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Parasitologia: Amebídeos - protozoários intestinais, Notas de estudo de Parasitologia

Resumo do conteúdo de Amebídeos - Parasitologia, contendo descrição acerca do ciclo de vida do parasito, características morfológicas, tratamento, profilaxia, formas de diagnósticos e outras.

Tipologia: Notas de estudo

2023

À venda por 08/03/2025

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alice-maria-69 🇧🇷

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PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS
AMEBÍDEOS
Reino protista
Família: Entamoebidae
Gênero: Entamoeba
Espécies:
Entamoeba histolytica |
Entamoeba coli | Entamoeba
dispar | Entamoeba hartmanni
Ciclo de vida: trofozoíto e cisto
Habitat
Entamoeba histolytica
Intestino grosso→ região cecal e
retossigmoidiana
Transmissão
→ Direta e indireta
Contaminação com material
fecal → fecal-oral
mãos sujas de um eliminador de
cistos
ingestão de alimentos in natura
contaminados
água de consumo (cistos
sobrevivem até 10 dias), esgoto,
fossa, contaminação direta
transporte mecânico por
insetos: moscas e baratas
frutas/legumes regados com
água contaminada
contato sexual IST; relação
anal-oral
Amebas encontradas no homem
Entamoeba histolytica
Amebíase intestinal e
extra-intestinal
Magnitude
500 milhões de pessoas
infectadas
50 milhões desenvolvem
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PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS

AMEBÍDEOS

➢ Reino protista ➢ Família: Entamoebidae ➢ Gênero: Entamoeba ➢ Espécies: Entamoeba histolytica | Entamoeba coli | Entamoeba dispar | Entamoeba hartmanni ➢ Ciclo de vida: trofozoíto e cisto ➢ Habitat → Entamoeba histolytica Intestino grosso→ região cecal e retossigmoidiana ➢ Transmissão → Direta e indireta → Contaminação com material fecal → fecal-oral ● mãos sujas de um eliminador de cistos ● ingestão de alimentos in natura contaminados ● água de consumo (cistos sobrevivem até 10 dias), esgoto, fossa, contaminação direta ● transporte mecânico por insetos: moscas e baratas ● frutas/legumes regados com água contaminada ● contato sexual – IST; relação anal-oral ➢ Amebas encontradas no homem ➢ Entamoeba histolytica → Amebíase intestinal e extra-intestinal ➢ Magnitude → 500 milhões de pessoas infectadas → 50 milhões desenvolvem sintomatologia

→ 100.000 mortes/ano → Elevada morbi-mortalidade em países da América do Sul e Central, África, Índia ➢ Trofozoíto: amebóide irregular → 20 μm x 40 μm → 1 núcleo com cariossoma central → Locomoção por pseudópodes unidirecionais → Alimentação: Fagocitose, Pinocitose, Absorção → Núcleo:

  • cromatina periférica delicada e regular
  • cariossoma central e punctiforme ➢ Cisto → 10 a 15 μm de diâmetro → Divisão do núcleo até produzir cisto tetranucleado → Núcleo igual ao do trofozoíto → Acúmulo de glicogênio →Metabolismo reduzido →Formação dos cistos: no intestino grosso a partir das formas minutas → Forma pré-cística:
  • supressão dos movimentos amebóides
  • corpos cromatóides → Formação da parede cística → Reserva de glicogênio → Corpos cromatóides: aglomerado organizado de ribossomos ➢ Ciclo não-patogênico → Forma minuta: 10-20um → Infecção: ingestão de cisto tetranucleado → Desencistamento→ intestino delgado → trofozoítos liberados migram → intestino grosso. 8 pequenas amebas com um núcleo → Multiplicação: fase vegetativa, alimentando-se de bactérias → Encistamento: redução da atividade, formação da parede cística → Fezes contaminadas: por cistos resistentes ao meio exterior

➢ Amebíase → Alteração pulmonar → Alteração hepática e biliar → Alteração cutânea→ úlcera cutânea → Úlcera perianal e/ou vulvar → Alteração cerebral → Alteração esplênica ➢ Amebíase invasiva → FATORES LIGADOS AO PARASITO

  • Virulência da ameba→ cepas comensais e cepas com diferentes graus de virulência → FATORES LIGADOS AO HOSPEDEIRO
  • Resposta imune
  • Lesões do intestino
  • Presença de infecções prévias
  • Modificações da microbiota bacteriana intestinal
  • Estado nutricional - desnutrição e outras circunstâncias debilitantes
  • Dieta, alcoolismo ➢ Amebíase intestinal → Formas assintomáticas (E. dispar) → Formas sintomáticas - Colites não-disentéricas = amebíase crônica - Colite amebiana aguda = disenteria amebiana - Complicações clínicas: perfuração intestinal, peritonite, ameboma, amebíase extra-intestinal ➢ Sintomatologia: Entamoeba histolytica→ Amebíase Intestinal Invasiva: Colite amebiana → Dor abdominal; cólicas; tenesmo → Febre baixa acompanha a diarréia → Evacuações frequentes - 10 a 20/dia → Fezes líquidas, mucosanguinolentas ou só com muco e sangue → Desidratação, emagrecimento e nervosismo → Astenia, Lassidão → Hemorragia intestinal

➢ Patogenia: Entamoeba histolytica →Amebíase intestinal → Evolução das lesões

  • Pontos avermelhados na mucosa intestinal
  • Úlceras cheias de material necrótico
  • Grandes áreas ulceradas → Evolução→ forma crônica→ forma fulminante OBS: 3ª causa de mortes por parasitoses ➢ Não invasiva x Invasiva → Não invasiva
  • Assintomático
  • Ausência de trofozoítos hematófagos nas fezes
  • Aspecto normal da mucosa intestinal na endoscopia
  • Ausência de anticorpos específicos no soro → Invasiva
  • Sintomas da doença→ dor abdominal; fezes líquidas com muco e sangue; desidratação; hemorragia intestinal.
  • Presença de trofozoítos hematófagos nas fezes
  • Alterações da mucosa intestinal
  • Presença de anticorpos específicos no soro ➢ Amebíase extra-intestinal: Entamoeba histolytica Localização hepática Evolução das lesões → Lesões múltiplas e pequenas se conflui → Abscesso amebiano → O material necrosado (pus) característico, de cor chocolate → Sintomas Dor | Febre | Hepatomegalia | Vômito | Diarreia | Perda de peso |

Mecanismos de aderência, invasão da mucosa intestinal e de escape

  • Citotoxicidade dependente de contato – Gal/GalNAc lectina
  • Cisteína-proteinases: clivagem de sIgA e clivagem de sIgM
  • Enzimas – proteases, hialuronidases, mucopolissacaridases (degradação componentes da matriz extracelular)
  • Movimentos amebóides
  • Mecanismos de imunomodulação ➢ Amebíase intestinal → diarréias | colite amebiana | úlceras | perfurações | peritonite | apendicite | amebomas | forma aguda fulminante ➢ Imunidade x mecanismos de escape ➢ Diagnóstico Laboratorial → Aspectos a serem observados → Evitar contaminação da amostra com urina → Coleta de três *amostras→ 82% a probabilidade de diagnóstico → Trofozoítos sobrevivem por 30 min no meio externo → Preservação das amostras em MIF, Schaudinn, APV, SAF → Macroscopia das fezes (muco, sangue, cor, consistência) →Consistência fecal x método a ser empregado → Pesquisa direta do parasito nas fezes
  • Pesquisa direta a fresco com salina
  • Pesquisa direta com azul de metileno ou tionina
  • Pesquisa direta com lugol

→ Técnicas de coloração permanente

  • Coloração pelo tricrômio
  • Coloração pela hematoxilina férrica → Métodos de concentração
  • Técnica de Faust, Ritchie → Cultura/ análise de isoenzimas → Pesquisa de amebas nos tecidos/exsudatos ➢ Formas evolutivas diagnósticas E. histolyticaE; histolytica: Diagnóstico diferencial → diferencial → Apesar de ser amebas comensais a identificação destas possui importância pelo fato de funcionarem como indicativo das condições socioeconômicas, ambientais e sanitárias. ➢ Amebas do grupo “ histolytica” → Entamoeba harmanni Trofozoítos de 8-10um “pequena histolytica” → Entamoeba histolytica/dispar Trofozoítos de 10-60um ➢ Amebas cistos → E. histolytica/dispar→ cisto é esférico ou oval
  • pode apresentar de 1 a 4 núcleos
  • maduros→ corpos cromatóides em forma de bastonete ou charuto (CC) com pontas arredondadas ➢ Amebas trofozoítos → E. histolytica/dispar→ trofozoíto geralmente tem 1 núcleo
  • núcleo esférico com cromatina envolvendo a fina membrana celular
  • cariossoma (Ca) apresenta-se central
  • Água para uso doméstico: tratada, livre de contaminação fecal
  • (Eco)turismo: tratar água ou filtrar
  • Evitar o trânsito das baratas e moscas do lixo fecal até os alimentos ➢ Tratamento → Luminal → Tissular → Cloridrato de Emetina (usado como antiprotozoário e para induzir o vómito) | Cloroquina obs→ drogas muito tóxicas, somente utilizadas quando os outros tratamentos não derem bons resultados → Luminal e Tissular → derivados Imidazólicos Tinidazol | Metronidazol | Secnidazol | Nimorazol | Ornidazol → Extra-intestinal Metronidazol → droga de escolha sobretudo no abscesso hepático → Metronidazol
  • 500 a 800mg 3x por 5 dias em adultos
  • 30-50mg/dia, dividir 2 a 3 vezes ao dia por 5-10 dias em crianças
  • efeitos colaterais→ vertigens, alterações gastrointestinais
  • síntese de proteínas no parasito sofre alteração → Secnidazol
  • Dose única de 30mg/kg de peso para crianças → OBS: ingestão de álcool durante ou depois do tratamento pode causar confusão mental, perturbações visuais, cefaleia, náuseas e vômitos, hipotensão, sonolência; ➢ Profilaxia