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RESUMO. NBR 5626: UM COMPARATIVO ENTRE AS NORMAS DE 1998 E 2020 PARA. INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA. Este trabalho objetiva analisar as mudanças nos projetos ...
Tipologia: Notas de aula
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Patrícia Cristina Bandeira de Melo NBR 5626: UM COMPARATIVO ENTRE AS NORMAS DE 1998 E 2020 PARA INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade Monografia, submetido ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos necessários para obtenção do Título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Profª. Drª. Micheline Damião Dias Moreira Coorientador: Mariana Lopes A. M. de Melo Natal-RN 2022
Melo, Patrícia Cristina Bandeira de. NBR 5626: um comparativo entre as normas de 1998 e 2020 para instalações de água fria / Patrícia Cristina Bandeira de Melo. -
68f.: il. Monografia (Graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Curso de Engenharia Civil, Natal, 2022. Orientadora: Dra. Micheline Damião Dias Moreira. Coorientadora: Dra. Mariana Lopes Araújo Medeiros de Melo.
"A hora mais assustadora é sempre antes de começar. Depois disso, as coisas só podem melhorar.” – Stephen King Aos meus pais, Jubilene e Sidney
Este trabalho objetiva analisar as mudanças nos projetos hidráulicos decorrentes da nova NBR 5626:2020, a qual substituiu a NBR 5626:1998 e anulou a NBR 7198:1993. O estudo será feito a partir de um comparativo entre os resultados obtidos para o dimensionamento do sistema de água fria de uma residência unifamiliar de acordo com ambas as normas, discutindo o impacto que as mudanças constatadas poderão trazer tanto a nível de projeto e execução, bem como na utilização das instalações. Pretende-se, assim, que os resultados desta pesquisa norteiem e auxiliem profissionais e estudantes da área da construção civil (Engenharia Civil, Arquitetura, técnicos de instalações hidráulicas etc.) quanto às principais implicações resultantes das mudanças advindas com a nova norma. Palavras-chave: Instalação. Predial. Hidráulica. Água. Fria. Quente.
This work focus to analyze the changes in hydraulic projects resulting from the new NBR 5626:2020 - which replaced the NBR 5626:1998 and annulled the NBR 7198:1993. The study will base on the comparison between the results acquired for the dimensioning of the Cold-Water System of a one-family residence following both standards, discussing the impact that the changes might bring in terms of design and execution - plus the use of those facilities. It is purposed - therefore - that the results of this research assist professionals and students in the area of Civil Construction (Civil Engineering, Architecture, technicians of hydraulic installations, etc.) in regards to the main implications outcoming from these changes implemented by the new pattern. Keywords: Facility. Building. Hydraulics. Water. Cold. Hot.
1.1 Considerações iniciais As Normas Técnicas Brasileiras (NBRs) são normas aprovadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que têm como objetivo fornecer, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. Este grau de qualidade se dá, normalmente, pela consequente padronização normativa estabelecida. Na construção civil, as NBRs definem desde valores a serem admitidos para projetos até como devem ser executadas diversas atividades. Além disso, essas normas passam por revisões, atualizações e até mesmo extinção ao longo do tempo. Algumas delas podem ser acrescidas ou reduzidas em alguns pontos, outras podem surgir a partir da fusão entre duas ou mais normas, as quais acabam sendo extintas em detrimento da nova norma que surgiu. No Brasil, a NBR 5626:1998 era o documento responsável – na prática, até o fim de 2020 – pelas especificações relacionadas às instalações de água fria. Entretanto, esta norma foi revisada e alterada, resultando na NBR 5626:2020, cuja utilização passou a ser exigida a partir do ano de 2021 não apenas para os projetos de instalações de águas frias como também para execução, operação e manutenção destas. Além disso, esta norma traz diretrizes e recomendações também para instalações de água quente, extinguindo a NBR 7198: 1993 , a qual até então tinha essa função. Este projeto de trabalho de conclusão de curso irá focar os aspectos relacionados às instalações de água fria. Entretanto, tendo em vista que a nova norma aborda também as instalações de água quente, estas serão brevemente comentadas nesse estudo. 1.2 Justificativa Juntamente com a falta de conhecimento e técnica na execução de uma obra, as contradições e falta de clareza em projetos estruturais, arquitetônicos e de instalações elétrica e hidrossanitárias são os maiores responsáveis por grandes problemas em edificações recém- construídas. Para Gnipper (2010), 50% das patologias são decorrentes de falhas ainda no projeto e a utilização incondicional das normas técnicas em vigor e da manutenção preventiva é bastante defendida.
▪ Apontar as principais alterações e suas implicações a fim de auxiliar profissionais da área de engenharia no processo de adequação à nova norma; e ▪ Demonstrar na prática a aplicação da nova norma em um estudo de caso composto de um projeto de instalações hidráulicas e refletir sobre seu impacto na obra em questão.
Este tópico tem como objetivo apresentar conceitos e informações resultantes da pesquisa bibliográfica, acerca da nova norma ABNT NBR 5626:2020, que foi elaborada através da incorporação da ABNT NBR 7198:1993 à ABNT NBR 5626:1998. Tal estudo tem caráter exploratório sobre o tema com a função de proporcionar uma visão sobre as principais mudanças e suas implicações. 2.1 Conceitos gerais 2.1.1 Ramal Predial É, segundo Macintyre (2010), “o trecho do encanamento compreendido entre o distribuidor público de água e a instalação predial caracterizada pelo aparelho medidor ou limitador de descarga, o qual é considerado como parte integrante do ramal externo”. Ou seja, é toda a tubulação que se estende do distribuidor público até o cavalete da edificação, como mostrado na Figura 1. 2.1.2 Alimentador Predial De acordo com Carvalho (2017), trata-se da canalização que liga o cavalete ao reservatório interno. Ou seja, é toda a tubulação localizada entre o ramal predial e a primeira válvula de flutuador do reservatório (Figura 2) Figura 1 – Esquema de um ramal de abastecimento d'água (sistema usual) Fonte: Macintyre (2010)
baixas pressões, deficiência no abastecimento ou mesmo a interrupção do mesmo – irão afetar diretamente o sistema predial de distribuição. ▪ Sistema Indireto o Sem bombeamento Sua maior vantagem é a garantia de abastecimento do sistema predial mesmo que haja a interrupção momentânea do abastecimento da rede pública, já que é um sistema escolhido quando há pressão suficiente e fluxo contínuo na mesma, possibilitando a alimentação de um reservatório superior que, por gravidade, distribui a água para todos os pontos de consumo da edificação (Figura 4). Assim, deve-se considerar que o reservatório em questão está posicionado acima de todos esses pontos. A desvantagem deste sistema está no porte das edificações onde ele costuma ser utilizado. Segundo Carvalho (2017), recomenda-se seu uso apenas em edifícios até três pavimentos ou com no máximo 9 metros de altura total até o reservatório. Entretanto, de forma prática e a depender da região onde a edificação se encontra, este sistema pode sofrer alterações pelo Fonte: Carvalho (2017) Figura 3 – Sistema de distribuição direta
projetista e passar a fazer uso também de reservatório inferior quando houver mais de dois pavimentos. o Com bombeamento De acordo com Carvalho (2017), ao contrário do sistema anterior, o Sistema Indireto com Bombeamento é vantajoso para edificações com mais de três pavimentos e/ou acima de 9 metros de altura até o reservatório. Isso se deve à utilização de um sistema de recalque (conjunto motor-bomba) para auxiliar no abastecimento do reservatório superior a partir de um reservatório inferior alimentado pela rede pública de abastecimento, cuja pressão é insuficiente e não possui fluxo contínuo para alimentar diretamente um reservatório mais elevado. Neste sistema, a alimentação da rede predial de distribuição continua sendo realizada por gravidade a partir do reservatório superior, como representado na Figura 5. Fonte: Carvalho (2017) Figura 4 – Sistema indireto sem bombeamento
o Hidropneumático Este é um sistema pouco utilizado devido ao custo de instalação e manutenção e que, quando empregado, geralmente se deve à não utilização de reservatório superior – seja por motivos técnicos ou econômicos. Nele, a água é pressurizada do reservatório inferior a partir de um equipamento próprio para este fim e, então, distribuída pela rede predial (Figura 7). Além dos custos iniciais de instalação e fixos de manutenção, outra desvantagem desse sistema é que, havendo interrupção energética na região e não existindo um gerador na edificação que dê suporte ao equipamento hidropneumático, a distribuição predial de água estará temporariamente comprometida. Figura 6 - Sistema indireto com dois reservatórios Fonte: Macintyre (2010)
▪ Sistema Misto Neste caso, o sistema de distribuição predial é alimentado tanto pelo reservatório superior quanto diretamente pela rede público (Figura 8). Isto é, segundo Carvalho (2017), o que torna o sistema misto mais usual e vantajoso que os demais, já que não depende totalmente da constância do abastecimento de água público e entrega maior pressão de água nos pontos que estarão sendo alimentados pela rede pública, como torneiras externas. Fonte: Carvalho (2017) Figura 7 – Sistema indireto hidropneumático