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”Os Caçadores de Sombras não são o Ciclo, e Jace não é Valentine.” ... uso de um jardim no terraço, uma academia, uma piscina aquecida e um.
Tipologia: Notas de estudo
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Para Josh Somos dois livros de uma mesma obra?
Existem enfermidades que andam nas trevas, e há anjos exterminadores que voam envoltos em cortinas de imaterialidade e numa natureza incomunicável; a quem nós não podemos ver, mas nós sentimos sua força e prostramos sob suas espadas. Jeromy Taylor — “A Funeral Sermon”
A garçonete levantou suas sobrancelhas desenhadas a lápis. “Você não quer nada para comer?”, ela perguntou. Seu sotaque era forte, sua atitude desapontada. Simon Lewis não podia culpá-la, ela tinha estado, provavelmente, esperando por uma gorjeta melhor, do que a de uma que ela ia receber por uma única xícara de café. Mas não era sua culpa que vampiros não comessem. Às vezes, em restaurantes, ele pedia comida, só para manter a aparência de normalidade, mas em uma noite de Terça, quando Veselka estava quase vazio de outros clientes, não parecia valer a pena o incômodo. “Só café.” Com um encolher de ombros a garçonete tomou o menu plastificado e foi ordenar seu pedido. Simon sentou-se contra a cadeira dura de plástico e olhou ao redor. Veselka, um restaurante na esquina da Ninth Street e Second Avenue, era um de seus lugares favoritos na Lower East Side — uma antiga vizinhança coberta por murais preto e branco, onde eles deixavam você se sentar o dia todo desde que você pedisse café em intervalos de meia hora. Eles também serviam o que tinha sido uma vez seus pierogi vegetariano e borscht favoritos, mas aqueles dias ficaram para trás. Era o meio de Outubro, e eles tinham acabado de montar suas decorações de Halloween — um aviso oscilante que dizia Travessuras-ou- Borscht! — e um falso vampiro de papelão chamado Conde Blintzula. Há muito tempo atrás Simon e Clary tinham achado as decorações bregas do feriado engraçadas, mas o Conde, com suas presas falsas e capa preta, não mais divertiam Simon. Simon olhou em direção a janela. Era uma noite fria, e o vento estava soprando folhas através da Second Avenue como punhados de confetes jogados. Havia uma garota caminhando na rua, uma garota em um casaco justo, com longos cabelos pretos que esvoaçavam ao vento. As pessoas se viravam para observá-la enquanto ela caminhava. Simon tinha olhado para garotas como aquela antes no passado, imaginando onde elas estavam indo, quem elas estavam se encontrando. Não caras como ele, ele sabia disso muito bem. Exceto que esta estava. A sineta da porta da frente do restaurante tocou, enquanto a porta se abria, e Isabelle Lightwood entrava. Ela sorriu quando ela viu Simon, e veio em direção a ele, retirando seu casaco e o dobrando nas costas da cadeira, antes que ela se sentasse. Sob o casaco ela vestia o que Clary chamava de “típico trajes Isabelle”: um vestido curto justo de veludo, meia-calça arrastão, e botas. Havia uma faca enfiada na beira de sua bota esquerda que Simon sabia que só ele podia ver; ainda assim, todos no restaurante estavam observando enquanto ela se sentava, jogando seu cabelo para trás. O que quer que ela estivesse vestindo chamava atenção como fogos de artifício.
retornou, colocando com barulho uma xícara de café em frente a Simon, olhou Lizzy, e saiu sem tomar o pedido dela. “Eu gosto daqui”, ele disse. “Clary e eu costumávamos vir aqui quando ela tinha aulas em Tisch. Eles têm ótimos borscht e blintzes — eles são como tortas de queijo doce — além de que fica aberto a noite toda.” Isabelle, entretanto, estava o ignorando. Ela estava olhando por cima de seu ombro. “O que é aquilo?” Simon seguiu seu olhar. “Aquele é o Conde Blintzula.” “Conde Blintzula?” Simon deu de ombros. “Ele é uma decoração do Halloween. O Conde Blintzula é para crianças. É como o Conde1 Chocula, ou o Conde da Vila Sésamo.“ Ele sorriu para a inexpressão dela. “Sabe. Ele ensina as crianças a contar.” Isabelle estava sacudindo sua cabeça. “Há um programa de TV onde crianças são ensinadas a contar com um vampiro?” “Faria sentido se você o visse”, Simon murmurou. “Há alguma base mitológica para tal paralelo”, Isabelle disse, recaindo em uma preleção do modo de ser Caçador de Sombras. “Algumas lendas afirmam que vampiros são obcecados por contagem, e que se você derramar grãos de arroz em frente a eles, eles terão que parar o que estão fazendo e contar um a um. Não há verdade nisso, é claro, não mais que aquele negócio sobre o alho. E vampiros não se importam em ensinar crianças. Vampiros são aterrorizantes.” “Obrigado”, Simon disse. “É uma piada, Isabelle. Ele é o Conde. Ele gosta de contar. Sabe. ‘O que o Conde comeu hoje, crianças? Um biscoito de chocolate, dois biscoitos de chocolate, três biscoitos de chocolate...’” Houve um sopro de ar frio enquanto a porta do restaurante se abria, entrando outro cliente. Isabelle estremeceu e alcançou sua echarpe de seda preta. “Não é realístico.” “O que você preferiria? ‘O que o Conde comeu hoje, crianças? Um aldeão 1 Count – é um trocadinho. Count significa conde mais é também um verbo to count – contar. Indefeso, dois aldeões indefesos, três aldeões indefesos...” “Shh.” Isabelle terminou de enrolar sua echarpe ao redor de sua garganta e se inclinou para frente, colocando sua mão no pulso de Simon. Seus grandes olhos negros estavam de repente vivos, o modo que eles apenas ficavam vivos quando ela estava caçando demônios ou pensando sobre caçar demônios. “Olhe ali.” Simon seguiu seu olhar. Havia dois homens em pé perto da prateleira de vidro que continha itens de padaria: bolos densamente confeitados, pratos de rugelach, e Danishes recheados de creme. Nenhum deles parecia como se estivessem interessados em comida. Ambos eram baixos e terrivelmente esqueléticos, tanto que seus ossos do rosto projetavam de seus rostos como facas. Ambos tinham um fino cabelo grisalho e olhos cinza pálidos, e usavam casacos acinturados que iam até o chão. “Agora”, Isabelle disse. “O que você acha que eles são?” Simon estreitou os olhos para eles. Ambos olhavam de volta para ele, seus olhos sem cílios como buracos vazios. “Eles são como gnomos maus de jardim.” “Eles são humanos subjugados”, Isabelle sibilou. ”Eles pertencem a um vampiro.” “Pertencem a um...”
Ela fez um ruído impaciente. “Pelo Anjo, você não sabe nada sobre sua espécie, sabe? Você nem mesmo sabe como vampiros são feitos?” “Bem, quando uma mamãe vampiro e um papai vampiro amam muito um ao outro...” Isabelle fez uma careta para ele. “Ótimo, você sabe que os vampiros não precisam ter sexo para se reproduzirem, mas eu aposto que você realmente não sabe como isso funciona.” “Eu também sei.” Simon disse. “Eu sou um vampiro por que eu bebi um pouco de sangue de vampiro antes que eu morresse. Beber sangue mais morte é igual a vampiro.” “Não exatamente”, Isabelle disse. “Você é um vampiro por que você bebeu um pouco do sangue de Raphael, e então foi mordido por outros vampiros, e então você morreu. Você precisa ser mordido em algum ponto durante o processo.” “Por quê?” “A saliva do vampiro tem... propriedades. Propriedades transformadoras.” “Eco”, Simon disse. “Não faça eco para mim. Você é quem tem o cuspe mágico. Vampiros mantêm humanos ao redor e se alimenta deles quando tem falta de sangue — como máquinas de lanche que andam”, Izzy falou com desgosto. “Você acharia que eles estariam fracos por perder sangue o tempo todo, mas a saliva vampira na verdade tem propriedades curativas. Ela aumenta sua contagem de células vermelhas do sangue, faz elas mais fortes e mais saudáveis e os faz viver mais. É claro, de vez em quando o vampiro decidirá que ele precisa mais do que um lanche, que precisa de um subjugado — e então começará a alimentar seus humanos mordidos com pequenas quantidades de sangue vampiro, só para mantê-lo dócil, manter conectado a seu mestre. Subjugados adoram seus mestres, e ama servi-los. Tudo o que eles querem é estar ao lado deles. Como você estava quando você voltou ao Dumont. Você foi atraído de volta para o vampiro cujo sangue você tinha consumido.” “Raphael”, Simon disse, sua voz fria. “Eu não sinto uma urgência para estar com ele ultimamente, deixe-me lhe dizer.” “Não, isso se foi quando você se tornou um vampiro completo. Apenas os subjugados adoram seus progenitores e não pode desobedecê- los. Você não vê? Quando você voltou ao Dumont o clã de Rafael drenou você, e você morreu, e então se tornou um vampiro. Mas se eles não o tivessem drenado, se ao invés, eles tivessem dado a você mais sangue vampiro, você eventualmente teria se tornado um subjugado.” “Isso tudo é muito interessante”, Simon disse. “Mas não explica o porquê de eles estarem olhando para nós.” Isabelle olhou de volta para eles. “Eles estão olhando para você. Talvez o mestre deles morreu e estejam procurando por outro vampiro para ser dono deles. Você poderia ter bichinhos de estimação.” Ela sorriu. “Ou”, Simon disse. “Talvez eles estejam aqui pelos hash brown2. “Humanos subjugados não comem comida. Eles vivem de uma mistura de sangue vampiro e sangue animal. Eles os mantêm em um estado de animação2. Uma tortinha de batata suspensa. Eles não são imortais, mas eles envelhecem muito lentamente.”
O punhal pareceu saltar para a mão de Isabelle; ou pelo menos, ela mal pareceu se mover, e ainda assim ela o estava segurando. Ela o girou levemente. “Eu não faria isso se fosse você.” Sr. Archer mostrou seus dentes para ela. “Desde quando as crianças do Anjo tornaram-se os guarda-costas para inferiores Seres do Submundo? Eu acharia que você está além desse tipo de negócios, Isabelle Lightwood.” “Eu não sou a guarda-costas dele”, Isabelle disse. “Eu sou a namorada dele. O que me dá o direito de chutar seu traseiro se você o incomodar. É como funciona.” Namorada? Simon ficou perplexo o suficiente para olhar para ela surpreso, mas ela estava olhando para os dois subjugados, seus olhos escuros cintilando. Por um lado ele não achava que Isabelle sequer referiu a si mesma como namorada dele antes. Por outro lado isso era característico de quão estranha sua vida tinha se tornado, de que essa era a coisa que o tinha mais surpreendido hoje à noite, além do fato de que ele tinha acabado de ter sido convocado para um encontro pelo mais poderoso vampiro em Nova York. “Meu mestre”, disse Sr. Walker, no que ele provavelmente pensou que fosse um tom apaziguador, “tem uma proposta a fazer para o Daylighter” “Seu nome é Simon. Simon Lewis.” “Para propor ao Sr. Lewis. Eu posso prometer que o Sr. Lewis achará mais vantajoso se ele estiver disposto a nos acompanhar e ouvir meu mestre. Eu juro pela honra de meu mestre que nenhum dano acontecerá a você, Dayligher, e que caso você deseje recusar a oferta de meu mestre, você terá a livre escolha de fazê-lo.” Meu mestre, meu mestre, Sr. Walker disse as palavras com uma mistura de adoração e reverência. Simon estremeceu um pouco intimamente. Que horrível ser tão ligado a outro alguém, e não ter nenhum desejo verdadeiro por si mesmo. Isabelle estava balançando sua cabeça; ela balbuciou “não” para Simon. Ela provavelmente estava certa, ele pensou, Isabelle era uma excelente Caçadora de Sombras. Ela tinha estado caçando demônios e Seres do Submundo renegados — vampiros inferiores, bruxos praticantes de magia negra, lobisomens que tinham se tornado selvagens e comido alguém — desde que ela tinha doze anos de idade, e era provavelmente melhor no que ela fazia do que qualquer outro Caçador de Sombras em sua idade, com exceção de seu irmão Jace. E houve Sebastian, Simon pensou, que tinha sido melhor do que ambos. Mas ele estava morto. “Tudo bem”, ele disse. “Eu irei.” Os olhos de Isabelle se arregalaram. ”Simon!” Ambos subjulgados esfregaram suas mãos juntas, como vilões em histórias em quadrinhos. O gesto por si mesmo não era o que foi assustador, na verdade; foi que eles fizeram isso exatamente ao mesmo tempo e do mesmo jeito, como se eles fossem marionetes cujas cordas estavam sendo puxadas em uníssono. “Excelente”, disse Sr. Archer. Isabelle bateu a faca na mesa com um ruído e se inclinou para frente, seu brilhante cabelo escuro roçando em cima da mesa “Simon”, ela disse em um sussurro urgente. “Não seja estúpido. Não há motivo para você ir com eles. E Raphael é um idiota.”
“Raphael é um mestre vampiro”, Simon disse. “O sangue dele me fez um vampiro. Ele é o meu — seja o que eles chamam isso.” “Patriarca, criador, progenitor — há um milhão de nomes para o que ele fez”, Isabelle disse distraidamente. “E talvez o sangue dele fez de você um vampiro. Mas isso não o fez um Daylighter.” Seus olhos encontraram os dele do outro lado da mesa. Jace fez de você um Daylighter. Mas ela nunca diria isso em voz alta, havia apenas poucos deles que conheciam a verdade, a história inteira por trás do que Jace era, e o que Simon era por causa disso. “Você não tem que fazer o que ele diz.” “É claro que não”, Simon disse abaixando sua voz. “Mas se eu me recusar a ir, você acha que Raphael vai apenas deixar de lado? Ele não vai. Eles vão continuar atrás de mim.” Ele deslizou um olhar de lado para os subjulgados, eles pareciam como se concordassem, embora ele pudesse ter imaginado isso. “Eles vão me incomodar em toda parte. Quando eu sair, na escola, com a Clary—“ “E o que? Clary não pode lidar com isso?” Isabelle jogou suas mãos. “Ótimo. Pelo menos me deixe ir com você.” ”Claro que não”, interrompeu Sr. Archer. “Este não é um assunto dos Caçadores de Sombras. Este é um negócio das Crianças da Noite.” “Eu não irei—“ “A Lei nos dá o direito de conduzir nossos assuntos em particular.” Sr. Walker falou firme. “Com nossa própria espécie.” Simon olhou para eles. “Dê-nos um minuto, por favor”, ele disse. “Eu preciso falar com Isabelle.” Houve um momento de silêncio. Em torno deles a vida no restaurante continuava. O lugar estava em sua correria de fim de noite com o entra e sai do cinema, as garçonetes se apressavam, carregando pratos fumegantes de comida para os clientes; casais riam e conversavam nas mesas próximas; cozinheiros gritavam ordens uns aos outros atrás do balcão. Ninguém olhava para eles ou tomava conhecimento de que algo estranho estava acontecendo. Simon estava acostumado com o encantamento agora, mas ele não conseguia algumas vezes impedir o sentimento de que quando ele estava com Isabelle, ele estava preso atrás de uma parede invisível de vidro, cortado do resto da humanidade e do cotidiano e seus assuntos. “Muito bem”, disse Sr. Walker, se afastando. “Mas meu mestre não gosta de estar esperando.” Eles recuaram em direção a porta, aparentemente não afetados pela rajada de ar frio todas as vezes que alguém entrava ou saia, e ficaram lá como estátuas. Simon se virou para Isabelle. “Tudo bem.” Ele disse. “Eles não irão me ferir. Eles não podem me ferir. Raphael sabe tudo sobre...” Ele gesticulou desconfortavelmente em direção a sua testa. “Isso.” Isabelle estendeu a mão através de mesa e puxou o cabelo dele para trás, seu toque foi mais clínico do que gentil. Ela fez uma careta. Simon tinha olhado para a Marca vezes o suficiente por si mesmo, no espelho, para saber bem como ela se parecia. Como se alguém tivesse dado uma fina pincelada e desenhado um simples traço em sua testa, um pouco acima e entre seus olhos. A forma disso parecia mudar algumas vezes, como as imagens se movendo encontradas em nuvens, mas ela era sempre clara e sombria e, de algum modo, parecendo perigosa, como um sinal de alerta rabiscado em outra língua. “Isso realmente... funciona?”, ela sussurrou.
não consagrada, ou embaixo, em alguma cripta cheia de ossos. Ele nunca me pareceu do tipo restaurante da moda.” Ambos subjugados olharam para ele. “Há algum problema, Daylighter?” Perguntou o Sr. Archer, finalmente. Simon se sentiu obscuramente repreendido. “Não. Sem problema.” O interior do restaurante estava escuro, com um bar em mármore em uma parede. Nenhum empregado ou garçom se aproximaram deles enquanto iam através do salão para uma porta atrás, e através da porta para o jardim. Muitos restaurantes de Nova York tinham terraços, poucos estavam abertos até tarde durante o ano. Este estava em um jardim entre vários prédios. As paredes tinham sido pintadas em trompe l’oeil3 mostrando jardins italianos cheios de flores. As árvores, suas folhas se tornado douradas e avermelhadas com o outono, eram arranjadas com correntes de luzes brancas, e lâmpadas incandescentes espalhadas entre as mesas davam um brilho avermelhado. Uma pequena fonte jorrava musicalmente no centro do jardim. Apenas uma mesa estava ocupada, e não por Raphael. Uma mulher esguia em um chapéu de abas largas sentava-se em uma mesa próxima a parede. Enquanto Simon observava espantado, ela levantou uma mão e acenou para ele. Ele se virou e olhou atrás dele; havia, é claro, ninguém atrás dele. Srs. Walker e Archer começaram a se mover novamente; confuso, Simon os seguiu enquanto eles cruzavam o jardim e paravam a pouca distância de onde a mulher se sentava. Walker curvou-se. “Mestre”, ele disse. A mulher sorriu. “Walker”, ela disse. “E Archer. Muito bem. Obrigada por trazer Simon até mim.” “Espere um segundo.” Simon olhou da mulher para os dois subjugados. “Você não é Raphael.” “Claro que não.” A mulher removeu seu chapéu. Uma enorme quantidade de cabelo loiro prateado, brilhante nas luzes de Natal, se derramou sobre seus ombros. Seu rosto era suave, branco e oval, muito bonito, dominado por enormes olhos verdes claros. Ela usava longas luvas pretas, uma blusa preta de seda e saia justa, e uma echarpe preta amarrada ao redor de seu pescoço. Era impossível dizer sua idade — ou pelo menos que idade ela poderia ter tido quando ela foi transformada em um vampiro. “Eu sou Camille Belcourt. Encantada em conhecê-lo.” Ela estendeu uma mão enluvada. “Foi me dito que eu ia me encontrar com Raphael Santiago aqui”, Simon 3 Trompe l’oeil – é uma técnica de pintura realística que dá idéia de 3 dimensões em uma pintura. disse, não chegando a tomá-la. “Você trabalha para ele?” Camille Belcourt riu como uma fonte agitada. “Certamente que não! Embora uma vez ele tenha trabalhado para mim.” E Simon se lembrou. Eu pensei que o chefe era outro alguém, ele tinha dito a Raphael uma vez, em Idris, foi como há muito tempo atrás. Camille ainda não voltou para nós, Raphael tinha respondido. Eu lidero em seu lugar. “Você é a líder dos vampiros”, Simon disse. “Do clã de Manhattan.” Ele se virou para os subjulgados. ”Vocês me enganaram. Disseram-me que eu ia me encontrar com Raphael.”
“Eu disse que você ia se encontrar com nosso mestre.” Disse Sr. Walker. Seus olhos eram tão amplos e vazios, tão vazios que Simon se perguntou se eles tinham desejado realmente enganá-lo, ou eles eram simplesmente programados como robôs para dizerem o que quer que seus mestres dissessem para eles dizer, e inconscientes dos desvios do script. “E aqui está ela.” “De fato.” Camille lançou um sorriso brilhante em direção a seus subjulgados. “Por favor, nos deixe, Walker, Archer. Eu preciso falar com Simon sozinha.” Houve algo no modo que ela disse isso — ambos seus nomes, e a palavra “sozinha” — que era como um segredo íntimo. Os subjulgados se curvaram e se retiraram. Enquanto Sr. Archer se virava para se afastar, Simon captou a visão de uma marca no lado de sua garganta, um profundo hematoma, tão escuro que parecia como pintura, com dos pontos mais escuros dentro dele. Os pontos escuros eram perfurações, cercadas com carne seca e irregular. Simon sentiu um silencioso estremecer passar através dele. “Por favor”, Camille disse, e bateu no assento ao lado dela. “Sente- se. Gostaria de um pouco de vinho?” Simon se sentou, equilibrando-se desconfortavelmente na beirada da cadeira dura de metal. “Eu não bebo, na verdade.” “É claro”, ela disse, simpática. “Você é quase um novato, não é? Não se preocupe demais. Com o tempo você se treinará a se acostumar a vinho e outras bebidas. Alguns dos mais velhos de nossa espécie podem consumir comida humana com poucos efeitos prejudiciais.” Poucos efeitos prejudiciais? Simon não gostou do som daquilo. “Isso vai levar muito tempo?” Ele perguntou, olhando nitidamente para seu celular, que dizia a ele que eram mais de dez e meia. “Eu tenho que ir para casa.” Camille tomou um gole de seu vinho. ”Tem? E por que isso?” Por que minha mãe está esperando por mim. Ok, não havia motivo para esta mulher precisar saber disso. “Você interrompeu meu encontro”, ele disse. ”Eu estava me perguntando o que era tão importante.” “Você ainda mora com sua mãe, não é?”, ela disse, colocando seu copo abaixo. “Bem estranho, não é, um vampiro poderoso como você se recusando a deixar o lar, para se juntar a um clã?” “Então você interrompeu meu encontro para me gozar por ainda estar morando com meus pais. Você não podia fazer isso em uma noite que eu não tivesse um encontro? Na maioria das noites, no caso de você estar curiosa.” “Eu não estou te gozando, Simon.” Ela correu sua língua sobre seu lábio inferior como se experimentando o vinho que ela tinha acabado de beber. “Eu quero saber por que você não se tornou parte do clã de Raphael.” “Que é o mesmo que o seu clã, não é? Eu tenho uma forte sensação de que ele não me queria como parte dele.” Simon disse. “Ele praticamente disse que ele me deixaria em paz se eu o deixasse em paz. Então eu tenho o deixado em paz.” “Tem”, seus olhos verdes cintilaram. “Eu nunca quis ser um vampiro”, Simon disse, meio que se perguntando por que ele estava dizendo essas coisas para esta mulher estranha. “Eu quis uma vida normal. Quando eu descobri que era um Daylighter, eu pensei que eu podia ter uma. Ou pelo menos um pouco de
“Ah!” Ela mordeu gentilmente seu lábio inferior. “Isso é, de fato, não inteiramente a verdade. Eu gostaria de dizer a você a verdade, Simon. Eu gostaria de te fazer uma oferta. Mas primeiro eu preciso ter sua palavra em uma coisa.” “E o que é?” “Que tudo que se passar entre nós esta noite, aqui, permaneça um segredo. Ninguém pode saber. Nem sua amiguinha ruiva, Clary. Nem igualmente suas jovens amigas. Nenhum dos Lightwoods. Ninguém.” Simon se empertigou. “E se eu não quiser prometer?” “Então você deve partir, se você quiser”, ela disse. “Mas você nunca saberá o que eu desejo falar a você. E essa será uma perda que você irá lamentar.” “Eu estou curioso”, Simon disse. ”Mas eu não estou certo de que estou tão curioso.” Os olhos dela capturaram um pequeno cintilar de surpresa e diversão e talvez, Simon pensou, até mesmo um pouco de respeito. “Nada que eu tenho a dizer a você se refere a eles. Não afetará a segurança deles, ou de seu bem-estar. O segredo é para a minha própria proteção.” Simon olhou para ela com suspeita. O que ela quis dizer? Vampiros não eram como fadas, que não podiam mentir. Mas ele tinha que admitir que ele estava curioso. ”Tudo bem. Eu guardarei seu segredo, a menos que eu ache que alguma coisa que você diga está pondo meus amigos em perigo. Os dados estão lançados.” O sorriso dela foi gelado; ele podia dizer que ela não gostou de ser desacreditada. “Muito bem”, ela disse. ”Eu suponho que eu tenho pouca escolha quando eu preciso tanto de sua ajuda.” Ela se inclinou para frente, uma mão esguia brincando com a haste de sua taça. “Até bem recente eu liderei o clã de Manhattan, feliz. Nós tínhamos belos quartos em um velho prédio pré-guerra na Upper West Side, não aquele buraco de rato de hotel que Santiago mantém meu povo agora. Santiago — Raphael, como você o chama — era meu segundo em comando. Meu companheiro mais leal — ou como eu pensava. Uma noite eu descobri que ele estava assassinando humanos, os direcionando a aquele velho hotel no Harlem Espanhol e bebendo o sangue deles para sua diversão. Deixando seus ossos na Dumpster. Tomando estúpidos riscos, quebrando a Lei dos Acordos.” Ela tomou um gole de vinho. “Quando eu fui até ele para confrontá-lo, eu percebi que ele tinha dito ao resto do clã que eu era a assassina, a que quebrou a lei. Foi tudo um arranjo. Ele quis me matar, que com isso ele poderia aumentar o poder. Eu fugi com apenas Walker e Archer para me manterem segura.” “Então todo esse tempo ele alega que ele está apenas liderando até que você retorne?” Ela fez uma careta. “Santiago é um mentiroso talentoso. Ele deseja que eu volte, isso é certo — então ele pode me matar e assumir o comando do clã a sério.” Simon não tinha certeza do que ela queria ouvir. Ele não estava acostumado a mulheres adultas olhando para ele com olhos cheios de lágrimas, ou derramando suas histórias de vida para ele. “Eu lamento”, ele disse finalmente. Ela deu de ombros, um expressivo encolher de ombros que fez ele se perguntar se talvez o sotaque dela fosse francês. “Isso é passado”, ela disse. “Eu tenho estado escondida em Londres todo esse tempo, procurando
por aliados, aguardando a minha hora. Então eu ouvi falar de você.” Ela levantou uma mão. “Eu não posso te dizer como; eu estou ligada por segredo. Mas no momento que eu fiz eu percebi que você era o que eu tinha estado esperando.” “Eu era? Eu sou?” Ela se inclinou a frente e tocou a mão dele, ”Raphael tem medo de você, Simon, como ele deveria. Você é um da própria espécie dele, um vampiro, mas você não pode ser ferido ou morto, ele não pode levantar um dedo contra você sem trazer a ira de Deus sobre sua cabeça.” Houve um silêncio. Simon podia ouvir o suave zumbido elétrico das luzes de Natal acima, a água chapinhando na fonte de pedra no centro do jardim, o zumbido e ruído da cidade. Quando ele falou sua voz foi suave. “Você disse.” “O que foi, Simon?” “A palavra. A ira de—“ A palavra mordeu e queimou em sua boca, como ela sempre fazia. “Sim. Deus.” Ela retraiu sua mão, mas seus olhos eram cálidos. “Há muitos segredos de nossa espécie, tantos que eu posso contar a você, te mostrar. Você aprenderá que você não é amaldiçoado.” “Senhora —“ “Camille. Você deve me chamar de Camille.” “Eu ainda não entendo o que você quer de mim.” “Não?” Ela sacudiu a cabeça, e seu cabelo brilhante voou em torno de seu rosto. “Eu quero que você se junte a mim, Simon. Junte-se a mim contra Santiago. Nós iremos juntos a seu hotel infestado de ratos, no momento que seus seguidores virem que você está comigo, eles o deixarão e virão a mim. Eu acredito que eles são leais a mim sob o temor dele. Uma vez que eles nos verem juntos, este medo desaparecerá, e eles virão para nosso lado. O homem não podem contender com o divino.” “Eu não sei”, Simon disse. ”Na Bíblia, Jacó lutou com um anjo e ele venceu. “Camille olhou para ele com suas sobrancelhas levantadas, Simon deu de ombros. “Escola hebraica.” “E Jacó chamou o lugar de Peniel: pois eu vi Deus face a face.’ Veja, você não é o único que conhece sua escritura.“ Seu olhar estreito se foi, e ela estava sorrindo. “Você pode não notar, Daylighter, mas enquanto você carregar a Marca, você é o braço vingador dos céus. Ninguém pode se colocar perante você. Certamente não um vampiro.” “Você tem medo de mim?” Simon perguntou. Ele ficou quase instantaneamente arrependido que ele tivesse feito a pergunta. Seus olhos verdes escureceram como nuvens tempestuosas. “Eu, com medo de você?” Então ela se recuperou, seu rosto suavizando, sua expressão iluminando. “É claro que não“, ela disse. “Você é um homem inteligente. Eu estou convencida que você verá a sensatez de minha proposta e se juntará a mim.” “E o que exatamente é a sua proposta? Quero dizer, eu entendo a parte onde nós enfrentamos Raphael, mas depois disso? Eu não odeio a Raphael realmente, ou quero me livrar dele apenas por livrar dele. Ele me deixou em paz. Isso é tudo que eu queria.” Ela dobrou suas mãos juntas na frente dela. Ela usava um anel de prata com uma pedra azul em seu dedo esquerdo do meio, sobre o material de sua luva. “Você acha que é isso o que eu quero, Simon. Você acha que Raphael está fazendo a você um favor em deixar você em paz, como você
estou realmente, realmente lisonjeado de você me pedir, mas... Camille, como Raphael, sempre falava rigidamente, formalmente, como se ela estivesse em um conto de fadas. Talvez ele pudesse tentar aquilo. Ele disse. ”Eu necessito de algum tempo para dar minha decisão. Eu estou certo que você pode entender.” Muito delicadamente, ela sorriu, mostrando só as pontas de suas presas. “Cinco dias”, ela disse. ”E não mais.” Ele estendeu sua mão enluvada para ele. Algo brilhou em sua palma. Era um pequeno frasco de vidro, do tamanho que podia manter uma amostra de perfume, só que ele parecia estar cheio de pó amarronzado. “Terra de sepultura.” Ela explicou. ”Esmague isso, e eu saberei que você está me chamando. Se você não me chamar em cinco dias, eu enviarei Walker para sua resposta.” Simon tomou o frasco e o deslizou para dentro de seu bolso. ”E se a resposta for não?” “Então eu ficarei desapontada. Mas nos separaremos amigos.” Ela afastou sua taça. “Adeus, Simon.” Simon se levantou. A cadeira fez um esguicho metálico enquanto ela se arrastava no chão, muito alto. Ele sentiu que devia dizer algo mais, mas ele não tinha ideia do que. No momento, entretanto, ele pareceu estar dispensado. Ele decidiu que preferia parecer como um daqueles estranhos vampiros modernos com péssimas maneiras do que arriscar ser arrastado de volta a conversa. Ele saiu sem dizer nada mais. Em seu caminho através do restaurante, ele passou por Walker e Archer, que estavam em pé no grande bar, seus ombros encurvados embaixo de seus longos casacos cinza. Ele sentiu a força de seus olhares sobre ele enquanto caminhava e acenou seus dedos para eles — um gesto em algum lugar entre um aceno amistoso e um despachar. Archer mostrou seus dentes — dentes humanos planos – e saiu a passos largos em direção ao jardim, Walker em seus calcanhares. Simon observou enquanto eles tomavam seus lugares nas cadeiras do outro lado de Camille; ela não olhou acima enquanto eles se sentavam, mas as luzes brancas que tinham iluminado o jardim se apagaram de repente — não uma por uma, mas todas ao mesmo tempo — deixando Simon olhando para uma desorientadora área de escuridão, como se alguém tivesse apagado as estrelas. No momento que os garçons notaram e se apressaram afora, para corrigir o problema, inundando o jardim com a pálida luz mais uma vez, Camille e seus subjugados tinham desaparecido. ???? Simon destrancou a porta da frente de sua casa — uma de uma longa fileira de idênticas casas de tijolos que se alinhavam em seu quarteirão no Brooklyn — e a empurrou levemente, ouvindo cuidadosamente. Ele tinha dito para sua mãe que ele estava indo ensaiar com Erik e seus outros colegas de banda para uma apresentação no Sábado. Havia sido há muito tempo quando ela simplesmente teria acreditado nele, e que teria sido assim; Elaine Lewis sempre tinha sido uma mãe tranquila, nunca impondo um toque de recolher nem a Simon ou em sua irmã ou insistisse que eles estivessem cedo em casa em dias de escola. Simon estava acostumado a ficar fora até altas horas com Clary, se deixando ficar com a chave, e caindo na cama às duas da manhã, comportamento que não tinha levantado muitos comentários de sua mãe. As coisas eram diferentes agora. Ele tinha estado em Idris, o lar dos Caçadores de Sombras, por quase duas semanas. Ele tinha desaparecido de
casa, sem chance de oferecer uma desculpa ou explicação. O bruxo Magnus Bane tinha entrado em cena e executado um feitiço de memória na mãe de Simon, que com isso ela não teria nenhuma lembrança de que ele tinha estado faltando. Ou pelo menos, não uma lembrança consciente. Entretanto, o comportamento dela tinha mudado. Ela estava suspeita agora, ao redor, sempre o observando, insistindo que ele estivesse em casa em certas horas. A última vez ele tinha vindo para casa de um encontro com Maia, ele tinha encontrado Elaine no saguão, sentada em uma cadeira encarando a porta, seus braços cruzados sobre seu peito e um olhar de mau disfarçando a raiva em seu rosto. Aquela noite, ele tinha sido capaz de escutá-la respirando antes que ele tivesse a visto. Agora ele podia ouvir o leve som da televisão vindo da sala de estar. Ela devia estar esperando por ele, provavelmente assistindo a maratona de uma daqueles dramas de hospital que ela amava. Simon fechou a porta atrás dele e se inclinou contra ela, tentando encontrar energia para mentir. Era difícil o suficiente não comer ao redor de sua família. Felizmente sua mãe ia trabalhar cedo e voltava tarde, e Rebecca que ia para faculdade em Nova Jersey e só vinha para casa ocasionalmente para fazer sua lavagem de roupas, não estava ao redor frequentemente o suficiente para notar nada estranho. Sua mãe estava geralmente fora de manhã na hora que ele se levantava, o café e o almoço que ela adorava preparar para ele, deixado sobre o balcão da cozinha. Ele o despejava em uma lixeira a caminho da escola. O jantar era pior. Nas noites que ela estava lá, ele tinha que empurrar a comida ao redor de seu prato, fingir que ele não estava com fome ou que ele queria levar sua comida para seu quarto, então ele podia comer enquanto estudava. Uma ou duas vezes ele tinha forçado a comida para baixo, só para fazê-la feliz, e depois passava horas no banheiro, suando e vomitando até que ela estivesse fora de seu sistema. Ele odiava ter que mentir para ela. Ele sempre tinha se sentido um pouco triste por Clary, com seu relacionamento atormentado com Jocelyn, a mais superprotetora mãe que ele tinha conhecido. Agora, o sapato estava calçado em outro pé. Desde a morte de Valentine, a contenção de Jocelyn sobre Clary tinha relaxado ao ponto onde ela era praticamente uma mãe normal. Entretanto, sempre que Simon estava em casa, ele podia sentir o peso do olhar de sua mãe sobre ele, como uma acusação onde quer que ele fosse. Endireitando seus ombros, ele largou sua mochila na porta e seguiu para a sala de estar para enfrentar a ladainha. A Tv estava ligada, as notícias proclamando. O anunciante local estava reportando uma interessante história humana — um bebê descoberto abandonado em um beco atrás de um hospital. Simon estava surpreso; sua mãe odiava o noticiário. Ela o achava depressivo. Ele olhou em direção ao sofá, e sua surpresa diminuiu. Sua mãe estava dormindo, seus óculos sobre a mesa ao lado dela, um copo meio vazio no chão. Simon podia sentir o cheiro dali — provavelmente whisky. Simon sentiu angústia. Sua mãe dificilmente bebia. Simon foi para o quarto de sua mãe e voltou com um cobertor de crochê. Sua mãe ainda estava dormindo, sua respiração lenta e contínua. Elaine Lewis era uma mulher pequena, com um halo de cabelo escuro cacheado, listrado de cinza que ela se recusava a tingir. Ela trabalhava durante o dia para uma ONG ambiental, e a maioria de suas roupas tinham