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Guias e Dicas
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padrão de resposta – prova discursiva concurso de ..., Notas de estudo de Psicologia

profissional de psicologia do esporte uma análise ampla de todo o contexto do fenômeno do esporte e também sua perspectiva sócio-histórica.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Luiz_Felipe
Luiz_Felipe 🇧🇷

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PADRÃODERESPOSTAPROVADISCURSIVA
CONCURSODEPROVASETÍTULOSCONSELHOFEDERALDEPSICOLOGIA
ESPECIALIDADE:NEUROPSICOLOGIA
QUESTÃO01
Osistemalímbicoéoresponsávelporregularosprocessosemocionais.Relacionadascomestafunção,estãoade
regularosistemanervosoautônomoeosprocessosmotivacionaisessênciasàsobrevivênciadaespécieedo
indivíduo,comofome,sede,sexo.Sabesetambémquealgunscomponentesdosistemalímbicoestãoligados
diretamenteaosmecanismosdeaprendizagemeparticipamdaregulaçãodosistemaendócrino.Ohipocampoé
responsávelpelosfenômenosdamemóriadelongaduração.Quandoocorrelesõesnohipocampo,nãoregistros
deexperiênciasvividas.Otálamotemcomofunçãoareatividadeemocionaldohomemedosanimais.Otálamo
conectasecomasestruturascorticaisdaáreapréfrontalecomohipotálamoepormeiodaviafórnix,como
hipocampoecomogirocingulado.ohipotálamoéconsideradoaregiãodosistemalímbicomaisimportante,pois
controlaocomportamentoemocionalcomováriascondiçõesinternasdocorpo.Ohipotálamoéaviade
comunicaçãocomtodososníveisdosistemalímbicoedesempenhatambémopapeldasemoçõesespecificamente,
sendoqueasparteslateraisparecemserenvolvidascomoprazer,earaivaencontrasenaporçãomedianaeestá
ligadaaodesprazereàtendênciadas“gargalhadasincontroláveis”.
Fontes:
MACHADO,Angelo.Neuroanatomiafuncional.Ed.SãoPaulo:Atheneu,1991,p.281.
RELVAS,MartaPires.Neurociênciaetranstornosdeaprendizagem:AsMúltiplasEficiênciasParaumaEducação
Inclusiva.Ed.RiodeJaneiro:WakEd.,2011,p.2829.
TÁBUADECORREÇÃOASPECTOSTÉCNICOS6,0pontos
Sistemalímbico.Valor:2,0pontos
Hipocampo.Valor:2,0pontos
Tálamo/Hipotálamo.Valor:2,0pontos
QUESTÃO02
DeacordocomCordioli
(2008)
,adepressãoéumdostranstornospsiquiátricosmaiscomuns,comdistribuição
universal,econstituiumgrandeproblemadesaúdepública.SegundoaOMS(OrganizaçãoMundialdeSaúde),o
graudeincapacitaçãodevidoaostranstornosdepressivosémaiordoqueemoutrasdoençascrônicas.Calculase
que,atéoano2020,adepressãoseráasegundacausadeincapacitaçãonomundo.Podeseafirmarqueuma
condiçãogravequeseassociaàdepressãoéatendênciasuicida.Maisde80%daspessoasquecometemsuicídio
estãodeprimidasnomomentodoato.Estudoslongitudinaissugeremqueaincidênciadesuicídioaolongodavida
entreaspessoasclinicamentedeprimidaséde15%.Estudosafirmamqueaspessoasdeprimidastendemaavaliara
simesmascomotendováriasfalhaseacreditamquenãotêmoapoiodeoutraspessoas.Tornamsepassivosou
retraídosetendemabuscarreasseguramento.Oafetodeprimidodistorceamemória,eelestendemalembrar,
seletivamente,deoutrosfracassosdopassado.Essesfatorestendemaagircomodisparadoresnavulnerabilidadeà
pioradadepressãoeaosuicídio.Adesesperançapresentenessespacientescaracterizaseporumconjuntogeralde
expectativasnegativassobresimesmosesobreofuturo.Tratasedeumindicadorútildoriscodesuicídio.
Pacientesqueapresentampensamentosdedesesperançadevemsercuidadosamenteinvestigadoseos
sentimentosdepessimismopresentesdevemserumalvoimportantenaterapia.Estudosafirmamaindaquea
desesperançaestádiretamentemaisrelacionadaàintençãosuicidadoqueàdepressãoisolada.
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PADRÃO DE RESPOSTA – PROVA DISCURSIVA

CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA

ESPECIALIDADE: NEUROPSICOLOGIA

QUESTÃO 01

O sistema límbico é o responsável por regular os processos emocionais. Relacionadas com esta função, estão a de regular o sistema nervoso autônomo e os processos motivacionais essências à sobrevivência da espécie e do indivíduo, como fome, sede, sexo. Sabe‐se também que alguns componentes do sistema límbico estão ligados diretamente aos mecanismos de aprendizagem e participam da regulação do sistema endócrino. O hipocampo é responsável pelos fenômenos da memória de longa duração. Quando ocorre lesões no hipocampo, não há registros de experiências vividas. O tálamo tem como função a reatividade emocional do homem e dos animais. O tálamo conecta‐se com as estruturas corticais da área pré‐frontal e com o hipotálamo e por meio da via fórnix, com o hipocampo e com o giro cingulado. Já o hipotálamo é considerado a região do sistema límbico mais importante, pois controla o comportamento emocional como várias condições internas do corpo. O hipotálamo é a via de comunicação com todos os níveis do sistema límbico e desempenha também o papel das emoções especificamente, sendo que as partes laterais parecem ser envolvidas com o prazer, e a raiva encontra‐se na porção mediana e está ligada ao desprazer e à tendência das “gargalhadas incontroláveis”. Fontes :  MACHADO, Angelo. Neuroanatomia funcional. 2ª Ed. São Paulo: Atheneu, 1991, p. 281.  RELVAS, Marta Pires. Neurociência e transtornos de aprendizagem: As Múltiplas Eficiências Para uma Educação Inclusiva. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2011, p. 28 ‐29. TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Sistema límbico. Valor: 2,0 pontos  Hipocampo. Valor: 2,0 pontos  Tálamo / Hipotálamo. Valor: 2,0 pontos

QUESTÃO 02

De acordo com Cordioli (2008), a depressão é um dos transtornos psiquiátricos mais comuns, com distribuição universal, e constitui um grande problema de saúde pública. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o grau de incapacitação devido aos transtornos depressivos é maior do que em outras doenças crônicas. Calcula‐se que, até o ano 2020, a depressão será a segunda causa de incapacitação no mundo. Pode‐se afirmar que uma condição grave que se associa à depressão é a tendência suicida. Mais de 80 % das pessoas que cometem suicídio estão deprimidas no momento do ato. Estudos longitudinais sugerem que a incidência de suicídio ao longo da vida entre as pessoas clinicamente deprimidas é de 15 %. Estudos afirmam que as pessoas deprimidas tendem a avaliar a si mesmas como tendo várias falhas e acreditam que não têm o apoio de outras pessoas. Tornam‐se passivos ou retraídos e tendem a buscar reasseguramento. O afeto deprimido distorce a memória, e eles tendem a lembrar, seletivamente, de outros fracassos do passado. Esses fatores tendem a agir como disparadores na vulnerabilidade à piora da depressão e ao suicídio. A desesperança presente nesses pacientes caracteriza‐se por um conjunto geral de expectativas negativas sobre si mesmos e sobre o futuro. Trata‐se de um indicador útil do risco de suicídio. Pacientes que apresentam pensamentos de desesperança devem ser cuidadosamente investigados e os sentimentos de pessimismo presentes devem ser um alvo importante na terapia. Estudos afirmam ainda que a desesperança está diretamente mais relacionada à intenção suicida do que à depressão isolada.

Fontes :  Aristides V. Psicoterapias: Abordagens atuais. 3ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 382.  Disponível em: http://portal.cfm.org.br/index.php?Option=com_content&view=article&id=25027:de‐prevencao‐ ao‐suicidio. Acesso em: 16/09/2015. TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Depressão. Valor: 2,0 pontos  Desesperança. Valor: 2,0 pontos  Suicídio. Valor: 2,0 pontos

QUESTÃO 03

Segundo a citação de Beck , (1997) sobre o sentimento do paciente no contexto terapêutico, encontra‐se de outro lado a reação do terapeuta, que pode ter uma ampla gama de reações emocionais com o paciente. Ele experimenta empatia, interesse e desejo de ajudar e satisfação em ser capaz de ajudar o paciente. Sobre a eficácia da relação terapêutica, depende em grande parte da capacidade do paciente de experimentar e expressar seus sentimentos durante a sessão de terapia. O paciente pode apresentar diversos modos de empatia, porém, a liberdade do paciente para “ser ele mesmo” durante a sessão o alivia da carga de encobrir seus sentimentos e tentar edificar uma aparência corajosa. Outro fator importante a ser mencionado é sobre o posicionamento do terapeuta frente à descarga emocional do paciente. Nesta situação, o terapeuta deverá assumir a posição de que quaisquer sentimentos que o paciente tenha podem apropriadamente serem discutidos durante a sessão, ou seja, todos os sentimentos são aceitáveis. Portanto, é importante estruturar a sessão, de tal modo que o tempo inteiro não seja dedicado à “emocionalização” do paciente. Especialmente quando as reações do paciente são excessivas ou embasadas em ideias irracionais, é importante encorajar o paciente a explorar as atitudes que parecem gerar os sentimentos exagerados. Alguns terapeutas contribuem para o aborrecimento de certos pacientes, neste caso é importante o terapeuta relembrar‐se de que tais expressões negativas fazem parte da extensão normal de emoções e são, geralmente, acentuadas em alguém que tem um transtorno psicológico, por isso não deveria sentir‐se desencorajado. Fonte : BECK, Aaron T. Terapia cognitiva da depressão. Tradução Sandra Costa. Porto Alegre: Artmed, 1997, p. 31, 32 e 33. TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Reação do terapeuta frente ao paciente. Valor: 2,0 pontos  A eficácia da relação terapêutica. Valor: 2,0 pontos  O posicionamento do terapeuta frente à descarga emocional do paciente. Valor: 2,0 pontos

QUESTÃO 04

De acordo com a bibliografia do autor Paulo Knapp (Terapia Cognitiva Comportamental na Prática Psiquiátrica) pode‐se afirmar que o cenário apresentado exemplifica uma situação sobre o conceito de tempo no processo de tomada de decisões. Quando a moça decidiu perder peso em um determinado tempo, certamente ela tomou uma decisão e, consequentemente, vai enfrentar inúmeras situações nas quais terá de decidir entre uma conduta na direção deste objetivo longínquo versus a satisfação imediata de uma vontade. Por exemplo, a cada vez que essa moça fizer uma refeição, precisará controlar seu apetite, muitas vezes ela vai estar “morrendo de vontade” de comer aquele pedaço de torta de chocolate com calda de cereja, o qual lhe daria um enorme prazer no momento, mas que atrapalharia o seu plano de estar com bem menos peso vários meses mais tarde. Portanto, afirma‐se que é a tomada de decisão que determina a direção do nosso comportamento, e nos envolve da hora que acordamos até o momento em que dormimos. O tempo todo defrontamo‐nos com a necessidade de decidir com base no que dará um maior retorno agora com chance de um menor retorno no futuro, ou seja, o comportamento de agora é que irá gerar a consequência do amanhã. Contudo, na visão de Knapp , o futuro para o cérebro humano não existe, exceto

PADRÃO DE RESPOSTA – PROVA DISCURSIVA

CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA

ESPECIALIDADE: PSICOLOGIA CLÍNICA

QUESTÃO 01

Para que o processo terapêutico seja consolidado, é importante que sejam vencidas as resistências do paciente, a baixa ou inexistência de motivação e os empecilhos que possam vir a dificultar a adesão aos procedimentos propostos. Para o início do tratamento o candidato deverá citar, independente da abordagem psicoterápica, que para o estabelecimento da motivação para adesão à psicoterapia, o profissional poderá se utilizar de técnicas diretivas típicas da Terapia Breve ou Focal, bem como de técnicas de aconselhamento psicológico. Caso o candidato opte pela Terapia Breve ou Focal, deverá salientar os conceitos de foco, experiências emocionais corretivas e o enquadre específico na delimitação e manutenção do foco terapêutico. Caso o candidato opte pelo aconselhamento psicológico, deverá sinalizar técnicas cuja ênfase seja na promoção de empatia e aceitação para a clarificação das distorções e do contexto que o circunda com a queixa que possui. Além disso, é mister salientar que o curso da psicoterapia dependerá de diferentes dimensões, tais como: condições pessoais e aptidão do paciente para dar sequência aos procedimentos exigidos pelo do modelo terapêutico adotado; bem como as condições do terapeuta, a experiência, a competência e os aspectos de sua personalidade, tais como: comunicação, capacidade de empatia, calor humano, cordialidade, dentre outros; para realização do psicodiagnóstico com auxílio da entrevista clínica (salientando os tipos de cuidados a serem adotados, tais como a restrição à questionamentos de confronto ou enfrentamento com o paciente), técnicas de avalição e testagem psicológica evidenciando as diferenças entre testes projetivos e objetivos nesse processo e que devem ser compatíveis com a queixa demonstrada e/ou com a faixa etária do sujeito respondente (criança ou idoso); vínculo, enquadre e aliança terapêutica, marcando as diferenças sutis conforme a abordagem eleita pelo profissional para orientação do método de trabalho tais como resistências e transferências de paciente e terapeuta; o plano de tratamento, contrato terapêutico, e avaliação da eficácia e término do tratamento psicológico. Fontes :  CORDIOLI, Aristides Volpato. Psicoterapias: abordagens atuais. 3ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2008.  ARZENO, Maria Esther Garcia. Psicodiagnóstico Clínico: novas contribuições. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.  Gillieron, E. Introdução às psicoterapias breves. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 233 ‐235.  Scorsolini‐Comin, F. (2014). Aconselhamento psicológico e psicoterapia: aproximações e distanciamentos. Contextos Clínicos , 7(1):2‐14, janeiro‐junho 2014. TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Processo terapêutico. Valor: 2,0 pontos  Aproximações e divergências. Valor: 2,0 pontos  Modelos de psicoterapia. Valor: 2,0 pontos

QUESTÃO 02

O candidato deverá explicitar que um grupo de sala de espera deve ser definido “como uma diversificação de grupo aberto, grupo que tem dia e hora fixa, porém com participantes variáveis. É um grupo que inicia e acaba no mesmo dia, um grupo de um só encontro”; “é um espaço fundamental, que pode ser transformado em um espaço de reflexão sobre o processo saúde‐doença”; “área onde se dão as trocas entre o indivíduo e o meio e onde ocorre toda a experiência satisfatória mediante a qual o indivíduo pode alcançar sensações intensas e a consciência de estar vivo”. O plano de atendimento pode envolver qualquer sala de espera do setor primário ou secundário de assistência em saúde, desde que fique claro o objetivo do grupo, que a reunião seja com sujeitos que possuam a mesma patologia ou demanda. Além disso, deve ser ressaltado que todos os participantes do grupo são agentes terapêuticos; não trata somente dos indivíduos, mas de todo o grupo e dos indivíduos que estão em relação com ele. Isso aponta para a interface da saúde com a psicologia social comunitária, a qual salienta a pluralidade de indivíduos em contato uns com os outros, que se consideram mutuamente e que são conscientes de que possuem alguma coisa significativamente importante em comum, é possível dizer que os pequenos grupos sociais visam o contato entre pessoas e a interdependência dos membros. Fontes :  SILVA, R. C. D. A formação da psicologia para o trabalho em saúde pública. In F.C.B. Campos, Psicologia e Saúde: repensando práticas. São Paulo: Hucitec, 1992, p. 11 ‐23.  SPINK, M. J. Psicologia social e saúde: práticas, saberes e sentidos. Petrópolis: Vozes, 2003. TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Metodologia de intervenção de grupos de sala de espera / Seus objetivos. Valor: 2,0 pontos  Modalidade terapêutica. Valor: 2,0 pontos  Psicologia social comunitária. Valor: 2,0 pontos

QUESTÃO 03

O candidato deverá mencionar que o organismo consiste no foco de toda a experiência, a qual inclui tudo o que está acontecendo dentro do organismo em qualquer momento dado e que está potencialmente disponível para a consciência. O campo fenomenal por sua vez envolve uma estrutura de referência do indivíduo, que só pode ser conhecida pelo próprio indivíduo ou pela inferência empática. Consiste, ainda, em sua realidade subjetiva, constituída por experiências conscientes (simbolizadas) e inconscientes (não‐simbolizadas). Esse campo relaciona‐se à subcepção, o que se refere ao poder do organismo para discriminar e reagir a uma experiência não‐simbolizada. Todos esses conceitos relacionam‐se ao self , um dos construtos mais importantes, o qual é organizado e consistente, composto por percepções das características do “eu” e pelas percepções dos relacionamentos do “eu” com os outros. Está disponível à consciência, é fluido e mutante, um processo, mas em qualquer momento dado é uma entidade específica e não necessariamente consciente. Tais conceitos, aliados às condições de congruência, de consideração positiva incondicional e de empatia do terapeuta viabiliza o processo de mudança psicoterapêutica e ainda que cada indivíduo, para Rogers , seja único, a psicoterapia para ele envolvia um continum com sete estágios. De acordo com Rogers no primeiro estágio há pouca disposição para a terapia, geralmente não se busca, mas, quando um indivíduo o faz, ainda está muito rígido e resistente; no segundo estágio, há diminuição da rigidez, mas ainda prevalecem apenas discussões sobre eventos e pessoas externas e/ou sentimentos expressos de modo bem objetivado. A partir do estágio 3 falam livremente de si mesmos, mas evitam focar o presente, o que passa a ser um indicativo do início da conscientização da incongruência entre o self percebido e o de sua experiência, falam de sentimentos profundos, mas mantém o distanciamento do sentimento presente, caracterizando, assim, o estágio 4. Em seguida, no estágio 5, as experiências de mudança e de crescimento tornam‐se significativas, e mesmo que os sentimentos atuais ainda não tenham sido plenamente simbolizados, começam a tomar decisões e responsabilizarem‐se por suas escolhas. No estágio 6 experimentam crescimento e um movimento em direção ao sentido de vida, de serem plenamente funcionais e auto atualizadoras. Por fim, no estágio 7 que ocorre fora do encontro terapêutico, por já serem pessoas autoatualizantes e já conseguirem levar experiências terapêuticas para forma do ambiente de psicoterapia, são autoconfiantes e congruentes.

PADRÃO DE RESPOSTA – PROVA DISCURSIVA

CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA

ESPECIALIDADE: PSICOLOGIA DO ESPORTE

QUESTÃO 01

Rubio (2010) propõe que a psicologia contemple a perspectiva de construção sócio‐histórica do esporte e do atleta como figura heroica, propõe ainda que este foco individualista seja deslocado para se pensar o contexto e sua construção sócio‐histórica como determinantes dos esportes. Ou seja, a proposta é determinar na prática do profissional de psicologia do esporte uma análise ampla de todo o contexto do fenômeno do esporte e também sua perspectiva sócio‐histórica. No caso da preparação psicológica há que se saber como o atleta é constituído hoje: como algo individualista e heroico, o que faz perdurar um modo‐indivíduo da sociedade. Deve‐se também estar atento a quais são os prejuízos de se manter a postura de uma análise baseada no modo‐indivíduo. Para o psicólogo do esporte este tipo de análise não contribui para seu fazer. Em primeiro lugar porque o atleta é uma produção de um conjunto de fatores que não podem ser analisados isoladamente, em segundo lugar porque no trabalho de preparação psicológica há que se levar em conta as percepções individuais do atleta e também as expectativas que se colocam sobre o que ele mesmo se coloca. O treinamento psicológico é a possibilidade de produzir no atleta uma percepção de suas potencialidades e limites durante a atividade, o que gera menos desgaste e maior rendimento. No entanto, este trabalho só pode ser produzido levando‐se em consideração todo o aparato tecnológico, toda a equipe, a família e o próprio atleta nas relações coletivas que todos estes fatores estabelecem. Fonte : RUBIO, Kátia. (Org.) Psicologia do Esporte Aplicada. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010. TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Psicologia social. Valor: 2,0 pontos  Avanço da psicologia do esporte. Valor: 2,0 pontos  Preparação psicológica de atletas. Valor: 2,0 pontos

QUESTÃO 02

Consideram‐se as possibilidades de atuação da psicologia do esporte junto a pessoas que sofreram lesões. Destacando que mais do que a superação da lesão o psicólogo do esporte tem que ficar atento à qualidade de vida que o atleta tem durante a lesão. A psicologia do esporte ainda é um campo em construção. De forma errônea o psicólogo do esporte é visto apenas como alguém que atua junto ao esporte de alto‐rendimento. Esta concepção tem sido prejudicial ao psicólogo do esporte. Este profissional pode atuar em diversos locais, focado sempre nas atividades desenvolvidas pelos indivíduos. Esta concepção não exclui a atuação dentro da saúde pública. Uma das possibilidades é trabalhar com indivíduos que, por algum motivo, perderam a possibilidade de exercer atividades que antes exerciam. Neste caso, o psicólogo do esporte é convocado a elaborar a ressignificação de sentidos e a recuperação das possibilidades do sujeito. Fonte : RUBIO, Kátia. (Org.) Psicologia do Esporte Aplicada. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010.

TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Possibilidades de atuação da psicologia do esporte. Valor: 2,0 pontos  Superação da lesão. Valor: 2,0 pontos  Qualidade de vida. Valor: 2,0 pontos

QUESTÃO 03

Considera‐se apresentar as possibilidades de atuação a partir de tecnologias no esporte e como essa perspectiva leva em consideração implicações filosóficas e teórico‐práticas do profissional de psicologia do esporte. Como utilizar estas tecnologias de forma crítica e ética? Ao psicólogo do esporte cabe interpretar essas possibilidades em consonância com o compromisso social da psicologia. Como é ainda um campo por se formar o psicólogo do esporte se vê as voltas com situações que não foram antes submetidas ao campo da ciência. A complexidade é que submeter algo novo ao campo da ciência exige que concepções possam estar em constante discussão. Portanto, não é apenas o processo de validação de uma hipótese que está em jogo. A produção científica exige do profissional de psicologia do esporte uma constante elaboração das implicações teórico‐filosóficas e práticas de seu campo de atuação. É claro que toda a atuação deve estar pautada no compromisso ético da psicologia como ciência e profissão. Neste momento é que se pode convocar, como instrumento de validação científica, novas tecnologias que vêm de diversos campos de conhecimento. Fonte : RUBIO, Kátia. (Org.) Psicologia do Esporte Aplicada. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010. TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Tecnologias no esporte. Valor: 2,0 pontos  Implicações filosóficas e teórico‐práticas do profissional. Valor: 2,0 pontos  Compromisso social da psicologia. Valor: 2,0 pontos

QUESTÃO 04

Ressalta‐se a importância de outras áreas para se analisar o esporte enquanto fenômeno social. Cabe ao psicólogo lançar mão de forma crítica de conhecimentos oriundos de outras áreas, sempre levando em conta o contexto em que se encontra o fenômeno sobre o qual se debruça, sua posição e função na complexidade de sua atuação e na validade dos conhecimentos de que lança mão. A realização de atividades é um complexo evento. O que leva as pessoas a realizarem tais atividades e outras não? O que leva a que não se pratique nenhuma atividade? Para se entender tão complexo fenômeno é preciso se estar atento a contribuição de outras áreas de conhecimento. Deste ponto de vista, conhecimentos de outras áreas da psicologia, como o behaviorismo , podem se unir a contribuições de mobilidade urbana, vindos da arquitetura, para explicar porque em tais situações as pessoas agem de formas diferentes. Em cada situação em que conhecimentos de outras áreas que não a psicologia do esporte são demandados há que se ter em conta que uma análise crítica da realidade e da apropriação dos conhecimentos se faz necessária. Fonte : RUBIO, Kátia. (Org.) Psicologia do Esporte Aplicada. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010. TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Fenômeno social. Valor: 2,0 pontos  Produção do conhecimento. Valor: 2,0 pontos  Contexto sócio‐histórico. Valor: 2,0 pontos

TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Esforço e rapidez. Valor: 2,0 pontos  Características comuns. Valor: 2,0 pontos  Variedade de estímulos. Valor: 2,0 pontos

QUESTÃO 02

Resolução nº 166, de 15 de setembro de 2004, do CONTRAN – Aprova as Diretrizes da Política Nacional de Trânsito : 2.2. Objetivos A Política Nacional de Trânsito busca atingir cinco grandes objetivos, priorizados em razão de seus significados para a sociedade e para o cidadão brasileiro e de seus efeitos multiplicadores, em consonância com as demais políticas públicas. São eles: 1º Priorizar a preservação da vida, da saúde e do meio ambiente, visando à redução do número de vítimas, dos índices e da gravidade dos acidentes de trânsito e da emissão de poluentes e ruídos; 2º Efetivar a educação contínua para o trânsito, de forma a orientar cada cidadão e toda a comunidade, quanto a princípios, valores, conhecimentos, habilidades e atitudes favoráveis e adequadas à locomoção no espaço social, para uma convivência no trânsito de modo responsável e seguro; 3º Promover o exercício da cidadania, incentivando o protagonismo da sociedade com sua participação nas discussões dos problemas e das soluções, em prol da consecução de um comportamento coletivo seguro, respeitoso e não agressivo no trânsito, de respeito ao cidadão, considerado como o foco dos esforços das organizações executoras da Política Nacional de Trânsito; 4º Estimular a mobilidade e a acessibilidade a todos os cidadãos, propiciando as condições necessárias para sua locomoção no espaço público, de forma a assegurar plenamente o direito constitucional de ir e vir, e possibilitando deslocamentos ágeis, seguros, confortáveis, confiáveis e econômicos; 5º Promover a qualificação contínua de gestão dos órgãos e entidades do SNT, aprimorando e avaliando a sua gestão. Fonte : Resolução nº 166, de 15 de setembro de 2004, do CONTRAN – Aprova as Diretrizes da Política Nacional de Trânsito. TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Priorizar a preservação da vida / saúde / meio ambiente. Valor: 2,0 pontos  Educação contínua para o trânsito / Exercício da cidadania. Valor: 2,0 pontos  Mobilidade e a acessibilidade / Qualificação contínua. Valor: 2,0 pontos

QUESTÃO 03

Resolução nº 425, de 27 de novembro de 2012. (Anexo XIV Roteiro de Entrevista Psicológica):

  1. Na entrevista deverão ser observados e registrados os seguintes dados: 1.1. Identificação pessoal; 1.2. Motivo da avaliação psicológica; 1.3. Histórico escolar e profissional; 1.4. Histórico familiar; 1.5. Indicadores de saúde/doença; 1.6. Aspectos da conduta social.
  2. Os itens contidos no Roteiro de Entrevista Psicológica deverão seguir as normas e legislações estabelecidas pelo Conselho Federal de Psicologia.

A entrevista psicológica é uma conversação dirigida a um propósito definido de avaliação. Sua função básica é prover o avaliador de subsídios técnicos acerca da conduta, comportamentos, conceitos, valores e opiniões do candidato, completando os dados obtidos pelos demais instrumentos utilizados. A entrevista psicológica deve ser utilizada em caráter inicial e faz parte do processo de avaliação psicológica. É durante esse procedimento que o psicólogo tem condições de identificar situações que possam interferir negativamente na avaliação psicológica, podendo o avaliador optar por não proceder a testagem naquele momento, para não prejudicar o candidato. Nesse caso, o candidato deverá retornar em momento posterior. O psicólogo deve, portanto, planejar e sistematizar a entrevista a partir de indicadores objetivos de avaliação correspondentes ao que pretende examinar. O psicólogo deve, durante a entrevista, verificar as condições físicas e psíquicas do candidato ou examinando, tais como, se ele tomou alguma medicação que possa interferir no seu desempenho; se possui problemas visuais; se está bem alimentado e descansado. Verificar também se o candidato não está passando por algum problema situacional ou qualquer outro fator existencial que possa alterar o seu comportamento; como regra padrão, antes de iniciar a testagem, estabelecer o “rapport”, esclarecendo eventuais dúvidas e informando os objetivos do teste. A entrevista psicológica realizada com candidatos à CNH e condutores de veículos é obrigatória e individual e deve considerar os indicadores abaixo, como informação básica:

  1. Identificação pessoal, com informações acerca de estado civil, filhos e situação familiar (quem trabalha, quem auxilia no sustento da casa);
  2. Motivo da avaliação psicológica, com informações acerca da finalidade da concessão da CNH (primeira habilitação, renovação, mudança de categoria ou alteração de dados ) e o objetivo da mesma;
  3. Histórico escolar e profissional, com informações acerca da escolaridade e emprego atual e anteriores;
  4. Histórico familiar, com informações acerca dos familiares (pais, irmãos), se são vivos e o que fazem;
  5. Indicadores de saúde/doença, com informações acerca do estado de saúde do candidato e do histórico de doenças da família;
  6. Aspectos da conduta social, com informações acerca do lazer, do convívio social, aspirações pessoais e auto‐ percepção do candidato. Fonte : Resolução nº 425, de 27 de novembro de 2012. (Anexo XIV Roteiro de Entrevista Psicológica). TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Identificação pessoal / Motivo da avaliação psicológica. Valor: 2,0 pontos  Histórico escolar e profissional / Histórico familiar. Valor: 2,0 pontos  Indicadores de saúde e doença / Aspectos da conduta social. Valor: 2,0 pontos

QUESTÃO 04

Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências, Portaria GM/MS nº 737 DE 16/05/ Publicada no DOU nº 96 – Seção 1e – de 18/05/01. Em relação aos acidentes e às violências, são várias as fontes a partir das quais se pode investigar, cada uma constituída de modo a satisfazer as necessidades institucionais que as geram. Além disso, sofrem diretamente as influências das limitações características dos sistemas de notificação, às vezes difíceis de serem compatibilizados. Desse modo, os resultados das investigações são divergentes, dependendo da fonte consultada, ocasionando distorções e erros interpretativos (Mello Jorge, 1990; Souza e cols., 1996). As principais fontes oficiais de informação para o estudo dos acidentes e das violências, nas diferentes fases do evento até a morte, são:  Boletim de Ocorrência Policial (BO): instrumento utilizado nas delegacias de polícia nos níveis estadual e municipal é uma fonte que pode ser complementada pelo Boletim de Ocorrência gerado pela Polícia Militar. Não é padronizado em nível nacional e, em geral, informa melhor os eventos mais graves que chegam ao conhecimento da polícia.  Boletim de Registro de Acidentes de Trânsito do DENATRAN: esses dados são sintetizados pelo DENATRAN, que recebe as informações de acidentes de trânsito registrados pelos DETRAN e pela Polícia Rodoviária Federal, mediante o Sistema Nacional de Acidentes de Trânsito (SINET/DENATRAN). Entretanto, não existe articulação

TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Boletim de Ocorrência Policial / Registro de Acidentes de Trânsito do DENATRAN. Valor: 2,0 pontos  Comunicação de Acidentes do Trabalho / Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Valor: 2,0 pontos  Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde / Tóxico ‐ Farmacológicas. Valor: 2,0 pontos

PADRÃO DE RESPOSTA – PROVA DISCURSIVA

CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA

ESPECIALIDADE:PSICOLOGIA ESCOLAR/EDUCACIONAL

QUESTÃO 01

Espera‐se que o candidato a psicólogo escolar/educacional faça uma reflexão teórica a partir do caso apresentado, contextualizando a cena, considerando as relações estabelecidas hoje em salas de aulas e no cotidiano escolar como um todo. O processo de crescimento social da violência; a sociedade de espetáculo e de ostentação em que o celular concorre com o professor em sala de aula; a precariedade das relações cotidianas em que se evidencia o individualismo; a tentativa de se estabelecer normas próprias de convivência; a precariedade das condições de trabalho do docente em que o acúmulo de contratos o faz atuar, muitas vezes, nos três turnos de trabalho; o desinteresse constante do aluno frente a uma formação precária de seus professores; e, ainda, a dificuldade desses de se formarem em serviço levando‐os, muitas vezes, a perda da autoridade em sala devem ser evidenciados na dissertação solicitada. Deve, ainda, articular sobre o papel do psicólogo e, para isso, deve fazer referência a algum autor estudado. Algumas autoras e autores têm se dedicado a pensar a relação docente com a escola e com os estudantes como um todo, dentre os quais tem‐se Maria Helena Souza Patto, Maria Lúcia Boarini, Marilene Proença Rebello de Souza, Mitsuko Aparecida Makino Antunes, Sérgio da Silva Leite, entre outros. Fontes :  Disponível em: http://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/aluno‐processa‐professor‐por‐celular‐retirado‐em‐ sala‐de‐aula‐perde‐12718573.  AZZI, Roberta Gurgel. GIANFALDONI, Mônica Helena Tieppo Alves (Orgs.) Psicologia e Educação. Série ABEP Formação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011.  PATTO, Maria Helena Souza. Psicologia e Ideologia : uma introdução crítica à Psicologia Escolar. São Paulo: T.A. Queiroz, 1984.  _________. Exercícios de Indignação : escritos de Educação e Psicologia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Papel do psicólogo escolar/educacional. Valor: 2,0 pontos  Conflitos cotidianos na escola. Valor: 2,0 pontos  Precariedade das condições de trabalho do docente. Valor: 2,0 pontos

QUESTÃO 02

Tendo apresentado fragmento da realidade do cotidiano escolar e um fundamento teórico feito por uma profissional estudiosa da área da psicologia escolar, espera‐se que o candidato faça uma análise da cena, necessariamente articulando com os fragmentos do texto de Patto , seja concordando ou discordando da autora, mas fundamentando teoricamente sua posição. Ao se escolher um fragmento dos textos de Maria Helena Souza Patto evidencia‐se seus estudos que tem ao longo dos anos buscando uma necessária reflexão crítica sobre o cotidiano escolar e o papel dos profissionais da educação, entre os quais o papel do psicólogo e da psicóloga escolar frente ao cotidiano escolar. Nesse cotidiano, o aluno tem sido massacrado ao lhe ser atribuído a exclusividade das causas do fracasso escolar como um todo. Em um momento em que as diferenças escolares vão além das diferenças de domínio intelectual de conteúdo e se articulam com a diferença de cor da pele, de endereço, de gênero e outras que podem enriquecer a reflexão solicitada ao candidato.

que discutem e escrevem sobre a definição das políticas públicas educacionais é vasto e deve ser trazido ao debate, ao serem citados conforme solicitado. Fontes :  AZZI, Roberta Gurgel. GIANFALDONI, Mônica Helena Tieppo Alves (Orgs.) Psicologia e Educação. Série ABEP Formação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011.  MEIRA, Marisa Eugênica Melillo; ANTUNES, Mitsuko Aparecida Makino; e outras. Psicologia Escolar : práticas críticas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.  PATTO, Maria Helena Souza. Psicologia e Ideologia : uma introdução crítica à Psicologia Escolar. São Paulo: T.A. Queiroz, 1984.  _________. Exercícios de Indignação : escritos de Educação e Psicologia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Reflexões teóricas e de práticas da psicologia. Valor: 2,0 pontos  Fundamentos na psicologia e/ou áreas afins. Valor: 2,0 pontos  Postura profissional crítica antidiscriminatória. Valor: 2,0 pontos

PADRÃO DE RESPOSTA – PROVA DISCURSIVA

CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA

ESPECIALIDADE: PSICOLOGIA HOSPITALAR

QUESTÃO 01

A euforia ou alegria patológica e a elação (ou expansão do eu) constituem a base da síndrome maníaca. Outro fator, também a ser ressaltado, é o taquipsiquismo (aceleração de todas as funções psíquicas). Normalmente o taquipsiquismo manifesta‐se como a agitação psicomotora, exaltação, loquacidade ou logorreia e pensamento acelerado. A atitude geral do paciente maníaco é alegre, brincalhona ou irritada, arrogante. Além das alterações propriamente do humor e do ritmo psíquico na esfera ideativa, verifica‐se um pensamento em geral superficial e impreciso, ou seja, o paciente fala mais do que pensa. Dentre os subtipos de síndromes maníacas: hipomania e ciclotimia pode‐se afirmar que a hipomania é uma forma atenuada de episódio maníaco, que, muitas vezes, passa despercebida, não recebendo atenção médica. O indivíduo está mais disposto que o normal, fala muito, conta piadas, não se recente com as dificuldades e os limites da vida. Pode ter diminuição do sono, não se sente cansado após muitas atividades. O característico do hipomaníaco é que muita das vezes o indivíduo e seu meio não são prejudicados, não há sintomas claramente psicóticos, sendo assim a pessoa acometida nem sempre procura serviços médicos. Enquanto a ciclotimia, diversos pacientes apresentam, ao longo de suas vidas, muitos e frequentes períodos de poucos e leves sintomas depressivos seguidos, em periodicidade variável, de certa elação e discreta elevação do humor. Isso ocorre sem que o indivíduo apresente episódio completo de depressão ou de mania. Os períodos depressivos se assemelham à distimia. Os pacientes permanecem aos olhos das pessoas no marco da “normalidade” não sendo conduzidos, na maioria das vezes, a um tratamento médico. Fonte : DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 301,314‐317. TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Sintomas das síndromes maníacas. Valor: 2,0 pontos  Atitude do paciente maníaco. Valor: 2,0 pontos  Hipomania e ciclotimia. Valor: 2,0 pontos

QUESTÃO 02

Na visão de Susana Alamy , as anotações em prontuários médicos devem ser feitas com extrema cautela, considerando que se trata de um documento que várias pessoas têm acesso, sendo composto por uma pasta de anamnese médica, folha de evolução, folha de prescrição e folha de observação de enfermagem. As anotações que são feitas pelo psicólogo devem limitar‐se a preservar o sigilo ético inerente à sua profissão, resguardando os segredos e as confissões do paciente, que só foram revelados por haver confiança no profissional. Deve‐se sempre garantir a privacidade a que o paciente tem direito. Assim, as anotações do que se observou e se concluiu devem ser feitas da mesma maneira como faria‐se em consultório particular, guardando‐as em lugar seguro para própria consulta do psicólogo. As informações de cunho pessoal e que exponham o paciente não devem ficar em arquivos do hospital, pois não se sabe quem serão os psicólogos sucessores. Em se tratando de prontuário que possa interessar a uma equipe multidisciplinar, devem ser registradas apenas as informações necessárias ao cumprimento dos objetivos do trabalho, lembrando que o usuário deve ser informado da existência do prontuário e que deve ser

QUESTÃO 04

Considerando os fatores mencionados pelo autor Simonette (2004) , pode‐se afirmar que na razão prática o psicólogo precisa saber estimular o paciente a falar e, considerando que o remédio é sempre um tema interessante para quem está doente, a conversa sobre medicamentos se constitui em ótima estratégia. Na razão clínica, para entender a situação psicológica vivenciada pelo paciente é preciso considerar se o sintoma é resultado direto da doença, ou se era um traço de personalidade ou, ainda, se é um efeito de alguma medicação. O psicólogo precisa conhecer os efeitos psíquicos dos remédios que o paciente está tomando, sob pena de cometer o erro grosseiro de “psicologizar” os efeitos colaterais de alguma medicação. Outro fator importante a ser considerado, também dentro da razão clínica, é o fato do paciente não aderir ao tratamento medicamentoso. O fato de um paciente se recusar a receber a medicação prescrita é uma situação problemática e perigosa para a saúde do paciente e desconcertante para a equipe médica. Na razão teórica é importante ressaltar que os homens estão usando substâncias químicas para curar suas doenças e aliviar suas dores, não apenas as físicas, mas também a angústia psíquica, numa busca de paz, felicidade e prazer que coloca o remédio como autêntico objeto de pulsão. Neste sentido, faz‐se necessário que o psicólogo tenha noções de farmacologia clínica, domine o vocabulário básico dessa disciplina, saiba quais os principais grupos de remédios, entenda a questão dos nomes dos remédios como, por exemplo, (nome químico, nome comercial, nome genérico), para que assim possa direcionar e orientar corretamente a intervenção psicológica diante da tal situação. Fonte : SIMONETTI, Alfredo. Manual de Psicologia Hospitalar: O mapa da doença. São Paulo: Casa do psicólogo, 2004 p. 163 ‐168. TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Razão prática. Valor: 2,0 pontos  Razão clínica. Valor: 2,0 pontos  Razão teórica. Valor: 2,0 pontos

PADRÃO DE RESPOSTA – PROVA DISCURSIVA

CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS – CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA

ESPECIALIDADE: PSICOLOGIA JURÍDICA

QUESTÃO 01

O candidato deverá citar as fases de investigação policial; processual; e, de execução penal, visto que o objetivo da atuação da psicologia na interface com o direito penal se fundamentará na caracterização da insanidade; na avaliação da capacidade de autodeterminação; na diminuição das dúvidas de veracidade das informações colhidas; nas perícias solicitadas em relação aos casos de progressão de pena e exame suspensão de medida de segurança; na verificação da capacidade de imputação, bem como na verificação da eficácia do processo reeducativo, isto é, reinserção social, probabilidade de reincidência e cessação da periculosidade. O candidato deverá evidenciar, sobretudo, o artigo quarto da referida Resolução o qual traz que é vedado ao psicólogo que atua em estabelecimentos prisionais a realização de exames criminológicos e somente deverá realizar atividades avaliativas visando a individualização da pena quando do ingresso do apenado no sistema prisional. No caso de determinação, cabe ao psicólogo os limites éticos de sua atuação ao juízo. Além disso, poderá ser citado ainda que a Resolução nº 09/2010 determina, mediante atuação junto a outros segmentos, que psicólogo direcione suas práticas para reconstrução de laços comunitários, sociais e familiares no atendimento a egressos e familiares daqueles que ainda estão em privação de liberdade; verificação dos limites impostos à realização de atendimentos a colegas de trabalho, sendo seu dever apontar a incompatibilidade de papéis ao ser convocado a assumir tal responsabilidade (artigo 5º); e, demais apontamentos enumerados pela Resolução, tais como: consideração de políticas públicas, redução da culpabilização do indivíduo, eliminação da exclusão social, compreender os sujeitos em suas realidades histórico cultural. Art. 4º. Em relação à elaboração de documentos escritos: a) Conforme indicado nos Art. 6º e 112º da Lei nº 10.792/2003 (que alterou a Lei nº 7.210/1984), é vedado ao psicólogo que atua nos estabelecimentos prisionais realizar exame criminológico e participar de ações e/ou decisões que envolvam práticas de caráter punitivo e disciplinar, bem como documento escrito oriundo da avaliação psicológica com fins de subsidiar decisão judicial durante a execução da pena do sentenciado; b) O psicólogo, respaldado pela Lei nº 10792/2003, em sua atividade no sistema prisional somente deverá realizar atividades avaliativas com vistas à individualização da pena quando do ingresso do apenado no sistema prisional. Quando houver determinação judicial, o psicólogo deve explicitar os limites éticos de sua atuação ao juízo e poderá elaborar uma declaração conforme o Parágrafo Único. Fonte :  Resolução CFP nº 009/2010. Regulamenta a atuação do psicólogo no sistema prisional. Conselho Federal de Psicologia.  Disponível em: http://site.cfp.org.br/wp‐content/uploads/2010/07/resolucao2010_009.pdf. TÁBUA DE CORREÇÃO – ASPECTOS TÉCNICOS – 6,0 pontos  Solicitação Perícia / Direito penal fundamentado. Valor: 2,0 pontos  Emissão de documentos. Valor: 2,0 pontos  Sistema prisional / Avaliação psicológica. Valor: 2,0 pontos