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Resumo completo sobre as principais patologias do corpo do útero, baseado em aula de Ginecologia. Inclui: Mioma uterino: tipos (FIGO), clínica e tratamento Adenomiose: diagnóstico diferencial, imagem e conduta Pólipos endometriais: critérios diagnósticos e manejo Hiperplasia endometrial: com e sem atipia, risco de câncer Câncer de endométrio e corpo do útero: fatores de risco, classificação, tratamento O material conta com imagens de ultrassonografia, tabelas comparativas, critérios diagnósticos atualizados e abordagem clínica objetiva. Ideal para estudantes de Medicina em ciclos clínicos e internato. Arquivo em PDF, pronto para revisão e provas.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Miomatose uterina
É a patologia do corpo do útero mais frequente: paciente com queixa de sangramento aumentado ou aumento de volume uterino ou ir ao consultório com USG já indicando miomatose uterina Nos miomas maiores, ou dependendo da localização, a paciente pode ter queixas de dor, ou na relação sexual ou dor pélvica É uma patologia benigna → NÃO VIRA CÂNCER! Nódulo sólido, circunscrito (visto bem redondo na imagem por ter cápsula ou pseudocápsula) Comum no período reprodutivo da mulher (por volta dos 30 anos de idade) por ser dependente de ESTROGÊNIO, não é comum em adolescentes 15 anos) → Regridem na menopausa, pelo déficit de estrogênio, ou pelo menos diminui/cessa o sangramento
Histórico familiar - predisposição genética Estar na idade reprodutiva (estrogênio) Menarca cedo e menopausa tarde (ficou com mais estrogênio circulante) Obesidade
Subseroso 😫: superficial - CRESCEM MAIS, CAUSAM DOR QUANDO CRESCEM, não sangra, não causa muita queixa no início Intramural 💪🏻: na camada muscular do útero - maior prevalência - CÓLICAS, FLUXO INTENSO e PROLONGADO, normalmente não causa muita queixa fora do período menstrual Submucoso 🩸 : dentro do endométrio - HEMORRAGIA, INFERTILIDADE, Sangram independente do tamanho, PRECISA REMOVER Cervical: raros
0 a 8 o 8 é chamado de mioma marido ou cervical
Clínica deve ser considerada mas nesse caso não fecha diagnóstico Questionar sempre idade, menopausa, paridade Prestar atenção na anamnese: sangramento, dismenorreia ou hipermenorreia, dispareunia, infertilidade, dor pélvica outras queixas: distensão abdominal e alteração intestinal (principalmente em miomas gigantes pela compressão do intestino, ou até alteração renal) No exame físico, é possível ver um útero aumentado → até 12s de gestação, o que equivale a aprox. 300g, o útero é intrapélvico. Se a mulher vem com ultrassom com útero de 600cm³, na palpação abdominal é possível sentir algo endurecido, pois esse útero já saiu da pelve
RM : usada só em casos que a ultrassom não foi tão direta, às vezes em miomas grandes não consegue visualizar inteiro, também serve para cirurgias eletivas , mostra tamanho e localização exatos, inclusive dizendo a distância do endométrio e da serosa
Laparoscopia : achado em exames realizados com outra finalizade
HISTOPATOLÓGICO : define de certeza
NÃO TRATA MIOMA ASSINTOMÁTICO, apenas acompanha para ver o crescimento desse mioma Normalmente trata para controle de sangramento, perimenopausa (perto da menopausa mas com mioma sangrante), paciente com risco cirúrgico elevado (para evitar uma cirurgia - obesa, HAS, cardiopata - tentar tratamento clínico)
Indicação de cirurgia : não responde ao tratamento clínico, miomas gigantes, suspeita de malignidade, tratamento de infertilidade ou aborto recorrente e presença de mioma Miomectomia → videolaparoscopia, laparoscopia ou histeroscopia quando submucoso NÃO TEM INDICAÇÃO NA HORA DO PARTO CESÁREO, RISCO DE HEMORRAGIA! Embolização da artéria uterina Histerectomia (parcial ou total): se falha terapêutica, prole constituída e
De acordo com a penetração- superficiais (até 3mm do miométrio), intermediário (quando atinge todo o miométrio) e profunda (quando ultrapassa a serosa)
Clínica só suspeita, no exame físico vê um útero maior, amolecido, inchado difusamente ULTRASSOM : muito boa para o diagnóstico, melhor momento de ser feito é no período pré menstrual→ o endométrio, mesmo fora do seu local de origem, vai responder aos hormônios, isso aconrece na adenomiose e na endometriose, por isso causa tanta dor e inflamação mostra aumento difuso do útero com textura e contornos normais e áreas hipoecoicas heterogêneas dentro do miométrio com margens parcialmente definidas, às vezes uma parede uterina fica maior do que a outra RM : usada quando dúvida, avalia a zona juncional mioendometrial → zona que mostra a junção do miométrio com o endométrio Fica 12mm na adenomiose Histopatológico : feito após histerectomia
Tratamento cirúrgico e definitivo é histerectomia O DIU MIRENA é o tratamento mais indicado e conservador, ou outros ACs contínuos → mulher não sangra, diminui a dor e as queixas A ablação endometrial é uma opção é feita por histeroscopia, não é muito utilizada mas é uma possibilidade
Pólipos
É como se fosse um crescimento de tecido dentro da cavidade Tem baixa taxa de malignização, mas existe possibilidade, diferente do mioma. Então, por isso, quando vemos um endométrio com uma imagem sugestiva de pólipo, é feita histeroscopia com biópsia para descartar malignidade Principal sintoma é SANGRAMENTO e história de INFERTILIDADE pode impedir a nidação Pode ser assintomático, não é sentido no exame físico e nem no exame de toque, já que fica dentro da cavidade Pode ser um achado no exame de USG, mas geralmente a paciente tem alguma queixa associada de sangramento
Idade avançada → não é comum em pacientes jovens Pacientes obesas (mais estrogênio circulante → vindo do tecido adiposo na região periférica) Inconclusivo sobre terapia hormonal Uso de Tamoxifeno (usado no tratamento do CA de mama, protetor da mama, mas faz espessamento do endométrio → pode aumentar a diferenciação celular, proliferar e formar um pólipo)
Hiperplasia endometrial
Proliferação anormal (em volume e espesura) do endométrio que mostra desorganização estrutural, estratificação do epitélio e atipias citológicas Clinicamente: maioria tem sangramento aumentado → como o endométrio fica mais grosso, sangra em volume maior e por mais tempo
❗ MENOPAUSA E REPOSIÇÃO HORMONAL Atenção às pacientes com sangramento aumentado pós- menopausa , investigar hiperplasia e descartar possibilidade de CA de endométrio Pacientes em reposição hormonal, na USG o endométrio pode estar um pouco mais espessado por conta do estrogênio Sem TRH tratar quando espessamento de 4 a 5 mm Com TRH espessamento vai até uns 8 mm pra mais se a paciente não tiver sangrado, passou disso, é hiperplasia endometrial Dúvida? reavalia com a paciente no início do período menstrual
É feita histeroscopia diagnóstica Biópsia do endométrio Avaliar se tem ou não ATIPIA
Sem atipias: baixo risco de CA tratamento conservador com progesterona continua (afina o endométrio, diminuindo a hiperplasia)
Com atipias: alto risco de CA preferencial é histerectomia
Se a paciente ainda quiser engravidar, explicar que será necessário repetir a histeroscopia outras vezes, poderá tentar progesterona continua, planejar a gestação e depois planejar a histerectomia
CA de Endométrio
Queixa de sangramento uterino anormal em pacientes na perimenopausa ou pós-menopausa O maior risco relacionado à patogênese do CA de endométrio é a estimulação crônica do endométrio com ESTRÓGENO sem a proteção da PROGESTERONA REPOSIÇÃO HORMONAL
Tipo I Estrogênio dependente → mais frequente, tem melhor prognóstico Tipo II Estrogênio independente → em pacientes mais velhas, pior prognóstico, menos comum
TRH só com estrogênio é o principal fator de risco Pacientes na perimenopausa → ciclos anavolatórios SOP → ciclos anavolatórios → a importância do AC entra nisso também, pela progesterona
❗ Não ovula → não forma corpo lúteo → não produz progesterona → sem proteção endometrial
Uso de Tamoxifeno (usado no tratamento do CA de mama, protetor da mama, mas faz espessamento do endométrio → pode aumentar a diferenciação celular, proliferar e formar CA Obesidade, uso de imunossupressores, DM, HAS
Multiparidade Tabagismo
Não há indicação de rastreio universal como CA de mama A USG faz parte da rotina ginecológica, importante para identificar CA silencioso Histeroscopia com biópsia dirigida: diagnóstico histopatológico e conclusivo
CA de Corpo Uterino
Bem menos frequente Existem vários tipos, mas o mais conhecido é o SARCOMA Leiomiosarcoma: origina-se do estroma e do miométrio → é como se fosse um CA muscular, por isso tem pior prognóstico que o de endométrio, tem crescimento rápido Suspeita clínica em sangramento anormal pós menopausa , dor pélvica, cansaço, perda de peso, perda de apetite USG suspeita, Histeroscopia com biópsia define o diagnóstico Tratamento é cirúrgico, pod ser complementada com radioterapia Locais mais comuns de metástase: abdome e pulmão Prognóstico depende do grau histológico e estadiamento