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PARASITOLOGIA - ASCARIS LUMBRICOIDES, Manuais, Projetos, Pesquisas de Saúde Pública

ASCARIS - O ciclo biológico do parasita é monoxênico, ou seja, existe apenas um hospedeiro envolvido, o homem. A ascaridíase ocorre quando os ovos férteis e infectantes de Ascaris lumbricoides eliminados nas fezes são ingeridos, ou seja, ocorre por via fecal/oral. Após a passagem desses ovos por ambientes ricos em gás carbônico (intestino), ocorre a eclosão e liberação das larvas de terceiro estádio, que são aeróbias e não podem prosseguir com a evolução larvária na cavidade intestinal. Então migram até o ceco e penetram pela mucosa, chegando à circulação linfática e sanguínea, invadindo o fígado, alcançando o coração e em seguida, o pulmão. Neste local encontram ambiente favorável para ocorrência da terceira muda, originando a larva de quarto estádio, que penetram os alvéolos pulmonares e realizam a quarta muda. Assim, as larvas de quarto estádio, atingem os bronquíolos e são arrastadas com o muco pelos movimentos ciliares da mucosa. Sobem pela traquéia e laringe para serem

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2023

Compartilhado em 21/11/2023

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO MÉDICA - IDOMED
FACULDADE DE MEDICINA DE AÇAILÂNDIA - FAMEAC
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA
RELATÓRIO FECHAMENTO DE PBL
AÇAILÂNDIA
2023
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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO MÉDICA - IDOMED

FACULDADE DE MEDICINA DE AÇAILÂNDIA - FAMEAC

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA

RELATÓRIO FECHAMENTO DE PBL

AÇAILÂNDIA

Marcos@2417m DISCENTES: Clarice Eugênio dos Santos Francisco Gabriel Santos; Kennedy Ferreira; Ligia Karla; Victor Lugon; Thauanna Avelino; Nadia Lice Carvalho; Maria Rita Carvalho; Mariana Pereira; Milena Rosal; Nycole se Sousa. RELATÓRIO FECHAMENTO DE PBL Relatório apresentado ao Eixo Mecanismo de Agressão e Defesa para a prof. Jullyana Silva Teofilo Moço, afim de obtenção de notas. AÇAILÂNDIA 2023

PASSO 1: LEITURA E TERMOS DESCONHECIDOS

A princípio, a leitura foi realizada pelo coordenador da sessão PBL, Francisco Gabriel Santos, de maneira paulatina e atenciosa, respeitando as pausas dos parágrafos e mantendo o silencio no ambiente da sala. Este momento se faz importante para o primeiro contato com o material, a compreensão sobre o tema e a seleção dos termos desconhecidos, tendo sido eles:

  1. Expectoração Hialina;
  2. Eosinofilia;
  3. EAS;
  4. Piócitos; 5. Ascaris lumbricoides;
  5. Peri-Hilar;
  6. Hilário Difuso; 8. Giardia lamblia;
  7. Síndrome de Loefler;
  8. Pneumunite eosinofílica;
  9. Reação de hipersensibilidade;
  10. PGC, albendazol e metronidazol;
  11. Alterações radiológicas. PASSO 2: IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS Posterior a leitura do PBL, os discentes formularam os problemas com objetivo de elencar e posteriormente enumerar os questionamentos, como também, comentaram e discutiram sobre os problemas identificados de acordo com o conhecimento prévio individual tendo sido contemplados os seguintes problemas:  Idade;  Febre;  Tosse;  Diarreia;  Queda do Estado Geral;  Recusa Alimentar;  Alteração do Hemograma;  EAS alterado;

 Parasitologia;  Alterações Radiológicas;  Pneumonia;  Migração pulmonar das larvas;  Prevenção;  Lesões Pulmonares. PASSO 3: DISCUSSÃO (CONHECIMENTO PRÉVIO) FORMULAÇÃO DE PERGUNTAS E HIPÓTESES. A princípio concentrou-se na formulação de perguntas concentrando-se em um desenvolvimento crescente da complexidade do tema, partindo de pressupostos mais básicos para posteriormente contemplar os mais complexos. Diante disso foram desenvolvidas as seguintes questões:  Alimentação;  Higiene;  Educação em Saúde (Pais);  Saneamento Básico;  Agente Etiológico. PASSO 4: FORMULAÇÃO DO FLUXOGRAMA/ORGANOGRAMA Posteriormente, iniciou-se o desenvolvimento do fluxograma partindo inicialmente do centro com o tema principal denominado, por conseguinte descentralizou-se abordando as subtemáticas afins que expunham as principais palavras-chaves quanto ao texto. HIGIENE ALIMENTAÇÃO SANEAMENTO BÁSICO EDUCAÇÃO EM AGENTE ETIOLÓGICO

O ciclo biológico do parasita é monoxênico, ou seja, existe apenas um hospedeiro envolvido, o homem. A ascaridíase ocorre quando os ovos férteis e infectantes de Ascaris lumbricoides eliminados nas fezes são ingeridos, ou seja, ocorre por via fecal/oral. Após a passagem desses ovos por ambientes ricos em gás carbônico (intestino), ocorre a eclosão e liberação das larvas de terceiro estádio, que são aeróbias e não podem prosseguir com a evolução larvária na cavidade intestinal. Então migram até o ceco e penetram pela mucosa, chegando à circulação linfática e sanguínea, invadindo o fígado, alcançando o coração e em seguida, o pulmão. Neste local encontram ambiente favorável para ocorrência da terceira muda, originando a larva de quarto estádio, que penetram os alvéolos pulmonares e realizam a quarta muda. Assim, as larvas de quarto estádio, atingem os bronquíolos e são arrastadas com o muco pelos movimentos ciliares da mucosa. Sobem pela traquéia e laringe para serem eliminadas pela expectoração ou deglutidas com as secreções brônquicas e alcançarem o estômago e intestino delgado. Neste local as larvas sofrem a quarta e 18 última muda que as transformam em adultos jovens. O desenvolvimento sexual é finalizado e passados dois meses e meio as fêmeas iniciam a oviposição. Ao ganharem o ambiente exterior, através das fezes, processa- se o embrionamento dos ovos que depende da presença de oxigênio, temperatura e umidade. Forma-se a larva e após uma semana, ocorrem duas mudas no interior da casca ovular, que originará a larva de terceiro estádio, tornando o ovo infectante a novo hospedeiro. As fêmeas medem cerca de 30 a 40cm, quando adultas, sendo mais robustas que os exemplares machos. A cor, a boca e o aparelho digestivo são semelhantes aos do macho. Apresentam dois ovários tiliformes e enovelados que continuam como ovidutos, diferenciando em úteros que vão se unir em uma única vagina, que se exterioriza pela vulva, localizada no teço anterior do parasito. Em infecções moderadas, os vermes adultos são encontrados no intestino delgado, principalmente no jejuno e íleo, mas, em infecções intensas, estes podem ocupar toda a extensão do intestino delgado. Podem ficar presos à mucosa, com auxílio dos lábios ou migrarem pela luz intestinal. Ocorre através da ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo a larvra. A literatura registra grande número de artigos que avaliam a contaminação das águas de córregos que são utilizadas para irrigação de hortas

Em infecções de baixa intensidade, três a quatro vermes, o hospedeiro não apresenta manifestação clínica. Já nas infecções médias, 30 a 40 vermes, ou maciças, 100 ou mais vermes, podemos encontrar as seguintes alterações:

  • ação espoliadora: os vermes consomem grande quantidade de proteínas, carboidratos, lipídios e vitaminas A e C, levando o paciente, principalmente crianças, a subnutrição e depauperamento físico e mental;
  • ação tóxica: reação entre antígenos parasitários e anticorpos alergizantes do hospedeiro, causando edema, urticária, compulsões epileptiformes etc.;
  • ação mecânica: causam irritação na parede e podem enovelar-se na luz intestinal, levando à sua obstrução. As crianças são mais propensas a este tipo de complicação, causada principalmente pelo menor tamanho do intestino delgado e pela intensa carga parasitária;
  • localização ectópica: nos casos de pacientes com altas cargas parasitárias ou ainda em que o verme sofra alguma ação imitativa, a exemplo de febre, uso impróprio de medicamento e ingestão de alimentos muito condimentados o helminto desloca-se de seu hábitat normal atingindo locais não-habituais. Aos vermes que fazem esta migração dá-se o nome de "áscaris errático". A literatura registra um número de situações ectópicas que podem levar o paciente a quadros graves necessitando algumas vezes intervenção cirúrgica: apêndice cecal causando apendicite aguda; canal colédoco, causando obstrução do mesmo; canal de Wirsung, causando pancreatite aguda; eliminação do verme pela boca e narinas. Além destes locais, vermes adultos e formas larvares já foram encontrados no ouvido médio, narinas e trompa de Eustáquio. É muito comum entre crianças o aparecimento de uma alterações cutânea, que consiste em manchas, circulares, disseminadas pelo rosto, tronco e braços. Tais manchas são popularmente denominadas "pano", e são comumente relacionadas com o parasitismo pelo A. lumbricoides. O diagnóstico é feito pela pesquisa de ovos nas fezes. Como as fêmeas eliminam diariamente milhares de ovos por dia, não há necessidade, nos exames de rotina, de metodologia específica ou métodos de enriquecimento, bastando a técnica de sedimentação espontânea Deve-se ressaltar que em infecções exclusivamente com vermes fêmeas, todos os ovos expelidos serão inférteis, enquanto em infecções somente com vermes machos o exame de fezes será consistentemente negativo.

- Giardia G. lamblia é um parasito monoxeno de ciclo biológico dueto. A via normal de infecção do homem é a ingestão de cistos. Embora tenha sido demonstrado, experimentalmente, que infecções em animais se iniciem com trofozoítos, não há evidências de que este seja um importante modo de transmissão para o homem. Em voluntários humanos, verificou-se que um pequeno número de cistos (de 10 a 100) é suficiente para produzir infecção. Após a ingestão do cisto, o desencistamento é iniciado no meio ácido do estômago e completado no duodeno e jejuno, onde ocorre a colonização do intestino delgado pelos trofozoítos. Os trofozoítos se multiplicam por divisão binária longitudinal: após a nucleotomia (divisão nuclear) e duplicação das organelas, ocorre a plasmotomia (divisão do citoplasma), resultando assim dois trofozoítos binucleados. O ciclo se completa pelo encistamento do parasito e sua eliminação para o meio exterior. Tal processo pode se iniciar no baixo íleo, mas o ceco é considerado o principal sítio de encistamento. Não se sabe se os estímulos que conduzem ao encistamento ocorrem dentro ou fora do parasito. Entre as hipóteses sugeridas, tem-se a influência do pH intestinal, o estimulo de sais biliares e o destacamento do trofozoíto da mucosa. Este último parece ser o gatilho que provocaria tal mudança e tem sido sugerido que a resposta imune local seja responsável pelo destacamento do trofozoíto e seu consequente encistamento. Ao redor do trofomíto é secretada pelo parasito uma membrana cística resistente, que tem quitina na sua composição. Dentro do cisto ocorre nucleotomia, podendo ele apresentar-se então com quatro núcleos. Atualmente, os processos de desencistamento e encistamento podem ser induzidos in vitro, permitindo a obtenção do ciclo completo do parasito em laboratório. Não se têm informações se todos os cistos são infectantes e se há necessidade de algum tempo no meio exterior para se tomarem infectantes. Os cistos são resistentes e, em condições favoráveis de temperatura e umidade, podem sobreviver, pelo menos, dois meses no meio ambiente Quando o trânsito intestinal está acelerado, é possível encontrar trofozoítos nas fezes.

Educação para a saúde; Proibição do uso de fezes humanas para adubo; Saneamento básico a toda população; Condições de moradia compatíveis com uma vida saudável.

  • Transmissão Como já́ dissemos, a via normal de infecção do homem é a ingestão de cistos maduros, que podem ser transmitidos por um dos seguintes mecanismos:
  • ingestão de aguas superficiais sem tratamento ou deficientemente tratadas (apenas cloro); alimentos contaminados (verduras cruas e frutas mal lavadas); esses alimentos também podem ser contaminados por cistos veiculados por moscas e baratas; de pessoa a pessoa, por meio das mãos contaminadas, em locais de aglomeração humana (creches, orfanatos etc.). ➢ Medicamentos como tratamento (exemplos): - Albendazol O albendazol é um anti-helmíntico que pertence à classe dos benzimidazólicos. Esse antiparasitário é um dos mais usados na prática médica devido à extensa lista de vermes contra os quais ele é eficaz. O albendazol costuma ser indicado para o tratamento de infecções por: Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Ancylostoma caninum, Ancylostoma brasiliense,Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis, Echinococcus granulosus, Giardia lamblia, Taenia spp., Toxocara canis e Hymenolepis nana Entre os nomes comerciais mais famosos do albendazol estão: Zentel, Zolben, Parasin, Albel, Mebenix e Albentel. Os efeitos colaterais mais comuns do albendazol são: dor abdominal, náuseas ou elevação das enzimas hepáticas. Este medicamento deve ser evitado na gravidez, exceto em situações extraordinárias, nas quais o médico avaliar que o risco da parasitose para a gravidez é maior que o do medicamento. Mebendazol Assim como o albendazol, o mebendazol também é um anti-helmíntico que pertence à classe dos benzimidazólicos. O seu espectro de ação é semelhante ao do albendazol, porém com algumas restrições, como a falta de ação eficaz contra Strongyloides stercoralis. O mebendazol costuma ser indicado para o tratamento de infecções por: Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Necator americanus, Ancylostoma

duodenale, Ancylostoma caninum, Ancylostoma brasiliense,Trichuris trichiura, Toxocara canis, Giardia lamblia, Taenia spp. e Echinococcus granulosus. Entre os nomes comerciais mais famosos do mebendazol estão: Pantelmin, Licor de Cacau Xavier, Necamin e Multielmin. Os efeitos colaterais mais comuns do mebendazol são: dor abdominal e diarreia. Este medicamento deve ser evitado na gravidez, exceto em situações extraordinárias, nas quais o médico avaliar que o risco da doença para a gravidez é maior que o do medicamento. Ivermectina A ivermectina é um anti-helmíntico semissintético, produto da fermentação da bactéria Streptomyces avermitilis. Além da atividade contra helmintos, ele também age contra parasitos não intestinais, como o piolho e a sarna. A ivermectina é um antiparasitário de amplo espectro, eficaz contra Strongyloides stercoralis, Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Trichuris trichiura, Onchocerca volvulus, Pediculus humanus capitis (piolho), Sarcoptes scabiei (sarna) e Wuchereria bancrofti. Entre os nomes comerciais mais famosos da ivermectina estão: Ivermec, Iverneo, Leverctin, Revectina, Plurimec e Vermectil. Os efeitos colaterais mais comuns da ivermectina são: diarreia, náusea, falta de disposição, dor abdominal, falta de apetite, constipação e vômitos. A ivermectina não deve ser administrada em grávidas, durante o aleitamento materno nem em crianças com menos de 15 quilos.

- Taenia solium A Taenia solium é um parasita helminto da família Taenidae, classe Cestoidea e a ordem Cyclophyllidea. Podem chegar a medir de 3 a 5 metros de comprimento e viver por anos no organismo humano. Existem 3 estágios de desenvolvimento: ovos, cisticerco e verme adulto. Os ovos são esféricos, de 30 a 40 μm de diâmetro e possuem um embrião hexacanto também chamado de oncosfera, são liberados nas fezes dos seres humanos. O cisticerco é o estado larvário do parasita e consiste em um escólex que invaginou em uma vesícula preenchida com um fluido. Se desenvolve nos tecidos do hospedeiro intermediário, normalmente os suínos. O ciclo biológico da Taenia solium consta com um hospedeiro intermediário e um hospedeiro definitivo. O ser humano pode atuar tanto como hospedeiro

- Enterobius vermicularis O nematóide (lombriga) Enterobius vermicularis é amplamente conhecido como o oxiúros humano devido à longa cauda pontiaguda da fêmea. Em algumas áreas, os nomes comuns “seatworm” e “threadworm” são usados (o último dos quais às vezes também é usado para se referir a Strongyloides stercoralis ). Outra espécie putativa de oxiúros, Enterobius gregorii , foi descrita e relatada em humanos na Europa, África e Ásia. No entanto, mais evidências morfológicas e moleculares sugerem que E. gregorii provavelmente representa uma forma imatura de E. vermicularis. A traça do rato, Syphacia obvelata , também foi muito raramente relatada infectando humanos. A fêmea adulta grávida de Enterobius vermicularis deposita os ovos nas pregas perianais imagem. A infecção ocorre por auto-inoculação (transferência de ovos para a boca com as mãos que arranharam a região perianal) ou por exposição a ovos no ambiente (por exemplo, superfícies contaminadas, roupas, roupas de cama, etc.) imagem. Após a ingestão de ovos infectantes, as larvas eclodem no intestino delgado dos adultos se estabelecem no cólon, geralmente no ceco. O intervalo de tempo desde a ingestão dos ovos infectados até a posição pelas fêmeas adultas é de cerca de um mês. Na maturidade, as fêmeas adultas medem de 8 a 13 mm e os machos adultos de 2 a 5 mm; a expectativa de vida adulta é de cerca de dois meses. As fêmeas grávidas migram noturnamente para fora do ânus e depositam enquanto rastejam sobre a pele da região perianal imagem. As larvas contidas nos ovos se desenvolvem (os ovos se tornam infecciosos) em 4 a 6 horas em condições ideais imagem. Raramente, os ovos podem ser transportados pelo ar e inalados e engolidos. A retro infecção, ou a migração de larvas recém- eclodidas da pele anal de volta para o reto, pode ocorrer, mas a frequência com que isso acontece é desconhecida.

Além de impedir reinfecções, buscar a prevenção da transmissão para outros indivíduos da família ou coletividade. Dadas as peculiaridades desse helminto, os métodos profiláticos recomendados, mais ou menos específicos, são as seguintes:

  • Manejo adequado de vestes, roupas intimas e de cama usadas pelo individuo infectado, as quais não devem ser “sacudidas” pela manhã, mas enroladas e lavadas diariamente em agua fervente.
  • Corte rente das unhas e lavagem frequente das mãos, sobretudo após o uso do banheiro e antes das refeições.
  • Banho diário, preferencialmente em chuveiro, ao levantar-se.
  • Desestimulo ao ato de cocar a região perianal.
  • Combate ao mau habito de levar a mão a boca, incluindo onicofagia.
  • Limpeza doméstica com aspirador de pó, quando possível.
  • Tratamento de todas as pessoas parasitadas da família ou outra coletividade. O diagnóstico de certeza da enterobiose dá-se pela observação de ovos ou espécimes adultos do nematódeo. Entretanto, dadas as características biológicas do E. vermicularis, o método de escolha usado no diagnóstico da infecção difere das principais técnicas parasitológicas rotineiramente empregadas na identificação de outros helmintos intestinais. A importância dos métodos habituais de analise parasitológica fecal e mesmo limitada na enterobiose, uma vez que fêmeas do oxiurideo, conforme discutido, não ovipoem na luz intestinal e somente 5 a 15% dos casos positivos são identificados por exames de fezes. Nesses procedimentos, incluindo métodos de concentração fecal, os poucos ovos visualizados são provenientes de fêmeas gravidas ou fragmentos delas presentes nas fezes, o que e mais comum nas infecções com elevado número de parasitos. Ao se considerar a sensibilidade, custos e exequibilidade, o método da fita adesiva ou de Graham. Ainda e, sem nenhuma dúvida, o mais adequado para se identificar ovos e fêmeas de E. vermicularis. A sua execução deve ser feita da seguinte maneira:
  • corta-se um pedaço entre 8 e 10 cm de fita adesiva transparente;
  • com a parte adesiva voltada para fora, a fita e colocada sobre um tubo de ensaio ou dedo indicador (Neste último caso com atenção ao correto uso de luvas de procedimento); - Ameba

O trofozoíto móvel alimenta-se de bactérias e tecidos, reproduz-se, coloniza o lúmen e a mucosa do intestino grosso e, às vezes, invade tecidos e órgãos. Trofozoítos predominam nas fezes líquidas, mas morrem rapidamente fora do corpo e, se ingeridos, seriam destruídos pelos ácidos gástricos. Alguns trofozoítos no lúmen do cólon se tornam cistos, que são excretados com as fezes. Trofozoítos E. histolytica aderem a células epiteliais do cólon e leucócitos polimorfonucleares (PMN), podem eliminá-los e causar disenteria com sangue e muco, mas com poucos PMN nas fezes. Também secretam proteases que degradam a matriz extracelular e permitem a invasão da parede intestinal e além desta. Trofozoítos podem se disseminar via circulação portal e provocar abscessos necróticos no fígado. A infecção pode se disseminar por extensão direta do fígado para o espaço pleural direito, pulmão, pele ou, raramente, da corrente sanguínea ao cérebro e outros órgãos. Os cistos predominam em fezes formadas e são resistentes à destruição no ambiente externo. Podem se disseminar tanto diretamente, de pessoa para pessoa, quanto indiretamente, por alimentos ou água. A amebíase pode ser transmitida sexualmente por contato oral-anal. A maioria das pessoas com amebíase é assintomática, mas transmite os cistos nas fezes de forma crônica.Os sintomas que ocorrem na invasão dos tecidos no colo intestinal geralmente se desenvolvem 1 a 3 semanas após a ingestão dos cistos e incluem  Alternância entre constipação e diarreia  Flatulência  Dor abdominal em cólica Podem ocorrer sensibilidade no fígado ou cólon ascendente e febre, e as fezes podem conter muco e sangue. Disenteria amebiana A disenteria amebiana, comum nos trópicos, manifesta-se com episódios de fezes frequentes semilíquidas que, na maioria das vezes, contêm sangue, muco e trofozoítos vivos. Achados abdominais variam de leve sensibilidade à dor

abdominal intensa, com febre alta e sintomas sistêmicos tóxicos. Sensibilidade abdominal comumente acompanha colite amebiana. Às vezes, colite fulminante complicada por megacólon tóxico ou peritonite pode se desenvolver. Entre recaídas, os sintomas diminuem para cólicas recorrentes e fezes soltas ou muito moles, mas podem se desenvolver emagrecimento e anemia. Sintomas sugestivos de apendicites podem ocorrer. A cirurgia, nesses casos, pode resultar em disseminação peritoneal de amebas. Abscesso hepático é geralmente único e no lobo direito. Pode estar presente em pacientes que não tiveram sintomas prévios, é mais comum em homens do que em mulheres (7:1 a 9:1) e pode se desenvolver de forma insidiosa. Os sintomas incluem dor ou desconforto sobre o fígado, que é ocasionalmente referido no ombro direito; febre intermitente; sudorese; calafrios; náuseas; vômitos; fraqueza e perda ponderal. Icterícia não é comum e, quando presente, é de grau leve. O abscesso pode ser perfurado no espaço subfrênico, na cavidade pleural direita, no pulmão direito, ou em outros órgãos adjacentes (p. ex., pericárdio). Lesões de pele são algumas vezes observadas, em especial ao redor do períneo e da região glútea na infecção crônica, podendo ocorrer também em feridas traumáticas ou operatórias.  Infecção intestinal: exame microscópico e, quando disponível, imunoensaio enzimático de fezes, testes moleculares para DNA do parasita nas fezes e/ou sorologia  Infecção extraintestinal: exames de imagem e sorologia ou prova terapêutica com um amebicida A amebíase não disentérica pode ser mal diagnosticada como síndrome do intestino irritável, enterite regional, ou diverticulite. Uma massa no cólon ascendente também pode ser confundida com câncer, tuberculose, actinomicose ou linfoma. A disenteria amebiana pode ser confundida com shigelose, salmonelose, esquistossomose, ou colite ulcerativa. Na disenteria amebiana, as fezes são normalmente menos frequentes e menos líquidas do que na disenteria bacilar. Caracteristicamente, contêm muco viscoso e estrias de