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PARTES ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS
Tipologia: Teses (TCC)
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Projeto de Intervenção apresentado como requisito parcial para obtenção do grau Técnico em Nutrição e Dietética do Centro Territorial de Educação Profissional de Irecê-CETEP. Orientadora: Érica Messias Paiva IRECÊ-BA 2019
A fome e o desperdício de alimentos são dois grandes problemas enfrentados pelo Brasil, constituindo-se em uma das contradições do país, que apesar de grande potencial exportador, possui também, um dos maiores índices de desprecio de alimentos. O Aproveitamento Integral dos Alimentos (AIA), é uma das maneiras de evitar este desperdício, através de receitas que utilizem folhas, talos, sementes de frutas e hortaliças, por exemplo. O AIA consiste na utilização de um determinado alimento em sua totalidade. Folhas, cascas, talos, entrecascas de melancia e maracujá, sementes são alguns exemplos de partes não convencionais dos alimentos que podem ser utilizadas (STORCK et al, 2013). A falta de informação sobre os nutrientes contidos nessas partes não aproveitadas ocasiona o grande desperdício de material orgânico (GONDIM et al, 2005). Além do menor impacto ambiental, essa prática possibilita maior contribuição nutricional para a população. Partes de frutas e hortaliças são, geralmente, desprezadas e poderiam ser utilizadas como fontes alternativas de nutrientes, com o objetivo de aumentar o valor nutritivo das refeições, visto que vitaminas, sais minerais, proteínas e fibras estão concentradas em partes não aproveitáveis dos alimentos que e, em alguns casos, estão presentes em quantidade maior que na parte costumeiramente utilizada (PEREIRA et al, 2003; STORCK et al, 2013). Dessa forma, é importante aproveitar tudo que o alimento pode oferecer como fonte de nutrientes. A utilização integral dos alimentos é uma forma de contribuir para buscar alternativas para a oferta de produtos naturais de partes de alimentos de grande valor nutricional, usualmente descartadas, visto que estudos comprovam a sua eficácia e, por outro lado, também promover uma diminuição significativa do desperdício.
4.1. Objetivo geral Estabelecer formas de consumo saudável a partir do aproveitamento integral dos alimentos. 4.2. Objetivos específicos Apresentar métodos de higienização e aproveitamento de folhas, talos e cascas de alimentos. Formular receitas saudáveis utilizando partes não convencionais de alimentos. Comparar a composição nutricional de preparações convencionais e não convencionais.
Alimento é toda substância que fornece os elementos necessários ao organismo humano para a sua formação, manutenção e desenvolvimento. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). Os alimentos servem para saciar a fome, agradar o paladar, reunir a família e principalmente para fornecer a energia e os nutrientes que o corpo precisa para as atividades diárias. Ou seja, o alimento está intimamente ligado com o nosso bem-estar físico, social e mental. (PREFEITURA DE BELO HORIZONTE, 2012). É por meio da alimentação que se retira dos alimentos, nutrientes para a sobrevivência, para manter boa saúde e quando feita de forma saudável, pode evitar uma série de doenças (SHILS , 2009). 5.2 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Uma alimentação saudável é aquela que contribui para a promoção e manutenção da saúde e a prevenção de doenças e, portanto, para um estado nutricional adequado das pessoas em qualquer fase do curso da vida. Há uma sinergia estreita entre saúde e alimentação: esta é essencial para a saúde, enquanto que um bom estado de saúde é fundamental para que o organismo humano aproveite adequadamente os alimentos consumidos. (BURITY, 2010). Ela não se resume apenas ao consumo de alimentos nutritivos, abrange também outros cuidados referentes à produção, à manipulação e ao consumo desses alimentos (ANVISA, 2008) A promoção da alimentação saudável deve ser estimulada ao longo de toda a vida, pois é essencial para a saúde dos indivíduos e da comunidade. A alimentação saudável na infância e na adolescência promove a saúde, o crescimento e o desenvolvimento; previne problemas de saúde, tais como a anemia por deficiência de ferro, a obesidade, e a cárie dental; e pode prevenir problemas de saúde em
para a população (OLIVEIRA, 20022apud GOULART, 2006). Quando um alimento é aproveitado em sua totalidade, além de aproveitar os nutrientes se reduz a quantidade de resíduo orgânico produzido e, evitando assim, o desperdício e impactos ambientais (NUNES et al, 2009). 5.4. APROVEITAMENTO INTEGRAL DE ALIMENTOS O Aproveitamento Integral dos Alimentos (AIA) consiste na utilização de um determinado alimento em sua totalidade, aproveitando o máximo possível das cascas, sementes, talos e folhas, sendo um procedimento de baixo custo, gerando redução no custo da preparação. Portanto, utilizar o alimento em sua totalidade significa mais que economia. Significa usar os recursos disponíveis sem desperdícios, reciclar, respeitar o ambiente (LELIS et al, 2013; SESI, 2008). A alimentação integral possui como princípio básico a diversidade de alimentos e a complementação de refeições, com o objetivo de reduzir custo, proporcionar preparo rápido e oferecer paladar regionalizado. (SESC, 2003). Diversos nutrientes estão presentes em partes geralmente descartadas dos alimentos, como sementes e cascas, entrecascas, folhas e talos. Muitas pessoas perdem a oportunidade de produzir pratos deliciosos e saudáveis, causando acúmulo de lixo orgânico e desperdício de mantimentos que poderiam estar nos pratos de muitos brasileiros. O aproveitamento integral consiste em pequenas mudanças no cotidiano que fazem um grande bem para o indivíduo, para o meio ambiente e para a sociedade como um todo, através do consumo sustentável. (AIA, 2018) Com a utilização das partes não convencionais dos alimentos pode-se ter uma dieta mais variada, pois aumentam as possibilidades de preparações culinárias. Ao utilizar o alimento integralmente podem-se preparar refogados, saladas, sobremesas, entre outras preparações (STORCK et al, 2013).
A pesquisa terá o caráter descritivo, explicativo e quanti-qualitativa. A abordagem metodológica, inicialmente se deu através de pesquisas bibliográficas a partir de artigos científicos, livros, dissertações, teses e sites de relevância acadêmica. Logo após a revisão de literatura e discussão dos temas analisados, as informações colhidas durante a pesquisa foram transmitidas aos alunos do CETEP, durante a VII Semana de Culturas, Ciências e Tecnologias, através de palestras, apresentação de modos de preparo de receitas e testes de aceitabilidade de preparações feitas a partir das partes não convencionais dos alimentos e entregas de folders com informações.
7. CONCLUSÃO O presente trabalho cumpriu com o objetivo da pesquisa sobre estabelecer formas de consumo saudável a partir do aproveitamento integral dos alimentos. Por meio dele foi possível informar ao público, a importância do AIA, o uso das partes não convencionais e a concientização acerca do despesdício de alimentos. Uma vez que a prática do AIA ainda é desconhecia ou pouco utilizada por grande parte das pessoas. O teste de aceitabilidade realizado, obteve alto indice de aceitação pelos participantes, chegando a cerca de 80% de aprovação na escala hendônica. O mesmo também serviu como uma quebra de preconceito com certos preparos, pois os ingredientes utilizados nas receitas só foi revelado após a degustação. Entretanto, ainda é necessário desenvolver mais trabalhos com esta temática, por meio de outras pesquisas científicas com maior abrangência e publicação de artigos, para que o AIA seja difundido e o índice de desperdício de alimentos reduzido significativamente.
STORCK, Cátia Regina; NUNES, Graciele Lorenzoni; OLIVEIRA, Bruna Bordin; BASSOI, Cristina. Folhas, talos, cascas e sementes de vegetais: composição nutricional, aproveitamento na alimentação e análise sensorial de preparações. Ciência Rural, Santa Maria, v.43, n.3, p.537-543; 2013. GONDIM, Jussura A. Melo; MOURA, Maria de Fátima V; DANTAS, Aécia S; MEDEIROS, Rina Lourena S; SANTOS, Klécia. M. Composição centesimal e de minerais em cascas de frutas. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, v. 25, n.4, p 825-827, out.-dez. 2005. SHILS, M. E.; OLSON, J. A., SHIKE, M. ROSS, A. C. Tratado de Nutriçãon Moderna na Saúde e na Doença , São Paulo: Manole 10ª edição, 2009. BURITY, Valéria; FRANCESCHINI, Thaís; VALENTE, Flavio; RECINE, Elisabetta; LEÃO, Marília; CARVALHO, Maria de Fátima. Direito humano à Alimentação Adequada no Contexto da Segurança Alimentar e Nutricional. Brasília: ABRANDH, 2010. 160p. CARVALHO, Maria Cláudia da Veiga Soares; LUZ, Madel Therezinha; PRADO, Shirley Donizete. Comer, alimentar e nutrir: categorias analíticas instrumentais no campo da pesquisa científica. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.16, n.1, p155-163, jan. 2011. GOULART, Rita Maria Monteiro. Avaliação de um programa de aproveitamento de alimentos. Rev. Integração. v. 46, p. 2091-294,Jul 2006. LELIS, Michele Gomes. Aproveitamento integral dos alimentos: saiba como aproveitar melhor os alimentos reduzindo o seu desperdício. A.S sistemas E- book. 1ª edição, 2013.