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Relato de Caso: Calcificação de Cartilagens Alares em Equinos e Cistite Secundária, Resumos de Veterinária

Um relato de caso de um equino que sofreu de calcificação de cartilagens alares e cistite secundária. O animal foi tratado no hospital veterinário do centro universitário luterano de palmas (hv-ceulp/ulbra), sendo diagnosticado com claudicação, calcificação grave das cartilagens alares, deformação da úngula, excesso de sola e talões, e cistite hemorrágica. O diagnóstico, tratamento e resultados obtidos, além das complicações secundárias causadas devido à desordem do aparelho locomotor do animal.

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Tucupi
Tucupi 🇧🇷

4.6

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Pedro Henrique Cardoso Beckman
Calcificação de cartilagens alares e cistite secundária em equino - Relato de caso
Palmas TO
2019
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Pedro Henrique Cardoso Beckman Calcificação de cartilagens alares e cistite secundária em equino - Relato de caso Palmas – TO 2019

Pedro Henrique Cardoso Beckman Calcificação de cartilagens alares e cistite secundária em equino - Relato de caso Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) elaborado e apresentado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Medicina Veterinária pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA). Orientador: Prof. MSc. Guilherme Augusto Motta Palmas – TO 2019

Dedico toda minha formação, primeiramente a Deus, nosso guia e salvador e aos meus pais Cleiton Cardoso de Almeida e Liel Bezerra Beckman Cardoso, pessoas que nunca mediram esforços para ver a felicidade de seus filhos, sempre apoiando e ajudando no que fora preciso.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pelo o dom da vida, e me dar saúde para a realização desta conquista, e a minha família que é meu pilar e minha base de apoio. Aos meus amigos, meu muito obrigado pelo carinho, apoio e incentivo nesta caminhada árdua. Em especial, aqueles que mais me ajudaram Ariane, Bárbara, Gerlan, Nara, Rodrigo e outros. Agradeço ao primeiro coordenador do curso Prof. Dr. João Eduardo, pela sua amizade e por ter sempre me apoiado, direcionando para as decisões corretas neste curso. Agradeço a todos os docentes do curso, que compartilharam seus conhecimentos e se esforçaram ao máximo para me tornar um bom profissional. Agradeço a coordenadora Profa. Dra. Juliana Vitti Moro e a coordenadora adjunta Profa. Dra. Josemara Silva Santos, por nunca medir esforços para me ajudar nos momentos que mais precisei, fazendo o que pode e me aconselhando para uma melhor vida profissional. Agradeço e parabenizo ao meu orientador Prof. MSc. Guilherme Augusto Motta, por além de ser um profissional exemplar, ser esse companheiro e amigo para todas as horas.

RESUMO

Beckman, Pedro Henrique Cardoso. Calcificação de cartilagens alares e cistite secundária em equino - Relato de caso. 2019. 4 0f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)- Curso de Medicina Veterinária, Centro Universitário Luterano de Palmas, Palmas- TO, 2019. A calcificação das cartilagens alares é uma enfermidade muito frequente que acomete o aparelho locomotor dos equinos. Várias são as causas que levam a esta enfermidade, como traumas, excesso de exercícios, dietas desbalanceadas, dentre outras. Devido a dor intensa e dificuldade de locomoção, distúrbios secundários podem surgir no animal, como emagrecimento intenso, anemia e cistite. O presente trabalho relata um caso de um paciente que devido a um trauma em região de dígito e subnutrido, foi atendido no Hospital veterinário do Centro Universitário Luterano de Palmas (HV-CEULP/ULBRA). O paciente veio para atendimento apresentando dor intensa em membro torácico esquerdo, claudicação e emagrecimento. Com a suspeita clínica, histórico e exames complementares confirmatórios, diagnosticou-se o paciente com calcificação das cartilagens alares e cistite hemorrágica, foi instituído o tratamento em que o animal recebeu uma dieta composta ração balanceada e feno ad libitum , antibioticoterapia com uso de Penicilina e Enrofloxacina, além de Fluxinin Meglumine, Bionew e Omeoprazol. O animal ainda recebeu casqueamento e ferrageamento corretivo com uso de ferradura mais larga que a estrutura do seu casco, com a finalidade de afastar os talões. Após o tratamento que foi considerado um sucesso terapêutico, o animal teve melhora substancial em seu escore corporal e não apresentava mais claudicação, melhorando substancialmente a qualidade de vida do paciente. Palavras-chave: Cartilagens alares. Calcificação. Cistite.

ABSTRACT

Beckman, Pedro Henrique Cardoso. Horse cartilage calcification and secondary cystitis in horses - Case report. 2019. 40f. Course Conclusion Paper (Undergraduate) - Veterinary Medicine Course, Lutheran University Center of Palmas, Palmas-TO, 2019. Calcification of the cartilage is a very common disease that affects the locomotor apparatus of horses. There are several causes that lead to this disease, such as trauma, excessive exercise, unbalanced diets, among others. Due to severe pain and difficulty in walking, secondary disorders may arise in the animal, such as heavy weight loss, anemia and cystitis. The present paper reports a case of a patient who, due to a trauma in the digit and malnourished region, was treated at the Veterinary Hospital of the Lutheran Palmas University Center (HV-CEULP / ULBRA). The patient came for treatment with severe left chest pain, lameness and weight loss. With clinical suspicion, history and confirmatory complementary exams, the patient was diagnosed with calcification of the cartilage and hemorrhagic cystitis. Treatment was instituted in which the animal received a diet composed of balanced feed and hay ad libitum, antibiotic therapy with the use of Penicillin and Enrofloxacin, plus Fluxinin Meglumine, Bionew and Omeoprazol. The animal also received corrective hoofing and shoeing using a horseshoe wider than its hoof structure, in order to remove the beads. After treatment that was considered a therapeutic success, the animal had a substantial improvement in its body score and no longer lameness, substantially improving the patient's quality of life. Keywords: Wing bones. Calcification. Cystitis.

Figura 12 - Animal acometido com calcificação das cartilagens alares e cistite hemorrágica. A. Animal no dia do atendimento clinico inicial. B. Animal após 40 dias de tratamento.............................................................................................................. 30 Figura 13 - Incidência de calcificação das cartilagens alares, de acordo com a escala de Ruohoniemi et al. (1993), após imagens radiográficas em projeção dorsopalmar de membros torácicos de quinze animais com sinais clínicos de dor....................... 32

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Parâmetros do paciente durante atendimento clínico, no Hospital Veterinário.......... 26 Tabela 2 - Hemograma de equino, macho, 12 anos de idade, atendido no Hospital Veterinário do Centro Universitário Luterano de Palmas............................................................. 28

SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................
    1. OBJETIVOS
  • 2.1. OBJETIVO GERAL...........................................................................................................
  • 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
    1. METODOLOGIA ...............................................................................................................
  • 4 REVISÃO DE LITERATURA ...........................................................................................
  • 4.1 ANATOMIA DIGITAL EQUINA......................................................................................
  • 4.1.1 Nomenclatura
  • 4.1.2 Osteologia digital equina ................................................................................................
  • 4.1. 3 Artrologia digital equina
  • 4.1. 4 Anexos Cutâneos .............................................................................................................2
  • 4.2 CARTILAGENS ALARES.................................................................................................
  • 4.2. 1 Calcificação das cartilagens alares ................................................................................2
  • 4.2.1.1 Escala de Ruohoniemi...................................................................................................
  • 4.3 DISTÚRBIOS SECUNDÁRIOS CAUSADOS POR PROBLEMAS PODAIS..................2
  • 5 RELATO DE CASO
    1. 1 ATENDIMENTO CLÍNICO...............................................................................................
    1. 2 TRATAMENTO .................................................................................................................
  • 6 DISCUSSÃO E CONCLUSÃO ..........................................................................................
  • 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................
  • 8 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................

1 - INTRODUÇÃO

Na América Latina, o Brasil é o detentor do maior rebanho de equídeos, com rebanho de oito milhões de cabeças, movimentando R$ 7,3 bilhões por ano, e ainda gerando de forma direta e indireta 3,2 milhões de empregos (GUERRA, 2008). Por muitos anos os equinos foram utilizados como meio de transporte, porém estes têm conquistado também outras formas de atuação, com alto índice de crescimento na área de lazer, esporte e utilizado em terapias. Porém a maior parcela dos equídeos no Brasil, em torno de 5 milhões são utilizados para trabalho, principalmente para o manejo dentro da bovinocultura (MAPA, 2014). O equino é um animal de trabalho e seu valor depende das condições de seus membros, portanto a conformação é um fator importante na sanidade dos membros e pode determinar a vida útil de um equino. A dinâmica da locomoção de um equino é influenciada por inúmeros fatores, como saúde do animal, nutrição, treinamento, forma física e conformação, sendo que a conformação é o único fator que não pode ser alterado por completo, pelo fato de ser herdado (STASHAK,2006). Os equinos são animais ungulados, ou seja, apoiam-se apenas sobre as extremidades de seus membros, mais precisamente sobre os cascos, o casco é um estojo córneo que confere proteção e sustentação à extremidade do membro equino, composto de estruturas queratinizadas, com a mesma origem da pele, com características de resistência e flexibilidade que lhe confere capacidade de adequação as mais diferentes condições de superfície (WILSON & WELLER, 2011). Em condições naturais, existe uma sincronia perfeita entre crescimento e desgaste do casco, pois o equino encontra-se em constate movimentação, no qual promove o atrito, levando ao desgaste, que se equivale a taxa de crescimento, que é de aproximadamente 0, a 1 cm a mês. Ao iniciar a domesticação e manejo pelo homem, houve uma desordem nesse equilíbrio, pois os animais permanecem grande parte do tempo confinados, o que reduz grandemente o desgaste, ou ainda submetidos a realizarem exercícios sobre superfícies que promovem grande atrito (DYSON, 2011). Além das estruturas ósseas, o dígito é composto por tendões e ligamentos, os quais são submetidos a fenômenos de estresse próprios da velocidade, inércia e do peso do equino. Para diminuir o efeito desse estresse, o equino desenvolveu, dentro do estojo córneo, um sistema de dissipação da energia, formado pelo coxim digital e as cartilagens alares (WILSON & WELLER, 2011). As cartilagens alares podem apresentar processos de calcificação de significância clínica (SHERLOCK & MAIR, 2006). Sabe-se que, por vezes, terminam alterando a

2 – OBJETIVOS

2.1 - OBJETIVO GERAL

O objetivo deste trabalho de conclusão de curso, é relatar sobre um caso de um equino com histórico de ferimento perfurante no dígito, claudicação grave e emagrecimento. 2.2 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Descrever o quadro clinico do equino atendido, bem como a etiopatogenia da doença;
  • Relatar a consulta clínica e confirmação diagnóstica da casuística;
  • Relatar sobre as causas do emagrecimento progressivo;
  • Relatar sobre as doenças secundárias a lesões podais;
  • Relatar o tratamento realizado no animal;
  • Discutir os resultados e a eficácia do tratamento escolhido.

3 – METODOLOGIA

Trata-se de um relato de caso realizado no Hospital Veterinário do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA), na cidade de Palmas-TO de um equino, SRD, com 12 anos de idade que apresentava claudicação, e mediante histórico, sinais clínicos, exames físicos como radiografias e ultrassonografias, deu-se o diagnóstico de calcificação grave das cartilagens alares, deformação da úngula, excesso de sola e talões, e durante o exame clínico foi constatado que o animal portava cistite hemorrágica e anemia. Portanto, foi realizado uma pesquisa bibliográfica acerca do assunto e descrito todo o tratamento realizado no animal para a correção de todas as suas patologias.

4.1.1 – Nomenclatura No membro pélvico, existe a região do tarso, enquanto no membro torácico logo abaixo do antebraço é chamado de carpo. As porções distais a estes recebem a mesma nomenclatura: boleto, quartela e casco (Figura 1 ), por serem semelhantes (ROMÃO, 200 5 ). Figura 1. Nomenclatura externa das regiões dos membros anteriores (esquerda) e posteriores (direita) dos equinos. Fonte: ASHDOWN (2012). Na região do III metacárpico se encontra a canela, sendo no membro posterior mais alongada e mais estreita. Posteriormente se encontra o boleto que corresponde a zona de articulação do metacarpo ou metatarso-falângica. Abaixo do boleto, existe um estreitamento onde se localiza a base óssea da primeira falange chamada de quartela. O casco que também é denominado de unha ou úngula, as porções dorsais, laterais e mediais que constituem a maior porção que forma a muralha, caudalmente se encontra os talões (LANÇA, 200 6 ). A região que toca ao solo, é chamada de sola sendo dividida em quatro porções: pinça ou ponta do dígito, sendo a porção mais cranialmente, ombros, quartos e na região mais caudalmente se encontra o talão (Figura 2). Realizando a ligação entre sola e talões se encontra a ranilha que se divide em: ponta, corpo e ramos (ROMÃO, 2005).

Figura 2. Porções distais do casco de equino (vista ventral). Fonte: ASHDOWN (2012). 4.1. 2 – Osteologia digital equina As articulações interfalangeanas e o casco possuem quatro ossos em sua formação: falange distal, média e proximal e o osso navicular (Figura 3 ). Figura 3. Ossos do dígito equino (vista lateral). 1) falange proximal; 2) falange média; 3) falange distal; 4) osso sesamóideo proximal; 5) osso sesamóideo distal. Fonte: PARKS (2003). A primeira falange, também nomeada de falange proximal é um osso longo, situado entre o 3° metacarpiano ou metatarsiano e a falange média, como pode ser observado na figura 4 (POLLIT, 2016).