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Parasitoses Intestinais: Diagnóstico, Tratamento e Epidemiologia, Resumos de Pediatria

Uma visão abrangente sobre parasitoses intestinais, cobrindo aspectos de diagnóstico, tratamento e epidemiologia. ele detalha diferentes tipos de helmintos e protozoários, seus ciclos de vida, manifestações clínicas e métodos de tratamento. a informação é apresentada de forma clara e organizada, tornando-se um recurso valioso para estudantes de saúde e áreas afins.

Tipologia: Resumos

2025

À venda por 03/05/2025

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emilia-carvalho-9 🇧🇷

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Parasitoses Intestinais: diagnóstico e tratamento
a. Helmintos
Nematelmintos:
Ascaris lumbricoides (ascaridíse)
Ancilostoma duodenale ou Necator americanus (ancilostomíase)
Strongyloides stercoralis (estrongiloidíase)
Enterobius vermiculares (enterobíase ou oxiuríse)
Trichuris trichiura (trichiuríase ou tricocefalíase)
Platelmintos
Taenia saginata e Taenia solium (teníase)
Hymenolepis nana (himenolepíase)
Diphylobothrium latum (difilobotríase)
b. Protozoários
Entamoeba histolytica e Entamoeba dispar (amebíase)
Balantidium coli (balantidíase)
Giardia lamblia (giardíase)
Isospora belli (isosporíase)
Cryptosporidium sp. (criptosporidiose)
Blastocystis hominis (blastocistose)
Cyclospora cayetanensis (ciclosporose)
Epidemiologia no Brasil e no mundo
HTS (helmintíase transmitida pelo solo) são causadas por um grupo de parasitas intestinais compreendendo Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura,
Necator americanus e Ancylostoma duodenale, transmitidos por contaminação fecal do solo.
HTS são mais prevalentes em áreas tropicais e subtropicais
No Brasil há uma tendência para o declínio na prevalência de HTS, com número atual de 9,3 milhões de pré-escolares e escolares que seriam
candidatas a receberem quimioterapia profilática.
Recomendações de estratégias coletivas de combate e tratamento
OMS propõe intervenções de controle a partir de: anti-helmínticos em grupos de pessoas (pré-escolar, mulheres em idade reprodutiva, grávidas-
2°/3°T, em habitantes de áreas de risco + estratégias de saneamento básico + educação para saúde
tratamento comunitário empírico anual → somente em áreas onde a prevalência de HTS esteja entre 20-50% população e duas vezes no ano em áreas
com mais de 50%.
medicamentos recomendados pela OMS:
albendazol 400mg- dose única
em crianças com 12-24m- 200mg
mebendazol 500mg- dose única
Medidas de precaução e controle
boas condições sanitárias e moradia
boa saúde da população
higienização das mãos
lavagem de frutas e vegetais
Parasitoses Intestinais: diagnóstico e tratamento
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Parasitoses Intestinais: diagnóstico e tratamento

a. Helmintos

Nematelmintos:

Ascaris lumbricoides (ascaridíse)

Ancilostoma duodenale ou Necator americanus (ancilostomíase)

Strongyloides stercoralis (estrongiloidíase)

Enterobius vermiculares (enterobíase ou oxiuríse)

Trichuris trichiura (trichiuríase ou tricocefalíase)

Platelmintos

Taenia saginata e Taenia solium (teníase)

Hymenolepis nana (himenolepíase)

Diphylobothrium latum (difilobotríase)

b. Protozoários

Entamoeba histolytica e Entamoeba dispar (amebíase)

Balantidium coli (balantidíase)

Giardia lamblia (giardíase)

Isospora belli (isosporíase)

Cryptosporidium sp. (criptosporidiose)

Blastocystis hominis (blastocistose)

Cyclospora cayetanensis (ciclosporose)

Epidemiologia no Brasil e no mundo

HTS (helmintíase transmitida pelo solo) são causadas por um grupo de parasitas intestinais compreendendo Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura,

Necator americanus e Ancylostoma duodenale, transmitidos por contaminação fecal do solo.

HTS são mais prevalentes em áreas tropicais e subtropicais

No Brasil há uma tendência para o declínio na prevalência de HTS, com número atual de 9,3 milhões de pré-escolares e escolares que seriam

candidatas a receberem quimioterapia profilática.

Recomendações de estratégias coletivas de combate e tratamento

OMS propõe intervenções de controle a partir de: anti-helmínticos em grupos de pessoas (pré-escolar, mulheres em idade reprodutiva, grávidas-

2°/3°T, em habitantes de áreas de risco + estratégias de saneamento básico + educação para saúde

tratamento comunitário empírico anual → somente em áreas onde a prevalência de HTS esteja entre 20-50% população e duas vezes no ano em áreas

com mais de 50%.

medicamentos recomendados pela OMS:

albendazol 400mg- dose única

em crianças com 12-24m- 200mg

mebendazol 500mg- dose única

Medidas de precaução e controle

boas condições sanitárias e moradia

boa saúde da população

higienização das mãos

lavagem de frutas e vegetais

em creches: saneamento básico e cuidados pessoais

Diagnóstico das helmintíases

amostra fecais

amostra com presença de ovos, larvas, vermes adultos

exame macroscópico das fezes: cor, consistência, visualização de verme, sangue, muco

se coletar várias amostras (pelo menos três) durante 10 dias → aumenta a sensibilidade para identificar parasitas

algumas podem ser diagnosticadas através do HMG, sorologia e testes moleculares

Método Tipo Vantagens Desvantagens Exemplos / Indicações

Sorologia

Detecção de antígenos ou anticorpos (ex.: ELISA, imunofluorescência, imunoblot)

Alta sensibilidade, útil quando fezes não estão disponíveis

Invasivo, anticorpos persistem após tratamento, reação cruzada com outros nematódeos

Strongyloides stercoralis; coproantígeno para ancilostomídeos

Biologia molecular PCR, qPCR, PCR multiplex

Alta sensibilidade, detecta e quantifica parasitas, útil para controle e pós-tratamento

Custo elevado, necessidade de laboratório especializado

A. lumbricoides, S. stercoralis, T. trichiura, ancilostomídeos

Hemograma Análise de sangue Identifica eosinofilia (marcador indireto), anemia e ferritina baixa

Não é diagnóstico específico, depende da intensidade da infecção

Eosinofilia em Ascaris (47%), Trichuris (78%), Strongyloides (82%)

Escarro / Lavagem gástrica

Pesquisa de larvas e cristais no escarro

Diagnóstico possível durante migração larval pulmonar Fase transitória; difícil obtenção

Ascaridíase, ancilostomíase, estrongiloidíase; cristais de Charcot-Leyden

Tratamento das helmintíases

hipoproteinemia, baixa produtividade

Diagnóstico

Exame parasitológico de fezes (método de concentração), visualização de vermes (fezes, boca, nariz); imagem: ultrassom, radiografia

Exame de fezes, cultura de larvas, endoscopia com biópsia

Exame de fezes seriado (até 7 amostras), aspirado ou biópsia duodenal, lavagem bronco- alveolar

Exame parasitológico de fezes

Tratamento

Hidratação, aspiração nasogástrica, óleo mineral, gastrografina, anti-helmínticos após fase aguda (ex: Albendazol, Mebendazol); cirurgia em obstrução grave

Albendazol ou Mebendazol

Ivermectina (200 mcg/kg por 1– dias), alternativa: Albendazol; casos graves: Ivermectina por via retal ou SC

Albendazol ou Mebendazol

Parasita Agente Etiológico Morfologia / Local de Fixação

Transmissão / Ciclo Biológico

Manifestações Clínicas Diagnóstico Tratamento

Enterobíase Enterobius vermicularis

Macho <5 mm; fêmea ~10 mm; ceco e reto

Fêmea põe ovos na região anal à noite → prurido → transmissão fecal-oral direta ou indireta (poeira/objetos). Ciclo: 30–50 dias

Prurido anal noturno intenso, insônia, inflamação anal; pode migrar para genitais em meninas

Fita adesiva pela manhã (3 dias), visualização de vermes à noite, ovos sob as unhas

Anti-helmíntico dose única + repetição em 2 semanas; tratar todos do domicílio/instituição

Teníase Taenia solium, Taenia saginata

Verme de 3–10 m; escólex com ventosas; intestino delgado

Carne de porco/boi contaminada com cisticercos → homem → proglotes eliminadas nas fezes. T. solium pode causar neurocisticercose

Assintomática ou: dor abdominal, perda de peso, náuseas, eosinofilia. Neurocisticercose: complicações graves

Microscopia de ovos/proglotes nas fezes (3 amostras); coproantígeno e testes moleculares em desenvolvimento

Praziquantel 5–10 mg/kg ou niclosamida. Observar para neurocisticercose. Repetir exames após 1 e 3 meses

Himenolepíase

Hymenolepis nana (mais comum), H. diminuta (raro)

Verme de 2–10 cm; fixa-se no íleo

Ingestão de ovos ou auto-infecção → larvas nas vilosidades → voltam ao lúmen e viram adultos. H. diminuta: ingestão de artrópodos

Geralmente assintomática. Em crianças: dor abdominal, diarreia crônica, inflamação intestinal

Microscopia direta de ovos nas fezes

Praziquantel (1ª escolha), nitazoxanida (2ª). Pode precisar de doses repetidas a cada 20 dias

Difilobotríase Diphyllobothrium latum

Até 10 m; maior verme intestinal humano

Peixe cru/defumado contaminado (sushi, ceviche) → intestino delgado

Leve ou assintomática. Pode causar anemia megaloblástica (deficiência de B12), sintomas neurológicos raros

Microscopia de ovos/proglotes (não detalhado no texto)

Niclosamida ou praziquantel + reposição de B12 e ácido fólico. Prevenção: congelar peixe (-20°C/7 dias)

Protozoários

Característica

Amebíase (Entamoeba histolytica)

Balantidíase (Balantidium coli)

Giardíase (Giardia duodenalis)

Criptosporidíase (Cryptosporidium spp.)

Isosporíase (Cystoisospora belli)

Ciclosporíase (Cyclospora cayetanensis)

Blastocistose (Blastocystis spp.)

Agente Protozoário anaeróbico

Protozoário ciliado

Protozoário flagelado

Protozoário coccídeo

Protozoário coccídeo

Protozoário coccídeo

Protozoário anaeróbico, possível fungo- like

Epidemiologia

Mais prevalente na Região Norte do Brasil

Associada a criadores de suínos. Rara

Frequente em crianças e creches

Contaminação fecal-oral. Alto risco em imunossuprimidos (HIV/AIDS)

Associada a imunossupressão e más condições sanitárias

Associada a surtos em alimentos contaminados (frutas e vegetais crus)

Alta prevalência mundial, transmissão fecal- oral, possível zoonose

Ciclo biológico

Ingestão de cistos → liberação de trofozoítos no intestino → invasão da mucosa → eliminação nas fezes

Ingestão de cistos → desencistamento no ceco → trofozoítos invadem a submucosa → formação de úlceras → eliminação nas fezes

Ingestão de cistos → trofozoítos no duodeno → fixação na mucosa → eliminação de cistos nas fezes

Ingestão de oocistos → multiplicação nos enterócitos → destruição da mucosa → eliminação de oocistos nas fezes

Ingestão de oocistos → multiplicação nos enterócitos → eliminação nas fezes

Ingestão de oocistos esporulados → invasão dos enterócitos → eliminação nas fezes

Ingestão de cistos → colonização do cólon e intestino delgado

Manifestações Clínicas

Assintomática ou colite amebiana (disenteria, colite necrosante, abscesso hepático)

Geralmente assintomática, podendo causar colite grave

Maioria assintomática, podendo causar diarreia, síndrome dispéptica ou má absorção

Diarreia aquosa volumosa, autolimitada em imunocompetentes, crônica e grave em imunossuprimidos

Diarreia aquosa, cólicas, febre e síndrome de má absorção

Diarreia explosiva intermitente, fadiga, perda de peso

Assintomática ou diarreia crônica, cólicas, flatulência, relação incerta com a Síndrome do Intestino Irritável (SII) Diagnóstico Exame parasitológico de fezes

Exame de fezes (trofozoítos e

ELISA, PCR,

imunofluorescência

Ziehl-Neelsen, ELISA, PCR,

Ziehl-Neelsen, autofluorescência,

Ziehl-Neelsen, autofluorescência,

Exame parasitológico de

(trofozoítos/cistos), ELISA, PCR, sorologia para abscesso hepático

cistos), biópsia sigmoidoscópica ou colonoscópica

direta imunofluorescência PCR PCR fezes (cistos), PCR

Tratamento

Assintomáticos: amebicida intraluminal (teclosan/etofamida). Colite invasiva/abscesso hepático: metronidazol/tinidazol

  • amebicida intraluminal

Tetraciclina (≥ anos). Alternativas: metronidazol, iodoquinol, nitazoxanida

Metronidazol, albendazol, nitazoxanida

Suporte (hidratação e eletrólitos). HIV/AIDS: nitazoxanida + HAART

Trimetoprim- sulfametoxazol (SMX-TMP)

Trimetoprim- sulfametoxazol (SMX-TMP)

Metronidazol, nitazoxanida (uso controverso)