OS TRANSTORNOS CAUSADOS PELO USO RECREATIVO DA CANNABIS SATIVA E OS PREJUÍZOS NEUROLÓGICOS, Manuais, Projetos, Pesquisas de Psicologia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO DA CAMPANHA

DISCIPLINA: PROJETO INTEGRADOR

SÍNDROME DO PÂNICO

FERNANDA BARCELLOS, MARIANA DE SOUZA, NATÁLIA BIANCA

BAGÉ

SÍNDROME DO PÂNICO

CURSO PSICOLOGIA

Fernanda Barcellos, Mariana de Souza, Natália Bianca PROFESSORES: Cristiano Pinto Dos Santos, Ana Zilda Ceolin Colpo A disciplina projeto integrador apresenta como tema a Educação em saúde. Procuramos demonstrar a importância do acompanhamento terapêutico no trata- mento da síndrome do pânico e suas cau- sas.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................

1.1 PROBLEMA ............................................................................................

1.2 HIPÓTESE ..............................................................................................

1.3 OBJETIVOS ............................................................................................

1.3.1 Objetivo Geral ......................................................................................... 1.3.2 Objetivos Específicos .............................................................................. 2 METODOLOGIA DE PESQUISA ............................................................ 2.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ...................................................... 2.2 PERÍODO DE REALIZAÇÃO DA PESQUISA.......................................... 2.3 PROCEDIMENTOS E COLETA DE DADOS........................................... 2.4 PROCEDIMENTOS DE ANALÍSE DE DADOS........................................ 2.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO DA PESQUISA.................... 2.6 RISCOS E BENEFÍCIOS.................................................................................... 3 REVISÃO ................................................................................................... 4 RESULTADO ............................................................................................ 4.1 SINTOMAS................................................................................................ 4.2 CAUSAS.................................................................................................... 4.3 DIAGNÓSTICO.......................................................................................... 4.4 TRATAMENTO PARA SÍNDROME DO PÂNICO........................................ 5 DISCUSSÃO ............................................................................................. 6 CONCLUSÃO ............................................................................................ 7 REFERÊNCIAS ..........................................................................................

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1 INTRODUÇÃO

A origem da palavra "Pânico" é proveniente do grego "panikon" que tem como signifi- cado susto ou pavor repetitivo. Na mitologia grega o Deus Pã, que possuía chifres e pés de bode, provocava com seu aparecimento, horror nos pastores e camponeses. Desta forma a palavra tem em nossa língua o significado de medo ou pavor violento e repetitivo. "O Transtorno do Pânico” (TP) é uma entidade clínica recente e era anti- gamente chamada de neurastenia cardiocirculatória ou doença do coração do soldado ("coração irritável" denominação dada por Da Costa em 1860 durante a guerra civil americana), embora a primeira descrição sintomatológica tenha sido feita por Freud, que a classificou como neurose ansiosa. Até 1980, o quadro foi agrupado sob o título de "neurose de ansiedade" e atualmente este mesmo grupo foi subdividido em Doença do Pânico e Transtorno de Ansiedade Aguda ou Generalizada." As diferenças clínicas, razão pela qual derivou a subdivisão do grupo em Reações de Ansiedade Aguda e TP, residem no fato de que os fatores geradores da primeira são motivados por agentes externos que ameaçam de forma clara e consistente a vida do indivíduo tais como catástrofes, panes em aviões, trens, veículos, incêndios em teatros e cinemas entre outros. No distúrbio que deflagra a "crise de pânico" o agente externo frequentemente encontra-se ausente e a ameaça está dentro do próprio paciente (endógena). Segundo dados da Organização Mundial da Saúde - OMS, na atualidade a Síndrome do Pânico afeta aproximadamente entre 2% a 4% da população mundial, é uma do- ença que pode ocorrer em qualquer idade, mas costuma manifestar-se durante a ado- lescência acima dos 14 anos ou no início da vida adulta entre 20 e 24 anos de idade, sem motivo aparente. A síndrome do pânico é uma condição relacionada a crises re- pentinas de ansiedade aguda, marcadas por muito medo e desespero , é o resultado de um desequilíbrio em áreas do cérebro responsáveis por reações automáticas de sobrevivência. O problema, de acordo com o médico psiquiatra Cyro Masci afirma ainda que nosso cérebro possui regiões para detectar e reagir a perigos. "E o que a neurociência descobriu é que, no Transtorno de Pânico, essas regiões emitem sinais falsos, gerando informação equivocada de que há um grande perigo acontecendo", explica. Como tratamento é necessário o acompanhamento psicológico, sessões de psicote- rapias ou terapia Cognitivo-comportamental. Em casos mais graves podem levar ao acompanhamento psiquiátrico e uso de medicamentos.

Diante disso foram aplicadas as seis fases do processo de elaboração da revisão in- tegrativa: elaboração da pergunta norteadora, busca ou amostragem na literatura, co- leta de dados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apre- sentação da revisão integrativa (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010). 2.2 PERÍODO DE REALIZAÇÃO DA PESQUISA Essa pesquisa foi realizada entre os meses de outubro e novembro de 2022. 2.3 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS A matriz metodológica foi descritiva e exploratória, o qual se desenvolveu a partir de uma revisão sistemática que identificou na literatura estudos que apresentam a utili- zação de tecnologias computacionais (aplicativos, softwares, sistemas). Foram estabelecidos os critérios de inclusão para a seleção dos trabalhos: devem ser artigos de periódicos ou de eventos científicos da área, trabalhos de conclusão de curso, mestrado e doutorado; terem sido publicados e disponíveis integralmente nas bases de dados científicos Online(SciElo),Google Acadêmico, LILACS e PsycINFO. Sendo obtido através da combinação das palavras-chaves: Transtorno do Pânico; Sín- drome do Pânico. Para a escolha das palavras chaves foram estabelecidos critérios que possuem intuito em: Ter analogia com a temática, e apresentar resultados na base de dados, para isso foi realizado uma busca prévia. De acordo com a pesquisa, foram selecionados cinco (5) artigos científicos publicados entre 2018 e 2021. 2.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DOS DADOS O decorrente estudo utiliza análise de conteúdos como forma de unir dados, que se- gundo Gil (2017), é um estudo que tem como objetivo apresentar de forma objetiva, qualitativa e sistemática o conteúdo. Esta análise de conteúdo obedeceu à 5 fases, sendo a 1° fase: coleta de dados e pesquisas em artigos, 2° fase: formam escolhidos artigos de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, 3° fase: foram usados aqueles artigos que obedeceram os critérios de inclusão e exclusão, 4° fase: as informações semelhantes foram colocadas juntas em tópicos, 5° fase: foi realizado a interpretação e descrição dos conteúdos de forma qualitativa.

2.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO DA PESQUISA

Após as buscas nas bases de dados combinando as palavras-chave em português, um total de 11 artigos foram previamente selecionados mediante à leitura do título e resumo, sendo que somente 6 foram incluídos na pesquisa após a leitura completa dos trabalhos. A maioria dos estudos não estavam disponíveis para serem lidos inte- gralmente e alguns foram eliminados após a leitura completa por seus conteúdos não se aplicarem à pesquisa em questão. Vale ressaltar que, utilizando as palavras-chave, só foram encontrados trabalhos úteis à pesquisa nas bases da SciElo, LILACS, PsycINFO e Google Acadêmico sendo este último o que continha mais trabalhos, po- rém grande parte não era de acesso gratuito. Os anos de publicação variam entre 2019 e 2021, tendo apenas um de 2009. 2.6 RISCOS E BENEFÍCIOS O seguinte estudo não apresenta risco, por se tratar de uma revisão integrativa de literatura, cujos resultados dos artigos escolhidos já foram publicados. Perante a necessidade de assegurar uma prática assistencial embasada em evidên- cias científicas, a revisão integrativa tem sido apontada como uma ferramenta ímpar no campo da saúde, pois sintetiza as pesquisas disponíveis sobre determinada temá- tica e direciona a prática fundamentando-se em conhecimento científico. 3 REVISÂO A síndrome ou transtorno do pânico (ansiedade paroxística episódica) é uma doença que se caracteriza pela ocorrência repentina, inesperada e de certa forma inexplicável de crises de ansiedade aguda marcadas por muito medo e desespero, associadas a sintomas físicos e emocionais aterrorizantes, que atingem sua intensidade máxima em até 10 minutos. Durante o ataque de pânico, em geral de curta duração, a pessoa experimenta a nítida sensação de que vai morrer, ou de que perdeu o controle sobre si mesma e vai enlouquecer. A primeira crise pode ocorrer em qualquer idade, mas costuma manifestar-se na ado- lescência ou no início da idade adulta, sem motivo aparente. O episódio pode repetir- se, de forma aleatória, várias vezes no mesmo dia ou demorar semanas, meses ou até anos para surgir novamente. Pode também ocorrer durante o sono. (VARELLA, Drauzio; 2018)

É muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças que apresentam sintomas semelhantes, tais como ataques cardíacos, hipertireoidismo, hi- poglicemia e epilepsia, por exemplo. 4.4 TRATAMENTOS PARA SÍNDROME DO PÂNICO Ataques de Pânico são crises de medo e desconforto intensos, acompanhados de quatro ou mais sintomas, que se desenvolveram súbita e abruptamente e alcançaram um pico máximo em 10 minutos, tais como: taquicardia, sudorese, tremores, falta de ar, sensação de desmaio, náusea, tonturas, vertigem, desrealização ou despersona- lização, sensação de descontrole ou de enlouquecer, medo de morrer, anestesia ou sensações de formigamento, calafrios ou ondas de calor. Os tratamentos eficazes para essa síndrome de acordo com as pesquisas são a Terapia Cognitivo Comporta- mental (TCC), o Psicodrama, tratamento psicofarmacológico, além de medicamentos antipânico específicos e tratamento com psiquiatra. A TCC é uma abordagem terapêutica eficaz para o tratamento da síndrome do pâ- nico, um dos objetivos principais da terapia consiste na reorganização dos pensamen- tos catastróficos, como lidar com os falsos pensamentos de ameaça a vida ou ao bem- estar. Dessa forma o terapeuta pode ensinar ao paciente um conjunto de técnicas para ajuda-lo a manejar os sintomas da síndrome do pânico. Já o psicodrama é feito em grupo com abordagens psicodinâmicas as sessões têm duas horas de duração, a temática é aberta, utilizam-se técnicas psicodramáticas, e residentes participam como observadores ou egos-auxiliares (função didática). A abordagem psicodramática favorece a identificação e a elaboração de aspectos psi- codinâmicos. Já o tratamento psicofarmacológico consiste no uso de antidepressivos no controle dos ataques de pânico e pode ser considerado a estratégia principal de controle psicofarmacológico, o tratamento inicia-se com doses baixas e, posterior- mente, são elevadas gradualmente até a melhora ou controle das crises. Em alguns casos, observa-se uma piora inicial, seguida de melhora. Nestes casos, pode-se ter o controle com o uso de benzodiazepínicos.

5 DISCUSSÃO

De acordo com as pesquisas, os tratamentos mais comuns e eficazes para síndrome do pânico são, Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), Psicodrama, tratamento pscicofarmacológico e tratamento psiquiátrico. As pesquisas tem se voltado para o estudo de estratégias de prevenção já na infância. O pânico é um transtorno crônico e com baixas taxas de remissão dos sintomas em longo prazo. Sendo assim, sugere-se que sejam delineados novos estudos para tra- tamento precoce dos transtornos de ansiedade ou mesmo para prevenção em crian- ças. O tratamento precoce do TP é essencial no sentido de reduzir o sofrimento e prejuízo associado ao transtorno e no intuito de prevenir o surgimento de complicações e co- morbidades, além dos custos sociais do transtorno. Além disso, tratar o TP reduz sig- nificativamente os gastos sociais, tendo em vista que, embora aumente os gastos di- retos com consultas e medicações psiquiátricas, há uma redução importante nas visi- tas aos serviços de emergência e nas consultas médicas não psiquiátricas (LIN, 2009). 6 CONCLUSÃO A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é a terapia com os resultados mais consis- tentes para o TP, sendo superior a terapias de controle de atenção psicossocial e a placebo na maioria dos estudos e apresentando uma boa aceitabilidade e aderência, rápido início de ação e uma boa relação de custo-efetividade. A utilização de técnicas psicodramáticas, e não de uma abordagem exclusivamente verbal, possibilita a quebra de algumas defesas e o reconhecimento dos sentimentos envolvidos em situações específicas, em um tempo relativamente pequeno. O atendi- mento em grupo, por sua vez, favorece a melhora da autoconfiança e da autoestima, da capacidade de expressar sentimentos e de assumir o papel de "cuidador". A prevenção de novas crises e a diminuição das complicações associadas a elas, como a ansiedade antecipatória e a evitação fóbica, são os pontos chaves no trata- mento do transtorno do pânico.

CENTRO UNIVERSITÁRIO MARIA MILZA CURSO BACHARELADO EM BIOME-

DICINA RENATO MAXIMILIANO GORDILHO MACHADO NETO ACUPUNTURA

NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DO PÂNICO GOVERNADOR MANGABEIRA -

BA 2021. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em: <http://famampor- tal.com.br:8082/jspui/bitstream/123456789/2427/1/BIOMEDICINA%20-%20RE- NATO%20MAXIMILIANO%20GORDILHO%20MACHADO%20NETO.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2022 SINDROME DO PANICO UMA PSICOPATOLOGIA CONTEMPORANEA. Disponível em: <http://www.saude.mt.gov.br/upload/documento/104/sindrome-do-panico-uma-psicopa- tologia-contemporanea-[104- 071011 - SES-MT].pdf>. Acesso em: 19 nov. 2022