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Este trabalho acadêmico aborda a problemática da recompensa e motivação no local de trabalho, assim como a percepção de justiça organizacional. Com base em uma revisão da literatura sobre sistemas de recompensas, teorias da motivação e justiça organizacional, o estudo visa analisar o papel dos sistemas de recompensas na grh e sua influência na motivação e percepção de justiça organizacional da população residente empregada na raa. O objetivo geral é fundamentar o desenvolvimento do estudo dos sistemas de recompensas e sua influência na grh, bem como contribuir para a introdução de possíveis correções.
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Tipologia: Slides
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Maria Lúcia Furtado Ataíde
Março de 2015
Maria Lúcia Furtado Ataíde
Orientadora: Professora Doutora Sandra Micaela Costa Dias Faria
Ponta Delgada, março de 2015
A globalização tornou o ambiente organizacional mais complexo e competitivo. Novos conceitos emergiram e foram adotados. O conceito de capital humano ascendeu como fator essencial para o sucesso das organizações.
O sistema de recompensas é o catalisador de mudanças de atitudes face aos trabalhadores, o qual influi na motivação para o trabalho e na perceção da justiça organizacional. A sua elaboração deve ter critérios de clareza, transparência e equidade mensuráveis e que sejam percecionados como justos, por forma a abranger todos os trabalhadores retidos e atrair novos trabalhadores. O foco está em atingir todos os segmentos da população trabalhadora e auscultá-los, no sentido de conseguir alinhamento e convergência entre as pessoas e a organização.
Existe uma multiplicidade de abordagens à gestão de recompensas, contudo as várias opções só fazem sentido para a organização que as adopta, no entanto, num mundo cada vez mais globalizado, é necessário ter em conta as necessidades e aspirações da sua população, bem como o ROI que poderá advir, tendo sempre presente o custo devido à elevada percentagem de montantes absorvidos pelos Recursos Humanos. A base de equilíbrio deve manter-se entre convergência de interesses: motivação versus alinhamento de objetivos organizacionais.
Palavras-Chave: Recompensas, Motivação no trabalho e Justiça organizacional.
Globalization has made organizational environments ever more complex and competitive. New concepts have emerged and have been adopted. The notion of human capital has grown and become an essential factor towards organizational success.
The reward system has been critical in leading towards a different attitude regarding workers and this impacts their motivation regarding work as well as the perception of organizational justice. Its production should be based on criteria such as clarity, transparency, equality, measurability and should be perceived as fair in order to reach all existing workers as well as attract potential workers. The focus should be put on all segments of the working population and attend to them in the sense of achieving alignment and convergence between the people and the organization.
There is an extensive spectrum of rewards; however the different options only make sense to the organizations which adopt them. Nevertheless, in a more than ever globalized world, it is necessary to keep in mind the population’s needs and aspirations and to think about the outcome of the ROI, whilst never forgetting the costly investment put towards and absorbed by Human Resources. The balance should be reached through convergence of interests: motivation versus alignment of organizational goals.
Keywords: Reward systems, Motivation in the work space and Organizational Justice.
Desejo agradecer, em primeiro lugar, a todas as pessoas que contribuíram para a realização deste trabalho.
Agradeço especialmente à minha orientadora, Professora Doutora Sandra Micaela Dias Faria, pelas suas orientações e compreensão demonstradas ao longo deste processo.
Agradeço, igualmente, ao Professor Doutor Flávio Tiago, pelo acesso à plataforma Li meSur vey.
Um agradecimento muito especial aos meus amigos Margarida Pimentel, António Teixeira e Rúben Faria por toda a disponibilidade, dedicação e preocupação manifestadas ao longo do desenvolvimento desta investigação.
E por último, à minha irmã Helena Ataíde Sousa, pelo carinho e conforto que me dispensou.
vii
RESUMO .............................................................................................................................. iii ABSTRACT .......................................................................................................................... iv DEDICATÓRIA ..................................................................................................................... v AGRADECIMENTOS .......................................................................................................... vi ÍNDICE ................................................................................................................................ vii LISTA DE TABELAS .......................................................................................................... ix LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................ x LISTA DE ABREVIATURAS.............................................................................................. xi CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO ......................................................................................... 12 1.1 Definição do Problema ............................................................................................... 14 1.2 Propósitos e Objetivos da Investigação ...................................................................... 16 1.3 Estrutura da Investigação............................................................................................ 17 CAPÍTULO II – REVISÃO DA LITERATURA ................................................................ 19 2.1 Sistemas de Recompensas .......................................................................................... 21 2.1.1 Conceito e Objetivos ............................................................................................ 25 2.1.2 Componentes do Sistema de Recompensas ......................................................... 27 2.1.3 Posicionamento Competitivo ............................................................................... 36 2.1.4 Desenhar um Sistema de Recompensas ............................................................... 39 2.1.5 Influências Exercidas e Contexto Organizacional nas Práticas de GRH ............. 46 2.2 Teorias da Motivação ................................................................................................. 49 2.2.1 Conceito de Motivação ........................................................................................ 50 2.2.2 Ciclo do Comportamento Motivado .................................................................... 53 2.2.3 Principais Teorias da Motivação.......................................................................... 56 2.2.3.1 Teorias de Conteúdo (Gerais) ....................................................................... 57 2.2.3.2 Teorias de Conteúdo (Organizacionais) ........................................................ 62 2.2.3.3 Teorias de Processo (Gerais)......................................................................... 69 2.2.3.4 Teorias de Processo (Organizacionais) ......................................................... 72 2.2.4 Motivação e Sistema de Remuneração ................................................................ 78 2.3 Justiça Organizacional ................................................................................................ 81 2.3.1 Conceito e Objetivos ............................................................................................ 81 2.3.2 Formas: Distributiva, Procedimental e Interacional ............................................ 83 2.3.3 Criação da Perceção de Justiça: a Importância das Práticas de Remuneração .... 87 2.3.4 Consequências da Perceção de Justiça ................................................................. 88
Nas organizações existem recursos de valor que não são contabilizados pelos métodos tradicionais de análise económica e financeira que representam um bem precioso para o seu sucesso e sobrevivência – as pessoas. Estes capitais de conhecimento são considerados ativos intangíveis no progresso da organização, fatores-chave da sua diferenciação no mercado interno, externo e global, daí a sua importância como peça essencial do engenho organizacional.
É através da qualidade dos Recursos Humanos que o êxito está garantido, na procura constante da satisfação dos clientes internos e da fidelidade dos mesmos. Num mundo cada vez mais globalizado, é premente as organizações estarem preparadas para enfrentar múltiplos desafios e a constante mutação que a conjuntura económica, social e política impõe. Ao repensarem a sua posição estratégica em consonância com os Recursos Humanos, o foco está em atribuir estímulos de cariz extrínseco, bem como intrínseco, com vista a aumentarem e a manterem o índice de motivação elevado.
As recompensas são utilizadas para estimular os comportamentos desejados, devem ir ao encontro das necessidades dos trabalhadores. A organização deve ter sempre presente o custo-benefício que possa provir aquando da sua atribuição. Porque quando concedidas é difícil reverter a situação, podendo emergir desalinhamentos nocivos ao seu normal funcionamento.
A sua atribuição influi na atração e retenção de pessoas com elevado potencial. A fragilidade das relações entre os trabalhadores e a entidade empregadora pressupõe determinadas ações, uma acuidade constante e uma adequada atribuição das mesmas (Camara, 2011). Porque o valor das recompensas (extrínsecas e intrínsecas) varia entre as
pessoas e dentro de uma pessoa devido a variáveis como: o tempo, o contexto, o grau de importância atribuída e a perceção de justiça.
O nível elevado de perceção que as organizações têm das necessidades que urgem ser satisfeitas será um fator que irá sustê-las perante a grande competitividade dos mercados. A procura de qualidade na prestação de serviços, o elevado grau de comprometimento e os quadros altamente motivados, autónomos e criativos são a base do sucesso (Camara (2011). A monitorização destes indicadores é importante na extração de ilações que permitem aos gestores recolher mais-valias nas suas unidades organizacionais, ajustando quando necessário, e adequando as recompensas com as necessidades das pessoas e com os objetivos estratégicos organizacionais.
Por conseguinte, também se pretende que a justiça organizacional seja percecionada, por quem é visado e por aqueles que o rodeiam como justa e equitativa, por forma a alcançar os objetivos estratégicos organizacionais, satisfazer desejos e aspirações pessoais e profissionais.
O design das recompensas, a sua implementação e a sua gestão constituem o desafio dos gestores do século XXI, na medida em que os três vetores são essenciais para o desenvolvimento e a produtividade da organização.
Neste quadro, as três dimensões em análise - recompensas, motivação no trabalho e justiça organizacional, bem como a construção, a implementação e a gestão do sistema de recompensas são as chaves para o sucesso da organização. Por um lado, é essencial o monitoramento das recompensas e fazer os ajustes necessários a cada segmento da população trabalhadora, com vista a tornar as pessoas mais felizes, isto é, mais motivadas e produtivas.
Em reforço ao já indicado, Cunha et al. (2012) mencionam que uma força de trabalho com qualidade, motivada, produtiva e comprometida com a sua organização tem de ter subjacente um sistema de recompensas que abranja todos os segmentos da população.
O paradigma tradicional da gestão de pessoal não dá importância ao desempenho da pessoa e associa o salário à função e à sua posição hierárquica na organização, o que se tem vindo a modificar, no sentido da gestão estratégica de RH, que atribui a recompensa ao indivíduo, de acordo com a sua contribuição e comprometimento no seio e desenvolvimento da organização, com enfoque nos objetivos estratégicos (Camara, 2011).
Os colaboradores querem ser recompensados e a organização necessita de o fazer, para que obtenha deles determinados comportamentos. Nessa dimensão, os sistemas de recompensas assumem uma função relevante nas práticas de GRH, transversal a todos os setores.
As recompensas de natureza extrínseca adotam a forma de salário, incentivos, benefícios e símbolos de estatuto e as recompensas intrínsecas, como oportunidades de desenvolvimento (autonomia, responsabilidade, promoções), desenho funcional, estilo de gestão (clima interno, envolvimento no processo de decisão, feedback e instrumentos de reconhecimento), alinham-se com os objetivos estratégicos definidos pela organização (Lawler, 1993; Camara, 2011). Devem conter critérios de equidade e justiça e serem percecionados como justos por quem é atingido (Camara, 2011), o que induz a uma força de trabalho motivada (Michel, 1993).
No cômputo geral, com base nos argumentos expostos a problemática deste trabalho incide no como recompensar as pessoas, mantê-las motivadas e que a justiça organizacional seja percecionada como justa e equitativa.
O intuito deste trabalho académico é fundamentar, com uma base teórica necessária, o desenvolvimento do estudo dos sistemas de recompensas e a sua influência na GRH, na vertente motivação no trabalho e perceção de justiça organizacional na população residente empregada na RAA. Assim sendo, surge o interesse em conhecer mais em profundidade a temática nas dimensões enunciadas.
O estudo também visa conhecer, sensibilizar e despertar para a temática em questão e contribuir para introdução de possíveis correcções, que impliquem ajustamentos na atribuição de recompensas. Assim como apresentar um conjunto de observações que possam inspirar a realização de futuras investigações.
No que concerne ao objetivo geral deste trabalho tem como o propósito analisar o papel dos sistemas de recompensas na GRH, mais especificamente a influência exercida na motivação dos indivíduos residentes empregados na RAA em organizações a que estão afetos, bem como as suas perceções acerca da justiça organizacional.
Relativamente aos objetivos específicos serão medidos de acordo com as proposições em destaque: (1) identificar se a forma de atribuição de recompensas influencia a motivação no trabalho; (2) averiguar se a forma de atribuição de recompensas influencia a perceção de justiça organizacional; (3) testar se a perceção de justiça organizacional influencia a motivação no trabalho; (4) verificar qual a relação existente entre a atribuição de recompensas e a motivação no trabalho e a perceção de justiça organizacional; (5) analisar se o setor influência a motivação no trabalho e a justiça organizacional; e (6) averiguar se o rendimento influência a motivação no trabalho e a justiça organizacional.
No segundo capítulo faz-se um resumo da literatura referente ao assunto em estudo e respetivos conceitos, nomeadamente no que concerne aos sistemas de recompensas, às teorias da motivação e à justiça organizacional.
Já no terceiro capítulo apresenta-se as hipóteses a testar e o modelo base. No quarto capítulo demonstra-se o tipo de pesquisa realizada, delimita-se o objeto de estudo, indica-se o instrumento de medida, identifica-se os procedimentos empregues para atingir os objetivos do trabalho.
Nesta sequência lógica, no quinto capítulo apresenta-se o tratamento de dados e resultados.
Por último, o capítulo sexto é dedicado às ilações retiradas do modelo concetual, às implicações práticas, às limitações próprias do estudo e termina-se com algumas sugestões para vias futuras de investigação.