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patologia básica: “A patologia é uma ciência que baseia-se no estudo das doenças e seus p, Resumos de Patologia

“A patologia é uma ciência que baseia-se no estudo das doenças e seus principais mecanismos. Entende-se que compreender detalhadamente os processos de adoecimento e os eventos que são originados dos processos patológicos é de suma importância para promover estratégias terapêuticas e fenômenos de cura.

Tipologia: Resumos

2023

Compartilhado em 16/11/2023

inara-lima-8
inara-lima-8 🇧🇷

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PATOLOGIA GERAL

Daniel de Azevedo Teixeira

Teófilo Otoni – 2020

SUMÁRIO

INFLAMAÇÃO: PROCESSO INFLAMATÓRIO E MECANISMOS FLOGÓGENOS.

DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS: TROMBOSE, ATEROSCLEROSE, ISQUEMIA,

  • CAPÍTULO I
  • PATOLÓGICOS INTRODUÇÃO À PATOLOGIA: PRINCIPAIS CONCEITOS E PROCESSOS
    1. INTRODUÇÃO À PATOLOGIA
    1. ETAPAS SISTEMÁTICA DOS PROCESSOS PATOLÓGICOS
    1. MECANISMO DE AGRESSÃO
    1. MECANISMO DE LESÃO E MORTE CELULAR
    1. ADAPTAÇÕES CELULARES
    1. NECROSE...............................................................................................................
    1. APOPTOSE.............................................................................................................
  • CAPÍTULO II
    1. INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO DE INFLAMAÇÃO E CONCEITOS INICIAIS.
  • 2-PROCESSO INFLAMATÓRIO, POSITIVO OU NEGATIVO?
  • 3- AÇÃO DOS ANTI-INFLAMATÓRIOS
  • 4-INFLAMAÇÃO AGUDA X INFLAMAÇÃO CRÔNICA
  • CAPÍTULO III
  • CHOQUE. HIPEREMIAS, HEMATOMA, HEMORRAGIAS, INFARTO, EMBOLIAS E
  • SANGUÍNEA. 1. INTRODUÇÃO: PROCESSOS HEMODINÂMICOS E CIRCULAÇÃO
    1. COAGULAÇÃO SANGUÍNEA E A TROMBOSE
    1. ATEROSCLEROSE................................................................................................
    1. ISQUEMIA, ARTERIOSCLEROSE E INFARTO
    1. HIPEREMIAS
    1. HEMORRAGIAS....................................................................................................
    1. HEMATOMA
    1. EMBOLIAS
    1. CHOQUE
  • CAPÍTULO IV
  • DOENÇA RENAL CRÔNICA. DOENÇAS CRÔNICAS: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, DIABETES E
    1. INTRODUÇÃO: EPIDEMIOLOGIA E DOENÇAS CRÔNICAS
    1. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
    1. DIABETES..............................................................................................................
  • 4-DOENÇA RENAL CRÔNICA
  • CAPÍTULO V
  • NEOPLASIAS: PROCESSO TUMORAIS E ONCOLÓGICOS.
  • 1-INTRODUÇÃO
    1. NEOPLASIA BENIGNA
    1. NEOPLASIA MALIGNA
    1. PATOGÊNESE DO CÂNCER
    1. POSSÍVEIS CAUSAS DE NEOPLASIA
    1. FORMAS DE TRATAMENTO DAS NEOPLASIAS

agentes agressores. As práticas de

diagnóstico, tratamento, reabilitação,

promoção e prevenção em saúde são

dependente do conhecimento apurado

sobre as doenças e seus mecanismos.”

Daniel de Azevedo Teixeira

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO À PATOLOGIA: PRINCIPAIS CONCEITOS E

PROCESSOS PATOLÓGICOS

1. INTRODUÇÃO À PATOLOGIA

A Patologia dedica-se ao estudo de alterações estruturais, bioquímicas e funcionais das células. É uma ponte entre as ciências básicas e a medicina clínica, sendo a base científica de toda medicina. O estudo da patologia está dividido entre Patologia Geral e Patologia Sistêmica. A Patologia Geral trata das reações das células e tecidos aos eventos nocivos, que, na maioria das vezes, não são específicas para um determinado tecido. Já a Patologia Sistêmica estuda as doenças específicas de cada órgão. DEFINIÇÃO: Etimologicamente Pathos: doença Logos: estudo. Estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais nas células, tecidos e órgãos visando explicar os mecanismos através dos quais surgem os sinais e sintomas das doenças. O conceito de patologia converge para os fenômenos mais comuns que são as doenças. A definição de doença relaciona-se com o conceito biológico de adaptação. Adaptação é uma propriedade geral dos seres vivos que se traduz pela capacidade de ser sensível às variações do meio ambiente e produz respostas capazes de adaptá-los. Pode-se definir saúde como um estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico, ou social em que vive, sentindo-se bem e sem apresentar sinais ou sintomas. De forma completamente contraditória, a doença é um processo que implica na ausência de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social, no qual o indivíduo sente-se mal e apresenta alterações orgânicas visíveis. Portanto, podemos considerar que o conceito de saúde está

DIVISÕES DA PATOLOGIA:

Patologia geral : Estudo das reações aos estímulos anormais que ocorrem em todas as células e tecidos.

Patologia sistêmica (especial): Estudo das reações específicas de cada tecido ou órgão a uma agressão.

Patologia Clínica : Especialidade médica que tem por atribuição identificar e quantificar a presença de substâncias, células, moléculas e elementos anormais no sangue, urina, fezes e em outros liquídos biológicos.

Anatomia Patológica: Especialidade médica que tem por atribuição analisar as alterações causadas pelas mais variadas doenças nas células e nos tecidos

Etiologia: estudo das causas ou agentes causadores do processo patológico.

Patogênese: estudo dos mecanismos que geram as alterações patológicas

Anatomia Patológica : estudo das alterações morfológicas dos tecidos (lesões).

Fisiopatologia: Alterações funcionais dos orgãos afetados e divergência no processo de homeostasia.

PROCESSO PATOLÓGICO : É o conjunto de alterações morfológicas, moleculares, e ou funcionais que surgem nos tecidos após as agressões. Entende- se que o processo patológico é compreendido de eventos que culminem em alterações da Homeostasia.

Alterações morfológicas : São alterações macroscópicas ou microscópicas. Apresentam alterações celulares e estruturais.  Alterações moleculares: São detectadas em métodos bioquímicos ou biomoleculares. Caracterizado pelo desequilíbrio na concentração de substâncias no organismo.

Alterações funcionais: São fenômenos fisiopatológicos (envolve os sistemas). Implica na perda de função ou comprometimento de um determinado sistema.

Figura 2- Representação dos fenômenos apresentados nos processos patológicos.

2. ETAPAS SISTEMÁTICA DOS PROCESSOS

PATOLÓGICOS

Os processos patológicos são estabelecidos pode etapas que determinam os estágios de evolução da doença. Qualquer patologia inicia obrigatoriamente por uma CAUSA (agente agressor), mesmo que a causa não seja diagnosticada, o que chamamos de causa idiopática, mas sempre decorrida de uma causa. Após a causa, pode ocorrer o período de INCUBAÇÃO, período onde o indivíduo já tem contato com o agente agressor mas ainda não manifesta a doença. O PERÍODO PRODÔMICO é caracterizado pela manifestação de sintomas, porém, sintomas inespecíficos. O PERÍODO ESTADO é reconhecido como o estabelecimento definitivo da doença, com a presença de sintomatologia clássica da doença.

Após o período estado o processo patológico pode apresentar caminhos distintos da evolução: a) Cura (com sequelas / sem sequelas) b) cronificação- complicação e óbito.

Figura 3-Respostas do organismo às agressões.

Os agentes agressores são responsáveis por provocar lesões. As lesões podem ser classificadas como:

  • Lesões exógenas : Ocorrem do meio ambiente para o organismo (contaminações, doenças infecciosas, choques físicos).
  • Lesões endógenas : Ocorrem através do próprio organismo (doenças auto- imune, distúrbios hormonais, alterações metabólicas).
  • Lesões idiopáticas: Sem origem diagnosticada

4. MECANISMO DE LESÃO E MORTE CELULAR

O mecanismo patológico inicia obrigatoriamente por uma causa, a PATOGÊNESE (desenvolvimento da doença) e a evolução da mesmas pode gerar 2 condições distintas: Lesões reversíveis e Lesões irreversíveis, sendo que, considera-se como fim do processo a morte celular.

Figura 4-Mecanismo de agressão da normalidade até a morte celular.

  • Lesões reversíveis : São capazes de restabelecer suas funções normais, ou seja, voltar a homeostasia.
  • Lesões irreversíveis : Perdem a capacidade de restabelecer as funções, resultando na modificação da morfologia celular e óbito.

MORTE CELULAR

A incapacidade do organismo de adaptar e manter as funções vitais pode culminar na morte celular. Embora existam diversas causas para inúmeras patologias, o mecanismo de morte celular é resultante de 4 mecanismos que podem ocorrer de forma independente ou em ação conjunta.

 Rompimentos ou lesões da MEMBRANA CELULAR  Processos que interfiram na produção de ATP (energia celular)  Fatores inibitórios da SÍNTESE DE PROTEÍNAS  Lesões que comprometam a integridade do DNA.

HIPERTROFIA: aumento do tamanho e volume celular (musculação, coração chagásico).

Figura 5-Imagem ilustrativa das adaptações de Atrofia e Hipertrofia muscular.

HIPOPLASIA E HIPERPLASIA

HIPOPLASIA: diminuição no número de células de um determinado tecido. ( H. Patológica: fase embrionária (pulmonar e renal) atresia ovariana; H. Fisiológica: involução do timo na puberdade, formação dos dedos fase embrionária.

HIPERPLASIA: é o aumento do número de células de um determinado tecido ( H. Fisiológica: mama na puberdade, regeneração do fígado; H. Patológica: hiperplasia da tireóide (TSH), do endométrio (estrógenos), Hiperplasia prostática benigna).

Figura 6- Ilustração do tecido normal e hiperplásico

METAPLASIA: é a substituição de um tecido de origem por outro tecido da mesma linhagem resultando em um tecido mais resistente. Em geral as metaplasias são resultantes de agressões persistentes, tendo como exemplos: Epitélio estratificado não ceratinizado para ceratinizado, Epitélio colunar para escamoso.

Mecanismo de desenvolvimento da metaplasia: As células teciduais são agredidas constantemente, e após várias lesões, ocorre uma mudança na expressão gênica da célula, resultando em proliferação de novas células da mesma linhagem.

Figura 7- Ilustração do processo metaplásico.

DISPLASIAS: é um termo geral usado para designar o surgimento de anomalias durante o desenvolvimento de um órgão ou tecido corporal, em que ocorre uma proliferação celular que resulta em células com tamanho, forma e características

OUTROS PROCESSOS:

ENCISTAMENTO: formação de cápsulas que encista o tecido devido a incapacidade de absorção do material necrótico.

CALCIFICAÇÃO: deposição de cálcio em tecido necrosado.

DEGENERAÇÕES: adaptação caracterizada pelo acúmulo de substâncias no interior das células, resultando em modificações da morfologia da célula com diminuição de suas funções. São lesões de caráter reversível.

Tabela 1- Tipos de Degenerações e a respectiva patogênese

Tipos de Degenerações Patogênese Degeneração hidrópica Acúmulo de água no interior das células, volume e peso das células aumentados, ocasionado por distúrbios eletrolíticos. Ex: EDEMA Degeneração Hialina Acúmulo de material proteico no interior das células. Causa: Etilismo e agressões nos hepatócitos Degeneração mucoide Acúmulo de muco no interior das células. hiperprodução de muco pelas células mucíparas dos tratos digestivo e respiratório Degeneração gordurosa (ESTEATOSE) Deposição de gorduras neutras no citoplasma de células. Provocada por agressões persistente ao tecido hepático (etilismo e medicações)

PATOGÊNESE DA ESTEATOSE HEPÁTICA

A Esteatose hepática ou degeneração gordurosa do fígado é a condição na qual ocorre acúmulo de triglicerídeos dentro dos hepatócitos (Robbins & Cotran, 2015). O fígado é o principal órgão envolvido no metabolismos das gorduras, mas a esteatose também pode ocorrer no coração, no músculo e nos rins. Causas: toxinas (álcool), desnutrição proteica, diabetes mellitus, obesidade e anoxia. O alto consumo de etanol provoca a inibição da oxidação de aldeído acético e acetil coa, o que resulta no aumento de ácidos graxos, além disso ocorre a redução da utilização de Triglicerídeos ou ácidos graxos, devido falta de ATP e a menor formação de lipoproteínas (são responsáveis pela excreção de lipídios para o meio intracelular).

São observados nesse quadro: aumento de volume e peso do órgão. Consistência diminuída, bordas arredondadas e coloração amarelada.

Evolução: redução ou desaparece após a abstinência. Cistos gordurosos, embolia gordurosa, fibrose pericelular e cirrose.