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Guias e Dicas
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parto e seus ciclos antes e depois, Esquemas de Saúde da Mulher

os períodos do parturiente apresentação

Tipologia: Esquemas

2021

Compartilhado em 23/10/2021

ted-willyan
ted-willyan 🇧🇷

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PERIODOS
CLÍNICOS DO
PARTO
Profª. Enf. Obstetra Michely O.Silva
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PERIODOS

CLÍNICOS DO

PARTO

Profª. Enf. Obstetra Michely O.Silva

ESTUDO CLÍNICO

 (^) Clinicamente, o estudo do parto analisa três fases principais (dilatação, expulsão e secundamento), precedidas de estágio preliminar, o período premunitório (pré-parto). Há tendência a considerar um 4º período, que compreenderia a hora imediata à saída da placenta (dequitação).  (^) O conjunto desses episódios constitui os fenômenos passivos do parto, que se completam com a análise dos movimentos executados pelo feto, na sua penetração rotativa pelo canal parturitivo, impulsionado pelas contrações uterinas (mecanismo do parto).

PERÍODO PREMUNITÓRIO

(PRÉ-PARTO)

 (^) O período premunitório é caracterizado principalmente pela descida do fundo uterino. A cúpula do útero gravídico, localizada nas proximidades do apêndice xifoide, baixa de 2 a 4 cm, condicionando maior amplitude à ventilação pulmonar, a qual está dificultada, até esse momento, pela compressão diafragmática.  (^) A adaptação do polo proximal do feto ao estreito superior traz consigo, no entanto, a incidência de dores lombares, o estiramento das articulações da cintura pélvica e distúrbios circulatórios decorrentes dos novos contatos. Há grande quantidade de secreções das glândulas cervicais, com eliminação de muco e, eventualmente, mesclado de sangue; encurta-se a porção vaginal do colo; inicia-se a percepção, por vezes dolorosa, das metrossístoles (contrações de Braxton Hicks) “falsas contrações” intermitentes do útero.

 No pré-parto, acentua-se o amolecimento do colo, combinado ao apagamento, que anuncia a incorporação da cérvice ao segmento inferior, e caracteriza-se a maturidade. Além disso, é importante ressaltar a orientação e o abaixamento do colo, posto que o parto só tem início com essa porção da matriz posicionada no centro do eixo vaginal, após ou no momento de sua descida em relação à fenda vulvar.

FASE DE DILATAÇÃO (OU 1 O PERÍODO)  (^) Inicia-se a fase de dilatação com as contrações uterinas dolorosas (que começam a modificar ativamente a cérvice) e termina quando a sua ampliação está completa (10 cm).  (^) Cerca de 70% das parturientes referem dor da contração uterina no hipogástrio, 20% na região sacra e 10% em ambos os lugares. Durante o 1º período, abre-se o diafragma cervicossegmentário e o canal do parto se forma, isto é, a continuidade do trajeto uterovaginal, com dois fenômenos a predominar: o apagamento do colo (ou desaparecimento do espaço cervical), incorporado à cavidade uterina, e a dilatação da cérvice, ao fim da qual as suas bordas limitantes ficam reduzidas a simples relevos, aplicados às paredes vaginais. Portanto, o apagamento e a dilatação são fenômenos distintos, que nas primíparas se processam nessa ordem sucessiva. Nas multíparas, ocorre a simultaneidade dos dois: o colo se desmancha em sincronismo com a dilatação.

ATIVIDADE UTERINA

 Alterações no padrão de contratilidade uterina.  HIPERATIVIDADE  Frequência > 5 / 10 minutos  Causas: Administração intempestiva de ocitocina. Pré-eclampsia, Parto obstruído. Síndrome de compressão da veia cava. Conduta: Decúbito lateral esquerdo. Oxigênio sob cateter nasal. Redução da dose de ocitocina administrada.

 (^) Em 80% dos casos, a ruptura (amniotomia), com evasão parcial do conteúdo líquido do óvulo, ocorre no final da dilatação ou no início da expulsão.  Com relação à cronologia, as rupturas âmnicas são consideradas prematuras quando não houver trabalho de parto; precoces no início do parto e oportunas quando ocorrem ao final da dilatação e tardias quando sobrevêm concomitantes à expulsão do feto, que ao nascer envolto pelas membranas, é chamado feto empelicado.

 (^) Em relação às rupturas são classificá-las como: espontâneas, quando ocorrem sem envolvimento médico; provocadas ou artificiais, quando decorrem da ação direta do parteiro (utilizando dedo ou instrumentos); e intempestivas, quando acarretam prolapsos, procidências ou escape quase total do líquido amniótico. A ruptura das membranas que ocorre no parto pode ser atribuída ao enfraquecimento generalizado, atuando as contrações uterinas e o repetido estiramento.

 (^) No momento do trabalho de parto, os alimentos sólidos ficam proibidos, devidos aos riscos inerentes às anestesias em tais condições. Nas gestantes de baixo risco, poderá ser permitida a ingesta de pequenas quantidades de líquidos claros (água, sucos de fruta sem polpa e chás), em comum acordo entre o obstetra e o anestesista.  (^) Deambulação: A parturiente poderá locomover-se durante o período de dilatação, até a ruptura das membranas. Depois, será mais prudente permanecer no leito, em decúbito lateral, para melhoria das contrações uterinas e da oxigenação fetal.

FASE DE EXPULSÃO (OU 2º PERÍODO)

 Inicia-se quando a dilatação está completa e se encerra com a saída do feto. Caracteriza-se, fundamentalmente, pela associação sincrônica às metrossístoles, da força contrátil do diafragma e da parede abdominal, cujas formações musculoaponeuróticas, ao se esticarem, formam cinta muscular forte, que comprime o útero de cima para baixo e de frente para trás.  (^) No curso do 2º período, ocorre a sucessão das contrações uterinas, cada vez mais intensas e frequentes, com intervalos progressivamente menores, até adquirirem o aspecto subintrante de cinco contrações em cada 10 min.

 (^) Para maior eficiência do período expulsivo, é necessário que dois fatores estejam presentes e somados: sístole involuntária do útero e contração voluntária da prensa abdominal. A parturiente imobiliza o tórax, firmando os braços em pontos de apoio no leito; interrompe a respiração e abaixa o diafragma como nos movimentos expiratórios violentos, executando forte contração da musculatura abdominal.  (^) Aos poucos, a vulva se entreabre, dilata-se lentamente e se deixa penetrar pela apresentação, após muito esforço, o feto se desprende do leito materno, ao qual ficará ligado unicamente pelo cordão umbilical. Ocorre a eliminação do líquido amniótico remanescente na cavidade uterina, mesclado a uma quantidade pequena de sangue, decorrentes do parto.

CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL Resposta SIM para:  (^) 1. RN respirando ou chorando?  (^) 2. RN com tônus muscular em flexão? Clampeamento precoce (imediato): até 1 min após a extração completa do RN. Clampeamento tardio: após 1 min até alguns minutos após cessar a pulsação do cordão umbilical. Segundo a OMS, recomenda clampear e cortar o cordão umbilical 1 a 3 minutos após o nascimento.  Reservas de ferro aumentadas no momento do nascimento e menor anemia infantil.

PERÍODO SECUNDAMENTO

(DEQUITAÇÃO)

 3° período do parto  (^) Inicia-se imediatamente após o nascimento do RN e termina com a liberação da placenta e membranas  Contrações  Tempo médio de 30 minutos.

O secundamento consta de três tempos fundamentais:  (^) Descolamento: Decorre, essencialmente, da retração do músculo uterino, após o parto fetal, e em consequência de suas contrações. Assim, reduz-se de maneira acentuada a superfície interna do útero, pregueando-se a zona de inserção da placenta, o que vai ocasionar o seu descolamento.  (^) O descolamento da placenta ocorre de acordo com dois tipos de mecanismos: mecanismo de Baudelocque-Schultze e mecanismo de Baudelocque-Duncan.  (^) O mecanismo de Baudelocque-Schultze, cuja frequência é de 75%, ocorre quando a placenta inserida na parte superior do útero inverte-se, e se desprende pela face fetal, em formato de guardachuva.  (^) No mecanismo de Baudelocque-Duncan (25% dos casos), se a placenta estiver localizada na parede lateral do útero, a desinserção começa pela borda inferior. Aqui, o sangue se exterioriza antes da placenta, que, por deslizamento, se apresenta ao colo pela borda ou pela face materna. Baudelocque-Schultze Baudelocque-Duncan