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Guias e Dicas
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Os Fisiocratas, Smith e Ricardo, Resumos de Microeconomia

Um breve resumo das ideias e principais teorias

Tipologia: Resumos

2010

Compartilhado em 16/06/2010

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daniel-jannuzzi-2 🇧🇷

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Fisiocracia, Adam Smith e David Ricardo
Pensadores de grande destaque que foram Smith e Ricardo, assim como os Fisiocratas,
criaram grandes teorias visando explicar as relações econômicas entre as classes sociais.
Outros pontos de grande destaque em seus estudos foram a origem da renda, o valor das
mercadorias, as relações de troca, a criação e distribuição da riqueza na sociedade, a
divisão do trabalho e a geração do excedente econômico. Smith e Ricardo formularam
teorias visando explicar qual seria a melhor forma de os países manterem relações
comerciais internacionais. Os séculos XVII e XVIII se destacaram com o surgimento de
grandes teorias econômicas em uma época em que não ainda estudos ligados a
economia e neste contexto surgem os Fisiocratas, Smith e Ricardo trazendo grandes
avanços para as Ciências Econômicas.
Palavras-chave: Fisiocratas; Smith; Ricardo; Teorias Econômicas.
1. Introdução
Os séculos XVII e XVIII foram muito promissores para as ciências econômicas. Foi
neste período que começaram a surgir os grandes pensadores e estudiosos que viriam a
formular teorias que tentavam explicar a realidade econômica da época partindo da
observação da realidade que vivenciavam.
Neste contexto, surge a Escola Fisiocrática, com origem francesa e que defendia a
existência de uma ordem natural, com base na qual a sociedade deveria ser organizada.
Os fisiocratas acreditavam que somente a agricultura é que poderia gerar um excedente
e assim formularam suas teorias partindo do princípio da agricultura como centro da
geração de riqueza na sociedade.
Uma grande evidência do destaque dado pelos fisiocratas à agricultura é o seu Tableau
Economiqué, em que mostravam através de um diagrama a distribuição da renda pelas
três classes da sociedade, sendo que no final a renda retornava aos proprietários de
terras.
Posteriormente surgem Adam Smith e David Ricardo dando início à Escola Clássica e
propondo grandes alterações ao que havia sido exposto até então pelos fisiocratas e
mercantilistas. Ambos surgiram explicando teorias até então nuncaabordadas, como a
teoria do valor, teoria do lucro, dentre outras alterações. Smith e Ricardo foram dois dos
maiores pensadores já vistos pela economia moderna, ao lado de outros grandes
estudiosos que surgiram posteriormente. Suas teorias são dignas de profundas análises
e reflexões e expressam o que de mais completo no contexto das teorias econômicas
havia no século XVIII.
2. Breve Histórico sobre Fisiocracia, Smith e Ricardo
2.1 Surgimento da Escola Fisiocrática
Os fisiocratas surgiram na França com final do mercantilismo, por volta de 1756, com
dois pensadores principais: Quesnay e Turgot. Apesar de ter sido um movimento de
oposição ao mercantilismo, a fisiocracia não se afastou totalmente do feudalismo, pois
a França era um país essencialmente agrário.
Para os fisiocratas, a sociedade era regulada por uma ordem natural que rege a natureza
física. Assim, se os homens não colocarem obstáculos a essas leis a sociedade irá se
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Fisiocracia, Adam Smith e David Ricardo

Pensadores de grande destaque que foram Smith e Ricardo, assim como os Fisiocratas, criaram grandes teorias visando explicar as relações econômicas entre as classes sociais. Outros pontos de grande destaque em seus estudos foram a origem da renda, o valor das mercadorias, as relações de troca, a criação e distribuição da riqueza na sociedade, a divisão do trabalho e a geração do excedente econômico. Smith e Ricardo formularam teorias visando explicar qual seria a melhor forma de os países manterem relações comerciais internacionais. Os séculos XVII e XVIII se destacaram com o surgimento de grandes teorias econômicas em uma época em que não ainda estudos ligados a economia e neste contexto surgem os Fisiocratas, Smith e Ricardo trazendo grandes avanços para as Ciências Econômicas. Palavras-chave: Fisiocratas; Smith; Ricardo; Teorias Econômicas.

  1. Introdução

Os séculos XVII e XVIII foram muito promissores para as ciências econômicas. Foi neste período que começaram a surgir os grandes pensadores e estudiosos que viriam a formular teorias que tentavam explicar a realidade econômica da época partindo da observação da realidade que vivenciavam.

Neste contexto, surge a Escola Fisiocrática, com origem francesa e que defendia a existência de uma ordem natural, com base na qual a sociedade deveria ser organizada. Os fisiocratas acreditavam que somente a agricultura é que poderia gerar um excedente e assim formularam suas teorias partindo do princípio da agricultura como centro da geração de riqueza na sociedade.

Uma grande evidência do destaque dado pelos fisiocratas à agricultura é o seu Tableau Economiqué, em que mostravam através de um diagrama a distribuição da renda pelas três classes da sociedade, sendo que no final a renda retornava aos proprietários de terras.

Posteriormente surgem Adam Smith e David Ricardo dando início à Escola Clássica e propondo grandes alterações ao que havia sido exposto até então pelos fisiocratas e mercantilistas. Ambos surgiram explicando teorias até então nuncaabordadas, como a teoria do valor, teoria do lucro, dentre outras alterações. Smith e Ricardo foram dois dos maiores pensadores já vistos pela economia moderna, ao lado de outros grandes estudiosos que surgiram posteriormente. Suas teorias são dignas de profundas análises e reflexões e expressam o que de mais completo no contexto das teorias econômicas havia no século XVIII.

  1. Breve Histórico sobre Fisiocracia, Smith e Ricardo

2.1 Surgimento da Escola Fisiocrática

Os fisiocratas surgiram na França com final do mercantilismo, por volta de 1756, com dois pensadores principais: Quesnay e Turgot. Apesar de ter sido um movimento de oposição ao mercantilismo, a fisiocracia não se afastou totalmente do feudalismo, pois a França era um país essencialmente agrário.

Para os fisiocratas, a sociedade era regulada por uma ordem natural que rege a natureza física. Assim, se os homens não colocarem obstáculos a essas leis a sociedade irá se

configurar segundo um desenho necessário, com leis que irão se impor automaticamente a todas as pessoas. Segundo esta escola, a sociedade pode ou não existir, mas existindo traz vantagens as pessoas que não poderiam ser obtidas de outra forma. Uma destas vantagens é a troca de mercadorias, que pode reduzir e integrar as atividades econômicas dos homens. Esta realidade é o ponto de partida da análise fisiocrática.

Para que possamos entender o motivo da crença fisiocrática nas leis naturais, devemos nos voltar para a realidade francesa no século XVIII. Era uma economia essencialmente agrária, com base na propriedade privada feudal; a economia já possuía um caráter capitalista, embora ainda fosse possível encontrar camponeses nas províncias meridionais; as atividades realizadas nas cidades eram de caráter artesanal; conviviam em uma mesma realidade as formas de produção agrícola camponesa e a capitalista, com destaque para esta última forma, que segundo os fisiocratas seria a forma mais desejável e avançada para a época.

Na fisiocracia a forma essencial do capitalismo só poderia se desenvolver totalmente nas atividades agrícolas, pois para eles apenas na agricultura é que poderia haver um excedente.

2.2 Adam Smith

Nascido na Escócia em 1723, Adam Smith lecionou em Gaslow e Oxford e entrou em contato com os principais representantes da fisiocracia, Quesnay e Turgot. Pela sua formação acadêmica e seus vastos conhecimentos do assunto, Smith foi o primeiro a criar um modelo abstrato totalmente coerente com a realidade econômica da época. Via ligações entre as classes sociais, o sistema de produção, o comércio, a circulação de moeda, a distribuição da riqueza, dentre outros. Obteve destaque com duas principais obras: A Teoria dos Sentimentos Morais e A Riqueza das Nações.

Com a deposição deTurgot como Ministro das Finanças e a publicação de A Riqueza das Nações de Smith em 1776, tem fim a influência dos fisiocratas e são introduzidos os princípios que servirão de base à Escola Clássica.

Ao contrário da fisiocracia, que se desenvolveu na França, Smith toma por base a Inglaterra, com sua realidade econômica já bem mais direcionada ao sistema manufatureiro, transformação que se consolidava na Inglaterra do século XVIII.

Smith considerava a busca pela riqueza como um desejo de cada indivíduo de melhorar. Pensava que o auto-interesse impelia os homens a buscar pelo melhor para si e conseqüentemente acabavam proporcionando involuntariamente o melhor para os outros.

Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles têmpor seus próprios interesses. Na esfera econômica, isso propicia a divisão do trabalho e a acumulação de capital, dessa forma aumentando a produtividade. (HUNT,p.100)

É importante ressaltar que para que como justificativa para que o homem não tivesse uma conduta indesejável, Smith dizia que todas as pessoas possuíam simpatia e benevolência, o que direcionava sua conduta a não ferir a liberdade alheia.

2.3 David Ricardo

contabilizados os esforços realizados também para a produção dos instrumentos de trabalho e não apenas o trabalho realizado na produção final.

A posição de Ricardo é que (...) o fato de que na economia capitalista uma parte do produto não retorna aos trabalhadores na medida em que se transforma em lucro ou renda fundiária, não impede totalmente que as mercadorias sejam trocadas segundo o trabalho nelas contido. (NAPOLEONI, 1982 p. 110).

Apesar de discordar em alguns pontos, Ricardo via na teoria de Smith algo que considerava correto para a formulação de sua teoria do valor: em uma economia capitalista simples, a quantidade de trabalho que uma mercadoria poderia colocar em movimento estava relacionada com a quantidade de trabalho contida nesta mercadoria, assim como no ato da troca de mercadorias, o trabalho contido em ambas seria considerado.

Outro princípio importante considerado por Ricardo para a precificação de uma mercadoria seria a satisfação que o produto poderia proporcionar a quem o adquirisse. Embora este não seja um item exclusivo na determinação do preço, era importante que fosse observado. Há ainda um terceiro ponto que segundo ele era de extrema relevância, a escassez. Alguns itens raros, como obras de arte, moedas velhas e livros clássicos teriam seu preço determinado unicamente pela sua escassez.

Mas apesar destes dois pontos importantes citados por Ricardo, o valor de uma mercadoria deve ser indiscutivelmente dado pelo trabalho. Ricardo entende por trabalho o trabalho acumulado, todo o trabalho necessário para se chegar ao produto final gerador de riqueza.

Já a escola fisiocrática não possuía nenhuma teoria do valor. Adotam os valores das mercadorias como dados e a partir daí desenvolvem suas idéias.

Ao analisarmos as teorias do valor de Smith e Ricardo devemos levar em consideração o período em que foram escritas. Hoje sabemos que existem teorias muito mais completas sobre o valor das mercadorias, mas a contribuição deixada por estes dois pensadores foi de fundamental importância. Foi partindo da teoria do valor de Smith que Ricardo analisou os pontos críticos e formulou uma nova teoria, mais completa. Enquanto Smith observou apenas a quantidade de tempo de trabalho gasto para valorar uma mercadoria, Ricardo foi além a propôs que fosse considerado o trabalho contido na mercadoria, pois isto envolveria uma remuneração também ao trabalho utilizado na fabricação dos meios de produção, ou seja, seria contabilizado o trabalho acumulado das mercadorias.

Para o século XVIII, período em que estavam começando a serem formuladas as primeiras teorias econômicas, este foi um grande avanço. Os pensadores econômicos posteriores, como Karl Marx, por exemplo, apesar de possuíres uma linha de pensamento diferenciada se basearam nestas teorias para seguires seus estudos e análises da sociedade econômica como um todo.

  1. Teoria da Renda da Terra

Para Smith a renda produzida pela terra dependeria da localização e da fertilidade da terra em questão. Quanto maior fosse a procura por determinado produto maior seria o

preço que o produtor poderia exigir por ele. O valor mínimo cobrado seria aquele necessário a pagar salários e gerar lucro.

Deve-se observar que a renda entra na composição do preço dos bens de um modo diferente dos salários e dos lucros. Salários e lucros altos ou baixos são a causa de preços altos ou baixos; renda alta ou baixa é seu efeito. É porque os salários e lucros altos ou baixos devem ser pagos para levar um determinado bem ao mercado que seu preço é alto ou baixo, muito mais, ou muito pouco mais, ou não mais do que o suficiente para pagar tais salários e lucros, é que ele proporciona uma renda alta ou baixa ou, então, não proporciona renda alguma. (HUNT, p.123)

Smith considerava que a cada melhoria na economia levaria a um aumento na renda da terra de forma direta ou indireta.

Já para David Ricardo o processo de formação da renda da terra ocorre de forma um pouco diferente. Para ele inicialmente são cultivadas as terras mais férteis e de melhor localização, encontradas de forma ilimitada. Assim, não existe renda da terra, pois o produto é obtido do trato da terra livre de qualquer custo. Todo valor recebido na venda da produção agrícola se constitui no lucro do capitalista que investiu seu capital.

(...) Podemos obter, em uma terra do melhor tipo, 300 quarters de cereal mediante uma antecipação anual de capital (incluídos os salários) equivalente em valor a 200 quarters, a taxa de lucro é de 100 sobre 200, ou seja, 50%. Se, com a continuação do processo de desenvolvimento, devemser cultivadas terras menos férteis e situadas em localizações menos favoráveis, verificar-se-á que sobre uma dessas terras o mesmo produto de 300 quarters poderá ser obtido unicamente através de uma antecipação maior de capital – digamos, 210 quarters. Nesse caso, a taxa de lucro sobre a terra considerada será de 90 sobre 210, isto é 43%.(NAPOLEONI, 1982 p.89)

Como podemos observar, o cultivo da terra em um segundo momento gera uma renda diferencial sobre a terra cultivada em um primeiro momento. Como a fertilidade das terras agora é menor, há necessidade de se investir uma quantidade inicial maior, o que faz com que o lucro final do produtor seja menor, pois a renda paga pelo uso da terra vai aumentando conforme há menos terras disponíveis e os salários pagos vão diminuindo porque o número de trabalhadores aumenta.

Para Ricardo a renda surge do aumento populacional, cuja expansão exige um aumento na produção de alimentos. Ainda que os proprietários se recusassem a receber o pagamento da renda, o preço dos produtos originários da terra não deixaria de subir, pois a pressão demográfica causada pelo aumento populacional força o cultivo de terás menos férteis, incorporando cada vez mais trabalho e capital.

Sob esta ótica os únicos beneficiados seriam os proprietários de terras, uma vez que tanto os lucros quanto os salários diminuiriam progressivamente. Com a ocorrência deste fato, o trabalhador ficaria duplamente prejudicado, pois além de conviver com a alta dos preços dos produtos agrícolas, também sofreria com a baixa dos salários. Segundo Ricardo, "(...) os salários, enquanto forem regulados pela lei da oferta e da procura, tendem a baixar,pois o número de trabalhadores continuará a crescer um pouco mais rapidamente do que a procura da mão-de-obra".

as leis que regiam a distribuição eram o principal problema a ser explicado pela Economia Política.

A parcela do produto social atribuída aos salários representava uma remuneração aos trabalhadores pela sua mão-de-obra; a parcela atribuída á renda fundiária remunera a terra utilizada durante o processo produtivo; e por fim, a parcela do produto social que é atribuída aos lucros remunera o capital investido no processo de produção.

Esta era a ordenação natural da distribuição da riqueza na sociedade capitalista para David Ricardo e segundo ela é que se regulamentava todo o processo produtivo em uma economia capitalista. O autor publicou uma obra que tratava desta distribuição em 1817, intitulada "Princípios de Economia Política e Tributação".

Como é possível perceber a distribuição da riqueza entre as classes sociais se constituiu em um dos temas mais abordados pelos fisiocratas, por Smith e por Ricardo. A teoria foi sendo aprimorada com o passar dos tempos e atingiu em David Ricardo seu maior grau de explicação de acordo com a sociedade capitalista da época.

  1. Teoria do Lucro

Para Smith o lucro consistia na remuneração do capital empregado na produção de mercadorias, sendo assim era totalmente justificado. Seria uma compensação ao dôo do capital pelos riscos que ele assume ao aplicar seu dinheiro.

Segundo Smith os lucros eram flutuantes e não era possível determiná-los com precisão. A forma mais fácil de determiná-los era através dos juros.

Já para Ricardo a evolução da taxa de lucro se acha ligada a determinação da renda fundiária. Ele considera que a taxa geral de lucro que prevalece na economia depende diretamente das taxas de lucro da agricultura, e esta por sua vez, depende da renda fundiária.

Como Ricardo defendia a teoria dos rendimentos decrescentes na agricultura, acreditava que a longo prazo as taxas de lucro tenderiam a diminuir e a concorrência tenderia a igualar todas as taxas.

A partir da análise desses dois conceitos podemos perceber que os pensadores possuíam diferentes visões a respeito das taxas de lucro, pois enquanto Ricardo tinha uma visão de longo prazo que envolvia a concorrência entre os produtores, Smith se preocupou apenas em dizer qual era a origem do lucro e se este era justificável.

  1. A intervenção do Estado na Economia

A fisiocracia defendia que o papel do Estado era o de garantir a ordem,criar um imposto único que incidisse sobre a classe proprietária e proporcionar as melhores condições para a produção agrícola.

A escola fisiocrática propunha ainda algumas reformas como a adoção de meios mais desenvolvidos de cultivo agrícola, abolição as restrições à exportação de cereais, o que garantiria um bom preço e a eliminação de todos os entraves da concorrência no mercado de bens manufaturados.

Adam Smith defendia a não intervenção do Estado na economia, pois segundo ele o mercado se auto-regularia como que guiado por uma mão-invisível onde as forças do

mercado determinariam um ponto de equilíbrio entre a oferta e a demanda pelas mercadorias.

David Ricardo também defendia a não intervenção do estado na economia, o que pode ser explicitado peã sua opinião a respeito da lei dos cereais. Ricardo era contra a lei dos cereais. Achava que a importação deveria ser livre,pois geraria concorrência para o mercado interno e assim não iria concentrar mais riqueza na mão dos proprietários de terras. A livre concorrência possibilitaria que os preços ficassem mais controlados pelos mercados e não apenas pela vontade dos grandes fundiários.

  1. Comércio Internacional

Adam Smith na questão do comércio internacional defendia a Teoria das Vantagens Absolutas, ou seja, cada país deveria se especializar naquilo que podia produzir a menores custos. Assim, por exemplo, se Portugal produzisse vinho a um custo mínimo de $80 e cereais a um preço mínimo de $90 e a Inglaterra produzisse vinho a um preço mínimo de $90 e cereais a um preço mínimo de $80, Portugal devera se especializar na produção de vinho para o restante dos países e comprar de Portugal os Cereais. Enquanto a Inglaterra deveria se especializar na produção de cereais, que possuíam para eles o menor custo e comprar de Portugal o vinho que sairia mais barato.

Já David Ricardo defendia a Teoria das Vantagens Comparativas, em que cada país deveria produzir o que fosse mais barato para si, independentemente de existirem outros países que produzissem este bem a menores custos ou não. Por exemplo, se Portugal produzisse vinho a $70 e cereais a $80 e a Inglaterra produzisse vinho a $100 e cereais a $90, Portugal deveria se especializar na produção de vinho e a Inglaterra na produção de cereais.

Podemos perceber que a teoria de Ricardo das vantagens comparativas é mais adequada à realidade da época que a teoria das vantagens absoluta de Smith, pois em Smith uma vez que um país não possuíssenenhum produto que pudesse produzir a menores custos que todos os demais, ele não teria poder de competição no mercado internacional e também não teria poder de compra de mercadorias de outros países. Já a teoria de Ricardo pode ser tida como mais adequada porque cada país se especializa no que lhe sai mais barato independentemente de existirem outros países que possam produzir o mesmo produto a menores custos. Assim seria possível que todos os países competissem no mercado externo, tanto tendo poder de compra quanto poder de venda.

  1. Divisão do Trabalho

Teoria centrada em Adam Smith, defendia que a divisão do trabalho proporcionava um aumento na produtividade do trabalhador por três motivos principais:

·Aumentava a destreza do trabalhador. Uma vez que ele realizava apenas uma função sua prática aumentaria e ele passaria a realizar uma mesma atividade em menor tempo;

·Reduzia o tempo de troca de uma função para outra;

·Facilitava a invenção de maquinários que acelerassem a produção.

Segundo Adam Smith, "já que é por tratado, por escambo e por aquisição que obtemos uns dos outros a maior parte desses bons ofícios mútuos de que necessitamos, é essa a mesma disposição para permutar que originalmente dá ensejo à divisão do trabalho".