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Práticas de leitura na escola hoje: representações em conflito / ... Novamente, sites pertencentes a Edir Macedo, e Namoro blindado, ...
Tipologia: Notas de estudo
Compartilhado em 07/11/2022
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AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE. Catalogação na Publicação Serviço de Biblioteca e Documentação Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo 375.101 Amparo, Patrícia Aparecida do A526p Práticas de leitura na escola hoje: representações em conflito / Patrícia Aparecida do Amparo; orientação Dislane Zerbinatti Moraes. São Paulo: s.n.,
458 p.; anexos Tese (Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Educação. Área de Concentração: Didática, Teorias de Ensino e Práticas Escolares) - - Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Versão Corrigida
Práticas de leitura na escola hoje: representações em conflito. Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação da Faculdade de Educação da USP como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutora em Educação. Aprovada em: Banca Examinadora Profa. Dra. Dislane Zerbinatti Moraes (Universidade de São Paulo) Julgamento: _______________________ Assinatura: _____________________________ Prof. Dr. André D. Robert (Universidade de Lyon) Julgamento: _______________________ Assinatura: _____________________________ Profa. Dra. Denice Barbara Catani (Universidade de São Paulo) Julgamento: _______________________ Assinatura: _____________________________ Profa. Dra. Raquel Lazzari Leite Barbosa (Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho- UNESP) Julgamento: _______________________ Assinatura: _____________________________ Profa. Dra. Rita de Cássia Gallego (Universidade de São Paulo ) Julgamento: _______________________ Assinatura: _____________________________
Agradeço à Profa. Dra. Dislane Zerbinatti Moraes pela orientação realizada desde a Iniciação Científica, o que possibilitou as condições para que esta tese fosse construída. Assim, qualquer qualidade que ela possa ter se deve às suas contribuições e empenho com relação à investigação que venho empreendendo. À Profa. Dra. Denice Barbara Catani por ter sido presença importante em minha trajetória de formação desde que frequentava o curso de Pedagogia, oferecendo possibilidades de aprendizagens estruturantes a respeito da pesquisa. Sou grata pela atenção com que vem participando de minha trajetória formativa. Ao Prof. Dr. André D. Robert que generosamente me recebeu na Universidade de Lyon. No período de estadia tive meu trabalho incentivado pelo enriquecimento teórico possibilitado por suas orientações. As circunstâncias que me foram oferecidas para conhecer outros pesquisadores e modos de fazer investigações educacionais trouxeram outras perspectivas à minha trajetória de pesquisa e formação. À Profa. Dra. Raquel Lazzari Leite Barbosa , participante de minha trajetória formativa desde o exame de qualificação do Mestrado. Sua leitura sempre generosa e o engajamento com que tem favorecido o desenvolvimento de minhas reflexões são difíceis de retribuir. À Profa. Dra. Rita de Cassia Gallego , com quem tive oportunidade de discutir e desenvolver aspectos centrais da pesquisa durante a disciplina que ofereceu na Pós- Graduação, situação que agora se prolonga na defesa da tese. Às professoras, Valquíria e Celeste , e aos alunos, Luana, Amanda, Carolina, Adriana, Clair, Karina, Paulo e Marcelo , cuja participação nesta pesquisa permitiu que ela pudesse acontecer. Não é fácil autorizar que o “outro” faça parte da intimidade em que se produzem as relações cotidianas, por isso, agradeço imensamente a permissão para entrar em suas salas de aula.
A pesquisa não é algo que se pode fazer sozinha, por isso, agradeço aos colegas do Grupo de Pesquisa Literatura, História e Educação: faces do ensino e da pesquisa sobre formação e profissão docente (GP/LIHED/CNPq), Arlete dos Santos Oliveira, Fernando Jorge dos Santos Farias, Fernando Henrique Tisque dos Santos, Jaqueline Oliveira dos Santos, Marta Rocha de Oliveira, Silmara de Fátima Cardoso e Thais Surian , pelas possibilidades de trocas intelectuais. Agradeço à Talita Dias de Miranda e Silva , cuja amizade e parceria desde o curso de Pedagogia são muito importantes para mim. As experiências que compartilhamos ao longo dos anos foram alegrias encontradas na FEUSP. À Juliana de Souza Silva , amiga desde o curso de Mestrado, com quem tenho compartilhado a experiência de formação acadêmica e pessoal. Sou grata por ter contado com sua amizade e incentivo nos momentos mais difíceis de elaboração da tese. À Patrícia Claudia da Costa , colega de Pós-Graduação e de muitas conversas e debates acadêmicos. Sua inquietação constante se mostrou um estímulo ao debate e à problematização de nossas escolhas teóricas e metodológicas. A dedicação necessária à carreira acadêmica também implica nossas relações familiares. Por isso, agradeço de modo especial aos meus pais, Jorge Aparecido do Amparo e Angela Maria da Costa do Amparo , cujo incentivo, confiança e apoio foram determinantes para que eu pudesse produzir sentidos para a carreira acadêmica e tivesse engajamento suficiente para sempre continuar. Agradeço igualmente aos meus irmãos, Anderson Aparecido do Amparo e Andrea Aparecida do Amparo , meus parceiros de sempre. Vocês são as pessoas com quem compartilho raízes que levo para toda parte. Bruno Ribeiro da Silva Pereira , sou grata pelo amor e companheirismo que temos construído cotidianamente ao longo desses anos e que, mesmo à distância, tornam minha vida mais leve. Com você aprendi que, às vezes, um bom livro começa apenas no terceiro capítulo.
“...eu vejo que a gente está andando em uma esteira, a gente está andando mas a gente não vai para lugar nenhum, a gente vai ficar naquilo” (Luana).
AMPARO, Patrícia Aparecida do. Práticas de leitura na escola hoje : representações em conflito. Tese (Doutorado). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. Esta pesquisa tem como objetivo compreender como as relações entre as representações de professores e alunos do ensino médio, quando confrontadas às regras escolares, aos currículos e aos materiais didáticos, engendram disputas em torno da leitura legítima de obras literárias no espaço escolar. Assim, a partir da perspectiva sócio- histórica, a pesquisa coloca em cena o modo como a linguagem ganha funções e sentidos na trama do cotidiano escolar por meio da força exercida por agentes cujas posições sociais estabelecem pontos de tensão, questionamento e resistência à cultura legítima ao mesmo tempo em que produzem a matriz socializadora possível, como propõe Bernard Lahire, a partir da qual a escola produz disposições com relação à linguagem. Partimos da compreensão que o ensino médio vem passando por períodos de expansão desde o início do século XX que ampliaram a presença de diferentes grupos sociais em seu interior, o que dá contornos específicas às disputas em tela. Para a confecção da pesquisa, utilizamos como fontes as observações das aula s de Língua Portuguesa no ensino médio; os livros didáticos presentes nas aulas; e os currículos estadual e federal em vigência; além disso, realizamos entrevistas com oito alunos e duas professoras de Língua Portuguesa; e uma enquete com os alunos do ensino médio regular. Para construirmos nossas análises, buscamos a contribuição de autores como Roger Chartier, Pierre Bourdieu e José Mário Pires Azanha. Percebeu-se que por meio de ações socialmente situadas, estruturadas por esquemas cognitivos advindos do mundo natal e da incorporação de sentidos escolares temporalmente articulados, os alunos e as professoras efetuam reelaborações de leitura de obras literárias na escola. Ao colocar em evidência a leitura segundo as concepções curriculares e presentes no inconsciente escolar, as professoras efetivam uma apropriação problemática das obras literários, favorecendo relações que tomam a leitura como objeto. Ao mesmo tempo, os alunos parecem negar o que é ensinado na escola, pois não são explicitadas suas aproximações com a cultura natal. Resta a impressão de uma escolarização sem sentidos e de conteúdos com pouco utilidade em seus projetos de futuro. Palavras-chave: Ensino médio; Práticas de leitura; Cotidiano escolar; representações; leitura de obras literárias.
AMPARO, Patrícia Aparecida do. Pratiques de lecture au lycée aujourd’hui : conflit de représentations. Tese (Doutorado). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. Cette étude a pour objectif de comprendre comment les représentations de professeurs et d’élèves du lycée, lorsqu’elles sont confrontées aux règles scolaires, aux programmes et au matériel didactique, entrent en relation et engendrent des conflits autour de la lecture légitime d’ œuvres littéraires en milieu scolaire. Ainsi, sur la base d’une perspective socio-historique, cette étude met en évidence la façon dont le language gagne en fonctions et en sens dans le contexte du quotidien scolaire de par la force exercée par des agents dont les positions sociales établissent des points de tenson, de remise en question et de résistance à la culture légitime, en produisant dans le même temps la matrice sociale fondamentale, comme le suggère Bernard Lahire, à partir de laquelle l’école met en place les dispositions en rapport avec le langage. Nous sommes partis de la compréhension que le lycée est passé par des périodes d’expansion depuis le XXème^ siècle qui ont amplifié la présence de différents groupes sociaux au sein de ce dernier, donnant ainsi les contours spécifiques aux conflits en exergue. Pour la mise en place de l’étude, nous avons utilisé comme sources les observations en classe de langue portugaise au lycée ; les manuels scolaires utilisés en classe ; et les programmes scolaires d’Etats et nationaux en vigueur ; de plus, nous avons interrogé huit élèves et deux professeures de langue portugaise ; et effectué une enquête auprès des élèves du lycée général. Pour construire nos analyses, nous avons eu recours à la contribution d’auteurs tels que Roger Chartier, Pierre Bourdieu et José Mário Pires Azanha. L’observation a été faite que par le biais d’actions sociales, structurées par des schémas cognitifs issus du monde natal et l’incorporation de sens scolaires articulés dans le temps, les élèves et les professeurs effectuent une réélaboration de la lecture des œuvres littéraires à l’école. En mettant en évidence la lecture selon la conception des programmes scolaires et présente dans l’inconscient scolaire, les professeurs instaurent une appropriation problématique des œuvres littéraires, favorisant les rapports à la lecture comme à un objet. En même temps, les élèves semblent rejeter ce qui est enseigné à l’école, car les similitudes avec le monde natal ne sont pas explicites. Reste l’impression d’une scolarisation dénuée de sens et de contenus sans grande utilité pour leurs projets futurs. Mots clés : Lycée; Pratiques de lecture ; Quotidien scolaire ; Représentations ; lecture d’ œuvres littéraires.
INTRODUÇÃO 13 CAPÍTULO 1 - A CONSTRUÇÃO DE UM OBJETO DE ESTUDOS PELO COTIDIANO 33 1.1.A leitura de obras literárias em meio à lógica da cotidianidade: entre tempos e posições sociais 34 1.2. As fontes para a produção das análises 45 1.3. A seleção de uma escola para participar da pesquisa 52 1.3.1. A Escola 1 e a Escola 2 57 1.3.2. Os perfis dos alunos e das professoras 60 CAPÍTULO 2 - NA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO: OS TEMPOS ESCOLARES DA LEITURA DE OBRAS LITERÁRIAS E SEUS CONFLITOS 69 2.1. As regularidades da literatura na escola: as aulas, os currículos 70 2.1.1. As finalidades do ensino da literatura: uma visão dos currículos 71 2.1.2. O Estado e a produção de um sentido para a leitura de obras literárias na escola 76 2.2. Entre ler, escrever e falar: a formação de uma matriz socializadora possível na escola 81 2.2.1. Compreender e criar: a elaboração das aulas pelas professoras 81 2.2.2. Ler, escrever e falar: uma aproximação às aulas 89 2.3. As fronteiras porosas da escola de ensino médio 100 2.3.1.O dia a dia das aulas de Língua Portuguesa: à procura do leitor-leitor 100 2.3.2. A expansão do ensino médio e a configuração dos conflitos entre professores e alunos em sala de aula 114 CAPÍTULO 3 - A BRICOLAGEM COTIDIANA: O TRABALHO DOCENTE NA ENCRUZILHADA ESCOLAR 123 3.1. Entre dois mundos: a produção da posição docente por meio do reconhecimento e da diferenciação cultural com relação aos alunos 126 3.2. O mundo natal e a representação da leitura escolar: um jogo de mostrar e esconder 140