ( HIV-human immunodeficiency vírus ), se diferenciando no tipo 1, sendo o mais patogênico e prevalente em todo o mundo, e o tipo 2, onde é endêmico na África Ocidental e Ásia. (PARHAM, 2001). A sua principal propriedade é a supressão do sistema imune, devido à baixa produção de células T, deixando o indivíduo suscetível a infecções oportunistas, neoplasias secundárias e doenças neurológicas. (ROBBINS, 2001). Vírus são organismos que utilizam a estrutura do seu hospedeiro para a sua sobrevivência, se organizam na extensão genética, sua estrutura forma-se de um nucleocapsídeo, em que estão inseridas duas fitas de RNA e enzimas necessárias para replicação (sendo transcriptase reversa, protease e integrase). O nucleocapsídeo é envolvido por um envelope de dupla camada fosfolipídica originada do hospedeiro e contendo as proteínas do envelope: a glicoproteína 120 (gp120) e a glicoproteína 41 (g41) (ABBAS, 2015). Assim que o HIV infecta os macrófagos, as células dendríticas, essencialmente os linfócitos T auxiliares-indutores, chamados por T helper cells, responsáveis pela modulação da resposta imunológica. Em todas essas células, existe o CD4, um fenótipo de superfície, que é o receptor de afinidade para a proteína gp120 do HIV, existe outra linhagem celular, os linfócitos T CD8+, constituindo a linhagem de defesa do ser humano em consequência da infecção causada pelo HIV, células T CD8+ são encarregados da defesa contra patógenos ou células infectadas por vírus (ABBAS, 2015). Logo após serem infectadas pelo vírus, as células do grupamento CD4, especialmente os linfócitos T, expressam na sua superfície, proteínas virais, nas quais os linfócitos T CD8+ reconhecem em seguida destroem essas células infectadas. (PARHAM, 2001). Para que o processo de replicação do vírus aconteça, é preciso ocorrer a ligação do gp120 do envelope do HIV para a célula CD4, e em seguida, ao receptor para quimosinas, após essa ligação, ocorre uma fusão através da gp41, com a membrana plasmática da célula, acontecendo então a entrada do HIV no citoplasma. Na fase seguinte, a proteína transcriptase reversa transcreve o genoma de RNA viral
A Vigilância Epidemiológica (VE) do DIAHV tem por objetivo a observação e análise permanente da situação epidemiológica das IST, do HIV/aids, das hepatites virais e coinfecções, articulando-se em um conjunto de ações destinadas à promoção, prevenção e recuperação da saúde. Também visa subsidiar com informações relevantes os processos de formulação, gestão e avaliação das políticas e ações públicas de importância estratégica. Em suma, informações para ação (Ministério da Saúde, 2020) 2.3.1. Testes Seguido da descoberta do HIV, foram elaborados imunoensaios (IE) para o diagnóstico, existem 4 gerações que foram empregadas de acordo com a evolução de metodologias aplicadas, a primeira geração foi comercialmente liberada em 1985, as características das 4 gerações de IE estão descritas a seguir. 2.3.2. Primeira geração O ensaio de primeira geração tem o formato indireto, isto significa que os anticorpos específicos são detectados por um conjugado constituído por um anticorpo anti-igG humano. Na fase sólida, anticorpos são acarretados de um lisado viral de HIV. (GUARNER, 2017) Devido a essas características, esses ensaios são pouco específicos, e como detectam apenas igG, encontram-se menos sensíveis do que ensaios de gerações subsequentes, a sua janela de soro conversão tem em média de 35 a 45 dias, atualmente deixaram de ser utilizados na rotina de diagnóstico dos laboratórios (BUTTÒ et al. 2010).
Figura 01 – Ensaio imunoenzimático indireto do tipo ELISA Fonte: adaptado de BRASIL, 2010ª. 2.3.3. Segunda geração O ensaio de segunda geração assim como a primeira, tem o formato indireto, entretanto utiliza antígenos recombinantes derivados de proteínas do HIV, esse formato decorre da compreensão de que existem regiões antigênicas em estabelecidas proteínas do HIV – epítopos imunodominantes – que se tornam alvos preferenciais da resposta imune humana, quanto maior a quantidade de epítopos imunodominantes, mais sensível o ensaio irá ser (ALEXANDER, 2016). 2.3.4. Terceira geração Os ensaios da terceira geração tem o formato de “sanduíche” (imunométrico). A sua característica é detectar simultaneamente anticorpos anti-HIV igM e igG, utilizando antígenos recombinantes ou peptídeos sintéticos tanto na forma de conjugado ou na fase sólida. (GUARNER, 2017).
Figura 3 – Ensaio imunoenzimático “sanduíche” ou imunométrico de quarta geração do tipo ELISA . Fonte: DIAHV/SVS/MS
Teste rápidos (TR) são imunoensaios (E) simples, com o seu resultado em até 30 minutos, sendo realizados na forma presencial, em ambiente não laboratorial com amostra total do sangue obtida por punção digital ou fluido oral. (PEELING; MABEY, 2010). Existem diversos modelos de TR, os mais aplicados são: dispositivos de imunocromatografia de fluxo lateral, imunocromatografia de duplo percurso e imunoconcentração. (OWEN, 2012) Os testes rápidos por imunocromatografia de fluxo lateral fazem uso de uma membrana de nitrocelulose fragmentada em quatro áreas. Funcionam da seguinte forma: No local indicado, a amostra é colocada, sobre ela é adicionada a solução tampão. Os anticorpos que estão na amostra, fluem lateralmente pela membrana, onde se inicia a ligação com o conjugado e prosseguem em direção à área de teste, (BRASIL, 2014). Na área de teste, o complexo anticorpo-conjugado, ligam-se aos antígenos do agente infeccioso investigado, formando uma banda colorida. Já o conjugado não ligado ao anticorpo e o excesso do complexo imune segue com a migração, ao longo da membrana que contêm nitrocelulose, em rumo à área de controle, onde os mesmos são capturados por anticorpos anti-imunoglobulina, assim formando outra banda colorida (BRASIL,2018) Figura 4 – Ilustração do funcionamento de um teste rápido de fluxo lateral. Fonte: Ministério da Saúde, 2014. Quando houver formação com duas bandas coloridas, na área teste e outra no controle, significa que o resultado é reagente. Quando o resultado é não reagente, a