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Pequenos negócios e desenvolvimento municipal (III) , Notas de estudo de Cultura

Empreendedorismo e municípios

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 22/05/2012

carlos-antunes-20
carlos-antunes-20 🇧🇷

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PEQUENOS NEGÓCIOS E DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL (III): ANÁLISE DAS CONDIÇÕES
LOCAIS E MONITORAÇÃO DAS AÇÕES
Duas questões básicas do planejamento da estratégia municipal voltada para o
desenvolvimento de micro e pequenos negócios são a de como avaliar as condições locais
e como controlar os resultados das ações implementadas, isto é, medir o grau em que os
agentes conseguem traduzir tais condições em geração de emprego e renda. Este artigo
aborda aspectos de diagnóstico e controle que podem contribuir para dar aos planos
melhor fundamentação e condições de acompanhamento.
O trabalho e análise que antecede a formulação torna necessário, como ponto de partida, um
diagnóstico bem feito. Uma investigação bem conduzida sobre ameaças, oportunidades, pontos
fortes e pontos fracos poderá evitar problemas futuros, ao servir de fundamento para a orientação
da estratégia. Trata-se de situar o ponto de partida (“onde estamos”) para então refletir sobre a
natureza e a magnitude do avanço pretendido (“aonde queremos chegar”). Para ligar esses dois
pontos, será então necessário escolher o melhor caminho a seguir para que tal avanço se
concretize, preferencialmente contando com boas informações e com o auxílio de especialistas
(assessores ou outros) especializados nos temas estratégicos do município1.
Tendo em vista que o processo de implementação é contínuo, o trabalho de diagnosticar a
realidade não se esgota com a formulação. Ele deverá ser renovado regularmente, para que se
possa atualizar o conhecimento relacionado com o ambiente e com os agentes envolvidos no
processo, antecipando mudanças e promovendo as correções necessárias.
Condições locais e vocações locais
1 Referimo-nos aqui a especializações produtivas (turismo receptivo, agricultura orgânica, produção
de laticínios, apicultura, etc.) mas também a temas transversais (tecnologia, capacitação
profissional, preservação ambiental, etc.), conforme a necessidade.
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PEQUENOS NEGÓCIOS E DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL (III): ANÁLISE DAS CONDIÇÕES

LOCAIS E MONITORAÇÃO DAS AÇÕES

Duas questões básicas do planejamento da estratégia municipal voltada para o desenvolvimento de micro e pequenos negócios são a de como avaliar as condições locais e como controlar os resultados das ações implementadas, isto é, medir o grau em que os agentes conseguem traduzir tais condições em geração de emprego e renda. Este artigo aborda aspectos de diagnóstico e controle que podem contribuir para dar aos planos melhor fundamentação e condições de acompanhamento.

O trabalho e análise que antecede a formulação torna necessário, como ponto de partida, um diagnóstico bem feito. Uma investigação bem conduzida sobre ameaças, oportunidades, pontos fortes e pontos fracos poderá evitar problemas futuros, ao servir de fundamento para a orientação da estratégia. Trata-se de situar o ponto de partida (“onde estamos”) para então refletir sobre a natureza e a magnitude do avanço pretendido (“aonde queremos chegar”). Para ligar esses dois pontos, será então necessário escolher o melhor caminho a seguir para que tal avanço se concretize, preferencialmente contando com boas informações e com o auxílio de especialistas (assessores ou outros) especializados nos temas estratégicos do município 1.

Tendo em vista que o processo de implementação é contínuo, o trabalho de diagnosticar a realidade não se esgota com a formulação. Ele deverá ser renovado regularmente, para que se possa atualizar o conhecimento relacionado com o ambiente e com os agentes envolvidos no processo, antecipando mudanças e promovendo as correções necessárias.

Condições locais e vocações locais

(^1) Referimo-nos aqui a especializações produtivas (turismo receptivo, agricultura orgânica, produção

de laticínios, apicultura, etc.) mas também a temas transversais (tecnologia, capacitação profissional, preservação ambiental, etc.), conforme a necessidade.

Freqüentemente se aborda a questão das vocações tradicionais do município ou região, isto é, o papel determinado pelo conjunto de suas características, recursos e histórico. É útil ter em mente que a importância desses elementos, a forma que assumem e a maneira de combiná-los se alteram continuamente, e que eles não devem servir como limitante ou freio à criatividade na concepção de alternativas de linhas de ação. Pelo contrário, cabe mesmo questionar as bases do que se tem como vocação natural ou tradicional, para que não encubram oportunidades vantajosas de desenvolvimento.

Cabe sempre comparar, de forma isenta e com base em informações diligentemente levantadas, as vantagens e desvantagens de reafirmar a vocação existente explorando as vantagens de contar com recursos desenvolvidos com a busca de alternativas a ela. Tal comparação se faz pelo exame de história e contexto, isto é, pela compreensão das tendências de evolução da economia local e pela análise das condições de inserção dela em seu ambiente. Trata-se de entender o cenário competitivo e sua dinâmica para poder tomar as decisões sobre a melhor linha de ação a seguir, sem esquecer que as decisões são pautadas por conjuntos de interesses legítimos representados pelos agentes do poder político locais.

Estrutura para controle e acompanhamento

Para que se mantenha ou se intensifique, a competitividade deve ser gerida. Acompanhar os resultados de ações voltadas para essa gestão faz necessários recursos materiais e humanos qualificados, além de sistemas de indicadores e um fluxo de informações que torne possível aferir a distância entre resultados intermediários previstos e os realizados, para adoção de medidas corretivas e compensatórias. O acompanhamento deve ser feito durante a implementação, e a tempo de adotar providências necessárias, e não depois.

Quanto mais claras e específicas forem as metas estabelecidas e os aspectos que permitirão aferir a competitividade, mais fácil será fazer a verificação sistemática. Trata-se de mensurar o desempenho^2 , compará-lo com o pretendido e adotar as providências corretivas para que se chegue aos resultados esperados. O coração do processo de monitoramento reside na boa qualidade e estruturação do conjunto de informações disponíveis, que por sua vez dependem da existência de sistemas de apoio projetados de forma a atender esta necessidade.

(^2) Em sentido amplo, trata-se de avaliar meios e procedimentos empregados, os resultados imediatos e suas conseqüências, qualidade, eficácia e grau de satisfação das pessoas a quem se dirigem os esforços.