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Este documento discute a baixa representação de mulheres negras na câmara dos deputados brasileira, analisando as desigualdades intersecionais entre gênero e raça. O texto aponta que as instituições de poder brasileiras são ocupadas por grupos sociais específicos, e que as mulheres negras representam apenas 0,6% dos deputados eleitos, enquanto as negras constituem 24,8% da população brasileira. O artigo também aborda as desvantagens significativas que negros enfrentam em relação a candidaturas brancas, e os desafios e perspectivas para uma agenda de pesquisa sobre a representação de negros e mulheres na política brasileira.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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nze de maio de 2016. O Senado é o foco de todos os olhares. Nessa data e nesse local, decidia‑se pelo afastamento da primeira e única mulher a ocupar a Presidência da República, uma das principais páginas do tortuoso processo de impeachment de Dilma Rousseff. Na casa legislativa, a senadora Regina Sousa (PT/ PI), negra, fazia seu pronunciamento contrário à admissibilidade do impedimento da presidenta. Em resposta imediata, um humorista brasileiro lança uma mensagem no Twitter: “Senadora? Achei que fosse a tia do café...” (1). O escárnio em forma de pergunta, em‑ bora tivesse o nítido objetivo de provocar risos dos seus seguidores na internet, gerou reações expressivas (de concordância e desagra‑ vo), repercutindo, assim, nas redes sociais e, na sequência, em alguns noticiários. A suposta confusão do comediante, longe de ser uma opinião particular, revela‑se, antes, um tipo de retórica padrão com base em estereótipos racistas, sexistas e de classe, presentes em dis‑ cursos hegemônicos acionados mediante o estranhamento da pre‑ sença de pessoas de certos grupos sociais em posições de poder eco‑ nômico, de status social ou prestígio político, as quais julgam estar “fora do lugar”. Pelo menos desde o processo de retomada democrática, ativis‑ tas e intelectuais feministas e antirracistas têm destacado a impor‑ tância da representação social (2) para a compreensão das desigual‑ dades de gênero e raça nas diversas esferas da vida em sociedade (3). No que compete à desigualdade na política institucional, esforços acadêmicos têm sido feito no sentido de descrever, mensurar e ex‑ plicar a baixa representação de mulheres e negros nos espaços de poder político, em especial nas esferas parlamentares. O diag‑ nóstico comum da literatura acadêmica versada na temática da representação política tem apontado que as instituições de poder que conformam a democracia brasileira possuem ocupantes per‑ tencentes a grupos sociais bastante específicos. A predominância de homens brancos em proporções muito superiores às apresen‑ tadas na população brasileira faz supor que existem mecanismos seletivos que têm favorecido tais segmentos sociais em detrimento de outros, reproduzindo uma hierarquia racial e de gênero, da base ao topo da política representativa nacional. No veio deste debate, o presente artigo tem por objetivo contri‑ buir com esse campo de investigação, ampliando o foco analítico da produção acadêmica ao assinalar a pertinência da perspectiva inter‑ seccional – e não apenas a análise isolada dos atributos de gênero ou
raça – para os estudos das desigualdades persistentes e categóricas na representação política (4). Advoga‑se aqui que a abordagem inter‑ seccional é sensível aos pontos nodais de desigualdades, uma vez que observa tanto “as diferenças entre as mulheres como as diferenças entre mulheres e homens”, conforme formula Crenshaw (5). Esse mesmo raciocínio vale também para as desigualdades raciais intra e entre grupos, uma vez que o foco analítico está nos imbricamen‑ tos geradores e reprodutores de desigualdades, especialmente aque‑ les que articulam gênero, raça e classe (6). Esse tipo de argumentação teve lugar no seio da intelectualida‑ de negra brasileira entre os anos de 1970 e 1980. Lélia Gonzalez (7), influenciada pelos estudos das relações raciais brasileiras, pelos nascentes estudos nacionais sobre as hierarquias de gênero e pelo marxismo estruturalista, bem como pelo pensamento do Black Fe‑ minism , chamou a atenção para as desigualdades geradas pelas opressões racial e sexista, bem como pela exploração de classe (7; 8). Com efeito, os estudos sobre desigualdades no mercado de trabalho e nos rendimentos demostraram as fortes e persistentes assimetrias salariais e de inserção ocupacional quando se considera a intersecção entre raça e gênero, reservando maiores vantagens para os homens brancos e maior acúmulo de desvantagens para as mulheres negras (9). Deslocando essa problemática da vida econômica e social para o âmbito da política institucional, neste artigo, serão abordados os seguintes aspectos: 1) a caracterização do perfil das candidaturas e dos eleitos à 55ª legislatura da Câmara dos Deputados (2015‑2019), por gênero e raça, considerando o desenvolvimento da produção acadêmica versada nas relações raciais e de gênero, com especial destaque para a representação política, dialogando, assim, com as contribuições das atuais tendências interpretativas que entrelaçam esses temas; e 2) a discussão acerca dos desafios e das perspectivas para uma agenda de pesquisa voltada para o tema da representação de negros e de mulheres na política brasileira, uma vez que se nota um paradoxo expresso na vigorosa participação política nas esferas civis e extraparlamentares, em contraste com a sua baixa representa‑ ção nas estruturas representativas do estado democrático de direito.
rePresentação Parlamentar Das mulheres negras na Câmara Dos DePutaDos, 55ª legislatura (2015‑2019) Por muito tempo, os estudos sobre desigualdades de raça e gênero andaram apartados. Apesar de trabalharem com a temática das desigualdades na política considerando características adstritas, as pesquisas sobre as relações raciais nesse campo não dialogavam com as pesquisas sobre gênero e vice‑versa. Dentre as diversas razões que explicam tal realidade, uma delas pode ser atribuída à ausência de informações sobre cor nos documentos e estatísticas oficiais produzidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A emergente bibliografia sobre a sub‑representação feminina contrasta com a escassez de estudos sobre a marginalidade da população negra nas instituições de política formal no Brasil. Como assinalaram Luiz Campos e Carlos Machado (10), pouco se
sabe sobre os mecanismos sociais e institucionais que favorecem o predomínio de brancos nos quadros eleitos e até mesmo sobre a fase da carreira política em que os negros são afastados da representação. Visando contribuir para o debate público acerca da relação en‑ tre desigualdades e democracia, esta seção se propõe a descrever a representação parlamentar das mulheres negras em contraste com outros grupos de raça e gênero na atual legislatura da Câmara dos Deputados. Seguindo as tendências das pesquisas acadêmicas ver‑ sadas no tema das desigualdades, tomaremos aqui a categoria negro como sendo o somatório dos que se autodeclaram pretos e pardos nas fichas de inscrição do TSE. Nas eleições de 2014, ano em que a informação sobre raça/cor foi incluída pela primeira vez nas fichas de candidatura, o número de negros eleitos para o Congresso Nacio‑ nal chegou a 108. Dos 540 parlamentares (513 deputados e 27 sena‑ dores), 432 eram brancos (22 senadores e 410 deputados), sendo 45 mulheres e 387 homens. Entre os parlamentares negros, havia 11 mulheres e 97 homens (11), como se pode observar na tabela 1. Tais dados evidenciam um contraste entre eleitos e a população brasileira. Dentre os parlamentares escolhidos para integrar o Con‑ gresso Nacional em 2014, somente 2% correspondem a mulheres negras – um número ínfimo, considerando que as negras represen‑ tam 25% da população brasileira. Segundo o Censo de 2010 reali‑ zado pelo IBGE, 50,7% dos brasileiros consideram‑se negros, em contraste com 20% de deputados e 18,5% de senadores autodecla‑ rados negros eleitos para a 55ª legislatura. Afunilando a análise para a casa baixa do Congresso, dentre os 513 deputados da mencionada legislatura, apontamos que os bran‑ cos são 79,9% (410 pessoas) e os negros são 20%: os pardos são 15,8% (81) e os/as pretos/as são 4,3% (22). Não foram eleitos de‑ putados autodeclarados amarelos ou indígenas. Quanto às diferen‑ ças intra‑grupos, vale destacar a distância entre as mulheres. Das 51 eleitas, 80,4% são brancas, e 19,6% são negras (13,7% são pardas e 5,9% são pretas). Dos 462 deputados (homens) eleitos, 79,9% são brancos e 20,1% são negros (16% são pardos e 4,1% são pretos). Os eleitos brancos são mais numerosos do que os candidatos à Câmara dos Deputados: no momento das candidaturas, os autode‑ clarados brancos eram 58,1%, os pardos eram 31,2%, os pretos eram 9,8%, os amarelos 0,5% e os indígenas eram 0,3%. Dentre os elei‑ tos, os brancos são 79,9%, os pardos são 15,8% e os pretos são 4,3%.
Tais resultados parecem confirmar a hipótese apresentada por Campos e Machado, segundo a qual a sub‑representação não é cau‑ sada exclusivamente pelo menor número de negros entre os candidatos. Apesar de termos contabilizado menos negros que brancos nas listas de candidaturas, acreditamos que a proporção das assimetrias nas candidaturas não é suficiente para explicar a profundidade da sub‑ ‑representação de negras na Câmara, após concluído o pleito. A pesquisa de Bueno e Dunning (12) também mostrou que a sub‑representação de negros não é somente explicada pela desigual‑ dade na apresentação de candidaturas. Esse estudo indicou que o gargalo na participação de negros em cargos eletivos não pode ser atribuído a obstáculos às candidaturas e que as candidaturas brancas apresentam taxas maiores de sucesso, como indicamos no gráfico 1. Em grande medida, isso se deve às singularidades do sistema eleitoral do país. A adoção de listas abertas e a forte individualização das cam‑ panhas políticas contribuem para que as mulheres negras tenham dificuldades para entrar no jogo eleitoral com possibilidades reais de eleição. É importante lembrar, como ressalta Clara Araújo (13), que a porcentagem de mulheres eleitas não cresce proporcionalmente à porcentagem de candidatas. Um estudo da Seppir (14) sobre a legislatura anterior (54ª legis‑ latura: 2011‑2015) indicou que houve 1.178 candidaturas femini‑ nas sobre um total de 6.028 à Câmara dos Deputados em 2010, o que correspondia a 22,2%. Dessas, 241 (3,9%) eram negras. Não é possível, contudo, oferecer uma comparação fiável com as eleições passadas, no que tange aos dados que embasam a análise, pois eles não são oferecidos pela mesma fonte: como o critério raça/cor só foi incluído nas fichas de candidatura do TSE em 2014, os dados so‑ bre os outros pleitos foram produzidos por pesquisadores indepen‑ dentes, que recorreram à heteroclassificação racial ou aos partidos e representantes políticos (12; 14; 15). Para além das diversas dificul‑ dades e limitações desse tipo de análise, não é possível relacionar da‑
cipação política das negras ocorre. Esses dados relevam disparidades ainda mais acentuadas se considerarmos, como apontou a pesquisa de Bueno e Dunning (12), que a sobre‑representação de brancos é maior em cargos executivos do que em cargos legislativos, conforme os dados coletados pela pesquisa da Seppir parecem corroborar na tabela 2. A Câmara dos Deputados, com 2% de mulheres negras, não é o locus de maior sub‑representação dessas mulheres. É interessante notar, conforme indicaram os dados da Seppir sobre as eleições gerais de 2010, que as mulheres negras estiveram mais presentes percentualmente na disputa ao cargo de vice‑gover‑ nadora (27,6%), menos presentes na disputa ao Senado (17,9%) e tiveram um peso relativamente homogêneo na corrida pelas As‑ sembleias Legislativas (20,7%) e pela Câmara Federal (20,5%). Tal perfil indica que a posição simbólica de vice‑governadora parece ser uma estratégia partidária para atrair certas parcelas do eleitorado, e indica também que as eleições executivas e majoritárias seguem sendo um dos maiores gargalos para a sub‑representação feminina e negra. Estudos futuros que venham a acompanhar, em perspectiva longitudinal e comparativa, os desdobramentos das desigualdades por cor e gênero terão o desafio de explicar as diferenças entre as carreiras políticas e suas relações com as desigualdades raciais e de gênero na democracia brasileira.
Dilemas e horizontes Para a rePresentação PolítiCa O tema da qualidade da democracia esteve no centro das preocu‑ pações dos movimentos feministas, negros e de mulheres negras, pelo menos, desde o término da ditadura militar. Entretanto, os agenciamentos políticos empreendidos por esses atores e atrizes, já nos primórdios da redemocratização, não foram capazes de reverter as disparidades por gênero e raça presentes nos espaços políticos institucionais de poder. Ao longo das últimas décadas, tais mo‑ vimentos lograram ampliar espaços de participação política (a exemplo dos conselhos setoriais, como o da saúde e da educação, ou mesmo os específicos, como o Conselho Nacional de Políticas da Igualdade Racial e o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher), tornaram‑se agentes influentes na formulação de leis e de políticas públicas de equidade racial e de gênero (como no caso das cotas para negros no ensino superior, a reserva de candidaturas para mulheres nas eleições proporcionais – leis 9.100/95, 9.504/97 e 12.034/09, a lei contra a discriminação racial e as leis Maria da Penha e do Feminicídio, ou ainda leis de reconhecimento, como a 10.639/03 ou 11.645/08, dentre outras). Esses grupos chegaram até mesmo a constituir secretarias e ministérios no governo federal, como a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e a Secretaria de Políticas para as Mulheres, durante os governos de Lula e Dilma. Contudo, aqueles agentes não foram capazes de abalar as estruturas de caráter racial e patriarcal que conformam a democracia representativa brasileira. Com efeito, um dos paradoxos de nossa democracia é exa‑ tamente esse: por que mulheres e negros, agentes tão vigorosos
na formação e manutenção de organizações e movimentos sociais, formas políticas relevantes para a conformação democrática no país, são tão poucos nos espaços de representação institucional? Não existe uma explicação única. As razões que levam à sub‑repre‑ sentação das mulheres – brancas e negras – e dos homens negros têm sido objeto de pesquisas acadêmicas. Infelizmente, os estudos sobre representação racial são parcos quando comparados aos das mulheres, estes mais numerosos, extensos e longevos. Todavia, observou‑se que, com a introdução do quesito raça/cor na coleta do TSE, houve maior estímulo para a produção acadêmica inte‑ ressada em monitorar, descrever e analisar as desigualdades raciais no país articuladas a outros atributos geradores de desigualdades categóricas e duráveis, como o gênero. Para o futuro, mais do que um acompanhamento estatístico das desigualdades, é preciso abrir agendas de pesquisas interessadas nas trajetórias das minorias po‑ líticas, especialmente quando estas são maiorias demográficas e estão em situações de flagrante desvantagem econômica e social em outras esferas da vida, o que se faz também refletir nos espaços de poder político. Da literatura acadêmica especializada, desta‑ cam‑se algumas razões importantes para entender os mecanismos e processos que resultam na sub‑representação parlamentar desses grupos sociais, já que essas estão na confluência dos determinantes de gênero e de raça: a) os obstáculos enfrentados dentro dos próprios partidos, que dificultam o lançamento de candidaturas femininas e negras. As agremiações partidárias investem menos recursos em candidatu‑ ras de mulheres e de negros, apesar das cotas eleitorais para o pri‑ meiro grupo no caso de eleições proporcionais. b) o baixo capital econômico dos negros que se encontram em estratos sociais menos privilegiados, além das dificuldades referentes ao capital educacional que poderia favorecer ampliação das redes de relacionamentos, conhecimentos específicos e habilidades discursi‑ vas, dentre outros.
c) no caso das mulheres negras e indígenas, ademais, acres‑ cente‑se o complexo de coerções sociais relativas ao imbricamen‑ to das condições de gênero, raça e classe, que envolvem desde a dupla jornada até os aspectos relativos à violência simbólica, como a educação normativa colonial e patriarcal, reprodutoras de es‑ tereótipos que afixam grupos a certos lugares sociais, reduzindo expectativas (das potenciais candidatas e dos agentes que fazem os filtros e seleções das candidaturas), excluindo ou reduzindo as chances daquelas de ocuparem espaços de poder com elevado grau de competitividade. Em que pesem as críticas e dilemas relacionados ao tema da representação política de natureza descritiva/presença e substan‑ tiva/ideias (21), o peso das desigualdades sociais parecem retro‑ alimentar as desigualdades na política, e vice‑versa. Do ponto de vista normativo, a diversidade racial e de gênero no espaço institucional da política tem implicações importantes no que toca à quebra de estereótipos fundamentados em visões coloniais do poder, ou seja, expondo estereótipos identitários, como no caso descrito na introdução deste artigo sobre o choque de repre‑ sentação gerado pela presença da senadora piauiense. Outra im‑ plicação importante do pluralismo descritivo da representação é a de criar – e não necessariamente de garantir – condições para que assuntos relevantes em matéria dos direitos das mulheres e dos negros tenham visibilidade nas esferas públicas decisórias, especialmente porque se trata de grupos historicamente sub‑re‑ presentados no sistema político. Questões como essas, de natureza empírica e teórica, abrem ca‑ minhos para novos e promissores interesses de pesquisas, bem como subsidiam o debate público acerca das desigualdades em sistemas democráticos. Mais do que descrever as discrepâncias entre catego‑ rias interseccionadas ao longo do tempo, é preciso também avan‑ çar no debate acerca dos determinantes das desigualdades políticas resultantes da articulação de múltiplos eixos de opressão, além de avançar na reflexão sobre os mecanismos capazes de corrigir dispa‑ ridades dessa natureza, permitindo assim maior equidade nas ins‑ tâncias representativas de poder político.
Flavia Rios é professora adjunta e integra o Programa de Pós‑Graduação em Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG). Doutorou‑se na USP e foi visiting student researcher collaborator na Princeton University, com bolsa sanduíche da Fapesp (2013). Email: flaviamrios@yahoo.com.br Ana Claudia Pereira é doutora em ciência política (IESP/UERJ). Desenvolve pesquisa nos temas de gênero e raça e atua no Grupo de Estudos Mulheres Negras da Universidade de Brasília (UnB). Email: anaclaudiapereira@gmail.com Patrícia Rangel é doutora em ciência política (UnB) com missão de estudos na UNGS (Argentina). Atualmente, é bolsista de pós‑doutorado da Fapesp, realizando sua pesquisa no Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), junto ao projeto “50 anos de feminismo: Brasil, Argentina e Chile”. Email: pdrangel@gmail.com
notas e referênCias