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O acesso pode ser obtido com instrumentos de alta rotação. A broca ideal para a cirurgia de acesso é a broca esférica (#2 ou 3 dependendo do tamanho do dente). Há os que preferem utilizar brocas tronco-cônicas para esta tarefa. Tudo vai depender da experiência do operador.
Tipologia: Esquemas
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ENEDODONTICS - ENDODONCIA Prof. Dr. Jesus Djalma Pécora, Prof. Dr. Ricardo Novak Savioli, Prof.Dr.Luis Pascoal Vansan
Cavidade Endodôntica
Dentes Anteriores Superiores
Dentes Anteriores Inferiores Acesso à Câmara pulpar
Pré-Molares Superiores
Pré-Molares Inferiores Canal radicular Molares superiores Molares inferiores
Fundamentalmente, o objetivo do tratamento endodôntico consiste em chegar à região apical com os instrumentos e com o material obturador. Para atingir a região apical, os instrumentos cortantes devem percorrer uma via estreita e afunilada através da raiz, denominada canal radicular. A câmara pulpar fica situada na parte central da coroa. A partir desse espaço central, a luz dos canais afunila-se em direção ao ápice. A obtenção de um acesso direto ao interior dos canais evitará a maioria das dificuldades do tratamento endodôntico. COHEN & BURNS (1982) relatam que a maior parte dos fracassos do tratamento endodôntico resulta do preparo incorreto da cavidade de acesso aos canais radiculares.
Aprender a visualizar a localização da câmara pulpar antes da exploração mecânica.
Realizar a cirurgia de acesso à câmara pulpar sem sacrificar desnecessariamente a estrutura dental.
Aprender a resolver os casos de acesso difícil.
A compreensão destes pontos ajudará o aluno a evitar desastres desnecessários, que conduzem aos fracassos endodônticos.
O preparo da cavidade endodôntica começa no instante em que o dente é submetido ao instrumento cortante.
Para melhor compreenção, a cavidade endodôntica pode ser preparada em duas fases: I- Preparo Coronário (cirurgia de acesso à câmara pulpar). II- Preparo Radicular (acesso ao canal radicular e sua instrumentação). Para instrumentar devidamente e, obturar um canal radicular, faz-se necessário que o preparo intracoronário esteja correto em tamanho, forma e inclinação.
O acesso pode ser obtido com instrumentos de alta rotação. A broca ideal para a cirurgia de acesso é a broca esférica (#2 ou 3 dependendo do tamanho do dente). Há os que preferem utilizar brocas tronco-cônicas para esta tarefa. Tudo vai depender da experiência do operador. Normalmente, o dente submetido ao tratamento endodôntico está com um processo patológico e, portanto, causando um certo grau de desconforto. O uso de brocas acionadas por um motor de baixa rotação pode provocar vibrações que consistem em mais uma agressão aos ligamentos sensíveis. Isto não quer dizer que elas não são usadas, mas sim, chamar atenção para os casos de sensibilidade acentuada. A medida que o corte progride em direcão à câmara pulpar, é preciso ter em mente o eixo longitudinal da raiz. Ao ser atingida a câmara pulpar, usualmente, tem-se a sensação de cair no vazio.
O operador deve raciocinar que as câmaras pulpares calcificadas não provocam a sensação de queda no vazio, portanto, chamamos atenção para um apurado exame da radiografia de diagnóstico, evitando assim surpresas desagradáveis.
Quando a radiografia evidenciar um dente com câmara pulpar atresiada, o operador deve ficar atento e atuar com muito cuidado durante a cirurgia de acesso para verificar se está caminhando na direção correta.
Uma vez atingida a câmara coronária, o passo seguinte consiste na remoção de todo o teto da mesma.
A remoção do teto da câmara pulpar deve ser realizada com movimentos de varredura (de dentro para fora). A remoção do teto deve ser realizada com brocas esféricas (2, 3 ou 4 dependendo do volume da câmara pulpar), e pode ser realizada com brocas acionadas por motor de baixa rotação. Em mãos experientes, este procedimento pode ser realizado com brocas acionadas por motor de alta rotação.
Nos molares superiores, a forma de conveniência deve ser executada, pois esses dentes podem apresentar dois canais na raiz mesiovestibular. Assim, a forma clássica triangular deve dar lugar a uma forma modificada.
Os pré-molares, tanto superiores como inferiores, também podem apresentar canais extras, e, nesses casos, também se lança mão da forma de conveniência.
Caninos inferiores com dois canais ou com duas raizes devem apresentar uma cirurgia de acesso com forma de conviniência aumentada no sentido vestíbulo-lingual, uma vez que o canal lingual está bem abaixo do cíngulo deste dente. Sharma (1994) preconiza a seguinte forma de conviniência para os caninos inferiores (Click aqui)
Basicamente, a forma de conveniência é uma alteração da forma de contorno, com desgastes muito bem definidos, visando alcançar os objetivos citados acima.
III- REMOÇÃO DA DENTINA CARIADA
O tecido cariado e as restaurações defeituosas remanescentes na cavidade endodôntica devem ser removidas por três razões básicas:
1 - Eliminar mecânicamente, ao máximo possível, os microrganismo do interor do dente. 2 - Evitar alteração de côr das estruturas dentinárias.
IV- TOALETE DA CAVIDADE
Antes de ser iniciado o preparo radicular, é importante que todo o tecido cariado, raspas de dentina, e tecido necrótico sejam removidos da câmara pulpar.
Caso partículas calcificadas, metálicas ou cimento restaurador tenham sido deixados na câmara pulpar e sejam levados para o interior do canal, poderão dificultar e até mesmo impedir o acesso do instrumento no interior do canal.
A toalete da cavidade deve ser realizada através de irrigação abundante com hipoclorito de sódio (líqüido de Dakin, Milton, água sanitária (hipoclorito a 2,5%) e soda clorada ( hipoclorito de sódio a 5%). O ato de aspiração deve ser realizado simultaneamente. Após a realização desses passos, visualiza-se as entradas dos canais radiculares.
A entrada dos canais radiculares são orifícios no assoalho da câmara pulpar que levam aos canais. O canal radicular acompanha mais ou
menos a forma da raíz, afilando-se progressivamente a partir da câmara pulpar até o ápice radicular, onde se abre suavemente. O canal radicular é dividido, didaticamente, em três porções ou terços: cervical, médio e apical. O orifício de abertura do canal radicular no ápice ou próximo ao ápice radicular chama-se forame apical. Nessa região, o cemento ultrapassa a dentina de maneira que aí as paredes do forame são formadas por ele. A cavidade pulpar, na sua porção radicular (canal), pode apresentar, com frequência, ramificações ou fusões. PUCCI & REIG (1944) esquematizaram as ramificações e fusões dos canais radiculares e deram as seguintes designações: 1- CANAL PRINCIPAL- É o mais importante, esse canal passa normalmente pelo eixo dental e pode alcançar sem interrupção o ápice radicular.
2- CANAL COLATERAL- Esse canal segue um percurso paralelo ao canal principal, podendo alcançar independentemente o ápice. Normalmente é menos calibroso que o canal principal. 3- CANAL LATERAL- Esse canal liga o canal principal à superfície externa do dente.
4- CANAL SECUNDÁRIO- Esse canal sai do canal principal na sua porção apical e termina na região peri-apical do dente.
5- CANAL ACESSÓRIO- É o canal que deriva de um canal secundário e vai até à superfície externa do dente.
6- INTERCONDUTO OU INTERCANAL- É um canal que coloca em comunicação os canais principais. Esse canal fica localizado em dentina, não atinge a região de cemento. 7- CANAL RECORRENTE- é aquele que sai do canal principal e a ele volta, o trajeto é feito só em dentina. 8- CANAIS RETICULARES- É o resultado do entrelaçamento de três ou mais canais que correm quase paralelamente, por meio de ramificações do intercanal, apresentando um aspecto reticulado.
9- DELTAS- São múltiplas derivações que se encontram próximas do mesmo ápice e que saem do canal principal para terminar na zona apical. O canal principal, próximo ao ápice radicular, pode dar múltiplas derivações e terminar em forma de delta. Nos dentes molares, tanto inferiores quanto superiores, também pode ser observada uma série de canais que põe em contato a câmara pulpar com o ligamento periodontal, nas regiões de bifurcação e trifurcação. Esses canais recebem o nome de canais Cavo-interradiculares.
Ver esquema de canais radiculares
bidimensional, os canais com curvaturas para a vestibular forneceram, sempre, uma imagem de canal reto.
2- O incisivo lateral superior tem tendência para curvatura distal do terço apical de sua raiz. Esse dado deve estar previsto e analisado no exame radiográfico inicial. Uma vez constatada a curvatura apical, o ato de penetração ao canal radicular deve ser realizado com cuidado e com limas pré-curvadas. O incisivo lateral superior é o dente de maior incidência de Dens invaginatus e, portanto, o operador deve estar sempre atento.
3- O canino superior, devido ao seu grande comprimento, requer a utilização de instrumentos mais longos, do que os normalmente utilizados. Na maioria das vezes a porção apical apresenta-se muito alongada e fina, exigindo redobrada atenção no preparo do canal, inclusive com cuidado especial na hora de se realizar a endodontometria.
4 - Observar as medidas média dos dentes anteriores superiores na (Tabela I)
1- O acesso é sempre realizado através da face oclusal, em todos os dentes posteriores. O preparo inicial é feito com a broca paralela ao longo eixo do dente, no centro exato do sulco principal dos pré-molares superiores. A broca esférica (#2) acionada por meio de alta rotação é excelente para realizar este procedimento (Fig A).
2- Após atingir a câmara pulpar (queda no vázio), com movimentos de dentro para fora, ainda com broca esférica, remove-se o teto da câmara pulpar (Fig B). Devido à forma da câmara pulpar e à localização da entrada dos canais radiculares, essa etapa deve visar principalmente a porção vetibular e palatina, evitando-se desta forma desgastes desnecessários nas porções proximais, ou seja, nas paredes mesial e distal.
3- Após a remoção do teto, as paredes laterais da cavidade endodôntica devem ser alizadas com brocas tronco-cônicas sem ponta ativa, dando uma ligeira divergência para oclusal (Fig C).
4- A forma de contorno deve ser ovóide com maior diâmetro no sentido vestibulo-lingual.
5- Toalete da cavidade com irrigação abundante.
6- Localização dos orificios de entrada dos canais radiculares (Fig E).
Click aqui para ver a seqüência da cirurgia de acesso à câmara pulpar dos pré-molares superiores.
Erros que podem ser, facilmente, cometidos durante a cirurgia de acesso
dos pré-molares superiores
Ao realizar a cirurgia de acesso à câmara pulpar e aos canais radiculares dos pré-molares superiores, o operador deve ter em mente as seguintes informações, conforme mostra o esquema a seguir: Erros cometidos durante a terapia endodôntica.
Medias dos primeiros pré-molares podem ser vista aqui. Quanto ao número de raiz(es) o primeiro pré-molar pode apresentar alterações. DE DEUS (1986) observou, em sua pesquisa, a existência de 35,5 % de casos com uma só raiz e, PUCCI & REIG (1944) observaram 43,0%. No caso de existência de duas raízes, DE DEUS (1986) notou que 42% apresentavam raízes diferenciadas e 19% com raízes fusionadas. PUCCI & REIG (1944) observaram a presença de 21,9% de casos com duas raízes diferenciadas e 32,7% com raízes fusionadas. Ainda quanto ao número de raízes DE DEUS (1986) observou a presença de três raízes em 3,5% dos casos e PUCCI & REIG (1944) constataram a presença de três raízes em 2,4% dos casos. Além desses dados, a tabela expressa um apanhado do que existe na literatura a respeito do número de raízes nos primeiros pré-molares superiores. Nos casos de pré-molares com duas raízes diferenciadas, a raiz vestibular normalmente é maior do que a raiz palatina. Quanto à cavidade pulpar, o primeiro pré-molar superior apresenta a câmara com formato ovóide, tendo o seu longo eixo no sentido vestíbulo- palatino. O diâmetro mésio-distal normalmente é bastante estreito devido principalmente à localização dos canais radiculares. O primeiro pré- molar superior possue, quase sempre, um canal vestibular e um canal palatino (ou lingual), mesmo quando a raiz é única. O canal vestibular é normalmente mais acessível. Quanto ao número de canais, é unanime em todos os trabalhos de pesquisa encontrados, que a maioria dos primeiros pré-molares superiores apresentem dois canais, independente do número de raízes. O dente pode apresentar uma única raíz e, no entanto, possuir dois ou mais canais. A tabela expressa o número de canais observado por diversos autores em trabalhos científicos encontrados na literatura. Nos casos dos pré-molares superiores apresentarem três raízes ou três canais, a cirurgia de acesso à camara pulpar deve ser igual a dos molares superiores, para facilitar a localização de todos os canais.
Veja aqui, os comprimentos medios, máximo e míninos dos segundos pré-molares superiores, encontrados por diversos pesquisadores Quanto ao número de raízes, DE DEUS (1986) observou que 94,6% dos segundos pré-molares analisados apresentavam uma só raiz. Já, quanto ao número de canais foi observado o seguinte: 53,7% com um canal 46,3% com dois canais. O profissional deve ficar atento, pois os segundos
palatina. A raiz mesiovestibular é de maior diâmetro no sentido V-L do que a raiz distovestibular, e achatada no sentido M-D. Na maioria das vezes essa raíz apresenta uma curvatura voltada para distal. Segundo PECORA et al (1991) essa curvatura ocorre em 89,5% dos primeiros molares infeiores. A raíz distovestibular tem a forma cônico piramidal, podendo, algumas vezes, apresentar curvatura voltada para mesial, que segundo PECORA et al (1991), ocorre em 54,6% dos casos. Nesse mesmo trabalho PECORA et al encontraram as raízes dos primeiros molares posicionadas de forma diferente. Há uma grande incidência de raízes palatinas curvadas para a vestibular nos primeiros molares superiores Click aqui para ver esses achados.
A câmara pulpar é ampla, acompanha a forma externa da coroa do dente. A câmara prolonga-se mais no sentido V-L e é mais estreita e mais curta no sentido M-D. Devemos ter em mente que com o processo evolutivo, com a idade, e com a presença de cáries ou restaurações, a câmara pulpar desse dente também sofre grandes variações de forma e volume. Quanto ao número de canais, a raiz mesiovestibular, na maioria das vezes, apresenta dois canais estreitos e por vezes pouco acessíveis. Geralmente, esses dois canais fundem-se na proximidade do ápice.
DE DEUS (1986) observou, quanto ao número de canais, que o primeiro molar superior apresenta a seguinte situação: 30% dos casos com três canais e 70% dos casos com quatro canais. Esse quarto canal pode ser bem diferenciado e terminar com forame independente em 32,8% dos casos e 37,2% dos casos apresentar dois canais que se unem, terminando em um único forame. As raízes distovestibular e palatina apresentam, cada uma, um único canal. O canal distovestibular é estreito e o canal palatino é amplo. A não localização e, portanto, o não tratamento do quarto canal pode conduzir ao insucesso do tratamento endodôntico.
Click aqui para ver os comprimentos médios, máximos e mínimos encontrados por vários autores em trabalhos de pesquisa. Quanto ao número de raizes, DE DEUS (1986) observou que os segundos molares superiores apresentavam-se da seguinte forma: 55% com três raízes separadas 10% com três raízes parcialmente fusionadas 10% com três raízes totalmente fusionadas 25% com fusionamento entre duas raízes, diferenciadas ou não. Para ver os achados de PECORA et al (1991) com relação às raízes dos segundos e terceiros molares superiores click aqui.
De modo geral, o segundo molar superior é menor do que o primeiro molar superior em todas as suas dimensões. Quanto ao número de canais, eles são semelhantes aos primeiros molares superiores, podendo ter três ou quatro canais. Quando o quarto canal está presente, ele está situado na raiz mesiovestibular.
Para a cirurgia de acesso à câmara pulpar dos dentes anteriores inferiores e para o preparo da cavidade endodôntica, devem-se observar os seguintes passos: 1- O acesso é sempre feito através da superfície lingual de todos os dentes anteriores (Fig A). A penetração inicial é feita no centro exato da face lingual. 2- A entrada inicial é preparada com broca esférica de alta rotação, em contra-ângulo refrigerado, operando em ângulo reto com o longo eixo do dente (Fig B). 3- Manter a ponta da broca na cavidade central e dirigir a peça de mão na direção incisal, de modo que a broca fique paralela ao longo eixo do dente. O esmalte e a dentina são biselados no sentido incisal. 4- Uma vez atingido a câmara pulpar (queda no vazio), remover o teto da cavidade com broca esférica, com movimentos de varredura de dentro para fora (Fig C). 5- Uma vez completada a abertura da câmara pulpar, a broca de BATT é utilizada para remover o ombro lingual, realizando o degaste compensatório (Fig D). 6- Toalete da cavidade, com irrigação abundante com solução de hipoclorito de sódio.
Seqüência de acesso à câmara pulpar dos incisivos inferiores.
Aqui pode-se ver os achados de vários pesquisadores quanto ao tamanho dos incisivos centrais inferiores.
O incisivo central inferior apresenta uma só raiz, mas quanto ao número de canais a situação é diferente. O achatamento no sentido mesio-distal da raiz pode ser tão pronunciado que o canal pode ficar bifurcado parcial ou totalmente. Ocorrendo essa bifurcação quase sempre na parte mais larga, o canal se divide em um ramo vestibular e outro lingual, que normalmente se unem novamente, formando um único forame. DE DEUS (1986) analisando os incisivos centrais inferiores obteve os seguintes dados: 73,4% com canal único, com um forame. 23,4% com dois canais e um único forame. 3,2% com dois canais e dois forames.
A incidência de dois canais nos incisivos centrais inferiores chama atenção, pois o não tratamento de um deles pode acarretar, indubitavelmente, o insucesso da terapia endodôntica. Para evitar o dissabor do insucesso, sugerimos que, diante desses dentes, se dê mais atenção à radiografia de diagnóstico. A radiografia de diagnóstico, nestes
Para preparar a cavidade endodôntica dos pré-molares inferiores, devemos observar os seguintes passos: 1- O acesso é sempre feito através da superfície oclusal. A abordagem inicial é feita no centro exato do sulco central, e a broca dirigida paralelamente ao longo eixo do dente (Fig A). 2- A broca esférica (#1 ou 2) de comprimento normal é usada verticalmente, para entrar na câmara pulpar (queda no vazio), e a seguir, para remover o teto da cavidade (Fig B). 3- Um explorador endodôntico é usado para localizar o canal (Fig C). 4- As paredes da cavidade devem ser alisadas e a divergência para oclusal deve ser observada. A divergência das paredes é dada com brocas ou pontas diamantadas tronco-cônicas, sem ponta ativa (Fig D). 5- Toalete da cavidade com hipoclorito de sódio.
Seqüencia de cirurgia de acesso dos pré-molars inferiores.
Veja aqui os erros que podem ser cometidos durante a cirurgia de acesso dos pré-molares inferiores. Pode-se ver, aqui, os comprimentos obtidos por alguns autores, ao examinarem os primeiros pré-molares inferiores. Quanto ao número de raízes, DE DEUS (1986) observou que 82% dos primeiros pré-molares inferiores apresentavam uma única raiz e 18%, apresentavam duas raízes. Os dados encontrados por PUCCI & REIG (1944) são os seguintes: 84,4% com uma única raiz, 5% com duas raizes 10,6% com três raízes não diferenciadas. Quanto ao número de canais, as observações de alguns autores podem ser vistas aqui. Quando o primeiro pré-molar inferior apresenta um único canal, o tratamento do mesmo é facilmente realizado mas, nos casos de bifurcações, as dificuldades aumentam. O importante é diagnosticar o problema pela radiografia inicial e, desde o preparo da cavidade, tomar os cuidados necessários para facilitar o tratamento. Um dos cuidados consiste em dar à cavidade uma boa forma de conveniência para facilitar a instrumentação dos canais.
Aqui pode ser vistos os valores dos comprimentos médio, máximo e minimo encontrados por alguns autores.
Quanto ao número de raízes: 92% com uma raiz 4% com duas raízes unidas até o terço médio 4% com duas raízes totalmente fusionadas Quanto ao número de canais, o segundo pré-molar inferior tem a seguinte distribuição.
PECORA et al (1989) estudaram a anatomia interna e o comprimento dos pré-molares inferiores humanos. Para esse estudo os autores investigaram a anatomia interna de 215 primeiros pré-molares inferiores e 207 segundos pré-molares inferiores, por meio da diafanização. Concluiram que a incidência de dois canais nos primeiros pré-molares inferiores é muito alta, ou seja, 27,45% (22,33% com dois canais e dois forames e 5,12 com dois canais e um forame) e 0,46% apresentaram-se com três canais e três forames. A incidência de dois canais no segundo pré-molar inferior é de 9,67% (5,32% com dois canais e dois forames, 4,35% com dois canais e um forame e 0,46% com três canais e três forames.
Passos a serem seguidos:
1- O acesso é sempre feito através da superfície oclusal em todos os dentes posteriores. A penetração é feita no centro exato do sulco principal, com a broca voltada para a direção distal, buscando a embocadura do canal distal.
2- De acordo com o tamanho da câmara, a broca esférica (# 3,4 ou 5) é usada para atingir o interior da câmara pulpar. A broca deve ser dirigida para o orifício do canal distal. Onde existe maior espaço na câmara. Quando a câmara é alcançado, tem-se a sensação de uma ‘queda no vazio’. Caso a câmara esteja bem calcificada, a penetração deve ser realizada com muito cuidado para evitar perfuração do assoalho da câmara pulpar Uma vez atingida a câmara pulpar, o trabalho com a broca é no sentido de dentro para fora, com o objetivo de remover o teto da cavidade (Fig A).
3- A sonda exploradora é usada para localizar os orifícios dos canais distal, mésio vestibular e mésio lingual (Fig B).
4- Com broca tronco-cônica sem ponta ativa, é realizado o alisamento das paredes, dando ligeira divergência às mesmas, em direção oclusal (Fig C).
5- Preparo final possibilita livre acesso aos orifícios do canal, facilitando a completa passagem dos instrumentos dilatadores (Fig D).
6- A forma de contorno trapezoidal, de base maior voltada para mesial, reflete a anatomia da câmara pulpar (Fig E). 7- Toalete da cavidade com hipoclorito de sódio.
Seqüência da cirurgia de acesso à câmara pulpar de molares inferiores.
Erros que podem ser cometidos durante a terapia endodôntica.
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