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Uma visão abrangente sobre parasitoses intestinais, cobrindo aspectos de diagnóstico, tratamento e epidemiologia. ele detalha diferentes tipos de helmintos e protozoários, seus ciclos de vida, manifestações clínicas e métodos de tratamento. a informação é apresentada de forma clara e organizada, tornando-se um recurso valioso para estudantes de saúde e áreas afins.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Epidemiologia no Brasil e no mundo
Recomendações de estratégias coletivas de combate e tratamento
Medidas de precaução e controle
Diagnóstico das helmintíases
Método Tipo Vantagens Desvantagens Exemplos / Indicações
Sorologia
Detecção de antígenos ou anticorpos (ex.: ELISA, imunofluorescência, imunoblot)
Alta sensibilidade, útil quando fezes não estão disponíveis
Invasivo, anticorpos persistem após tratamento, reação cruzada com outros nematódeos
Strongyloides stercoralis; coproantígeno para ancilostomídeos
Biologia molecular PCR, qPCR, PCR multiplex
Alta sensibilidade, detecta e quantifica parasitas, útil para controle e pós-tratamento
Custo elevado, necessidade de laboratório especializado
A. lumbricoides, S. stercoralis, T. trichiura, ancilostomídeos
Hemograma Análise de sangue Identifica eosinofilia (marcador indireto), anemia e ferritina baixa
Não é diagnóstico específico, depende da intensidade da infecção
Eosinofilia em Ascaris (47%), Trichuris (78%), Strongyloides (82%)
Escarro / Lavagem gástrica
Pesquisa de larvas e cristais no escarro
Diagnóstico possível durante migração larval pulmonar Fase transitória; difícil obtenção
Ascaridíase, ancilostomíase, estrongiloidíase; cristais de Charcot-Leyden
Tratamento das helmintíases
hipoproteinemia, baixa produtividade
Diagnóstico
Exame parasitológico de fezes (método de concentração), visualização de vermes (fezes, boca, nariz); imagem: ultrassom, radiografia
Exame de fezes, cultura de larvas, endoscopia com biópsia
Exame de fezes seriado (até 7 amostras), aspirado ou biópsia duodenal, lavagem bronco- alveolar
Exame parasitológico de fezes
Tratamento
Hidratação, aspiração nasogástrica, óleo mineral, gastrografina, anti-helmínticos após fase aguda (ex: Albendazol, Mebendazol); cirurgia em obstrução grave
Albendazol ou Mebendazol
Ivermectina (200 mcg/kg por 1– dias), alternativa: Albendazol; casos graves: Ivermectina por via retal ou SC
Albendazol ou Mebendazol
Parasita Agente Etiológico Morfologia / Local de Fixação
Transmissão / Ciclo Biológico
Manifestações Clínicas Diagnóstico Tratamento
Enterobíase Enterobius vermicularis
Macho <5 mm; fêmea ~10 mm; ceco e reto
Fêmea põe ovos na região anal à noite → prurido → transmissão fecal-oral direta ou indireta (poeira/objetos). Ciclo: 30–50 dias
Prurido anal noturno intenso, insônia, inflamação anal; pode migrar para genitais em meninas
Fita adesiva pela manhã (3 dias), visualização de vermes à noite, ovos sob as unhas
Anti-helmíntico dose única + repetição em 2 semanas; tratar todos do domicílio/instituição
Teníase Taenia solium, Taenia saginata
Verme de 3–10 m; escólex com ventosas; intestino delgado
Carne de porco/boi contaminada com cisticercos → homem → proglotes eliminadas nas fezes. T. solium pode causar neurocisticercose
Assintomática ou: dor abdominal, perda de peso, náuseas, eosinofilia. Neurocisticercose: complicações graves
Microscopia de ovos/proglotes nas fezes (3 amostras); coproantígeno e testes moleculares em desenvolvimento
Praziquantel 5–10 mg/kg ou niclosamida. Observar para neurocisticercose. Repetir exames após 1 e 3 meses
Himenolepíase
Hymenolepis nana (mais comum), H. diminuta (raro)
Verme de 2–10 cm; fixa-se no íleo
Ingestão de ovos ou auto-infecção → larvas nas vilosidades → voltam ao lúmen e viram adultos. H. diminuta: ingestão de artrópodos
Geralmente assintomática. Em crianças: dor abdominal, diarreia crônica, inflamação intestinal
Microscopia direta de ovos nas fezes
Praziquantel (1ª escolha), nitazoxanida (2ª). Pode precisar de doses repetidas a cada 20 dias
Difilobotríase Diphyllobothrium latum
Até 10 m; maior verme intestinal humano
Peixe cru/defumado contaminado (sushi, ceviche) → intestino delgado
Leve ou assintomática. Pode causar anemia megaloblástica (deficiência de B12), sintomas neurológicos raros
Microscopia de ovos/proglotes (não detalhado no texto)
Niclosamida ou praziquantel + reposição de B12 e ácido fólico. Prevenção: congelar peixe (-20°C/7 dias)
Protozoários
Característica
Amebíase (Entamoeba histolytica)
Balantidíase (Balantidium coli)
Giardíase (Giardia duodenalis)
Criptosporidíase (Cryptosporidium spp.)
Isosporíase (Cystoisospora belli)
Ciclosporíase (Cyclospora cayetanensis)
Blastocistose (Blastocystis spp.)
Agente Protozoário anaeróbico
Protozoário ciliado
Protozoário flagelado
Protozoário coccídeo
Protozoário coccídeo
Protozoário coccídeo
Protozoário anaeróbico, possível fungo- like
Epidemiologia
Mais prevalente na Região Norte do Brasil
Associada a criadores de suínos. Rara
Frequente em crianças e creches
Contaminação fecal-oral. Alto risco em imunossuprimidos (HIV/AIDS)
Associada a imunossupressão e más condições sanitárias
Associada a surtos em alimentos contaminados (frutas e vegetais crus)
Alta prevalência mundial, transmissão fecal- oral, possível zoonose
Ciclo biológico
Ingestão de cistos → liberação de trofozoítos no intestino → invasão da mucosa → eliminação nas fezes
Ingestão de cistos → desencistamento no ceco → trofozoítos invadem a submucosa → formação de úlceras → eliminação nas fezes
Ingestão de cistos → trofozoítos no duodeno → fixação na mucosa → eliminação de cistos nas fezes
Ingestão de oocistos → multiplicação nos enterócitos → destruição da mucosa → eliminação de oocistos nas fezes
Ingestão de oocistos → multiplicação nos enterócitos → eliminação nas fezes
Ingestão de oocistos esporulados → invasão dos enterócitos → eliminação nas fezes
Ingestão de cistos → colonização do cólon e intestino delgado
Manifestações Clínicas
Assintomática ou colite amebiana (disenteria, colite necrosante, abscesso hepático)
Geralmente assintomática, podendo causar colite grave
Maioria assintomática, podendo causar diarreia, síndrome dispéptica ou má absorção
Diarreia aquosa volumosa, autolimitada em imunocompetentes, crônica e grave em imunossuprimidos
Diarreia aquosa, cólicas, febre e síndrome de má absorção
Diarreia explosiva intermitente, fadiga, perda de peso
Assintomática ou diarreia crônica, cólicas, flatulência, relação incerta com a Síndrome do Intestino Irritável (SII) Diagnóstico Exame parasitológico de fezes
Exame de fezes (trofozoítos e
imunofluorescência
Ziehl-Neelsen, ELISA, PCR,
Ziehl-Neelsen, autofluorescência,
Ziehl-Neelsen, autofluorescência,
Exame parasitológico de
(trofozoítos/cistos), ELISA, PCR, sorologia para abscesso hepático
cistos), biópsia sigmoidoscópica ou colonoscópica
direta imunofluorescência PCR PCR fezes (cistos), PCR
Tratamento
Assintomáticos: amebicida intraluminal (teclosan/etofamida). Colite invasiva/abscesso hepático: metronidazol/tinidazol
Tetraciclina (≥ anos). Alternativas: metronidazol, iodoquinol, nitazoxanida
Metronidazol, albendazol, nitazoxanida
Suporte (hidratação e eletrólitos). HIV/AIDS: nitazoxanida + HAART
Trimetoprim- sulfametoxazol (SMX-TMP)
Trimetoprim- sulfametoxazol (SMX-TMP)
Metronidazol, nitazoxanida (uso controverso)