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Uma pesquisa sobre a atuação e identidade do pedagogo em ambientes não escolares, com ênfase na formação inicial desses profissionais pela universidade federal do pará (ufpa). O estudo explora as inquietações surgidas durante o desenvolvimento do trabalho, relacionadas à identidade do pedagogo atuante em ambientes não escolares, e discute as discussões sobre a pedagogia em ambientes não escolares e a formação inicial dos professores. O documento também apresenta objetivos de pesquisa, incluindo a análise da mobilização dos saberes apreendidos durante a formação e a discussão da atuação do pedagogo em ambientes não escolares.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CASTANHAL FACULDADE DE PEDAGOGIA VIVIANE DE SOUZA SILVA
Orientador (a): prof. Dr. Carlos Renilton Cruz.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Pedagogia do Campus de Castanhal da Universidade Federal do Pará como requisito parcial para obtenção de título de Licenciado Pleno em Pedagogia.
À Deus, Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. À este Deus que me formou, criou e até aqui tem me sustentado, toda honra e glória, por este sonho realizado!
Aos meus pais: João Ávila da Silva e Maria da Conceição Firmino de Souza, pelo amor, cuidado e confiança.
Ao professor e orientador Carlos Renilton Freitas Cruz, pela contribuição dedicada a minha formação, desde suas aulas, ao apoio durante a minha permanência como bolsista de monitoria docente (visto que estava na reta final da graduação) como bolsista de monitoria docente nas disciplinas Política Educacional e Legislação educacional, no âmbito do curso de pedagogia da Universidade Federal do Pará (UFPA) Campus de Castanhal. Tenha certeza que ajudou muito. Obrigada pelos conhecimentos compartilhados, orientações e paciência durante a elaboração deste trabalho. Embora, não tenha estado explícito, ou que duvide, em algum momento, aprendi e amadureci bastante através das mínimas coisas vivenciadas durante todo este processo e por meio de nossa aproximação nesta reta final de curso. Muito obrigada!
Às irmãs, sobrinhos, tios Odaiza e João, primo/irmão Célio, pela acolhida em sua casa e cuidarem com muito carinho, durante boa parte da graduação.
À avó Maria Ávila, que sempre esteve ajudando em oração e naquilo que estava ao seu alcance.
Ao primo/irmão Carlos Eduardo (Cadu) e tia Helena pelo apoio desde que cheguei à Castanhal. Enfim, a toda a família que, de alguma forma, ajudou, durante este período que estive na Universidade.
Às amigas/irmãs Elaine Juliane e Francinea (Franci), que conviveram lado a lado durante este processo de formação. Pessoas que tive o privilegio de conhecer na Universidade e que levarei para o resto da vida.
Às pessoas/amigos que estiveram próximas neste período, nos grupos de trabalho e tem sua parcela de contribuição no processo de formação do começo ao fim. Tenho imenso carinho e pretendo levar para além da UFPA, que são: Aldenize, Rozivane (Pit), Djaire, Gleice Tatiane (Tati), Abílio, Fabricio. Pessoas que acrescentaram coisas positivas e tornaram meus dias mais felizes e prazerosos na instituição e fora dela também.
À todos os colegas de curso, cada um com sua bagagem e história de vida, que de alguma forma contribuíram para esta formação, motivando-me a seguir em frente e não desistir.
À minha segunda casa, nesse período: UFPA, representada nas pessoas do apoio técnico, professores, diretores, coordenadores, secretaria... Enfim, à todos que nos momentos bons e principalmente de dificuldades, estiveram dispostos a ajudar, amparando e oferecendo oportunidades para que eu me tornasse uma pessoa e profissional melhor. O sincero agradecimento à esta instituição por possibilitar ampliar horizontes, conhecer outras pessoas e culturas, viajar, estreitar laços e até romper outros que não valiam a pena. Pela oportunidade de participação em eventos voltados para o enriquecimento da formação, favorecendo crescimento enquanto sujeito e profissional.
À UFPA, em especial a Faculdade de Pedagogia, por favorecer que atuasse em duas empresas como estagiária, durante quatro anos da minha graduação: à Companhia de Saneamento do Pará (COSANPA) e Serviço Social do Comércio (SESC) também o profundo e sincero agradecimento pela oportunidade, pelos ensinamentos, pelos bons e felizes momentos de experiência adquiridos e pelas pessoas que foram oportunizadas conviver, conhecer e aprender. Nestas experiências com crianças, adultos, idosos, deixei um pouco de mim e trouxe um pouco de cada uma dessas pessoas... Tornando-me o sujeito que sou hoje. Mas, como ser inacabado, ainda há muito que viver, aprender, crescer, sensibilizar-se, compartilhar, sonhar, amar... Vivemos em constante transformação. Mas o importante é que esta seja sempre para melhor.
Esta pesquisa aborda a atuação e possível identidade do pedagogo em ambiente não escolar, considerando sua formação inicial para atuar nestes espaços. O problema de investigação situa-se em conhecer a(s) possível (is) identidade(s) do pedagogo atuante em um ambiente não escolar, levando em consideração a sua formação inicial. A metodologia foi pautada na abordagem qualitativa, utilizando como técnica de coleta de dados a entrevista semiestruturada. Utilizamos como fundamentos, os estudos de: LIBÂNEO (1998) (2001) (2006); SÁ(1999); BRZEZINSKI (2011); CIAMPA(1987); DUBAR (1997); NÓVOA (1992), dentre outros. O estudo teve três (03) sujeitos, profissionais da pedagogia que atuam em espaços não escolares, tais como: Serviço Social do Comércio (SESC), Associação Fazenda Embrião e Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS). Na análise dos dados foram construídas três categorias: pedagogia em ambiente não escolar; atuação e identidade do pedagogo em ambiente não escolar e formação inicial. Os resultados apontam para a relevância da atuação do pedagogo em ambiente não escolar, sobretudo, admitindo que nesta perspectiva seja possível assumir não apenas a identidade de docente, mas, identidades, que vão além da docência, levando em conta a dimensão do trabalho pedagógico. Palavras-chave: Pedagogia, ambiente não escolar, identidade do pedagogo.
This research addresses the performance and possible identity of the educator in a school environment, considering your initial training to act in these spaces. The research problem lies in knowing the can (s) (s) identity of the educator active in a school environment, taking into consideration your initial training. The methodology was based on a qualitative approach, using as a data collection technique the semi-structured interview. We use as foundations, the studies of: LIBÂNEO (1998) (2001) (2006); SÁ (1999); BRZEZINSKI (2011); CIAMPA (1987); DUBAR (1997); NÓVOA (1992), among others. The study had three (03) subject, pedagogy professionals who work in school spaces, such as: Social Service of Commerce (SESC), embryo and Farm Association Reference Center for Social Assistance (LICENSES). In the analysis of the data was built three categories: school environment pedagogy; performance and identity of the school environment and teacher in initial formation. The results point to the importance of the role of the educator in a school environment, especially, admitting that in this perspective it is possible to assume not only the identity of Professor, but, identities, that go beyond teaching, taking into account the size of pedagogical work. Keywords: pedagogy, school environment, identity of the educator.
10 INTRODUÇÃO A pedagogia voltada para o social, para a ressocialização de pessoas marginalizadas na e pela sociedade, sempre me chamou atenção, desde o inicio do curso. Interessei-me por este tema a partir do contato com pessoas expostas à marginalidade e que cometeram atos infracionais na adolescência. Alguns, que continuaram praticando esses atos até a vida adulta, estão presos. Outros, pelo mesmo motivo, perderam a vida. O que me chama bastante atenção é como o número de adolescentes e jovens envolvidos em tais práticas têm crescido e se tornado tão banal em nossa sociedade. Isto sempre me sensibilizou. Cabe ressaltar que tive diversas vivencias em projetos, eventos, estágios em ambientes escolares e não escolares durante minha graduação, onde foram explorados temas afins da pedagogia, mas o meu olhar insistia em se voltar para esta direção. Pensei em conhecer o trabalho desenvolvido pelos pedagogos, em penitenciárias, abrigos, Organizações Não Governamentais (ONGs), Associações... No entanto, não foi possível, sobretudo, na penitenciária, devido às circunstâncias de cunho burocrático que não favoreceram minha entrada no local. Então, o primeiro contato com o ambiente não escolar, foi no Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS) e em seguida, na Associação Fazenda Embrião, através da disciplina Pedagogia em Ambientes Não Escolares e Estágio de Pedagogia em Ambientes Não Escolares, respectivamente, durante o Curso de Pedagogia da UFPA/Campus de Castanhal/PA. Interessei-me por conhecer as formas de intervenção do pedagogo em realidades além dos muros da escola, bem como, as práticas pedagógicas desenvolvidas em instituições em que o pedagogo não atuasse necessariamente em sala de aula. Enquanto pedagoga em formação, ciente de que posso atuar nos espaços não escolares, surgiu o interesse em (re) conhecer esta área de atuação, sabendo que o pedagogo atua com um conjunto de profissionais que trabalham em função da ressocialização de adolescentes atendidos em espaços, como o do CREAS, por exemplo. Refleti sobre como poderia intervir, o quanto poderia acrescentar e/ou contribuir para a educação e reinserção destes sujeitos na sociedade através de minha profissão. Isto me motivou a seguir por este caminho e então explorar o campo de atuação não escolar de alguns pedagogos, no município de Castanhal/PA. Em ambos os espaços não escolares que foi oportunizado conhecer, senti-me familiarizada com os sujeitos envolvidos e temas abordados, bem como, com a atuação/intervenção do pedagogo. Então, tive certeza de que era naquela perspectiva: da
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educação não escolar. Desta forma, este trabalho possibilitará um aprofundamento nas discussões a respeito desta vertente de trabalho do pedagogo. O interessante de discorrer, nesta pesquisa, sobre a identidade dos profissionais da pedagogia, com destaque para os que atuam em ambiente não escolar, é a possibilidade de poder ver (reconhecer) naquele contexto, a inclusão enquanto futuros docentes, pedagogos, gestores, educadores, pesquisadores da educação, ou qualquer outra nomenclatura pertinente, enfim, o que a pedagogia permitir, refletindo sobre as práticas, possibilidades de atuação e identidade enquanto profissionais da pedagogia. Convém ressaltar que os conhecimentos apreendidos, as vivencias e experiências adquiridas em ambiente escolar, especificamente na sala de aula, em estágio na docência na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental, colaboraram de maneira significativa para que resignificasse o olhar sobre este ofício brilhante, que é educar. Foi muito interessante a questão dos estágios, pois possibilitou através da prática, um reconhecimento, enquanto futura docente. Pois até então, não me via atuando em uma sala de aula, não assumia minha identidade docente. Principalmente como professora no Ensino Fundamental. Parece ironia, mas lembro muito bem de quando tinha 12 anos de idade e dizia para os professores e familiares, que se havia uma carreira que eu não gostaria de seguir, era de professora. Hoje tenho enorme admiração e orgulho destes profissionais, sobretudo, os que já passaram pela minha vida, e estou me construindo e reconstruindo a fim de me tornar esta então professora, pedagoga.
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(2010); CIAMPA(1987); DUBAR (1997); NÓVOA (1992); FARIA E SOUZA (2011), entre outros, para subsidiar/fundamentar as nossas discussões. Este tipo de investigação É feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem, porém pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta (FONSECA, 2002. Apud GERHARDT e SILVEIRA 2009, p. 37). Realizou-se, ainda, pesquisa de campo, que para Gonsalves (2001) é uma pesquisa que compreende o sujeito pesquisado através do contato direto, onde o pesquisador precisa explorar o espaço em que ocorre ou ocorreu o acontecimento para então registrar as informações necessárias. Ou seja, para além da pesquisa documental ou bibliográfica, a pesquisa de campo é caracterizada pela investigação através de coleta de dados junto a pessoas. O campo de investigação foram os ambientes não escolares: Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS), Associação Fazenda Embrião e Serviço Social do Comércio (SESC), o qual foram selecionados por possuírem em seu quadro funcional pedagogos, sob critério de terem sua formação inicial oferecida pela Universidade Federal do Pará (UFPA) Campus Castanhal PA, Tendo em vista que os ensejos desta pesquisa consistem em questionar a atuação e possível identidade dos profissionais atuantes em ambiente não escolar, que foram formados pela referida instituição. Portanto, foram sujeitos desta pesquisa, pedagogos atuantes em ambiente não escolar. Dentre os quais: um (01) no Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS), um (01) na Associação Fazenda Embrião e um (01) no Serviço Social do Comércio (SESC), ambos os espaços situados em Castanhal/PA, município localizado a 68 km da capital Belém, contendo aproximadamente cerca de 173.149 habitantes. Os profissionais foram selecionados de acordo com a disponibilidade dos espaços, não sendo um critério serem efetivados, desde que contratados para atuar como pedagogos. Desta forma, foram escolhidos por se tratar de pesquisa voltada para a análise de atuação e identidade do pedagogo em ambiente não escolar, considerando a sua formação inicial pela instituição de ensino UFPA. Por conseguinte, tal pesquisa constitui-se em estudo de caso, sendo este, portanto,
16 Caracterizado como um estudo de uma entidade bem definida como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou uma unidade social. Visa conhecer em profundidade o como e o porquê de uma determinada situação que se supõe ser única em muitos aspectos, procurando descobrir o que há nela de mais essencial e característico. O pesquisador não pretende intervir sobre o objeto a ser estudado, mas revelá-lo tal como ele o percebe. O estudo de caso pode decorrer de acordo com uma perspectiva interpretativa, que procura compreender como é o mundo do ponto de vista dos participantes, ou uma perspectiva pragmática, que visa simplesmente apresentar uma perspectiva global, tanto quanto possível completa e coerente, do objeto de estudo do ponto de vista do investigador (FONSECA, 2002. Apud GERHARDT e SILVEIRA,
18 às circunstâncias momentâneas à entrevista. Para o autor, esse tipo de entrevista pode fazer emergir informações de forma mais livre e as respostas não estão condicionadas a uma padronização de alternativa (MANZINI 1990/1991. Apud GERHARDT e SILVEIRA, 2009. p. 37). Deste modo, poderiam surgir questionamentos que ocasionalmente dariam frutos a novas hipóteses surgidas a partir das respostas dos informantes. Neste caso, o entrevistador-pesquisador, colocaria o foco principal das perguntas, mantendo presença consciente e atuante no processo de coleta de informações. Na entrevista, além do roteiro, utilizou-se o recurso de gravação de voz, do aparelho celular, para a obtenção das falas. Como mencionado anteriormente, pensamos em também utilizar a observação para compor os instrumentos para a coleta de dados, a fim de tornar a pesquisa mais consistente. Entretanto, não foi possível. Apenas dois (02) dos profissionais entrevistados eram formados pela UFPA e um (01) formado pela Universidade Estadual do Pará (UEPA). Apesar de havermos estabelecido o critério de escolha do profissional a ser investigado, através de sua formação inicial pela UFPA, não foi possível cumprir, devido certa dificuldade em encontrar pedagogos voltados para o ambiente escolar no mercado de trabalho (apesar de já termos acompanhado muitos avanços neste sentido), além da indisponibilidade de profissionais da pedagogia nessas condições de formação e atuantes em ambientes não escolares. Ambos foram os fatores que determinaram a escolha pela profissional formada na instituição de ensino UEPA. Cabe ressaltar que, em razão dessa e de outras questões percebidas no decorrer desta pesquisa, surgiram outras inquietações e possibilidades de aprofundamento em seguintes pesquisas. Após realização e transcrição das entrevistas, precedemos a análise e categorização dos dados, a qual envolveu a separação de respostas e destaque dos aspectos mais recorrentes nos depoimentos dos sujeitos. Em um segundo momento de análise, destacamos, também, aspectos não recorrentes, mas considerados relevantes para a discussão do tema em questão. As perguntas foram organizadas em categorias, identificadas com base no problema e nos objetivos da pesquisa, assim como, na revisão teórica sobre o tema, feita no decorrer do estudo. Ressaltamos que as categorias identificadas para proceder a análise dos dados encontram-se sobrepostas. Elegemos três categorias, a saber: atuação e identidade do pedagogo em ambiente não escolar; pedagogia em ambiente não escolar; formação inicial- curso de pedagogia da Universidade Federal do Pará (UFPA)/Campus Castanhal/PA.
19 Ao analisar os dados, separando-os nas categorias identificadas e articulando-os com a discussão teórica, percebemos que em suas declarações, os sujeitos não se reportam exclusivamente a uma categoria apenas, por vezes, abordando aspectos que se referem também a outra categoria. Sendo assim, as categorias são aqui estabelecidas separadamente apenas para efeito de apresentação e análise dos dados, não significando uma compreensão isolada das mesmas. Foi feita análise interpretativa do conteúdo das respostas, a partir do referencial teórico utilizado como base da pesquisa, procurando realizar uma análise critico-reflexiva sobre a identidade do pedagogo atuante em ambiente não escolar, delineando uma reflexão, onde é levada em consideração sua atuação e formação inicial para tal. Para Bardin (1977, p.38) a análise de conteúdo é Um conjunto de técnicas de análise das comunicações que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens. A intenção da análise de conteúdos é a interferência de conhecimentos relativos às condições de produção (ou, eventualmente, de recepção), interferência esta que recorre a indicadores quantitativos ou não. Tal método constitui de várias técnicas onde se busca descrever o conteúdo emitido no processo de comunicação, seja ele por meio de falas ou de textos. Nesta pesquisa, a análise de conteúdo, se manifesta primeiramente em uma pré-análise do referencial teórico, do primeiro contato com o material da coleta de dados e com os próprios dados coletados, neste caso, as entrevistas. Logo, é feita exploração, seguida de interpretação destas. Por este processo indutivo ou inferencial, procura-se “não apenas compreender o sentido da fala dos entrevistados, mas também buscar-se-á outra significação ou outra mensagem através ou junto da mensagem primeira (FOSSÁ, 2003. Apud SILVA e FOSSÁ 2015. p. 4 )”. O tratamento dos resultados, inferência e interpretação, consiste em captar os conteúdos manifestos e latentes contidos em todo o material coletado. A escolha deste método de análise pode ser explicada pela necessidade de ultrapassar as incertezas consequentes das hipóteses e pressupostos pela necessidade de enriquecimento da leitura por meio da compreensão das significações e pela necessidade de desvelar as relações que se estabelecem além das falas propriamente ditas (CALIXTO; CAVALCANTE & PINHEIRO, 2014, p. 14). No que concerne às dificuldades encontradas no desenvolvimento da pesquisa, podemos destacar o pouco tempo disponível por parte dos sujeitos, para concessão da entrevista. Na verdade, por dois deles. Em um primeiro momento, os dois entrevistados,